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História Magic and Seduction - Amor, maldição e magia


Escrita por: Miss_Sw

Notas do Autor


Olá, pessoal!
Aqui estou eu novamente, compartilhando com vocês minha nova fic do EXO (porque sim!).
Ela ainda está em construção, mas já está adiantada, então não se preocupem, pois farei o possível para terminá-la a tempo de não causar nenhum atraso, ok!
Assim como eu fiz com Starlight, MS será postada uma vez por semana, provavelmente na sexta (quando não, no sábado) e, enquanto estiver de férias tentarei responder rapidamente aos comentários de quem se dispuser a ler e deixar sua opinião.
Como muitos perceberão, tive como inspiração para esta fic a estória do filme Da Magia à Sedução (adoro esse filme). Usei a estória como base, mas o desenrolar dos acontecimentos é por minha conta, okay?

>>ATT: Esta fanfic está em processo de revisão, portanto, se você está começando agora, pode notar certas diferenças entre os capítulos iniciais e os restantes, pois estou indo na ordem e atualizando quando dá tempo. Ainda assim, sejam bem vindos, espero que apreciem a leitura! ;)

Capítulo 1 - Amor, maldição e magia


Fanfic / Fanfiction Magic and Seduction - Amor, maldição e magia

 

“Dizem que nosso destino é costurado, como um tecido,

em que a sina de um se interliga à de muitos outros.

É a única coisa que buscamos ou que lutamos para mudar.

Alguns nunca encontram o destino.

Mas outros são levados a ele.”

(Brave)

 

Há muito tempo, nas terras que hoje são conhecidas como Coreia do Sul, em uma data já perdida da memória e dos relatos, existiu um feiticeiro amável e gentil chamado Kim Sungjae.

Sabe-se pouco sobre sua história, pois o tempo se encarregou de apagar da lembrança das gerações seguintes à sua muito do que lhe acontecera. É sabido, porém, que Sungjae, ainda jovem, teve um grande e profundo amor, mas até hoje se ignora quem de fato fora o alvo de seu afeto. No entanto, foi justamente aí que começara o seu infortúnio.

Uma feiticeira muito poderosa - que, segundo os relatos, se chamava Xi Yang -, acabou por descobrir de quem Sungjae gostava e, por alguma razão desconhecida, ficara furiosa com isso. Sua ira fora tanta, que ela resolveu castigar o rapaz com o terrível peso de uma maldição que recairia não apenas sobre os seus ombros, como também sobre todos os seus descendentes.

A partir de então, o jovem feiticeiro, bem como toda a sua linhagem, estariam fadados a conhecer o amor apenas para perdê-lo. Seria permitido a eles que desfrutassem somente pelo tempo suficiente para que houvesse frutos desse amor, garantindo assim mais uma geração de amaldiçoados.

Os descendentes, sempre dois, seriam ambos do sexo masculino. Um passaria adiante a maldição, enquanto o outro não seria capaz de amar verdadeiramente nem ser amado, tampouco seria capaz de gerar filhos. E quando o sinal aparecesse - a rara borboleta da morte -, eles saberiam que era chegada a hora de ter seu amor tirado de si. Não haveria como impedir.

Após a maldição, Xi Yang rumara para a China, levando consigo seus irmãos mais novos, o belo casal de gêmeos Xi Ling e Xi Zang. Quanto a Sungjae, com o tempo acabou se apaixonando novamente - embora não com a mesma intensidade - e se casou, tendo com sua esposa dois lindos filhos.

Uma primavera após dar à luz ao último rebento, a jovem senhora Kim inadvertidamente cruzara o caminho de um touro furioso que se libertara de seu cárcere. Não resistindo ao ataque feroz, a pobre mulher exalara seu último suspiro no exato momento em que, na comodidade de seu lar, Sungjae avistava finalmente aquilo que mais temia ver: As asas negras salpicadas com pintas vermelhas da borboleta da morte.

Desde então, assim tem sido, de geração em geração. Nunca sendo possível evitar que o amor e, posteriormente, a tragédia acontecessem. Da mesma maneira como não se podia determinar qual dos dois descendentes passaria adiante a maldição e, quando se descobria, já era tarde demais para se tentar evitar o fatídico futuro.

Dessa forma, centenas de anos se passaram e, quando chegou a vez de Kim Minhyun, não fora diferente. O rapaz se casou cedo - aos vinte e um -, não resistindo aos encantos exóticos de Jung Yanghae. Da união, nasceram Junmyeon e Jongin, tão diferentes entre si que só se notava que eram irmãos pelo cuidado e carinho que tinham um com o outro.

Pouco depois de completarem, respectivamente, três e dois anos, os garotos haviam perdido sua mãe em um trágico acidente em que o elevador que a transportava caíra do sexto andar de um prédio comercial.

A empresa indenizara a família, mas isso não era suficiente para aliviar a dor da perda e, meses depois, ainda em depressão pela morte de sua amada, Minhyun veio a falecer em um acidente de carro. Seus filhos foram deixados aos cuidados de seu irmão mais velho, Kim Wongho, que os criou com muito carinho e dedicação.

A cada um dos garotos, assim que completaram onze anos, foi permitido escolher um nome de feiticeiro, como era costume na tradição dos Kim, e dessa forma optaram por usar seus apelidos: Junmyeon seria chamado de Suho, e Jongin responderia por Kai.

Como cidadãos, entretanto, continuariam utilizando normalmente seus nomes de registro. Não que vivessem praticando magia, é claro, porém vez por outra realizavam alguns dos rituais passados de geração em geração.

Assim como seus antepassados, Suho e Kai conheciam o pouco que se sabia sobre Sungjae e a maldição. No entanto, não estavam dispostos a ficar de braços cruzados e deixar que isso simplesmente lhes acontecesse.

Não seriam eles os primeiros a tentar algo na intenção de mudar seu destino, pois incontáveis membros da família antes deles fizeram tentativas infrutíferas, que só serviam para deixá-los frustrados. Contudo os garotos sentiam que não poderiam ficar parados, que deveriam tentar. As coisas seriam diferentes com eles, daria tudo certo. De alguma forma, eles tinham certeza disso.

 

ʚïɞ

 

Estava quase tudo pronto. O sol havia se escondido há algumas horas e um manto azul escuro já se estendia pelo céu. O clima estava agradável e brindava os garotos com uma brisa suave que entrava no quarto pela porta aberta que levava à pequena varanda.

Jongin completara doze anos havia pouco mais de um mês e o momento ideal para fazer o seu primeiro ritual finalmente havia chegado: A primeira noite de lua nova do outono.

As pessoas costumavam pensar que era durante a lua cheia que os feitiços deveriam ser feitos para que funcionassem ou para que fossem mais fortes, mas elas estavam enganadas. Era possível realizá-los em qualquer fase da lua, dependendo, porém, de que tipo de feitiço estaria sendo praticado e qual a intensidade que se queria alcançar.

Para os garotos, por exemplo, a lua nova era ideal, pois representava o início e a capacidade constante de renovação, além de conferir média intensidade ao ritual. Essa fase também era ideal para o tipo de magia que eles queriam praticar: um feitiço de amor.

― Ah, Suho, estou tão animado! Finalmente vamos fazer nosso primeiro ritual sozinhos! ― O pequeno e magro Jongin falava pelos cotovelos desde o cair da noite, ansioso pelo acontecimento que marcaria a sua vida como feiticeiro herdeiro dos poderes místicos da família Kim.

Junmyeon apenas sorria e tentava acalmar os ânimos do mais novo, afinal, manter a tranquilidade era essencial para que o ritual saísse como o desejado. E nenhum dos dois queria correr o risco de algo dar errado.

― Fale mais baixo, Kai! Não esqueça de que a condição que o tio Wongho impôs pra que a gente pudesse fazer isso sem a supervisão dele foi não fazermos muita bagunça ou alarde.

Voltou-se para o mais novo enquanto carregava com cuidado uma tigela cerimonial de cerâmica antiga, própria para ritos como aquele. Apesar do tom levemente severo, trazia um sorriso singelo no rosto. Não podia negar que também estava ansioso, afinal nunca fizera qualquer ritual sem a ajuda e os conselhos do tio.

Eles fariam um feitiço simples que Suho tinha visto em um livro antigo que, certo dia, encontrara em um baú bastante velho e gasto que jazia quase escondido em meio à bagunça do porão.

Inicialmente, o garoto julgara ser um livro de receitas, já que havia algumas nas primeiras páginas. Porém, ao passar mais algumas páginas, percebera que se tratava, na verdade, de um livro de anotações de um aprendiz, cujo conteúdo contava com feitiços simples e bem explicados, complementados por minuciosas observações a respeito de plantas e de pequenos animais.

Suho colocou a tigela cerimonial no chão, próxima à outra - que seria utilizada por Kai -, e dos demais ingredientes necessários ao ritual. Conferiu a posição da lua no céu e confirmou que havia chegado o momento. Os irmãos ajoelharam-se no chão, um de frente para o outro e para suas respectivas tigelas, iniciando a movimentação de forma quase sincronizada.

Ambos tinham à sua direita uma pequena garrafa contendo água de absoluta pureza, colhida diretamente de uma fonte natural e deixada por três noites seguidas absorvendo raios lunares, a fim de energizá-la. Cada um pegou sua garrafa e verteu, cuidadosamente, o conteúdo na tigela.

Logo depois, desenharam no centro do recipiente uma espiral utilizando mel, que se depositou no fundo da tigela sem se diluir na água. A seguir, pegaram o último ingrediente: as pétalas. Estas eram diversificadas, sendo de rosas brancas, vermelhas e cor-de-rosa para Jongin; e de amores-perfeitos para Junmyeon.

Cada um pegou as pétalas que havia escolhido e colocou sobre a água, mergulhando delicadamente parte delas com a ajuda de um bastão de vidro. Deram-se as mãos e fecharam os olhos, mentalizando os seus desejos.

Suho não conseguiu evitar lembrar-se do que vira em seu sonho, na noite anterior. Era estranho e confuso, pois tinha visto apenas um rosto um tanto embaçado, do qual não soube definir o gênero, mas que lhe pereceu muito bonito.

Decifrara apenas que o sorriso era realmente encantador, formando uma linda covinha na bochecha; todavia, os olhos é que eram o diferencial: um azul e o outro verde. O que para muitos poderia ser estranho, para Junmyeon era simplesmente perfeito.

Ainda mantendo os olhos fechados, o mais velho apertou de leve as mãos do irmão, sinalizando que deveria começar a recitar o seu desejo, e assim o menor o fez.

― Eu desejo amor abundante e sem limites ― Kai recitou e apertou as mãos do mais velho, dando a entender que era sua vez. Suho sorriu diante da simplicidade do pedido do irmão, já que ele próprio havia pensado em algo um pouco mais elaborado.

― Quero um amor que seja inteligente; que saiba me compreender e me ajudar quando necessário; que me apoie e me respeite; que me ame acima e apesar dos meus defeitos, e que seja perfeito pra mim. Ah, mais uma coisa: que seu sorriso forme covinhas e que tenha um olho verde e outro azul.

― Isso não vale! ― Jongin falou em tom reprovador, abrindo repentinamente os olhos. ― Desse jeito não vai dar certo, isso nem deve existir de verdade!

O mais velho apenas sorriu novamente e soltou as mãos do outro, antes de se levantar e pegar a tigela à sua frente, seguindo em direção à varanda.

― Ainda não acabou, Kai! Temos que fazer a última parte. Venha! ― passou pela porta, tomando cuidado para não deixar cair nada, e foi seguido pelo mais novo ainda contrariado. Pararam próximos ao parapeito e ergueram as tigelas à frente do corpo, começando a recitar em uníssono.

Terra que a todos sustenta, aceite essa oferenda e um amor fiel me oferte!”

À medida que eles recitavam, a natureza ao seu redor dava sinais de que estava atenta ao seu clamor e, dentro das tigelas, demonstrava seu poder de transformação. A energia da terra, ao ser invocada, alinhou as pétalas, de modo a formar um círculo perfeito.

“Ar que envolve e suaviza, aceite essa oferenda e um amor tranquilo me oferte!”

O ar, ao ter sua participação solicitada, ergueu o círculo de pétalas a uma altura pouco acima dos olhos dos garotos, e o manteve flutuando.

“Água que acalma e purifica, aceite essa oferenda e um amor sincero me oferte!”

A água, por sua vez, formou um pequeno redemoinho, misturando-se completamente ao mel depositado no fundo do recipiente e, a seguir, ergueu-se também, envolvendo o círculo de pétalas em um globo transparente.

“Fogo que a tudo consome, aceite essa oferenda e um amor ardente me oferte!”

O fogo logo se fez presente, transformando a água em vapor que envolveu as pétalas por alguns segundos. Quando o vapor se dissipou, deixou à mostra algo quase completamente diferente.

Havia agora apenas uma pétala visível em cada círculo, protegida dentro de uma espécie de cristal em forma de gota. As demais pétalas pareciam ter se enrolado umas nas outras, formando um cordão fino e enegrecido, que permaneceu suspenso no ar tendo a pétala solitária como pingente.

“Lua que encanta e fascina, aceite essa oferenda e um amor verdadeiro me oferte!”

Por último, a lua, quando invocada, pareceu dirigir com mais atenção seus raios para as peças suspensas diante dos garotos, que puderam perceber que a energia lunar ia aos poucos conferindo um brilho diferente a cada uma.

Junmyeon via a sua substituir o aspecto negro pelo prateado, enquanto Jongin identificava um brilho dourado na outra peça. Notaram, então, que aquilo havia se transformado em correntes finas e cilíndricas, que serviam para amparar os pequenos pingentes.

Os jovens feiticeiros tiveram apenas o tempo suficiente para contemplar os colares recém-criados antes que estes, ainda pela magia do ritual, desaparecessem no ar com um brilho sutil, que logo se dissipou. Ficaram paralisados por um instante, os olhos muito abertos e os queixos caídos em sinal de surpresa.

Ao iniciarem o ritual, eles estavam cientes de como deveriam proceder, do que falariam e de como deveriam se portar. Entretanto, não tinham a menor ideia de que aquilo aconteceria.

Pensaram que talvez tivessem apenas que deixar as tigelas na varanda durante a noite para descartar seu conteúdo no dia seguinte, mas certamente não esperavam presenciar aquela demonstração de poder da natureza. Aquilo os deixou tão admirados, quanto assombrados.

― Uau! Isso foi demais! ― Kai foi o primeiro a quebrar o silêncio, fazendo seu irmão voltar a si. ― Suho, agora eu tenho ainda mais certeza de que vai dar certo! Você viu o que aconteceu, não tem como dar errado!

Junmyeon olhou para o mais novo, que o encarava tão cheio de esperança, espelhando seu próprio otimismo. Ao mesmo tempo, porém, sentia algo que não sabia explicar nem conseguia definir. Era como um breve aperto no peito, como se algo quisesse lhe dizer que as coisas não seriam exatamente tão fáceis quanto eles gostariam.

Embora aquilo o tenha incomodado profundamente, ele não quis demonstrar para o mais novo, que ainda o olhava com expectativa, esperando por uma resposta. Suho limitou-se a sorrir e assentiu, tinha medo que sua voz o traísse e, dessa forma, decepcionasse o irmão.

Enquanto limpavam e recolhiam os materiais utilizados, combinaram de não contar para o tio sobre o que tinham visto. Seria um segredo só dos dois.

Seguiriam suas vidas tão normalmente quanto lhes fosse possível dali em diante, levando em seus corações a esperança mesclada ao receio que, por mais que eles quisessem, nunca os abandonaria. Ainda mais para Junmyeon, que sempre tivera uma sensibilidade mais aguçada que a do irmão.

Com o passar dos anos, aquela noite e o que presenciaram, mesmo que não tenha sido completamente esquecida, acabaria sendo deixada de lado na memória de ambos. Assim como todos os outros Kim que os precederam, eles continuariam vivendo dia após dia como qualquer outra pessoa, cuidando de seus afazeres, exercendo suas atividades.

Entretanto, diferentemente do que os garotos imaginavam, aquela noite serviria apenas para o destino confirmar o que já havia lhes reservado.

Cinco séculos após a maldição ser lançada, ela estaria finalmente fadada a ter seu fim.


Notas Finais


Hummmm.... E então? Tem alguém aí curioso??
O que acharam??

Ahh, eu fiz um pequeno e humilde teaser pra essa fanfic, caso queiram ver: http://www.youtube.com/watch?v=_ns357JSiNg&feature=youtu.be

Amor, ódio, críticas, beijos e abraços, sintam-se a vontade! ;)
Bjinhos mágicos e até a próxima!


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