História Magnetic Girl - Welcome Back!

-Tá mãe, eu não esqueço de manter contato dessa vez! - digo guardando as últimas coisas na minha mala.
- É bom mesmo, Eduarda de Oliveira! Da última vez que você viajou para Londres, esqueceu da vida.
-Mulher... -seguro seu rosto com as duas mãos.- Acalme-se! -dou um beijo na bochecha dela e desço as escadas com as malas. Sinto o meu celular vibrar e quando o pego, vejo que é Michael. Sim. Nos tornamos bem próximos e não deixamos de nos falar quando voltei para o Brasil, ele e Loueh.
-BOM DIAAAAAAA! -falo quando atendo o telefone.
-Ainda não consigo entender COMO você consegue ser tão animada o tempo todo.- rio.
-Ah...- dou de ombros.
-Preparada para voltar?
-Mais que preparada, estou...- escuto meu pai buzinar- Tenho que ir, Mickey, beijos!
-Beijos, te amo! Até daqui a pouco.- Reviro os olhos sorrindo e desligo. Pego as minhas malas e vou para o carro.
SIM! Depois de um ano aqui no Brasil, vou voltar para Londres. Por quê? Pelo meu trabalho e pela saudade de lá. Preciso de mais justificativas? Fiquei um bom tempo distante, recusava ligações de todos. Todo empreendimento exige uma dose de sacrifício! QUE SAUDADE DE TODOS! NÃO VEJO A HORA DE REVÊ-LOS.
- EDUARDA! -olho assustada para o meu pai.- Vamos?
-Ah tá! -rio e saio do carro. Meu pai leva a minha mala até o aeroporto.
- Obrigada! -o abraço e acaricio a sua barriga, brincando pelo fato dele ter um certo avantajamento frontal.
Resolvo as pendências, faço as chatices próprias de aeroporto e volto para pegar as malas.
-Ainda bem que a sua mãe não veio, ela ia chorar até derreter- rimos. Tenho que confessar, minha mãe é um ser que dificilmente chora, mas vai tirar a filha debaixo de suas "asas" - A sua irmã é outra -Dou um abraço no meu pai.
-Vá com Deus, filha. -sorrio e vou para o avião. Aquela coisa enorme, subo as escadas, ansiosa para pisar, novamente, em terras londrinas, mas com receio de quem vou encontrar.
Lá dentro já coloco os meus fones e começo a escutar músicas aleatórias.
~ POV ZAYN~
- Zaaaaayn!- ouço aquela voz chata gritar. CACETE!
-Perrie, o contrato diz que você só precisa ser minha namorada, noiva, o caralho que for, na frente das câmeras. -ela ri.
- Tá, mas você pode ir ao aeroporto comigo hoje à tarde?
- Pra quê? -deito na minha cama e coloco os braços atrás da cabeça.
- Minha amiga está vindo me visitar.- ela se senta na cama lentamente.
- Talvez eu vá.-ela se deita ao meu lado e me abraça.
-Vamos Zazza? -Zazza? Que merda é essa?
-Talvez, Perrie!- ela começa a distribuir beijos pela minha bochecha. Ela passa a mão pelo meu abdômen- O QUÊ você pensa que está fazendo?- tiro a sua mão de mim bruscamente.
-Aaah, só relaxa!-ela tenta colocar a mão de novo.
-PARA COM ISSO, PORRA! Quantas vezes vou ter que te dizer que não te quero? Não quero você e nem que você coloque essas patas em mim- me levanto. Posso não ter pensado no que disse? Talvez, mas ultimamente não penso em mais nada, desde muito tempo, desde quando ELA foi embora.
-Você tem que esquecer aquela puta, Zayn, siga em frente.-ela coloca a mão no meu colar com metade do Yin Yang. O meu cordão! Depois desse tempo todo ainda o uso. Há rumores de que isso é meio gay, mas foda-se! Sorrio. Foda-se, pois essa é uma das pequenas felicidades e coisas que ainda me ligam ao amor da minha vida,
- A única puta que tem aqui é você. Puta e mal comida. -ela abre a boca para falar alguma coisa, mas vou para o banheiro e bato a porta com força, dando a conversa por terminada.
...
Já eram quase 5:00 PM quando chegamos ao aeroporto.
A amiga da Perrie desceu e elas se abraçaram e começaram a dar gritinhos o que me deixou bem impaciente e comecei a me perguntar o por quê de ter aceito vir nessa merda com a Perrie.
- E como foi a viagem para o Brasil? -BRASIL? Meu subconsciente leva um baque ao ouvir o nome desse país ser pronunciado. Não consigo mais ser levado à ela sem poder tocá-la e nem tê-la por perto. Simplesmente não posso sofrer mais. Noto que começo a suar. Eu não vou mais me torturar com isso.
- Já volto, Perrie e Jessy!
-Ok! - A Perrie me dá um beijo na bochecha e começo a andar sem rumo na área de desembarque. Pego meu celular e disco o número do Loueh.
-Fala cara!- Ele atende ao quarto toque.
-E aí? -me encosto numa pilastra e fico vendo as pessoas desembarcarem e abraçarem o que pareciam ser parentes, mãe e filha, irmãos... Namorados. Resolvo me concentrar no telefone
-Onde você está? Está o maior barulho!- consigo imaginar ele franzindo o cenho.
-No Aeroporto com a Perrie.
-Fazendo o quê? Euem!
-Ela veio receber uma amiga dela e não estou com saco para ficar ouvindo as conversinhas delas-ele ri.
- Sobra aí, otário-suspiro.
- Vá se foder, Tomlin...- minha atenção se volta para o final da escada, uma garota loira puxando sua mala e o cabelo caindo sobre o rosto. Parecia estar pesada, parece que veio para ficar. A observo caminhar entre algumas pessoas, estava com fones no ouvido, encaro a garota por um momento. Esses cabelos, essa postura, esse... corpo; Me lembra muito uma pessoa...Semicerro os olhos para ver melhor. Ao focar em seu rosto, prendo a respiração, perco o ar, os sentidos, perco as forças para sequer desviar o olhar.Não pode ser! Fico um bom tempo olhando para ela para ter certeza que estou vendo direito.
-Alô Zayn? Zayn? ZAYN? RESPONDE CARALHO!
POV Duda~
FINALMENTE LONDRES! Que saudade! Desço do avião e meus cabelos caem sobre o meu rosto. Reviro os olhos. Normal. Olho para cima e sopro as mechas que atrapalham, E MUITO, a minha visão.
"Talvez um corte faria bem"
. Como eu sou desleixada comigo mesma! Me seguro para não rir da garota surreal que eu sou e meus devaneios. Ando até o elevador, aperto o botão para descer e enquanto ele não chega, abro um chiclete e sorrio sozinha. Liberto aquela invenção maravilhosa. Mano, que invenção maravilhosa, Um gênio esse homem! Coloco-o na boca e começo a mascá-lo. Fico distraída na música, começo a cantarolar baixo e mexo a cabeça no ritmo da música. Pouco tempo depois ouço um toque indicando que o elevador chegou. Ele se abre e quando olho para a frente... NÃO! Sério? SÉRIO? Sério mesmo? Então é isso, Rainha Elizabeth? 
Não consigo acreditar no que estou vendo. Fico sem reação por um segundo, sem saber o que fazer. Ele arqueia a sobrancelha com um sorriso safado e está escorado em uma das paredes do elevador. Esse sorriso...
-Olha, então ela voltou mesmo...-Me recomponho sem que ele perceba que eu perdi os sentidos por sequer um segundo. Entro e fico calada, o ignorando. Ele quer jogar? Ótimo, sou ótima nisso. Tenho inúmeros quartos cheios de troféus de todos os jogos que ganho, e meu caro, Malik. Eu SEMPRE ganho. Ele ri.
-Quanto tempo, Duda!- Ele fala com uma voz provocativa que escondia raiva, mágoa, saudade, felicidade por me ver, muitos sentimentos envolvidos. Ele me olha de cima a baixo e morde o lábio o que me deixa um pouco desconfortável, tento ignorá-lo e cruzo os braços.
-Então?- ele puxa assunto. "QUE DROGA!". Suspiro. A minha tolerância estava ZERO. Me afasto o máximo possível dele, ficando encostada em uma das extremidades.
-Então o quê, Zayn?
-Como foi a viagem?
-Foi ótima, obrigada!- Falo assim que ele pergunta, o cortando. Espero que tenha ficado claro que não quero conversa, muito menos com ele.  
-Que tal conversarmos um pouco?-ele aperta um botão e o elevador para, finalmente o encaro. Desencosto da parede.
-O que você fez? Coloca isso para funcionar de novo!- Ando até o aparelho e tento apertar o botão mas ele entra na minha frente -Para com isso...- Faço um coque, já me preparando para uma possível briga, mas ele não dura muito tempo. Volto para o meu lugar, seguro as minhas malas e fico de costas para ele, encosto minha testa na parede. Por quê isso tinha que acontecer HOJE?
Acontece que nesse tempo que passei no Brasil, não pensei muito nas coisas e nos "problemas e pendências" que tinha aqui, eu não resolvi coisa nenhuma, não decidi nada. Eu me mantive o mais distante possível, de tudo, mas agora que estou aqui e, de um jeito ou e outro, tenho que enfrentar e dar de cara com tudo o que fugi esse tempo.
-Não fala muito... me agrada!- ele me olha malicioso. Ele não consegue ver meu rosto. Arqueio a sobrancelha e semicerro os olhos ainda de costas para ele, como ele pode dizer isso? Agir como se nada tivesse mudado? Só eu que enxergava isso?- Você está semicerrando os olhos para mim-reviro os olhos e sorrio. Como ele adivinhou? - Agora revirou os olhos-ele ri e não aguento, também rio.
-Idiota!
-Eu te conheço tão bem, amor.- Fico estática por um instante e ergo a cabeça.
-Não me chame disso! -falo tristemente.
-Não importa o quanto você brigue e não importa o que aconteça, você sempre será o meu amor. Você não entende isso?-sinto seus braços me envolverem e arrepio. Ele passa o rosto na minha nuca. Infelizmente, ele sabia como se aproximar.
- Isso é jogo sujo, Zayn- o sinto sorrir atrás de mim.
-E quando é que eu jogo limpo com você? O contexto pede meios mais... alternativos para chegar onde eu quero. E onde paramos -abro a boca para retrucar, mas ele me vira rapidamente pressionando meu corpo contra parede do elevador. Sinto sua respiração quente bater contra o meu rosto, fecho os olhos e fico apenas sentindo.
-Que saudade de você! -Ele fala e tudo desaba. Nem percebo quando já estou com as pernas entrelaçadas em seu tronco. Zayn roça seu lábios nos meus.

Ele vai fechar o espaço entre nós... É o que eu mais quero nesse momento e...

De repente, vem tudo na minha mente e consigo controlar as minhas ações novamente. Quando sua boca está quase se juntando á minha, desvio o rosto. Fico parada por alguns segundos. Isso não pode acontecer, não agora. Não quando eu acabo de pisar em casa.
-Desculpa, Zayn! Eu ainda preciso pensar.- encosto a testa no seu ombro. Ele aperta a minha cintura. Levanto o rosto e o encaro. Percebo que ele prendeu as minhas mãos atrás da costas. Sorrio.
-Até hoje PENSA que pode me impedir de fazer alguma coisa prendendo as minhas mãos atrás das costas? - Me divirto com a sua ilusão e inclino a cabeça um pouco para o lado. Ele ri. Sinto um leve peso no pescoço, uma pequena força se juntando, sendo puxada para ele. Opa, alguma coisa aconteceu. olho para baixo e vejo que nossos pingentes do Yin Yang se juntaram. Ele guardou! Meu coração acelera em mil vezes, e comprimo os lábios para não chorar. Não acredito que depois de tanto tempo, ele ainda usa. Deixo um pequeno sorriso escapar, quando olho para cima o vejo sorrindo e olhando para os nossos pingentes. Ele me olha ainda sorrindo e os seus olhos brilham. QUE INJUSTO! Eu estou lutando para não beijá-lo, mas ele não ajuda! Coloco as mãos nas bochechas e expiro.
-Dá para parar? -finjo estar nervosa e ele ri.
-Ah, Duda, como eu senti sua falta!- ele passa sua mão na minha bochecha, abaixando as minhas mãos. Zayn me abraça fortemente. Como se quisesse guardar cada parte de mim. Ele continua me acariciando nas costas, por baixo da minha blusa, não de um jeito maldoso, mas como se quisesse relembrar o toque da minha pele, e curto esse momento até sua mão subir um pouco mais nas costas, acompanhando a costela e eu ter uma sensação de alguma coisa mais fria, alguma coisa que estava no seu dedo, e NESSE dedo. Abro os olhos e coloco a minha mão sobre a sua e percebo uma coisa. Pego sua mão, tiro da minha blusa e noto uma coisa, uma coisa não muito boa e MUITO importante. Prendo o fôlego e encaro aquela aliança por alguns minutos. Ao levantar o rosto, não sei para onde olhar. Ele está namorando? Por que não me avisou? NÓS QUASE NOS BEIJAMOS! E EU ESTAVA ATÉ PENSANDO EM... Quem ele pensa que é? QUE... QUE... BABACA! QUE IDIOTA! QUE IMUNDO! EU QUASE ACREDITEI NELE. Levo um choque de realidade e lembro que estamos num aeroporto
Zayn percebe que eu vi. Empurro ele com todas as forças, que vai para trás com o meu empurrão.
- Olha só! Acabei de descobrir. Não quero...- mordo o lábio para não chorar- Não quero m...
-Duda, não!- Ouço a sua voz de choro. Falso! -Deixa eu explicar! -Cruzo os braços- Eu estou namorando sim, mas eu não gosto dela-Arregalo os olhos "Claro, justificativa bem convincente"
-Preste atenção no que você está falando! Não consegue convencer nem a SI mesmo de que não gosta dessa garota e quer tentar ME convencer? Por favor, né?! Vai me dizer que... - Respiro fundo, não sou obrigada a ouvir isso- Quer saber, Zayn? Não quero mais saber de você, nem de nada. Ouvi a sua justificativa, não fui injusta. Você não pode me culpar de não ter te ouvido. Agora, se me der licença...- Vou até o seu lado e ligo o elevador. Eu não vou chorar por você, Zayn! Não vou! Se você pode namorar e tentar me fazer de idiota, está enganado! Isso é uma coisa que eu não sou.
-Não foi isso que aconteceu, nós ainda vamos ter uma conversa decente e aí você vai entender- ele murmura para si mesmo. Resolvo ignorar. Eu voltei, agora vou aproveitar. Olho para ele com o canto do olho e vejo que ele está me encarando com uma expressão que me deu vontade de abraçá-lo, talvez beijá-lo. Mas acabou, não vou ser a trouxa dessa história, me nego a ser e fazer parte dessa palhaçada! 
O elevador se abre, pego a minha mala, olho para ele e sorrio.
-Tchau, Malik! Bom proveito. E que seu namoro PROSPERE! Que vocês sejam BEM FELIZES NESTA CARALHA -E assim saio daquele aeroporto.
Bom... Vamos aproveitar a minha cidade! Menos um peso, menos uma dúvida, menos um motivo para pensar e tentar resolver pois esse problema se exterminou sozinho. Pego um táxi e vou matar a saudade de uma certa pessoa. Uma não! Algumas pessoas. Pois essas SIM mereciam a minha atenção e minha preocupação.
-Boa tarde, senhorita! - o taxista me cumprimenta com um sorriso, e guarda as minhas coisas no porta-malas e volta para o volante.
-Ótima tarde para o senhor! -Retribuo o sorriso.