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História Máfia Potter - Casamento


Escrita por: AnneCGB

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês! Beijos! Comentem! 😊

Capítulo 3 - Casamento


Fanfic / Fanfiction Máfia Potter - Casamento

Pov Gina:
Estava terminando de colocar minhas sapatilhas, pego minha bolsa e desço. Faltavam exatos três dias para o meu casamento, e hoje seria o exame. Suspiro cansada, não tem um só momento que eu não pense em como serão meus dias de casada, não tenho nenhuma esperança de me dar bem com o Harry. E não sei se posso fazer alguém que mal suporta me olhar, me desejar e me querer de outra forma.
Entro no carro em silêncio e nos encaminhamos para o hospital da Máfia, assim que entro pelos grandes portões branco encontro com Harry e seus pais.
Ele me olha com a mesma cara sem expressão de sempre, e os olhos vazios e gelados.
— Gina, já vão te chamar para o exame.— Minha mãe informou e eu assenti.
Ficamos todos em um silêncio incômodo, que só era quebrado pelas falas baixas da minha mãe e da Lilian sobre o casamento, às vezes elas tentavam me participar, mas meu ânimo era zero.
— Gina Weasley— O médico chamou. Para a minha surpresa era um belo homem alto, de pele bronzeada, cabelos escuros e os olhos mel. Era uma verdadeira tentação, acho que fiquei tão perdida em sua beleza que não reparei que ele se aproximou.
— Bom dia, senhorita Weasley. — sou Ralph Thomas e serei o responsável pelas suas consultas Ginecológicas, vou te acompanhar de agora até as suas gestações. Pode me acompanhar? — Ele pediu estendendo a mão, logo assim que toquei sua mão ouvi a voz de Harry que me causou um arrepio. Eu definitivamente, odeio o poder que ele tem sobre mim.
— Ginecologista homem?— Ele perguntou com a cara nada boa, vejo Lilian e minha mãe darem um sorriso.
— Não vejo problemas, mas não acho apropriado que a futura mulher do dono da Máfia seja vista de forma íntima por outro homem.
— Ele cuida de todas as mulheres na Máfia.—Thiago respondeu
— Bom, nesse caso pode ir— Ele falou com desdém e o sorriso no rosto da minha futura sogra e da minha mãe se dissipou, é claro que ele não se importava comigo, ele só estava pensando em sua posição enquanto chefe da Máfia. Levantei sem olhar para ele e fui até o consultório.
— Pode se sentar, senhorita Weasley. Ou quase senhora Potter — Ele tentou brincar
— Pode ser só senhorita Weasley.

— Mas faltam apenas três dias para o casamento.— Ele disse e eu fiz uma expressão de completo desânimo.
—Já entendi, você não está muito feliz com esse casamento.— Ele disse e depois fez uma expressão de choque, como se tivesse se arrependido de ter falado.
—Desculpe
—Não por isso, acho que não consigo esconder meus reais sentimentos.—Eu disse dando um sorriso.
—Então doutor, Thomas como será o exame?
— Pode me chamar de Ralph.
— Nesse caso, pode me chamar de Gina, sem Wealsey e sem Potter, sem formalidades.
—Tudo bem, mas só aqui dentro. Não posso me arriscar com o Potter lá fora, ele parece ser ciumento.—Ele disse e eu ri em deboche.
— Ciumento? Não se engane, ele está com medo da imagem dele, não com ciúmes de mim.
—Vocês não se gostam?—Ele perguntou se sentando, e eu fiz o mesmo.
—Desculpe se estiver sendo invasivo, mas ajuda na consulta, a pessoa fica mais relaxada.
—Tudo bem, bom na verdade eu sempre amei o Harry e sempre quis casar por amor.
—Então qual é o problema?
— Ele, Harry não me vê assim. E sempre faz questão de deixar bem claro, que não vai me querer nunca. E você sabe, o homem na Máfia pode fazer o que bem entender, tem noção do quão odiosa será a minha vida?
— Eu sinto muito senhorita...Gina, você parece ser uma boa pessoa, merecia seu final feliz. Mas muitas coisas podem acontecer.
— Final feliz? Acredita mesmo nisso?
—Claro que sim, por que não acreditaria? Acho que nossa vida toda é um livro em branco, e a cada acontecimento preenchemos esse livro, e você merece que o final do seu seja feliz.
— Mas pelo visto, não será.
— Não pense assim, confia, o que tiver que ser será.— Ele disse e acho que estava tão sensível com a situação que acabei chorando, eu sempre pensei assim sobre finais felizes, Ralph me confortava de alguma forma.
— Por favor não chore, quando mulheres lindas choram eu não sei como agir— Ele disse tentando sorrir e me abraçando, não pude deixar de perceber que ele me chamou de linda, eu nunca tinha recebido um elogio, ainda mais um que pareceu tão sincero. Me senti bem com o seu abraço.
— Gina, o exame é um pouco invasivo, sinto por isso, mas será bem rápido e os próximos serão melhores. Farei uma ultra pélvica, pra ter certeza que tudo está bem com o seu útero e que você será capaz de carregar os futuros herdeiros da Máfia. Após isso farei um exame mais clínico.— Ralph falou e eu assenti. Realmente o exame foi invasivo, nenhum homem nunca havia me visto nua. Quando precisava ir a algum médico, esse sempre era uma mulher. Ralph conversava comigo e deixou tudo mais descontraído e com isso o exame passou bem rápido.
Assim que terminou me ajeitei novamente e me encaminhei até a sua mesa.
— Bom Gina, devo dizer que seus exames apresentam ótimos resultados. Você é saudável assim como seu útero. E pode carregar quantos herdeiros forem necessário. Preciso chamar o senhor Potter, para passar o resultado do exame.—Ele disse saindo pela porta, não demorou muito e Harry entrou.
— Bom senhor Potter, como já disse para a Gi... senhorita Weasley, a saúde dela está ótima e ela pode gerar quantos filhos desejarem.—Ralph disse o mais breve possível. Não pude deixar de notar a frustração nos olhos do Harry, quando ele ouviu que eu poderia gerar filhos, ele assim como eu tinha alguma esperança desse exame nos afastar de vez.
— Bom, se isso é tudo vamos embora.—Harry se levantou.
— Obrigada Doutor, vejo você no casamento.
— No casamento?—Harry questionou surpreso.
— Sim, o convidei.—Eu disse firme não dando nenhuma chance para um questionamento, ou alguma gracinha que Harry pudesse falar. Ele simplesmente assentiu e saiu.

3 Dias depois

Pov Harry:
Já era a quinta vez que tentava em vão dar um nó na gravata. Sem falar no cabelo, mas ele eu já desisti de pentear faz tempo. Estava mais uma vez tentando dar um maldito nó, quando a porta do quarto foi aberta e minha irmã entrou sem nenhuma cerimônia.
— Você e sua briga eterna com nós de gravata.— Hermione disse com um sorriso nos lábios e eu acabei rindo, era a primeira vez no dia, aliás a primeira vez em dias que eu sorria de forma realmente verdadeira, ela se aproximou tomando conta da situação como sempre fazia e formando com maestria um nó de gravata. Era incrível como as coisas pareciam tão absurdamente fáceis para a minha irmã.
— Onde está o Rony?
— Lá nos jardins
— E como está?
— Muito lindo, mamãe e Molly fizeram um ótimo serviço. O local está lindo em cores neutras, salmão, prata e branco. Vai ser um belo casamento.— Hermione disse tentando inutilmente me animar.
— Não me referi aos jardins. Como Rony está? Não nos falamos a alguns dias, tentei ligar para ele mas acho que ele não viu minhas infinidades de chamadas perdidas.
— Ele viu— Hermione falou com um ar cansado.
—Então...—Fiquei sem entender.
—Ele tomou as dores da irmã, Harry.
— Isso é injusto, ele sempre foi meu melhor amigo.
— Bem como sempre foi irmão dela. Como se sentiria se soubesse que meu casamento com ele foi feito de um acordo? Que ele me despreza? Que ele vai me trair e jogar meu nome na lama, como uma mulher traída sem se preocupar com os meus sentimentos?— Hermione disse e só de imaginar ele ou qualquer homem a fazendo sofrer, já me indignava completamente.
— Eu o mataria.
— Então você deve concordar, que ele está pegando até leve.
— Eu acho que a Gina merece ser feliz, mas eu não vou conseguir dar isso para ela.  Não quero criar falsas esperanças nela.— Eu disse e minha irmã sorriu de lado.
— Cuidado, Harry Potter! Cuidado para não cair na própria armadilha, cuidado para não virar refém do seu próprio ego e prepotência. A chuva que molha lá, pode acabar molhando aqui.— Ela disse me dando um beijo na testa e saindo.
Meu pai entrou no quarto sem nenhuma cerimônia.
— Harry, esse é o seu livro de registro na Máfia, todos os seus feitos, segredos, medos e desafios relacionados a máfia devem ficar expostos aqui. O do seu avô está no cofre do escritório e lá também ficará o meu.— Meu pai disse me entregando um caderno preto, com meu nome gravado em ouro. Ótimo, outro diário.
— Já leu o do seu pai?— Eu perguntei curioso.
—Nunca tive coragem.—Ele respondeu em lamentação.
— Por que?
— Meu pai antes de morrer, me pediu perdão pelo que havia no diário. Sempre tive receio de abrir e acabar com a imagem que eu tinha do meu pai, abrir e conhecer uma nova pessoa.
— No seu livro tem muitos segredos?
—Tem alguns medos e realizações, meu principal segredo está no diário que eu te dei.
Dizendo aquilo meu pai saiu, olhei a hora e a hora não aguardada finalmente havia chegado.
Desci e encontrei com a minha mãe já posicionada na porta, com um belo vestido dourado. Entrelacei meu braço com o seu e nos encaminhamos para o altar, de fato os jardins estavam lindos. Me posicionei esperando por Gina, não demorou muito e uma marcha nupcial tocou revelando a noiva. Acho que não foi possível disfarçar a minha cara de surpresa, Gina estava linda, sem dúvida era uma mulher, sorri de forma espontânea ao reparar que seu vestido não era o branco tradicional e sim um perolado com pedras que pareciam combinar melhor com sua cor de pele, fazendo ela reluzir. Ela veio o caminho inteiro séria, sem esboçar um sorriso que fosse. Quando se aproximou do altar, reparei em seus olhos azuis procurando alguém entre os convidados, foi tão rápido que não consegui ver quem era, mas na certa era alguém que a deixou feliz pois ela imediatamente abriu um sorriso bobo, que logo se dissipou quando seu pai a entregou para mim no altar.
Os votos aconteceram de forma sóbria e rápida, tudo sem emoção. Após o "sim", fomos para a tradicional dança dos noivos. Enlacei a sua cintura e dançamos uma música lenta.
— Sem branco— Disse em seu ouvido e vi que ela se arrepiou, de alguma forma pela primeira vez gostei do efeito que causava nela.
— Já havia dito para você que não gostava do branco.
— O perolado do vestido a deixou ainda mais linda.—Eu disse e ela nada respondeu, mas vi quando seu rosto se transformou em uma careta quando ela tentou reprimir um sorriso.
—Todos olham para a gente e suspiram, será que acham que estamos felizes?— Eu perguntei em seu ouvido.
— Acho que disfarçamos bem.
— Parece que sim.
Ao final da música, todos foram para a pista de dança, eu dancei com a minha mãe, com a minha irmã e minha sogra, Gina com seu pai e seus irmãos. Uma nova música lenta começou a tocar, Gina iria se sentar já havia reclamado de dor, quando ela pensou em sentar, vi o médico se aproximar dela e a puxar para uma dança. Fiquei observando a sintonia deles, ela imediatamente aceitou e eles dançavam e conversavam. Ele arrancava belos sorrisos dela, isso me fez perceber que quando Gina sorria ela se iluminava, e me fez reparar também que quase não via Gina sorrir como naquele momento. A dança acabou e para se despedir o tal médico beijou as costas de sua mão.
Vimos os convidados irem embora e meu pai se aproximar com uma chave.
— A casa de vocês é a quarta dentro do nosso condomínio. Boa lua de mel.—Ele desejou se despedindo de mim e da Gina, o mesmo fez minha mãe e os pais dela. Quando todos foram embora, nos encaminhamos para o carro eu não abri a porta para ela, e ela teve um pouco de dificuldade para entrar no carro com aquele vestido pesado.
— Já conhece a casa?
— Fui algumas vezes, para ajeitar algumas coisas.— Ela disse e eu só concordei com a cabeça. Liguei o carro e segui até lá a mansão era de fato linda, e tudo por dentro estava bem arrumado, fomos até o quarto principal que estava todo arrumado em clima de lua de mel. Olhei para Gina que me encarava corada, sorri de canto e resolvi me aproximar. Virei ela de costas para mim e desabotoei seu vestido, lentamente, quando o último botão foi aberto o vestido caiu por seu corpo, e que corpo devo admitir.
— Bom acho que esse será seu quarto.— Eu disse saindo.
—Você não vai... hum...bem... nós...— Ela não conseguia formar uma frase que fosse.
— Me deitar com você, dividir uma cama?— Eu disse e ela continuava perdida.
—Transar?— Eu disse e ela ficou mais vermelha do que alguém poderia ficar, me aproximei dela com um sorriso.
—Transar com você? Sério Gina? Isso não vai acontecer— Eu disse e a sua expressão foi de completa incredulidade.
—Mas precisamos de herdeiros.— Ela disse por fim.
—Para controlar a Máfia sim. Para participar dela, só me basta ter casado.
—Mas sem herdeiros...
—Se minha mulher não me der herdeiros, posso me separar dela por incompetência. E continuarei participando da máfia.
— Mas meus exames estão bons, posso te dar um filho! Não vai conseguir o que quer, eles vão saber que você não me tocou.—Ela disse nervosa e eu gargalhei.
—Vão? Quem vai contar? Você? Mulher e sem voz? Ou o seu novo amiguinho médico? Você sabe que é o melhor—Eu disse e tive que ser rápido, para segurar sua mão antes que ela me acertasse em cheio.
—Você é mais odioso do que eu pude imaginar, Harry Potter. Você é um dos seres humanos mais desprezíveis que eu já tive o fardo de conhecer.— Ela cuspiu as palavras com nojo.
—Sou isso tudo, mas não é isso que te deixa com mais raiva. O que te consome, é saber que sou isso tudo e mesmo assim é louca por mim.
— E sabe o que vai te consumir? Sua felicidade não está comigo, você está certo. Mas o problema não sou eu, o problema é você, você não é feliz, você é vazio, gelado e ninguém nunca vai alcançar o seu coração. Porque ele não existe, se quer me banir da Máfia ótimo, me tirar de perto da minha família, ok, vou superar isso. Porque eu sei que em algum lugar no mundo eu vou encontrar alguém que vale a pena, e você vai continuar como sempre esteve, vazio, sozinho e triste. Saí do meu quarto e me faz um favor, em dois meses peça o divórcio alegue minha impotência. E me livra logo do fardo de dividir o mesmo teto com você.— Ela disse e bateu a porta na minha cara, suas palavras pesaram como uma pedra de toneladas, fui até o bar de casa colocando uma dose de Wisk e virando de uma só vez. Dois meses, dois meses e aquilo terminava.


Notas Finais


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