História Madness - Beija mesmo

As aulas voltaram.

Dois dias depois do enterro de Leonidas Valdez. 

Afinal, os alunos não perdiam perdem um ano inteiro. E a vida continua. 

A turma do segundo ano estava na quadra externa. Debaixo do sol fraquinho da manhã de primavera. Os alunos se alongavam na maior moleza. Mais conversavam do que prestavam atenção nos exercícios que Poseidon fazia. 

A equipe de futebol fazia flexões um pouco mais afastados do outro grupo, Poseidon disse que eles tinham ficado muito tempo parados. Jason, fazia mais esforço que todos os outros alunos, já que Nico estava sentado no meio de suas costas, o garoto lia um livro enquanto "ajudava" Jason com os exercícios e de quebra, fugia da própria aula.

- Magnus foi chamado à diretoria hoje. - Nico falou sem tirar os olhos do livro, Jason parou com os braços erguidos, equilibrando o peso do di Angelo. 

- Sabe o que aconteceu?

- Não. Mas passei por lá e ele não parecia preocupado... - Suspirou dando de ombros. - Então você também não precisa.

- Por que eu ficaria preocupado? - Voltou a flexionar os braços relaxando.

Nico negou com a cabeça e franziu a sobrancelha quando os cochichos ficaram mais altos. Levantou os olhos cansados para a turma eufórica mais a frente. Se desequilibrou quando o peito de Jason bateu no gramado.

- Sai. - O loiro murmurou envergonhado. 

- Fracote. - Soltou o ar em um riso. Se levantou apenas para se senta no chão ao lado dos fios loiros.

- Você engordou.

- E você emagreceu. - Nico franziu o cenho irritadiço. - E que falação é essa? - Perguntou mais alto se direcionando a sala. 

- Gente barulhenta. - O Grace murmurou. 

- Vinte e sete, Vinte e oito.... vinte... e... no... ve... trinta. - Os bracinhos magrelos de Connor Stoll fraquejaram e o corpo bateu no chão. - É sobre a garota nova.

- É um menino. - A voz do garoto Solace apareceu em um murmurio sofrido. - Sai, Beckendorf. - Implorou para que o negro tirasse o pé de suas costas que o forçava para baixo.

- Não é menino. Estava de saia. - Percy desceu as arquibancadas se sentando perto dos corpos cansados. 

- Meninos podem usar saias. - Nico deu de ombros. - Isso não significa nada.

- Sim, Nico, eu sei, mas era uma menina.

- Não era menina. - Beckendorf se pronunciou, a voz grossa chamando a atenção do grupo jogado no gramado. - Tinha cabelo curtinho.

- E o Nico tem os cabelos longos. De novo, isso não significa nada. - Jason se levantou e ofereceu a mão à Nico. 

- Tinha curvas de menina. - Percy falou como se fosse óbvio, atraindo olhares.

- Olhou pro corpo dela? - Stoll sorriu malicioso, recebendo um soco bem dado do Jaskson. - Ai.

- Qual seu exemplo de corpo feminino, Jackson? - Solace riu com graça, puxando o resto do time com ele. - O menino é reto como uma porta. As meninas tem curvas. 

- O que? Viu as coxas dela? 

- Grossas. - O louro afirmou. - Iguais as suas, e as do Jason, e as minhas. Não pira, Percy. É menino. 

- Venham para cá, bando de galinhas. - Poseidon gritou acenando. 

Os garotos continuaram discutindo sobre o maldito sexo da nove alune da escola enquanto caminhavam até o treinador. Nico foi mais atrás, voltando os olhos escuros para a página 74 do livro, tinha começado um capítulo novo do livro emprestado que pegou com Percy. E "emprestado" vem do latim, que significa "pegou sem pedir ou pelo menos notificar". Levantou os olhos depressa apenas para procurar o tal aluno ou aluna nova, e como não achou voltou o olhar para o livro ignorando Poseidon.

- di Angelo, vou fingir que eu vi você se alongando.

- Eu estava com o time, tio 

- Subir no Jason não faz seu alongamento.

Quando Poseidon notou o que falará, já era tarde demais. A turma gritou afobada, rindo e empurrando Jason. E Nico fechou os olhos com a cara enfiada no livro, pensando se era possível entrar naquela história.

- Tá pegando o di Angelo, Grace? - Uns gritavam aqui.

- Mas não perde uma. - Outros dali. 

- Ei, Nico, me dá uma chance, amor. - Percy não estava prestando atenção, até a última frase, de sei lá sabe quem, foi o suficiente para sentir os nervos aflorarem. Fechou os punhos e focou todo o chakra no ouvido, tentando encontrar a voz. 

- Calem a boca. - Jason disse sério apenas para rir em seguida. - Era para ser segredo. - Levantou a mão para um high five com Percy, e foi ignorado com sucesso. 

- Eu odeio vocês. - Nico murmurou sem emoção, implorando mentalmente para que o foco da conversa mudasse. - Jason passou o braço pelo ombro do garoto continuando com a encenação. 

~*~

Os cabelos verdes, nem tão curtos assim, como Beckendorf disse, tinham os fios simetricamente bagunçados, divididos no meio caindo e contornando o rosto bonito. 

Muito bonito. Percy pensou, encarando o garoto ou nem tão garoto assim. 

Os olhos, com heterocromia, lindos também, o direito, escuro, não tão escuro quanto os de Nico, mas ainda assim, escuros, como um castanho. O esquerdo, por outro lado, era âmbar, claro, puxado para o amarelo. 

Estranho. Jason avaliou os olhos do garoto, que não era tão garoto.

O garoto, ou não, olhou para trás, como se soubesse que estava sendo observado, não, secado, pelo resto da turma, que como ótimos dissimulados que eram, deslocaram a direção do olhar rapidamente. Percy chegou a engasgar quando os olhos encontraram os seus e os lábios brilhosos abriram em um sorriso tímido. Levou a mão à boca tossindo baixinho por culpa da saliva que desceu errado.

Nico viu que o moreno ao seu lado tinha as bochechas levemente coradas, o Jackson depois se obrigar a parar de tossir, levou por impulso o olhar novamente ao de cabelos verdes na frente da sala e sorriu de volta. E mesmo não tossindo mais, levou um tapinha não tão fraco nas costas, dado pelo primo.

- Engasgou, foi? - Perguntou com uma falsa preocupação, Percy sorriu cínico para o italiano. 

- A saliva desceu errado, Niquito. - Jogou as costas na cadeira e franziu o cenho. - Ou, afinal, Como que escreve Niquito? Porque uma vez a Reyna escreveu com "QU" e agora eu escrevo assim. Mas antes eu escrevi com "K". - Questionou e Nico sorriu, achava que o Jackson ficava muito fofo quando franzia o cenho. - E esse sorrisinho apaixonada aí? - Riu quando o italiano ficou vermelho e fechou a cara. - Vai, responde.

- Tanto faz. Na hora de falar, é tudo a mesma coisa. - Colocou os fones de ouvido e encostou a cabeça na parede. - Agora fique quieto. 

- Poço de doçura, Nico. - Revirou os olhos. - Poço de doçura.

- Quem é um poço de doçura? - A voz se fez presente e Percy pulou na cadeira. - Desculpe. - Riu se sentando na cadeira à frente do Jackson. 

- Que... que isso. 

- Então... quem é um poço de doçura? - Levou os dedos com as unhas pintadas de preto até o rosto, retirando os fios verdes que tampavam o olho âmbar.

- ah... 

- Me desculpe. - Se apressou. - Sou, Alex. Alex Fierro. - Estendeu a mão que foi prontamente segurada por Percy. - Não queria ter chegado de surpresa e te assustado. É que você foi a primeira pessoa que sorriu para mim neste lugar.  - Sorriu tímido. 

- Não me assustou. - Fez uma careta. - E eu sou Percy. E um poço de doçura é esse aqui. - Apontou para Nico que estava de olhos fechados encostado na parede. - Gostei do cabelo. 

- ah, obrigada.

Graças aos Deuses. Percy pensou quando a garota disse "obrigada". Não queria ter de perguntar como deveria se referir à ela.

- Você parece aliviado. - A menina soltou em um riso. 

- Não... quero dizer, um pouco. 

- Só me trate com o pronome "ele", quando eu pedir à você, pode ser? - Sussurrou imaginando a dúvida que rondava a cabeça do moreno. 

- Então não é menina? 

- Não binário é o termo correto. 

- Não sei se entendo o que isso significa. - O Jackson franziu o cenho e Alex achou isso extremamente fofo. 

- Não me considero nem menina, e nem menino. - Deu de ombros e Percy pareceu ficar ainda mais confuso. - Mas como eu disse antes, prefiro "ela". Normalmente uso roupas que não distinguem gênero, ou seja, não são nem femininas nem masculinas. - Encarou a saia azul escura que usava com o emblema do internato. - Mas é que a calça dessa escola é horrível. - Riu sendo seguido pelo Jackson. Levou os olhos até as coxas torneadas do mesmo e sorriu maliciosa. - Quer dizer, ficou horrível em mim... 

- ah... - Sentiu o rosto ficar quente. - Mas você quis dizer o que? Que não costuma usar saias? - Alex percebeu que o garoto tentará mudar de assunto e assentiu.

- Apenas em momentos raros. Já usei antes, e até gosto, você vê que não estou incomodada, não é? - Cruzou as pernas e mostrou mais das coxas enquanto jogava o cabelo para atrás do ombro. - Mas eu prefiro calças. Só estou terminando de customizar minhas roupas com o emblema desse lugar, e aí voltarei a usá-las. 

- Você costura?

- Faço muitas coisas. - O sorriso fraquejou. - Tive que aprender a me virar sozinha desde muito cedo. 

- Pais ausentes? 

- Sou emancipada. Não foi uma escolha minha. 

- Sinto muito. 

- Não sinta. Sou melhor sem eles. 

- Por que mudou de escola no final do semestre?

- Você sabe que a sua escola tem aulas no verão. Não sabe? - Sorriu largo para o moreno que fez um "ah" mudo. 

- Eu esqueci. - Sem graça, coçou a nuca desviando do olhar da menina.

- Esse lugar é bem puxado. 

- Por que veio para cá?

- Gosto de um bom desafio. E tenho negócios a tratar com um pessoal daqui. 

- Uau... que misteriosa... - O Jackson brincou. - Mas... você é bolsista?

- Dionísio me devia um favor. - Mordeu o lábio.

- Um dia quero ouvir essa história. 

- Que história? - Nico perguntou e Percy virou o pescoço tão depressa que estralou as juntas. Nico mudava o olhar depressa de um para o outro, olhou Alex de cima a baixo e arqueou uma sobrancelha. 

- Você deve ser o poço de doçura. - Nico abriu a boca incrédulo e Percy se adiantou. 

- Esse é meu primo - O Jackson falou tentando parecer calmo mas Nico notou como o garoto falou com desespero. - Nico di Angelo. - Concordou com a cabeça verificando o que ele mesmo havia dito. - Somos primos. - Afirmou de novo voltando o olhar para Alex. 

- Já disse isso. - Alex riu e se virou para o di Angelo. - Sou Alex Fierro. - Esticou a mão para o garoto que aceitou depois de encará-lo por mais um tempo. 

- Esse lugar tem gente. - Nico disse simples depois que soltou a mão da menina. 

- ah...

- Tenho certeza que Jason não vai se importar. - Percy viu o louro entrando na sala, conversava animado com Beckendorf enquanto vinha na direção do trio. Estava com os cabelos molhados e sem os óculos.

- Opa. - O louro disse feliz chegando até os amigos. - Sou Jason. 

- E eu estou no seu lugar. - Alex sorriu tímida se levantando. 

- Que isso pode ficar. Vou sentar ali na frente do Nico. 

- Aquele é o meu lugar. -O negro fez uma careta. 

- Se vira. E esse aqui é o Beckendorf - Apontou para o garoto.

- Sou Alex. - Se apresentou. - Me perdoe... por esse lance de lugares. Posso sair se estiver atrapalhando. 

- Você está... - Nico disse colocando os fones. 

- Não está. - Percy disse depressa logo em seguida. - Eu te disse que ele era um poço de doçura. 

- Não é pessoal. Ele é assim com todo mundo. - Jason riu. 

- Tudo bem. Tem gente que tem dias ruins e outros semanas. - Alex deu de ombros e Percy se perguntou como a garota podia ser tão compreensível depois de tomar um fora.

- O Nico está em um ano ruim. - Jason tomou a frente. - Ele não é uma pessoa ruim. 

- Não pensei que era. 

~*~

Percy mostrava o jardim do internato para Alex. Os dois caminhavam lentamente pela grama. A garota vez ou outra soltava algo que deixava o Jackson extremamente corado e sem graça, o moreno por outro lado desconversava e mudava de assunto, fazendo a de cabelos verdes sorrir. 

O menino andava com as mãos dentro do bolso da calça escura, a camisa social branca bloqueava os ventos fracos que passavam pelo jardim na primavera. Alex por outro lado andava quase que saltitando, com a saia que Percy notou não ser tão longa quanto aparentava ser da primeira vez que olhou. A blusa exatamente igual a de Percy, estava dobrada até os cotovelos da menina. 

- Você sempre morou em Toronto? - Percy perguntou.

- Nasci em Boston. Vim para cá faz uns três anos. 

- Entendi. Sempre curtiu cidade grande. 

- Era mais fácil não passar fome. - Alex sussurrou e Percy sentiu a dor na voz da menina. 

- Passou por grandes coisas, né?

- É... mas eu sou incrível pra quem viveu nas ruas e abrigos de Boston, não acha? - Passou o braço por dentro dos braços do moreno, que sequer pensou em se afastar.

- Com certeza. - Sussurrou.

- E você? Sempre morou em Toronto? - Alex sussurrou perto do ouvido do ouvido do Jackson e sorriu quando viu a nuca do mesmo arrepiar. 

- Nasci em Nova York. Mas me mudei assim que fiz cinco anos. 

- Por que? 

- Meu pai conseguiu emprego aqui. - Deu de ombros. Virou a cabeça para a menina ficando perigosamente próximos.

- Qual seu nome completo? - Alex voltou a sussurrar e não tentou nem esconder quando desviou os olhos diferentes para os lábios do moreno.

- Perseu Jackson.

- Que nome lindo. Por que se apresenta como "Percy"? Perseu é melhor.

- Gosto mais de Percy. 

- Como eu disse, Perseu é mais bonito... - Sorriu passando a língua pelos lábios. - Assim. Como. Você. 

- Me acha bonito?

- O que? - Desviou os olhos novamente para a boca carnuda do Jackson e sorriu vitorioso quando o moreno sem aguentar desviou os olhos claros também. - Te acho maravilhoso. 

A coisa que Percy mais queria fazer no momento era olhar em volta, ver se tinha alguém vindo, alguém olhando, e a segunda coisa era beijar a menina nova, que em tão pouco tempo acabou mexendo significativamente consigo. Mas o olhar não conseguia abandonar o rosto bronzeado de Alex, que ficou ainda mais lindo na visão de Percy quando notará as sardinhas escondidas. As mãos inconscientemente deixaram os bolsos da calça e foram firmes até a cintura fina da menina, Alex passou os dedos pela nuca sentindo a mesma se arrepiar novamente, por sua causa, o moreno desceu as mãos até o quadrio e sentiu o relevo da bunda não tão pequena que um garoto teria.

Claro que tem curva de menina. Relembrou a conversa de mais cedo com os garotos do time e sorriu. 

Malditos garotos do time. 

- AE Perseu, em, uhum, tá é louco. Pegando o menino novo agora é. - Connor Stoll apareceu gritando sendo seguido por Solace e Jason

Percy empurrou Alex drasticamente que só não caiu porque o Grace segurou. 

- Não sou menino. - Alex murmurou desconfortável. 

- Olha eu tinha ouvido que era menina. - O Stoll olhou a garota de cima a baixo. - Mas agora tenho minhas dúvidas. Levanta a saia aí. - Gargalhou sendo seguido por ninguém. - Teve graça, qual é?

- Cala boca, Connor. - Solace revirou os olhos. 

- Vocês riam das piadas do Leo. - Cruzou os braços extremamente ofendido. 

- Leo não fazia piadas preconceituosas. - Jason ergueu o dedo. - E não abre a boca pra falar dele. 

- ah! Verdade, Tinha esquecido que você comia  o Leonidas. 

Jason foi para cima do menino e acabou sendo segurado por Will.

- Pelo amor, a gente só veio aqui falar que o novo casal era bonito e vocês dois já vão começar?

- Só levanta a saia e a gente vai embora, gatinho. - Connor riu, e rápido como apareceu, foi ao chão. Alex enfiou a perna no meio das do Stoll, fazendo com que o menino caísse rápido e fácil no chão. 

Alex voltou os olhos para Percy.

- Você não me mostrou o resto do jardim. - Sorriu. 

- É... é verdade.

E os dois se distanciaram do trio. Ao som das gargalhadas de Jason e Will.

Continuaram caminhando e Alex continuou a conversa como se nada tivesse acontecido, Percy agradeceu por isso. 

- E essa é a quadra. A maior. É onde jogam futebol. - Percy começou. - Mas tem mais duas. São internas e eu gosto ate mais do que essa, porque são menores. Quando Poseidon está em dias ruins, temos que correr todas as pontas dela.

- To acostumado a correr. E até gosto. - Alex voltou para aquele lado conquistador dela. Sussurrando para o Jackson. 

- Sabe do que mais você vai gostar? - A garota se surpreendeu quando foi Percy que tomou as rédeas da situação, a trazendo para perto segurando sua cintura.

- hm... - Fingiu pensar. - Acho que não sei não. 

- Do meu beijo. - Sorriu presunçoso. - Eu beijo bem.

- Me deixar testar então. - Foi uma pergunta retórica. Afinal Alex puxou o rosto do moreno sem sequer esperar uma resposta. 

Os lábios da menina eram fininhos, fáceis de conduzir e gostosos de morder. Os do Jackson por outro lado era mais grossos, eram saborosos e difíceis de resistir, difícil não se entregar. Não teve pedido para as línguas atacarem, elas apenas entraram, se atracaram com brusquidão, desesperadas por contato. 

Alex não queria e enrolou ao máximo para se afastar. Puxou os cabelos escuros da nuca do menino fazendo com que Percy se afastasse devagar, não antes de prender o lábio inferior de Fierro e  puxá-lo junto.

- Você tem um fôlego e tanto. - Alex sussurrou sem ar, ainda com os olhos fechados.

- Natação. - Percy falou com a respiração muito melhor que a da menina, os olhos abertos encarando o rosto corado à sua frente.

- Gosta de nadar? 

- É o que eu mais amo fazer. - Alex riu. - O que?

- Espero que me beijar, esteja no máximo em terceiro nessa lista. - Abriu os olhos mas logo jogou a cabeça para trás. - Ok, até em quinto eu aceito. 

- Hm, não sei. - O moreno passou os lábios pleo pescoço bronzeado, deixando um beijo casto, que virou dois, e depois três, e depois uma mordida. - Tenho que provar de nova, só para ter certeza.

- Quem prova uma vez, sempre quer mais. - Alex riu e se afastou. - Porém, temos que voltar. 

- ah... volte aqui. - Percy reclamou quando a Fierro já estava a alguns passos de distância. Esticou o braço caçando a mão de Alex, que se deixou ser arrastada de volta até próximo do moreno. 

- Vamos logo. - Se aproximou do ouvido do maior e mordeu o lóbulo com força. - Perseu.