(Era manhã na vila; o clima era ameno, e o silêncio reinava até ser quebrado por uma confusão vinda da casa de um caloteiro muito conhecido ali…)
Seu Madruga: Já chega! — dizia Seu Madruga, entrando em casa e tirando suas duas malas do armário.
Seu Barriga: Mas por que diabos o senhor resolveu agir assim, Seu Madruga? Eu só quero que pague o aluguel! — dizia Seu Barriga, furioso, enquanto tentava impedir Seu Madruga de fazer as malas, mas sem sucesso.
Seu Madruga: Não importa mais. Vou sumir no mundo e só voltarei quando achar que devo. Agora me dê licença, que estou indo! — Seu Madruga então empurra Seu Barriga e sai em direção à porta da vila, mas alguém o chama, fazendo-o parar e olhar para trás. Era Chaves, que o observava encostado em seu barril. — Ah, Chaves, como vai?
Chaves: Seu Madruga, onde o senhor está indo? — perguntou o menino, curioso.
Seu Madruga: Ah, eu vou me aventurar, Chavinho! Sair pelo mundo, viver a vida ao máximo! — Seu Madruga sorri de maneira sincera para o menino.
Chaves: E eu posso ir com o senhor? — perguntava ele, um pouco envergonhado e esperando receber um não.
Seu Madruga: Ora, Chaves, mas é claro! Pegue logo suas coisas e vamos!
Chaves: Ah! Vou viajar, conhecer outros lugares, comer muita comida e... zas, zas! — Chaves então corre até seu barril e pega suas poucas coisas, juntando-as em uma trouxinha, que ele pendura em um pedaço de madeira.
Seu Barriga: Seu Madruga, espere! — dizia Seu Barriga enquanto se aproximava de Seu Madruga com passos apressados. — Eu, uh… estive pensando um pouco e… gostaria de ir com o senhor também, o que me diz?
Seu Madruga: Ah? Bem, que seja, mas a condição é irmos com o carro do senhor, ok?
Seu Barriga: Sendo assim, tudo bem; preciso apenas ligar para minha esposa e avisar que estamos indo viajar. — Seu Barriga então se afasta um pouco, pega o celular e liga para a esposa.
Chaves: Estou pronto, Seu Madruga! — diz o menino, mais animado do que de costume.
Quico: Ei, esperem aí! — O outro menino chega correndo enquanto carrega sua mochila. — Onde quer que vocês vão, eu vou também, hein!
Seu Madruga: Mas o que é isso, uma excursão ou o quê? E a sua mãe, hein? Se ela descobrir que você sumiu, vai sobrar pra mim!
Quico: Ah, não seja assim, deixa eu ir com vocês, diz que sim, anda, siiiim?
Seu Madruga: Escute aqui, seu… — Antes que pudesse se irritar, Chaves toma a frente.
Chaves: Você tem dinheiro? — o menino pergunta a Quico, que faz um sinal afirmativo com a cabeça. — Ok, então você vai junto!
Seu Barriga: Bem, já falei com minha esposa e está tudo certo. Vou estar lá fora esperando vocês! Peguem o que precisam, e partimos assim que estiver tudo no seu lugar. — Seu Barriga sai da vila e fica aguardando na entrada.
Seu Madruga: Ai, caramba! Eu esqueci de pegar meus trocados lá em casa. Vão indo vocês dois para o carro e digam ao Seu Barriga para aquecer o motor; já vou! — Seu Madruga sai correndo loucamente e entra em casa, vasculhando cada gaveta e armário à procura de seus trocados.
Chaves: Você ouviu, vamos lá! — Chaves sai correndo até o lado de fora da vila.
Quico: Ei, espera por mim! — O bochechudo corre atrás de Chaves.
Seu Barriga: E então, o Seu Madruga não vem? — pergunta Seu Barriga, que já estava dentro do carro. Os dois meninos logo entram no veículo também.
Chaves: Ele disse para o senhor ir aquecendo a barriga, senhor motor.
Seu Barriga: O que disse? — Seu Barriga se vira para trás, sem entender o que Chaves havia dito.
Quico: Ah, besta! O Seu Madruga disse pra aquecer o motor enquanto ele não vem!
Seu Barriga: Ah, certo! — Seu Barriga dá a partida no veículo, pronto para sair.
Seu Madruga: Eeeeeeei, estou chegando! Vamos logo! — Seu Madruga pula em cima do teto do veículo e dá um tapinha no vidro do motorista, que acelera o carro e parte rumo a algum lugar.
Continua...
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