1. Spirit Fanfics >
  2. Máfia Karasuno >
  3. Olhares

História Máfia Karasuno - Olhares


Escrita por: Yuivie

Notas do Autor


Preparados? Capítulo preparado com muito esmero...

Capítulo 59 - Olhares


NOITE FRIA- FAZENDA DOS IRMÃOS MIYA- 02:38

A noite deliciosamente fria, fazia com que todos se aconchegassem perto da lareira, ou uns com os outros. Os vigias noturnos designados da vez mantinham suas posições e tinham um bom e velho café de apoio. Cortesia de Osamu Miya que não piscou de sono um segundo sequer, desde que voltara com Halley em seus braços, ensanguentada. 

Yaku também mantinha-se alerta e não dormira. Yachi se oferecera para cobrir o turno da noite dele, mas o mafioso da Nekoma recusou. 

Yaku- Não se preocupe Yachi. Está tudo certo! Vá descansar. 

Ele lembrou-se dessas palavras e olhou para sua frente. Na porta do quarto onde Halley estava acomodada, olhou com um sorriso compreensível Hinata e Kageyama dormindo sentados na cadeira ao lado da cama da garota ferida. Seus olhos encontraram-se com os de Halley que sorrindo, fez um sinal com o dedo indicador na frente dos lábios. Ela fazia um leve cafuné nos cabelos de Kageyama que parecia estar desmaiado de cansaço. Hinata tinha se encostado no braço dobrado do moreno e respirava pesadamente. No outro canto do quarto, Akaashi olhava para a cena um pouco sonolento, mas sorrindo. 

Yaku- Como se sente? - ele disse cochichando, indo até a garota

Halley- E estamos nessa situação de novo hein.. - ela respondeu no mesmo tom de voz 

Yaku- Osamu-san me contou que isso é bem comum de acontecer quando você se fere, correto? 

Halley- Sim. O nível de plaquetas no meu sangue é um pouco abaixo do normal. Desde os primeiros exames que fiz na vida, eu acho. 

Yaku- Faz sentido. 

Halley- Akaashi me falou que Bokuto-san me ajudou novamente - ela sorriu olhando para a bolsinha de sangue 

Yaku assentiu. 

Halley- Vou agradecê-lo, de novo- ela riu contida 

Akaashi sorriu logo antes de fechar os olhos e acabar caindo no sono novamente. Halley virou-se para ele e sorriu amável. 

Yaku- Halley... Eu falei com o Osamu-san sobre você e ele me disse algo bem interessante. Você confiou nele por um motivo, certo? 

Halley- Ah sim! Ele ama demais o irmão, Atsumu. Eles podem brigar bastante, mas Osamu daria a vida por ele. - ela olhou para baixo, mexendo com carinho nos cabelos do moreno que dormia ao seu lado 

Yaku- Existe alguma possibilidade disso ter sido instintivo? 

Halley- ? Não entendi

Yaku- Estou criando uma teoria, e parece ser promissora.- ele fez uma pausa pensando consigo mesmo- Você guarda certas coisas no seu subconsciente, coisas que se tornam parte de você e ficam tão fortes que fazem parte de seus instintos. Você confiou em Osamu pela ligação com o irmão dele, muito antes de entender que você também tinha irmãos... Entende agora? 

Halley ficou atônita. Era tão óbvio agora! Será... Que ela seria capaz de lembrar de tudo? 

De repente uma sensação aterrorizante passou pelo seu peito, e ela se assustou. 

Yaku- Halley? O que foi? - ele disse vendo a garota empalidecer na sua frente

Kageyama acordou sonolento e resmungou algo. 

Halley- Está tudo bem - ela disse acariciando seus cabelos, fazendo o moreno voltar a dormir

Yaku tinha que admitir, Halley chegava a assustá-lo as vezes. Como num passe de mágica ela conseguiu controlar o que quer que tenha sentido (que inclusive era forte o suficiente para deixá-la pálida) e agiu como se nada estivesse acontecendo. Quem a olhasse sem conhecê-la, diria que ela é perigosamente fria. 

Halley- E... - ela iniciou, olhando para o nada- E se eu não quiser lembrar Yaku? 

O mafioso ficou surpreso e não soube o que responder. 

Halley- Yaku, toda vez que tento me lembrar, ou inconscientemente lembro, uma enxurrada de coisas ruins começam a acontecer.... Mas, além disso... Eu não sei se vale a pena. 

Yaku- Valer a pena? 

Halley- Eu me tornei uma pessoa completamente diferente. Quem eu era.... - ela olhou-o- não existe mais. E talvez... talvez... não faça diferença saber quem eu fui, ou o que aconteceu exatamente. 

Yaku viu medo nos olhos dela. Com certeza os ultimos dias não tinham sido nada fáceis para Halley. Em pouco tempo ela descobriu uma forte ligação com pessoas antes desconhecidas, perdeu uma antiga colega, descobriu que sua vida era uma farsa, e perdeu um dos melhores amigos e agentes, por quem tinha uma grande admiração. Diferentemente de todos os outros, Halley e Kageyama eram as pessoas que mais eram afetadas quando fragmentos do passado vinham a tona. Por alguma razão, eles ficavam tão abalados que seus corpos reagiam muito mal. É como um cachorro, se ele recebe um estímulo negativo toda vez que faz algo, ele tende a ter medo de fazer novamente. Se chama condicionamento. E Halley e Kageyama parecem estar sofrendo uma especie de condicionamento negativo, pois toda vez que lembram de algo, seus corpos doem, pensou Yaku. 

Yaku- Halley, olhe para mim- ele pegou no queixo dela e levantou-o para si- Você está assustada, e é compreensível. Quem você foi faz parte da sua história, pode não existir mais, mas ela é parte da sua história. Negar isso é negar que você tenha se tornado alguém incrível também. Você é quem é, por todos os mínimos detalhes que aconteceram na sua vida. Você não precisa lembrar de nada agora, e se não quiser, não tem problema, não iremos forçá-la. Descanse! - ele pousou a mão na cabeça dela e sorriu amável 

Halley sorriu fraco e concordou que precisava de um descanso. Ela pensaria melhor nessas coisas mais tarde. Yaku lhe deu algumas pílulas e um copo d'água, em seguida pegou o prato de sopa vazio que estava no criado mudo ao lado da cama e viu Halley se aconchegar na cama novamente. Deitada, ela ficou olhando para Kageyama que dormia sereno. Ela mexeu em seus cabelos e caiu no sono. 

- Yaku-san? - disse sonolento

Yaku- Oh Hinata, volte a dormir. Está frio.. - ele cobriu o mafioso com um cobertor, compartilhando o mesmo com Kageyama 

Hinata sorriu agradecido e voltou a se aconchegar no braço do moreno. 

Yaku sorriu, pegou outro cobertor da estante do quarto e cobriu Akaashi também. A casa estava quentinha, devido à lareira e o forro da casa, todo preparada para epocas como essa. Ninguém passaria frio esta noite, pensou. Bom, pelo menos quem estava dentro do complexo casarão. O médico chefe das máfias ouviu alguns barulhos na cozinha e foi verificar, fechando a porta atrás de si. 

Na cozinha, encontrou Konoha tentando procurar uma chaleira. Ele resmungava algo, enquanto tentava se aquecer esfregando as mãos. 

Yaku- Está ali em cima, pendurada. - apontou 

Konoha virou-se surpreso por não ter notado Yaku ali ainda e olhou para cima em seguida. Ele meneou a cabeça e pegou a chaleira, abrindo a torneira em seguida. 

Yaku- Tudo certo? - sentou-se na mesa, onde havia instalado o notebook, alguns aparelhos de vigia e diversos aparelhos de ausculta. 

Konoha- Tudo. Só está um puta frio lá fora. - ele esfregou seus braços cobertos pelo uniforme almofadado da máfia Miyagi- Acho que desacostumei com o inverno.. 

Yaku- O inverno no interior é mais rigoroso. 

Konoha- Ennoshita nem parece estar se importando com o frio.. - ele refletiu- ele está coordenando a missão e não parou por nenhum segundo. Estamos divididos em equipes para cobrir toda a área e vigiar possíveis invasores ou remanescentes. Oikawa foi conversar com ele sobre o lance de tentarem fingir uma comunicação com o governo, alegando que está tudo certo. 

Yaku- Não acredita que possa dar certo? 

Konoha- Acho muito arriscado. - ele disse apoiado na pia, olhando para Yaku 

A chaleira começou a chiar. 

Konoha- Sinto que não é tão fácil assim... Mas nosso trunfo é poder contar com os agentes do governo. Shirabu parece estar estudando alguns aparelhos que resgatamos na casa da fazendo vizinha. Ele disse que talvez consiga descobrir os códigos que estão sendo usados na missão. 

Yaku- Confia nele? 

Konoha- Depois de tudo? - ele virou-se desligando o fogão- Sim, eu confio. Confio em todos eles.. Confio no Tendou e Goshiki que nos ajudaram, e nos abrigaram. Confio em Shirabu e Semi Eita por nos ajudarem no baile e na sede da Nekoma. E principalmente... Eu confiava em Ushijima, mesmo depois de ter nos atacado, e confio plenamente na Halley. Meu capitão confia. Ela é irmã do meu vice-capitão. Eu confio neles- disse procurando uma xícara 

Yaku- No segundo armário a sua esquerda- ele disse, indicando onde estava a xícara que Konoha procurava

Yaku sorriu e cruzou os dedos enquanto observava como um felino, as ações e ouvia as palavras de Konoha da máfia Fukurodani. Konoha era uma das pessoas mais inteligentes e racionais que ele conhecia, mas ele também tinha um lado instintivo que Yaku achava curioso. Ele era um agente de destaque na Fukurodani e ao mesmo tempo era um tanto quanto discreto. 

Talvez a opinião dele sobre a confiança nos agentes do governo que os acompanhavam era partilhada pelo restante dos mafiosos.

Yaku- Eu mesmo confio neles também Konoha. Não acho que estamos em maus lençois. Não se estivermos com eles ao nosso lado. 

Konoha- Sinto que com eles não estamos nos escuro. Não mais. 

-É curioso como vocês acreditam desse modo neles... É muito curioso... - disse em tom neutro 

Yaku e Konoha viraram-se e encontraram os olhos analíticos de Sakusa. 

Konoha- Chá? 

Yaku- Vocês tem uma visão equivocada sobre nós, em alguns sentidos. Quando confiamos, confiamos por motivos plausíveis e confiamos pra valer, digamos assim. - indicou uma cadeira a frente dele, para o outro sentar-se 

Sakusa- O que juntou todos então é a Halley. 

Konoha/Yaku- Todos percebemos isso. 

Os três permaneceram em silêncio por um tempo a mais. 

Yaku- Tudo certo lá fora? 

Sakusa- O perímetro da casa está tranquilo. O tal de Ennoshita parece estar no controle. Está tudo silencioso. 

Yaku- Um silêncio que me incomoda. O tempo está passando e essa espera me consome energia- ele massageou as têmporas

Konoha- Preocupado com a Alisa? - ele disse sorrindo antes de dar um último gole no seu chá 

Yaku olhou-o incrédulo e antes mesmo que fosse dar qualquer bronca, Konoha acenou e disse: Tenho que ir. Falou! 

Sakusa apenas limitou-se a olhar para os dois neutro. 

Yaku- Caham- tentou desviar do assunto- Vocês pensam em vir conosco? 

Sakusa- Ir? 

Yaku- Bom, eu não sei o que vocês vão fazer, mas se quiserem e acharem mais seguro.... Você e Osamu, no caso. 

Sakusa ficou em silêncio maquinando a ideia. 

Yaku ouviu uma comunicação no rádio, era Kaori o chamando. 

Yaku- com licença, preciso verificar uma coisa. 

Sakusa assentiu. 

Assim que saiu da cozinha, Yaku trombou com alguém e cumprimentou, chamando a atenção de Sakusa

Yaku- Com licença Atsumu.. 

Atsumu- Toda.. 

Seus olhos se encontraram com os de Atsumu e um silêncio desconfortável se instalou no ambiente. 

Atsumu nem sabia o que falar, ou como cumprimentar Sakusa. O mesmo para o moreno que olhava para o chão, sem nervosismo, mas claramente desconfortável. 

Atsumu-Sobre aquele dia, da missão... Acho que seria melhor esquecermos o que houve- ele disse sem muita animação na voz e com um sorriso que Sakusa estranhou 

O moreno refletiu um pouco e virou o rosto, dizendo: Concordo. Nada aconteceu, de qualquer forma

Atsumu- Exato- ele mostrou novamente aquele sorriso

Sakusa se arreependeu de ter concordado e ao abrir a boca, foi interrompido

Atsumu- Tenho que voltar ao meu posto, o dia está amanhecendo. Só vim buscar uma água - ele virou-se e saiu 

Sakusa ficou estático, com a boca aberta mas sem voz. O que foi que ele fizera? Atsumu e ele cumpriram uma missão por fora, juntos, e no meio dela eles passaram uma noite juntos. Sakusa sentia-se horrível por ter ido embora sem dizer ao menos uma palavra e não retornou as ligações do loiro. Ele não sabia o que dizer, não sabia como agir. E agora....

-Foram poucas as vezes que eu vi aquele sorriso no meu irmão- surgiu de uma sombra 

Osamu era muito bom nisso. Espionar nas sombras, sem ser notado. 

Sakusa- Eu nunca tinha visto aquele sorriso. 

Osamu- Eu vi em algumas ocasiões. Nem lembro da última vez. Talvez tenha sido quando o Kita-san se desligou do governo, aposentadoria forçada devido aos ferimentos daquela missão. - ele disse pegando um jarro de água, colocando em uma bandeja, alocando alguns copos em seguida

Sakusa- Onde está indo levar essa água? 

Osamu- Pra onde você acha? Meu irmão tapado veio pegar água e saiu daqui de mãos vazias... - ele saiu do cômodo

Sakusa suspirou e colocou as mãos nos cabelos. Ele não queria se aproximar tanto de Atsumu Miya, pois ele perigosamente deixava-o querendo ficar mais e mais perto. Ele não lidava bem com proximidade, com intimidade. Era estranho. 

 

Na sala de estar... 

Daichi e Sugawara estavam sentados em silêncio no sofá. Shimizu estava apoiada no ombro de Sugawara ainda, mas dormia profundamente. 

Sugawara- Estou cansado... 

Daichi virou-se para ele e lhe deu um beijo singelo na testa. 

Daichi- Descanse. Não temos uma noite digna faz um tempinho. Está friozinho e essa lareira está muito boa. 

Sugawara- Sim, com certeza está. - ele fechou os olhos e respirou fundo, caindo no sono em seguida. 

Daichi levantou-se e esticou um pouco as pernas, indo andar pelo casarão. Encontrou Yaku e Kaori cuidando de Matsun, Sakusa na cozinha com as mãos entre os cabelos e olhando para baixo, Makki dormindo pesado na frente da porta onde Halley e provavelmente Kageyama, Akaashi e Hinata estavam, e finalmente encontrou Oikawa olhando por uma porta de vidro. 

Daichi- Você não deveria estar descansando? 

Oikawa- Tenho que dizer o mesmo Daichi- ele virou-se sorrindo irônico

Daichi- touché- disse brincando, parando ao lado do capitão da máfia irmã Seijoh

Oikawa- Estou sem sono. Não estou relaxado com essa confusão. Iwa-chan está lá fora também. Nâo fico tranquilo. 

Daichi- Partiremos amanhã ao anoitecer, então eu sugiro que você descanse um pouco Oikawa. Iwaizumi vai trocar de turno daqui a pouco. 

Oikawa- Sim, mas isso não me tranquiliza.. Até porque, eu preciso conversar com ele sobre algumas coisas. - lastimou-se- eu odeio conversar 

Daichi- Não. Você odeia ter que discutir sua relação. Você ama falar e discutir a relação dos outros... Então é diferente. 

Oikawa- Eu senti uma certa pontada proposital na sua fala - ele olhou de canto 

Daichi- Então.. Não foi uma pontada, foi um tiro mesmo- ele riu, dando uns tapinhas no ombro dele - Vou indo- ele virou-se- Deixo vocês as sós, Iwaizumi.

-Obrigado Daichi. 

Oikawa fica estático e sua cabeça automaticamente amaldiçoa Daichi, para várias gerações."Ele me paga!"

Iwaizumi- Então, o que queria falar comigo? - cruzou os braços, encostado no batente da porta de madeira

Oikawa engoliu a seco. 

 

Makki dormia quando ouviu o trinco da porta do quarto onde Halley estava, abrir por dentro. Ele abriu os olhos sonolento e bocejou. 

-Makki, olá! Como você está? 

Ao ouvir a doce voz ele virou-se surpreso

Makki- Halley, o que você faz fora da cama?? - sobressaltou-se 

Halley- Shhh! Vai acabar acordando os três... - ela apontou para a porta do quarto, referindo-se aos meninos que ainda dormiam lá - Eu dormi demais. Estou com muita sede, e estou me sentindo bem. Só preciso de um pouco de água, os remédios deixaram minha garganta seca. 

Makki- Então deixa que eu pego! - ele disse severo- Sente-se aqui, eu pego a água na cozinha. - saiu sem nem ao menos dar tempo de Halley concordar ou discordar

A garota apenas sorriu e sentou-se na cadeira onde Makki estava anteriormente dormindo. Era uma poltrona almofadada, bem gostosa, mas nada agradável para dormir ela pensou. Ele acabaria com uma bela dor nas costas. 

-O que faz fora do seu quarto? 

Halley- Eu não estou me sentindo mal! - já retrucou de primeira

Daichi- Halley.... 

Halley- Fiquei com sede, Makki foi pegar água pra mim. Eu simplesmente queria esticar um pouco as pernas. 

Daichi- Temos que prender você à cama isso sim

Halley fez biquinho. 

Halley- Não tem necessidade nenhuma, eu sei descansar.

-Ela nunca soube. 

Halley virou-se incrédula para a voz que vinha do outro lado do corredor

Halley- Escuta, é um complô?? Vou te contar viu Osamu... 

Osamu- Se for pra garantir sua recuperação, é um complô sim, e do pior tipo, porque eu estou nele- aproximou-se da garota com as mãos no bolso; ele colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, colocou um dos braços, dobrado na parede acima da cadeira e inclinou-se levemente encostando suas testas - Como você está? 

-Bem, obrigada- ela respondeu mais baixinho, sorrindo amável

Daichi sorriu levantando uma sobrancelha. 

Daichi- Vou deixar ela aos seus cuidados então Osamu. Estou indo descansar. Partiremos hoje ao entardecer. Saiba que é bem vindo Osamu. Trouxemos uma confusão para você e te colocamos em perigo, então nada mais justo que garantir proteção. Pense a respeito- ele virou-se acenando 

Osamu- Pensarei, obrigado. 

Halley- Vai pensar mesmo?

Osamu- Talvez - sorriu de lado, charmoso

Em seguida, ele inclinou-se novamente na mesma posição de antes, e pegou no queixo dela, admirando os olhos dela. 

Osamu- Se eu te beijar agora você vai me odiar? - ele sussurrou, olhando-a curioso

Halley- Te odiaria se você não beijasse- ela puxou o colarinho dele e beijou-o ela mesma 

A boca dela tinha gosto de menta. Um dos primeiros remédios era sabor menta, e ela teve que ficar mastigando durante algum tempo. Ele adorou aquilo. Ela desarmava ele de todas as formas, e ele adorava isso. A língua quente dele, fazia-a sentir um gostinho de quero mais. Eles se separaram ofegantes. Halley estava corada e seu roupão estava afrouxando levemente, mostrando seu busto, que ele sempre amou. Ela parecia tão vulnerável ali, corada, ofegante e quente. 

Osamu- Espero que isso não seja febre- ele disse antes de beijar o pescoço dela 

Halley pensamento- Eu vou acabar desmaiando aqui se ele continuar assim... 

Osamu- Você será minha e só minha, hoje... - ele escorregou a mão pelo busto dela e pelo pescoço, chegando aos cabelos macios e puxando-os levemente para trás

Seus olhos agora estavam mirando os dele. Osamu arregalou os olhos ao vê-la naquele ângulo. Os lábios levemente avermelhados pelo beijo anterior, a boca entreaberta, O roupão caindo. Os olhos dela semicerrados. Ele começou a sentir seu coração acelerar demais, e sua respiração descontrolar. Era ela.. A única mulher capaz de fazê-lo ter um leve descontrole do corpo. 

Halley abriu os olhos e sorriu, puxando-o e beijando com maior fervor. Ela abraçou-o no pescoço, levantando-se da cadeira. As mãos do rapaz abraçaram a cintura dela e colaram seus corpos. Osamu sentia tanta vontade de tê-la que seus carinhos chegavam a machucá-la. Ele apertava sua cintura com força e seus lábios escorregaram da sua boca para o pescoço. Ele mordeu a pele deliciosa e com cheiro de jasmin, olhando de canto a reação de leve dor dela. Sorrindo, o rapaz lambeu devagar a região. ELe mesmo estava trêmulo e ofegante.

Osamu- Não consigo lidar com você Halley... 

Para sua surpresa, Halley agarrou-se na camisa branca dele e quase foi ao chão. Suas pernas perderam as forças e ela teria caído se Osamu não tivesse sido rápido pegando-a no colo, e sentando na cadeira, com ela sentada em si. 

Osamu- Halley, olha pra mim, você está bem? - ele perguntou, pegando no rosto dela com carinho 

Halley- Eu... Perdi o controle.. das pernas... - ela disse trêmula 

Osamu sorriu- Desculpe.. - ele sussurrou- Acho que exagerei... - sorriu encostando suas testas

Halley o surpreendeu novamente, beijando o pescoço do rapaz de levinho. Ele fechou os olhos, aproveitando esse toque tão delicioso. 

Halley- Meu corpo ainda não está todo recuperado..- ela sussurrou 

Osamu sorriu, apertando a coxa dela, desnuda do roupão. 

Makki chegou com o copo de água e encontrou-os sentados na cadeira onde ele estava. Por um momento, um flash de uma cena imaginária se fez na cabeça dele e o rapaz gelou. Osamu parecia ter olhos sérios e mortais, enquanto Halley sentada no colo dele, com as pernas apoiadas no braço da cadeira, parecia ser a mulher perfeita, com olhar e sorriso maliciosos. Makki os viu como um capitão de máfia e sua vice, sentados no trono, lançando um olhar que faria todos se curvarem em respeito. 

Quem. Eram. Aqueles. Dois? 

Voltando a realidade, como se a miragem tivesse passado mas a sensação não, ele viu Osamu com os braços segurando Halley e sorrindo de olhos fechados com a testa encostada na da Halley, que sorria, passando as mãos pelo pescoço dele. Makki pigarreou:

-A água, Halley

Halley- Ah, Makki! Obrigada! - ela disse estendendo a mão 

Nenhum dos dois parecia desconfortável. 

Halley terminou o copo numa golada só e desceu do colo de Osamu. 

Halley- Eu preciso descansar mais... 

Osamu pegou sua mão e a ajudou a entrar no quarto e se acomodar. 

Makki apenas voltou para sua cadeira e pensou naquela sensação que teve. Aquela imagem imponente e imaginária. Será que Halley e Osamu entendiam o poder que tinham juntos? Ele pensou em Ennoshita. Halley parecia uma mulher normal ao lado dele. Mas ao lado do irmão de Atsumu, ela parecia uma mulher diferente, mais poderosa, mais perigosa, uma... dama do crime? 

Ele riu daquele pensamento e pegou do seu bolso da jaqueta, uma revista e um lápis e pôs-se a fazer palavras cruzadas. Era um belo passatempo para aquela noite fria. 

 

 

Continua

 

 


Notas Finais


Vamos lá!! O que acham do casal Osamu e Halley?
Eu quero saber, apesar de ja ter o curso dos casais, meio que decidido. Mas nada me impede de estar curiosa quanto às opiniões:
Ennoshita x Halley
ou
Osamu x Halley?

Aproveitem para comentar o que quiserem também!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...