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História Máfia Karasuno - Abrindo caminhos


Escrita por: Yuivie

Capítulo 54 - Abrindo caminhos


SEDE NEKOMA- KABUTO- 16:33

Na enfermaria, o som dos equipamentos eram o único som hipnotizante que se fazia. Seus dedos brincavam com os do outro, deitado na maca, dormindo. Yaku sentia-se muito cansado, e ao mesmo tempo culpado. 

Yukie- Yaku-san... Vamos, sabe que precisa descansar. Você bateu a cabeça forte, não pode ficar andando por aí na ala da enfermaria... - pousou a mão no ombro do outro gentilmente 

Yaku gerenciava as equipes médicas durante as missões nas quais as máfias estavam reunidas. Ele tinha sempre que pensar rápido, improvisar, salvar a maioria das vidas dos seus, sempre. Mas pela primeira vez, sentiu-se impotente, e viu a pessoa que mais amava ser machucada diante de seus olhos e não pôde salvá-lo, nem mesmo cuidar da saúde dele, sua tarefa principal. 

Todos os agentes que eram considerados os socorristas, aprenderam 90% do que sabiam com Yaku, o membro mais antigo desse departamento, entre os agentes seniores. Yukie, Kaori, Shimizu e Yachi, aprenderam tudo com ele. Yukie era a mais experiente de todos, depois de Yaku, e por isso, na sua ausência, ela tomou as rédeas, sem ninguém precisar falar, ou pedir. Ela sabia o que tinha que ser feito, e Yaku tinha que admitir, ela foi perfeita. 

Yaku- Yukie- ele estava com a testa na maca de Liev, e olhando para o chão- Eu não pude fazer nada.... Eu fui um inútil!- ele rangeu os dentes frustrado- Eu estava lá. Deveria ter cuidado melhor de todos. E mesmo assim.... Fui um estúpido, tão estúpido, que Kenma precisou gritar comigo pra me trazer de volta para a terra..... Havia tanto sangue..... Explosões perto de nós.... - ele contava com um gosto amargo na boca 

Yukie- Yaku-san....- ela ajoelhou-se ao lado dele- Você teve uma crise, pelo motivo mais nobre de todos.... Sei que somos mafiosos, temos uma fama de sermos frios e calculistas, mas..... Quando é conosco, com a nossa familia, com alguém que amamos.... As coisas tomam outras proporções. E nós nunca tínhamos passado por isso. Somos treinados para lidar com missões suicidas, com dores físicas intensas, com planos assassinos, com torturas para arrancar informações e não hesitamos em descartar corpos pela estrada. Nossas mãos estão sujas com todo tipo de crime e violência. Mas nunca fomos treinados para sermos atacados tão profundamente.... Não quando se trata de amor, família ou ... dignidade... - ela baixou os olhos, com pesar 

Yaku virou a cabeça silenciosamente para observar de canto a garota. Ele lembra o que houve com Yukie, o que quase aconteceu, o que Washijo fez com ela, o que ela teria feito consigo mesma, e se não fosse pela Halley e Ennoshita naquela hora... Yukie teria acabado com a própria vida. Ele esboçou um sorriso terno e pousou a mão na cabeça dela. 

Yaku- Temos regras de conduta sim. Não machucamos inocentes, não ferimos crianças, e protegemos quem deve ser protegido. Mas eu concordo, nossas mãos estão sujas com todo tipo de sangue, o sangue de culpados. E eu vou sujar minhas mãos com o sangue dos culpados pelo Liev estar nessa maca. - ele fechou o cenho sombriamente 

Yukie sentiu um leve arrepio na espinha, por mais que sua expressão continuasse neutra. Ela conhecia bem Yaku quando se tratava de atividades de campo. Ele era sorrateiro e ágil feito um gato. Extremamente habilidoso com todas as armas, ele possuía uma mira incrível e cobria a retaguarda como ninguém. Ele e Nishinoya possuíam a mesma função, e a exerciam de forma majestosa, cada qual com sua própria assinatura. 

Yukie- Eu entendo. E para ter condições de fazer isso, antes você precisa...- ela levantou-se- você precisa se recuperar completamente 

Yaku suspirou, levantou-se do banquinho onde estava e olhou para Yukie, como um gato esnobe. 

Yaku- Você não vai desistir não é? 

Yukie- Não, não vou desistir- ela arrumou os óculos, deixando seus olhos com contorno de coruja debochada ainda mais evidentes- Para sua cama, sim? 

Yaku- Hai... Hai.... - ele suspirou- Eu fiz um ótimo trabalho treinando vocês... 

Yukie- Fez mesmo - sorriu - Você pode ficar acordado se quiser, eu vou acordar o Liev. Alisa quer conversar com ele ainda hoje. 

Yaku- Alisa? 

Yukie- Muita coisa aconteceu enquanto estavam machucados Yaku.. Tivemos que recorrer a Alisa, para conseguir o antídoto para o Matsun e o Makki.... - ela olhou para a porta da UTI com a mão no peito- Shimizu está lá... 

Yaku- Shimizu é? - ele levantou uma das sobrancelhas- Está em boas mãos Yukie... 

Yukie- O que? 

Yaku- O Matsun... Está em ótimas mãos. Shimizu vai conseguir o antídoto. - ele olhou sério para ela 

 

Enquanto isso... 

Passos apressados passavam pelos corredores escuros e vazios do interior secreto das instalações Kabuto da Nekoma. Esses passos aceleram ainda mais quando vêem duas pessoas conversando, enquanto tomam um suco no hall do jardim. 

-Halley, Suga-san!

Os dois viram-se para onde a voz estava vindo. 

Halley- Kageyama, um suco? - ela apontou para a jarra com um líquido laranja

Kageyama fez que não com a mão, cordial, e sério olhava para os dois. 

Sugawara- O que houve Kageyama? 

Kageyama- Eu encontrei. 

Halley ficou confusa e olhou para Sugawara que de olhar surpreso, logo sorriu confiante. 

Sugawara- Perfeito. 

Halley- ? Hã? - ela olhava de um para outro, sem entender nada 

Sugawara-  Halley, nós precisamos ligar para Shimizu, você se importa de nos dar licença? - ele pediu cordialmente 

Halley sentiu um leve arrepio quando viu o olhar de Sugawara. Ela concordou, e saiu do recinto. Sugawara naquele momento parecia um corvo pronto para atacar sua presa. Fosse o que fosse aquela informação que Kageyama conseguiu para Shimizu, deveria ser algo muito bom e tático. Os dois estrategistas da máfia dos corvos juntos ali, e com a Shimizu ainda... Ela sorriu. Fez uma ótima escolha ao sugerir que Shimizu fosse a líder do plano com a KGB. 

Ela foi em direção a uma sala que sabia que encontraria os agentes do governo. Eles amavam uma coisa em comum, comida. E com certeza estaria petiscando alguma coisa lá na copa. 

-Halley!! Que bom te encontrar aqui. Vem, senta com a gente. - disse Goshiki animado 

Halley sorriu com ternura e aceitou o convite. 

Eita- Então... - ele pegou um salgadinho que parecia estar recheado com algo bem perfumado - Até agora conseguimos interceptar de forma discreta as investigações que de algum modo pudessem trazer o governo até aqui, ou vincular qualquer rosto dos mafiosos. Para isso... Nós montamos um arquivo Halley, acho que você vai gostar.. - ele virou o notebook para a agente 

Halley debruçou-se na mesa e observou atentamente a páginas do arquivo que Semi tinha montado. Ele tinha pegado uma foto de cada mafioso, nome completo e descrição das funções que exerciam. Esse arquivo tinha sido montado com a permissão dos capitães das máfias. Seria uma forma de agilizar o trabalho que tinha ficado para os agentes do governo, que agora eram foragidos assim como a Halley. 

Despistar. Essa era a função de Goshiki, Semi Eita e Shirabu. Eles eram os peritos nos programas e análises de dados de segurança do governo. Poderiam fazer qualquer coisa sem serem rastreados, mudando apenas alguns detalhes ali e aqui, para não causar alarde e nem dar bandeira. Tê-los como aliados era perfeito! 

Halley- O arquivo está perfeito Eita-kun. Parabéns- ela disse animada- Você realmente fez um apanhado muito bom. Suas análises estão fieis e são representativas. Facilita muito o trabalho de camuflagem. 

Semi corou levemente e coçou a nuca automaticamente. 

Eita- Obrigado Halley... 

De repente, de frente para a garota surgiu um copo generoso de chopp do lado direito e uma porção de casquinhas de siri do lado esquerdo. Ela olhou surpresa e logo levantou a cabeça. 

Halley- O que é isso? Estão tentando me bajular? - ela perguntou sorrindo duvidosa

Tendou- Claro que não. É uma recompensa oras... - ele disse colocando a caneca em cima da mesa e sentando ao lado da garota

Ushijima- Tendou achou que você ia gostar.. sei que gosta de casquinhas de siri... - ele disse neutro 

Halley olhou o gesto dos dois e meneou a cabeça, dando um beijo na bochecha de Tendou e logo levantando-se para fazer o mesmo com Ushijima. 

Halley- Obrigada a vocês dois. Sim, Ushijima, eu amo casquinhas de siri... - seus olhos brilhavam enquanto ela batia palminhas diante do prato- É tão delicioso!!! - estava animada 

Os rapazes a volta dela sorriram brevemente. Era adorável ver esse lado da Halley. Era um contraste especial, que só ela tinha. 

Ushijima- Halley.. Posso falar com você? - ele perguntou olhando para o outro lado 

Halley- Claro.. Meninos, já voltamos! Tendou não toque na minha porção!- ela fuzilou o outro 

Tendou- Droga... - ele bufou 

 

 

Afastados dali, diante de uma janela que dava para o jardim dos fundos, Ushijima encostou no parapeito em silêncio. Halley aproveitou para sentar no parapeito grande da janela e cruzar as pernas em cima do mármore. 

Halley- O que foi? 

Ushijima- Eu estava lembrando... Eu falei coisas que não deveria ter dito no dia que invadi a mansão Karasuno. 

Halley lembrou-se brevemente da cena e sentiu um arrepio ao sentir a mesma sensação daquele dia. Na sua mão, a marca da cicatriz ainda não tinha clareado, estava rosada, indicando que ainda estava cicatrizando. O trabalho médico em sua mão fora espetacular, mas de vez em quando ela sentia as famosas "fisgadas" e uma dor incômoda. 

Ushijima olhou brevemente para a mão machucada dela, e virou o rosto bruscamente. 

Ushijima- Eu acho que está na hora de pedir desculpas apropriadamente pelo que disse para você, e especificamente para você... 

Halley arregalou os olhos. Wakatoshi Ushijima pedindo desculpas? Por quê? Ele que jurou semanas atrás que nunca pediria desculpas porque não tinha o que perdoar... O que havia mudado? De repente seu corpo sentiu uma sensação ruim e ela pulou de onde estava, e ficou de frente para o agente. 

Halley- No que está pensando? - ela perguntou assustada- Você.... O que está acontecendo Ushijima? 

Ushijima- Eu pensei em uma coisa para poder ganhar espaço para a mafiosa que foi para a Rússia. Eu conseguiria tempo para todos vocês e conseguiria informações também---

Halley- Estando dentro! - ela colocou a mão sobre a boca, aterrorizada- Não. De forma nenhuma! Eu não vou permitir! - ela fechou os punhos ao lado do corpo- Você está PROIBIDO de fazer isso Wakatoshi! Se entregar não está nos planos! Em hipótese nenhuma isso vai acontecer! - sua voz estava descontrolada

Ushijima continuava olhando para ela, sério. Halley ficou indignada, ele parecia nem estar ouvindo. 

Ushijima- Você não está pensando como agente Halley. 

Halley- E você não está pensando! - ela falou alto

Ushijima- Eu não estou comentando, isso não está em discussão. Isso vai acontecer. - ele disse no mesmo tom firme que ela

Halley- Por cima do meu cadáver! Você ficou louco??? - ela estava desesperada, pois sabia que quando Wakatoshi colocava algo na cabeça, custava o mundo para tirá-la dele- Agora que estamos todos juntos e seguros! Agora que estamos tomando cuidado! Agora que as coisas estão na linha certa!!?

Ushijima- Eu entendo Halley. Entendo que estarmos em segurança é uma das coisas mais importantes para você. Mas, você me mostrou que descobrir a verdade também é importante, se não, a coisa mais importante aqui. - ele levantou um pouco a voz 

Halley- Eles vão te matar- ela gritou já em pleno choro 

Ushijima- O que foi que eu te prometi Halley? - ele voltou ao mesmo tom de voz

A garota arregalou os olhos e ficou surpresa. Relembrou-se então do episódio da varanda do apartamento de Tendou e Goshiki. Após uma luta, eles prometeram uma coisa, algo que prometeram com seus corações. 

Halley- Não.... -ela sussurrou enquanto grossas lágrimas escorriam 

Ushijima- Eu te prometi Halley. E nunca quebrei ou vou quebrar uma promessa... -ele colocou a mão no ombro dela - Ainda mais por ser com você. 

Halley- Não foi isso que eu quis quando te fiz prometer... - ela disse chorosa- Você não precisa ir para essa missão suicida.... 

-Ele precisa sim Halley. Na verdade, ele vai ser a nossa saída de Tóquio. 

Halley virou-se. 

Halley- Kuroo-san? 

Kuroo- Estávamos com dúvidas de como sair daqui, todos juntos, sem levantar muitas suspeitas. Ushijima então se propôs a nos ganhar tempo, entregando-se para o governo. Ele também chamaria o amigo de vocês que está na Rússia, tirando ele do caminho da Shimizu. Ela ficaria livre para colocar em prática o plano dela, com as informações que Suga e Kageyama conseguiram. 

Halley- Vocês... Vocês... - ela olhava de um para outro-  Deus!- ela colocou as mãos na frente do rosto

Kuroo- Deixamos um carro pronto e equipado. Você parte amanhã de manhã Ushijima- ele entregou as chaves para o agente e estendeu a mão 

Ushijima olhou para a mão estendida e após pensar um pouco, surpreso, apertou-a. 

Kuroo- Em nome de todos da Máfia Miyagi, nós agradecemos. Foi um prazer. 

Ushijima sorriu minimamente. 

Ushijima- Claro. O prazer foi meu. 

O capitão então deu meia volta e saiu do corredor, entrando na escuridão. O agente voltou-se para a garota a sua frente, ela estava com o olhar perdido no chão

Halley- Você já contou para os outros? 

Ushijima- Não. Apenas Tendou sabe. 

Halley- Sabe que eles vão reagir pior que eu, né? - ela levantou a cabeça com um sorriso triste 

Ushijima- Sei... Mas fico feliz que tenha aceitado agora- ele colocou uma mecha de cabelos dela atrás da orelha 

Halley ficou quieta e levemente contrariada. Ela sabia que Ushijima lia suas expressões. No momento que Kuroo falou que seria necessário, ela entendeu que não estava mais na alçada dela. Na verdade, nunca esteve. Eles decidiram. E ela não tinha  que contestar. Até porque, no fundo ela sabia, ela faria o mesmo numa situação dessas. Por fim, Ushijima estava fazendo exatamente o que sempre fez. 

Halley- Você tem a péssima mania de carregar o mundo nas costas. 

Ushijima- Você faz o mesmo. Não sei porquê fala isso como se fosse estranho- falou com seu tom de obviedade de sempre 

Halley sorriu. 

Halley- Por que me contou antes de falar pros outros? 

Ushijima- Tendou achou uma boa ideia- ela colocou as mãos nos bolsos

Halley- Tendou, é? 

Ushijima virou o rosto emburrado. Por fim ele suspirou e respondeu

Ushijima- Porque você é importante, e ter sua aprovação é de muita valia para mim. - ele olhou no fundo dos olhos dela 

Halley ficou muda. 

Ushijima- Você pode não ser minha, Halley Tashima, mas você sempre será alguém importante na minha vida- ele virou-se e foi andando pelo corredor escuro em direção à copa, onde os outros agentes estavam; provavelmente para lhes contar da novidade nada agradável

Halley sentiu uma brisa fria entrar pela janela e ela abraçou seu corpo, sentindo uma parte do seu coração ser apertada com toda a força. 

 

KGB- SALÃO DE REUNIÕES

Um coquetel acontecia dentro do grande salão, enquanto de frente para a janela enorme da sala de reuniões, Shimizu olhava a tempestade que se fazia lá fora. Uma tempestade que era igual a confusão que borbulhava ansiosamente dentro dela. 

Aos poucos ela lembrava de cada detalhe das ligações que tinham acontecido ha pouco. 

Trocando de roupa no quarto de Alisa, que gentilmente abriu um espaço para a mafiosa em seu apartamento pequeno, ouviu algum barulho vindo de uma pilha de roupas. Apesar do barulho alto da ducha ligada, onde Alisa tomava banho, Shimizu reconheceu imediatamente o som do celular descartável que Daichi havia lhe dado. 

Ela olhou confusa e atendeu:

Shimizu- Alô? 

-Shimizu, Sugawara falando! Temos uma ajudinha para você... Soubemos da situação complicada, então arranjamos alguns auxílios de ultima hora. 

Shimizu- Auxílio? Temo? Quem mais está aí? 

Sugawara- Kageyama está aqui na sala comigo. Escute bem, nós temos um possível trunfo para você usar esta noite.... Soubemos de um carregamento ilegal que está tramitando pelas cidades russas nos ultimos meses. O carregamento é de uma droga que o próprio governo russo estava testando como arma de guerra, secretamente. Ela foi roubada dos laboratórios secretos. Foi um alvoroço, e até agora configura uma grande dor de cabeça e pedra no sapato dos russos. Eles não podem ser relacionados, em hipótese alguma, então fingem que não sabem da droga, ou seja não tem como interceptar esse contrabando que ta rolando solto por aí. 

Shimizu- Então a ideia seria: nos oferecermos para interceptar esse carregamento ilegal. Assim, quem estaria envolvido na interceptação não seria a KGB e sim a máfia japonesa... - ela pensou um pouco- Podemos arrumar qualquer desculpa para nosso envolvimento, para o público. E o governo russo não teria mais o risco de ter a droga contrabandeada e circulando por aí, e nem teria qualquer relação com ela - ela disse satisfeita 

Sugawara- Exato. Kageyama conseguiu o local do transporte do carregamento mais recente e mais robusto. O caminhão com a droga estará viajando em estradas montanhosas. Mando a localização mais tarde, ok?  

Shimizu- Suga... Obrigada.. - ela disse com a mão no peito 

Sugawara- Por favor tome cuidado Shimizu. - ele disse mais baixo no telefone 

O coração da garota vacilou por alguns instantes. A ligação então foi passada para outra pessoa. 

-Shimizu, aqui é o Kuroo. 

Shimizu- Kuroo-san- ela cumprimentou cordial pelo telefone 

Kuroo- Vamos conseguir tirar o agente do governo japonês que está aí na Rússia. A distração será criada quando Ushijima se expor em um dos canais de comunicação do governo. Especificamente do Futakuchi. Ele automaticamente terá que voltar para o Japão. 

Shimizu- Certo, mas.... Ushijima vai ser uma isca? 

Kuroo- Ele se ofereceu para essa missão. Os agentes do governo que estão nos dando cobertura digital, tirando nossos rostos das câmeras e desviando informações que podem ligar a sede Kabuto à mafia, vão focar uma imagem do Ushijima no canal de comunicação do Futakuchi. Sendo o responsável, ele volta para cá imediatamente. Você tem caminho livre, e nós teremos tempo para pegarmos os carros e sairmos de Tóquio em segurança. 

Shimizu- Vão deixar o Ushijima para trás? - ela perguntou confusa 

Kuroo- A Halley não lidou muito bem com a ideia de inicio, mas sim. O cara insistiu para deixarmos ele para trás. Ele ganharia tempo e disse que se conseguisse arrancaria informações ele mesmo e nos transmitiria de algum modo. 

Shimizu- Seria uma ótima... - ela disse alto- Kuroo-san, agradeça-o por mim. Isso me tirou um grande peso. 

Kuroo- Pode deixar, já fiz isso. 

Shimizu- Muito obrigada a todos vocês. Agora podem deixar comigo. E fiquem no aguardo no antídoto!

Kuroo- Ah, Shimizu, a Halley quer falar com você, espere aí. 

Shimizu- Ok, obrigada. 

Halley- Shimizu? 

Shimizu- Sim? 

Halley- Sobre o antídoto... Se a KGB não fornecer a receita e sim o antídoto já pronto, não se preocupe, eu vou mandar o Atsumu buscar aí. 

Shimizu- Atsumu? O piloto do jatinho? - ela indagou confusa 

Halley- Sim. 

Shimizu- Perfeito Halley. Obrigada. Vocês estão abrindo as possibilidades. - ela sorriu- Agora é comigo. 

Halley- Boa sorte capitã 

Ela desligou o telefone, deixando Shimizu com um sorriso com o telefone ainda no ouvido. 

 

Na Índia.... 

Washijo olhava desconfiado para Michimiya e Asahi, que na frente do velho, iam caminhando com um guarda sol grande, conversando cordiais sobre as espécies de aves e plantas que encontravam na trilha. A chegada da garota com o mafioso corvo no Hotel Resort que tinha como retiro privado, deixou Washijo surpreso. Ele não esperava companhia, muito menos de um casal que ele achou um pouco estranho. Quando perguntou de Daichi, Michimiya prontamente respondeu que preferia passar a despedida de solteira fazendo ciúmes no noivo. Washijo não discutiu, gostou muito da ideia. Ela estava seguindo os passos dele, e não deixando se levar por emoções, apenas usando das pessoas e de seus corpos. Michimiya garantira para Washijo que Asahi não sabia de nada, então apenas estava brincando com o mafioso mais velho. 

Mas o olhar do rapaz, não o satisfazia. Apesar de parecer excessivamente inocente, como sempre conhecera Asahi, via alguns lampejos de seriedade, misturada a raiva. Ele sentia que algo estava acontecendo, só não entendia o que. Odiava ficar assim, sendo o último a saber. Ele era o dono da máfia Miyagi, e jamais perdoaria algo feito pelas suas costas. 

Jamais. 

 

 

Continua.... 

 


Notas Finais


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Saudades? hahaha <3


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