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História Madhouse - Subhuman.


Escrita por: SoulStripper

Notas do Autor


Olá little maniacs! Como vocês estão? Espero que bem, estou bem graças a Deus!
Primeiramente quero pedir perdão por minha demora extremamente extrema, entendo que nunca demorei tanto assim para postar um capítulo, mas é que entrei em semanas de provas e ficou uma baita correria, não tive tempo para nada, nem ao menos escrever um trechinho básico do capítulo dezessete, mas agora estou de volta! E prometo à vocês que a partir de agora não vou demorar tanto para postar já que eu praticamente não terei provas no quarto bimestre \o/ DIGAM AMÉM IRMÃS! AMÉEEEEEM! JHKTJTRKLTJKNTG
Enfim, desejo-lhes uma boa leitura E NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR!
Eu particularmente amei esse capítulo porque é a partir DESTE CAPÍTULO que vai começar a pegar fogo e peço a vocês que preparem seus corações... O circo VAI pegar fogo com a fanfic mais demoníaca desse site.

✖ Músicas para este capítulo: All That I'm Living For - Evanescence e Bleed - Evanescence.
✖ O banner de capítulo está em andamento e breve irei disponibilizá-lo aqui.
✖ O link do trailer está nas notas finais.
✖ E claro, tenham uma boa leitura.

Capítulo 17 - Subhuman.


Fanfic / Fanfiction Madhouse - Subhuman.

"A morte é pacífica, fácil. A vida é mais difícil"

Courtney Morris - Point of View.

As partes mínimas de meu corpo estavam mais do que doloridas por culpa de Justin e seu lado sadomasoquista. Eu odeio isso. Um vento tenso bateu em minha direção e logo em seguida pude ouvir um estalo forte quando algo se colidiu com o chão, não havia forma que eu pudesse me defender, também pudera, olhos vendados, mãos amordaçadas e pernas amarradas separadamente. Eu estava estirada na cama em uma posição deplorável.

– Provará do seu próprio veneno, infeliz – ecoou a voz feminina extremamente doce e superior, fiquei mais aliviada ao saber que talvez não precisasse enfrentar outro brutamonte.

Um calor aproximou-se de mim, e foi ficando cada vez mais quente ao sentir dedos leves tocarem com cuidado a venda de meus olhos e arrancá-la, liberando minha visão finalmente. Bati os olhos em Blake e meu coração se acalmou aos poucos, pressionei os lábios com força segurando o choro, todo o meu corpo doía, eu tremia como nunca tremi em minha vida. Eu juro que sentia todas as emoções misturadas, as dores, os arrependimentos, parece que foi ali mesmo que paguei por todos os pecados que cometi, mas se eu soubesse que seria tão cruel, preferia ter me tornado freira.

Blake pegou uma tesoura de metal qualquer e cortou todas as mordaças. Meus pulsos ardiam e havia marcas horríveis em minha coxa devido aos tapas fortes que Justin me deu, meus olhos avermelhados e lacrimejados determinavam o quão assustada eu me encontrava, as mãos trêmulas impediam que eu pudesse apoiar-me no ombro de Blake... Eu podia considerá-la um anjo agora.

– Blake – engoli a seco. – Como me encontrou? – perguntei com a voz embargada.

– Eu soube da guerra entre você e Justin, bom... toda vez que há uma confusão eles adotam o método de tranquilizar o paciente com um remédio e os trazem para cá. Não foi tão difícil. Como eu disse, já fui enfermeira daqui. E puxa, você está horrível.

A figura desmaiada de Justin trouxe-me certo conforto, dormindo parece um anjo, mas acordado? É o pior demônio de todos, ele é tudo o que você menos deseja encontrar, é tudo o que você vai orar diversas vezes para implorar que jamais esbarre por aí, é tudo o que há de ruim, dentro de si guarda o pior pecado do mundo celestial e infernal, nunca se sabe o que ele vai fazer, porém, de uma coisa você pode ter a mais plena certeza... O dia que ele cismar em querer você, é melhor correr, e não, não adianta fazer todos os tipos de rezas existentes, isso não irá afastá-lo, o melhor é encontrar um bom lugar para se esconder, a menos que queira ser perseguida até perder complemente sua sanidade.

Lembrem-se... O diabo já gravou algumas rezas, e é bom você pregar algo que ele jamais vira em seu tempo, isso o expulsará... Não completamente.

 – Courtney? Precisamos sair daqui e voltar para os quartos... – não ouvi nenhuma palavra sequer que Blake tenha dito depois.

Meu mundo vibrava e o sangue corria de forma inexplicável por minhas veias, borbulhando e queimando, meu olhar estava preso em um ponto fixo e esse ponto fixo era Justin, aos poucos adquiria marcas estranhas no pescoço, rosto e braços, arranhões e unhadas bruscas, e por mais incrível que pareça, algo me forçava a olhar para aquilo sem que eu quisesse, minha mente estava em outro lugar e o meu olhar não, aos poucos uma dor de cabeça terrível fez com que eu começasse a ter alucinações. Ao meu redor só havia uma sala vazia e o corpo de Justin ocupando o centro. Nada mais além daquilo. Muito menos Blake. Tudo não passava de uma sala escura, sem vestígios de luz ou janelas, apenas o corpo iluminado.

Eu estou aterrorizada pelo o que vejo, mas de algum jeito sei que tem mais por vir, imobilizada pelo meu medo e logo me cegando em lágrimas de desespero. Há anjos caídos no meu pé, prendendo-me ao chão, impedindo qualquer movimento, vozes sussurrando nos meus ouvidos. A morte diante dos meus olhos, aproximando-se de mim, eu devo temer, sei que devo.

Ela acena para mim?

Puta merda, o que diabos está acontecendo?

Eu enxerguei a alma de Justin.

– Eu disse que meu corpo podia estar morto, mas a minha alma sempre estará viva – ele pronunciou e esboçou um sorriso debochado nos lábios, repuxando-o cada vez mais até formar um sorriso completamente diabólico.

Esse demônio está pegando meus medos mais sombrios e os reproduzindo, transformando-os em realidade como se fosse a única razão concreta e uma simples canção de ninar prestes a ser soada por uma voz afiada e rude.

– Sente a dor chegando, Courtney? Eu vou separá-la da vida, eu sei muito bem como despedaçá-la – sussurrou uma voz totalmente desconhecida por mim, mas era de fato, desagradável e ameaçadora.

Nada além do submundo a minha volta. Nenhum vestígio de vida humana. Por algum motivo vultos rodeavam-me e gritavam sem que eu pudesse enxergá-los, é ensurdecedor e apavorante. Pedidos de ajuda, ameaças e até mesmo canções medonhas, eu estava presa, não consigo sair.

Estou presa na minha mente? Na parte turbulenta?

– Courtney, consegue me ouvir?

Olhei para os lados procurando pela voz que me chamava, era assustadoramente a voz de um anjo. Meu coração batia ritmicamente rápido, minha respiração permanecia-se irregular durante minutos intermináveis. Abrangi o medo sem muita convicção para evitar que fosse usado mais uma vez contra mim, naquele momento não queria estar ávida do poder ou de sonhos, só queria ser livre.

– Me ajude – esganiçou a mesma voz estupidamente agradável.

Virei o rosto em direção a voz que me chamava e mal pude acreditar que era a alma de Justin implorando por misericórdia, porém, a cor não era neutra ou branca como geralmente muitos julgam... Era uma alma negra. E não fazia ideia se ele estava me enganando ou realmente pedindo por socorro da vida que leva.

– J-Justin? – gaguejei.

– Eu... Me... – ele não conseguia completar o que pretendia dizer. – Você precisa... Dro...

Algo o sugava para o além e ele lutava para permanecer ali, a força que o dominava era muito maior que ele mesmo e aos poucos foi evaporando dentro de um portal negro, era uma forte rajada de vento e conforme sua alma foi desaparecendo, seus gritos entraram por meus tímpanos. Eram gritos de horror. Gritos de arrependimento. Gritos de culpa. Por dentro eu me despedaçava, mas por fora? Por fora eu continuava sem demonstrar emoção porque era impedida de qualquer sentimento de afeto, eu só podia observar tudo desmoronar em minha volta sem poder fazer nada, sem poder ajudar ou gritar para que os malditos nos deixassem em paz. É tão tolo pensar que uma força humana pode vencer a subumana, é fora de cogitação.

Fechei os olhos e desejei estar fora da minha mente que me aprisionava num pesadelo, implorando para que fosse liberta. Eu não tenho nada a ver com isso.

Deus, ajude-me!

[...]

Despertei em um local diferente, dessa vez era o quarto que eu costumava ficar quando não estava no pátio, estava no quarto, deitada na mesma cama muito dos pacientes recebiam visitas e a única visita que eu recebia era de Luke. Bom... Ele não está aqui. Meu coração continuava batendo tão rápido quanto antes. O mundo não desabava como antes.

Respirei fundo, inalando o ar gélido e o cheiro forte de remédio misturado com soro e vômito, sem contar com a sensação tensa ao ver todos aqueles lunáticos andando de um lado para o outro conversando com si mesmo, batendo a cabeça na parede ou rindo sem motivos. Observando tudo aquilo, passei a imaginar Justin sentado em uma das camas, com a cabeça encostada na parede e as pernas penduradas para fora da cama, manejando alguma ferramenta pontiaguda ou qualquer outra obra de arte considerável por ele. Por um minuto parei para lembrar-me da estranha sensação que fez meu estômago revirar ao sentir que talvez possa ter sido real a conversa subumana que tive com a alma de Justin, parecia inofensiva e ao mesmo tempo ameaçadora porque no primeiro momento ele ameaçou-me e no segundo, pediu por ajuda enquanto era sugado para o além.

Mas que porra!

Encarei o relógio surrado na parede, marcava 21h30min. Suspirei alto.

– Pega pra mim, moça – encarei o homem careca e pálido bem em minha frente. Um desconhecido. – Pega pra mim, moça – repetiu. – Ele estava voando por aqui, mas passou direto, você o viu?

– Desculpe, vi o que?

– Você não viu?

Estreitei as sobrancelhas mal acreditando que ele compartilhava uma de suas alucinações comigo.

– Não, sinto muito – entrei em seu papo só para afastá-lo.

– Era um pássaro muito bonito, tinha umas asas de fogo e era vermelho, seu piado me fascinava e ele era meu melhor amigo... – disse cabisbaixo. – Ali está ele! – apontou para o nada. – Volte aqui! – de repente saiu correndo, brandindo os braços para o alto e pulando contra a parede.

Ocupei meus minutos observando-o correr de um lado para o outro atrás de algo imaginário, agia como uma criança, talvez a doença que tivesse o fizesse agir dessa forma, sendo tão ingênuo e maluco. O maior fato do manicômio é que todas essas pessoas estão esquecidas aqui, apenas para saneamento da sociedade, para retirar delas algo indesejável. Eu ainda trajava a roupa de um brim característico que eu chamo de “azul manicômio” ou “cinza hospício”, qualquer coisa que envolva o meu ser aqui dentro. Mas, o que me dói é que mesmo eu aceitando ou não, faço parte deles, nós somos vistos como a banalidade da vida, as pessoas retiram isso de nós. Aqui dentro não temos direito a mais nada a não ser conviver com os nossos medos, principalmente os que sofrem por ouvir vozes, denominados esquizofrênicos... Pelos médicos, eu sou esquizofrênica e isso é um total absurdo porque eu REALMENTE escuto vozes me chamando, e agora? Agora enfrento a minha imaginação tentando pregar-me uma peça de terror.

Algumas enfermeiras adentraram no quarto carregando um carrinho abarrotado de medicamentos que nunca vira em toda a minha vida, elas trajavam um gorro branco e um vestido azul que alcançava a panturrilha, nos pés um sapato branco e um avental branco por cima do vestido, apressadas andaram rapidamente até uns pacientes mais agitados e enfiaram algum comprimido em suas gargantas, os obrigando a tomar, alguns choramingavam e gritavam por se recusarem a engolir aquele negócio que mais parecia uma pequena pedrinha. Uma enfermeira mais idosa aproximou-se de mim, destampando o potinho que carregava o comprimido e tirando de lá uma pílula avermelhada coberta de listras brancas.

– O que é isso? – perguntei.

– Você precisa engolir, querida. Vamos – sua mão vinha em direção a minha boca para abri-la, fiz questão de empurrar sua mão e derrubar a pílula desconhecida. – Trouxe sua janta, daí poderá dormir tranquilamente.

– Não vou tomar isso!

– Ora, veja só o que você fez! – repreendeu-me, irritada. – Você vai engolir isso querendo ou não!

– A senhora pode pelo menos dizer que remédio é esse? E para quê?

Ela apoiou a mão na cintura, irritadiça.

– Não posso. Não tenho muito tempo, há outros pacientes que devo visitar, seja cooperativa.

Estreitei o olhar, derrubei o prato de comida no chão, sujando todo o chão com aquela sopa de legume e toquei o chão gelado com os pés descalços, levantando-me. Sua estatura baixa não era compatível com a minha, eu não chego ser tão alta, mas poucos centímetros maior que ela, tentei fazê-la redimir, o que foi uma péssima ideia já que obrigatoriamente ela puxou-me com os dedos gordos fincados em minhas bochechas, meus lábios formaram um bico entreaberto e dali senti algo pesado sendo prensado contra meus lábios. Ela tentava fazer-me engolir a pílula. Algo dentro de mim impulsionou-me a ser violenta e partir com dedos em seu rosto, arranhando sua pele cascuda e enfiando as unhas em seus olhos, a mesma soltou um grito agudo e imediatamente outras enfermeiras vieram a acudir. Mas, o meu estado era irreversível e nada me livraria de dar-lhe uns bons tapas.

Nenhuma das mulheres presentes ali conseguiu me tirar de cima da enfermeira idosa. Ela encheu a porra do meu saco!

Conforme eu enchia meus pulmões de ar para machucá-la, os lunáticos gritavam assustados e se escondiam debaixo da cama ou saiam correndo porta afora, sendo perseguidos pelos seguranças. Quando finalmente me tiraram de cima da enfermeira, jogaram-me com brutalidade na cama, encolhi-me no canto da mesma e observei silenciosamente o desespero e preocupação entre elas.

Pude sentir alguém me observando, causava-me calafrios e reviro no estômago, mas eu sentia. Por instinto encarei a porta entreaberta e lá estava ele. Todo sujo de sangue e os olhos tão negros quanto carvão, empregados de tensão, as mãos soltas ao lado do corpo e carregando consigo o tão famoso sorriso diabólico. Umedeci os lábios e mordi o lábio inferior, segundos depois sorrindo no mesmo nível que ele.

– Olá Justin – pronunciei baixinho.

CONTINUA


Notas Finais




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