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História Magnets - Capítulo único - Ponto sem retorno.


Escrita por: luvtine

Notas do Autor


Olá, queridos. s2s2s2 Eu pensei que ia postar essa oneshot muito, muito depois do que agora, porém eu estava acordada, sem nada pra fazer e comecei a escrever tão compulsivamente que me assustei. Enfim, é só mais um projeto que eu senti vontade de ter e acho que o plot me ajudou um pouco a me animar. A música que eu usei é Magnets, do Disclosure com a Lorde. Eu espero que gostem! Boa leitura.

Capítulo 1 - Capítulo único - Ponto sem retorno.


Never really felt bad about it

Nunca me senti mal de verdade sobre isso

As we drank deep from a lie

Enquanto bebíamos muito de uma mentira

'Cause I felt melting magnets babe

Pois eu senti imãs derretendo, querido

The second that I saw you through half shut eyes

No segundo que te vi através de meus olhos semi-cerrados.

 

Ele precisava de um companheiro de apartamento e eu precisava de um apartamento. Foi mais ou menos assim que minha vida foi entrelaçada à de Park Chanyeol, não que isso tivesse um significado relevante pra mim, não mesmo. Já fazia uma mês desde que nossa convivência fora iniciada e eu poderia dizer que estava tudo nos conformes, embora “nos conformes” significasse “você no seu canto, eu no meu”. Apesar de fazer um bom tempinho em que nos víamos todo santo dia, eu nunca fizera questão de ser realmente sociável e o pouco que sabia sobre o meu colega de apartamento era:

Ele era desastrado.
Ele era babaca.

Como podem ver, muita informação útil. Eu era um universitário cheio de trabalhos, problemas e minha vida não era nada pacata. Lembro do mimimi que era sobre Teatro ser apenas good vibes e vender arte na praia. O caralho. Acho que até vender artes na praia deve ser mais fácil. Era frustrante lidar com gente, ainda mais com gente que sabia fingir melhor do que ninguém. Assim como Chanyeol, que na maioria das vezes estava com uma carranca na cara, atolado de coisas pra fazer por ser um estudante de medicina. Dedicado, esforçado e bobão. Tenho certeza de que os colegas deviam montar em cima dele o quanto quisessem, quer dizer, pelo menos se ele fosse como é em casa.

Falando em casa, até hoje me lembro de como fui parar naquele apartamento. Eu já havia rodado a cidade praticamente inteira, desde os bairros classe média até os mais perigosos – não é como se eu tivesse condições de pagar uma casa em um bairro nobre – e ainda não havia encontrado nada. Eu não sabia exatamente porque queria mudar, já que meus pais nunca me negaram nada e eu sabia que podia contar com os dois, mas a convivência vinha se tornando desgastante demais depois de tantas brigas e alfinetadas que um dava no outro. Além do mais, eu não era nenhuma criança, precisava do meu espaço. Já estava quase desistindo quando cheguei em uma banca de jornais qualquer e comprei o da semana, apenas para ver se não acharia ali algo que me interessasse.

Foi então que vi um anúncio bastante curioso. “Procura-se acompanhante para apartamento no centro com altura e estatura de baixo porte.” Quase gargalhei ali mesmo, no meio da rua. Eu não sabia o quão grande eram os problemas da pessoa que morava no apartamento para só poder dividi-lo com alguém pequeno, mas confesso que estava curioso. No dia seguinte, eu iria lá. Não ia morrer se tentasse, mesmo que sem muita expectativa. Em todos que eu passara até agora ou eu simplesmente não gostava da pessoa, ou não gostava do espaço – na maioria das vezes, a pessoa era o problema e esperava que dessa vez fosse um pouco diferente.

Assim que cheguei lá, entendi o porquê de apenas alguém baixo como eu – eu era realista em relação a minha altura, mesmo que isso não me trouxesse nenhum consolo. Só que eu sabia que em relação aos cavalos da universidade e dos meus primos, que eram todos mais altos que eu, eu era muito, muito baixo. Só que não é como se eu realmente ligasse. Enfim, eu descobri que o que Chanyeol – descobri seu nome momentos mais tarde – queria alugar não era um quarto e sim um sótão. Não era enorme, mas dava pro gasto. Ficara bonitinho e habitável depois de arrumado, o que gerava um pouco de conforto para quem olhava. O lugar era legal, ele não era tão insuportável e as despesas eram baratas. A mudança aconteceu na semana seguinte e aqui estamos nós, totalmente amigos e companheiros – não.

Pelo menos as férias – aquele recesso ridículo de curto que eles insistiam em chamar de férias – estavam bem perto e eu já podia sentir o frescor e a vida mansa que me aguardava dali alguns dias. E claro, pra Chanyeol também. Havíamos descoberto que éramos da mesma faculdade nesse meio tempo, mas isso não quer dizer que nos aproximamos. Era como se cada um gostasse de ficar em seu próprio mundo, na sua. Porém, eu tinha o prazer de sair do meu mundo quando o assunto era atormentar Chanyeol. Dependendo do assunto, ou ele mandava ou me foder, ou ficava envergonhado – a segunda opção só vale quando se trata de sua namorada, Krystal.

Ah, a doce e adorada Krystal. Era impressionante como ele conseguia triplicar o nível de babão e trouxa quando se tratava dela. Ela já fora ao nosso apartamento algumas vezes e eles apenas ficavam no sofá, falando sobre coisas idiotas e comendo uns biscoitinhos com chá. A coisa mais patética e tradicional que se podia imaginar. Claro que eu não teria nada contra a menina se ela fosse verdadeira. A piranha usava uma máscara de sereia pra esconder como ela era pervertida e com certeza já aprontou várias pelas costas de Chanyeol. E dava pra perceber que sempre que ele investia, ela dizia que sexo antes do casamento era fornicação, que era pecado.

Às vezes, só às vezes, eu me permitia sentir pena dele. Só que a pena passava assim que eu lembrava que as coisas só eram assim porque ele permitia. Ele agia como um cãozinho de raça adestrado, que precisa sempre receber uma ordem de alguém para que as coisas serem feitas e tudo continue seguindo no seu fluxo natural. Aquele tipo de pessoa que sempre tenta agradar tudo em todos, mesmo sabendo que isso era impossível. O contrário de mim, no caso.

Uma semana havia se passado e eu estava pisando em casa com o pé direito, dando glória a todos os santos e deuses existentes por aquele recesso maravilhoso e que iria me trazer a paz que tanto precisava. Havia acabado de chegar em casa e Chanyeol andava pra lá e pra cá com uma cara feliz, provavelmente estava tão animado quanto eu. Não nos cumprimentamos e eu me contentei em subir para o quarto, estava cansado. Só que antes disso, parei no meio do corredor de aceso para a cozinha, local onde ele estava e disse as seguintes palavras.

- Quando a Kystal vier, tratem de não gemer muito alto. Não sou obrigado a ouvir gemidos de gralha dela. – A reação dele não podia ser mais prazerosa, algo como um som de engasgo sincronizado de acordo com as sinfonias de Bethoven. Saí de lá apenas quando ouvi um sonoro “vai se foder” vindo da parte dele. Tão previsível.

Eu não conseguia dormir direito, embora quisesse muito. Só ficava um pouco atordoado com a capacidade de Chanyeol sempre ser tão patético e de como isso me irritava na maioria das vezes, não era minha culpa, afinal. Era o puro instinto massacrante que eu tinha contra pessoas mais “sensíveis” eu, digamos assim. Porém, aquilo jamais fora da minha conta e nem seria, eles que eram malucos, eles que se entendessem. Foi com esse pensamento que caí no sono feito um anjinho.

[♥]

 

Quando acordei, já se passava do meio dia. Agora sim eu estava contente com o horário e se pudesse, teria dormido ainda mais. A minha vontade de sair daquela cama era quase nula e a única coisa que me inspirou a me erguer e sair dali foi o cheiro bom de comida que aparentemente vinha da cozinha. Apesar de ser um muito desastrado, Chanyeol sempre se saía bem ao cozinhar quando não precisava agir com muita pressa. Caso contrário, ele era um desastre. Só que era comida e só isso importava pra mim no momento.

Me levantei e saí com a mesma roupa que eu usara pra dormir e cheguei na cozinha, me deparando com um Chanyeol apenas de calça e que provavelmente acabara de terminar o que fazia. Esperei ele se servir e tomei a liberdade para fazer o mesmo, afinal, eu também pagava por aquela comida. Nada mais justo. Fui pra sala sem trocar uma palavra com o mais velho e fiquei lá assistindo algum programa qualquer na tv, embora eu não gostasse muito de gastar meu tempo com coisas como aquela.

Assim que terminei de comer, voltei para a cozinha e percebi que tinha acabado antes de Chanyeol. Ele conseguia ser lerdo até para comer, que incrível. Olhei para a pia abarrotada de louças e simplesmente deixei meu prato ali, para fazer companhia para suas novas coleguinhas sujas e nojentas. Se tinha uma coisa que eu com certeza odiava fazer e não faria, era lavar louça. Não que eu gostasse dos outros serviços domésticos, mas lavar louça me irritava ao dobro.

Já estava voltando calmamente para sala quando senti uma mão me puxar com força e meu peito bater rente ao do meu companheiro de quarto, me surpreendendo.

- Escuta aqui, Baekhyun. Eu já fui legal demais fazendo o almoço para nós dois e pra compensar você deveria ao menos se oferecer para lavar a louça.

Fiquei emudecido por alguns instantes. Eu não sei bem o que aconteceu para que Chanyeol me confrontasse daquela forma tão direta, mas eu sabia que boa coisa não podia ser. Como sempre, não pude evitar de provoca-lo.

- Ih, o que foi Chanyeol? A Krystal não anda dando direito, é? Ops, ela não dá. Então vê se não desconta sua frustração sexual em mim, beleza? – E lá estava o Chanyeol babacão e envergonhado de volta, com apenas um comentário. Dei um sorriso debochado e continuei. – Aliás, se estiver achando ruim, pode procurar outro colega de apartamento pra você, boa sorte em achar. – Muitas pessoas não teriam coragem de por em risco sua estadia em um lugar fixo, mas como sempre, era dele que estávamos falando. Chanyeol sabia que por mais que eu tivesse uma língua afiada, era um bom companheiro de apartamento.

Eu odiava lavar louça e ele sabia, droga. Olha bem pra minha cara de quem vai obedecer marmanjo com o humor atacado. Me soltei do aperto e saí dali, agindo como se nada tivesse acontecido. Era melhor que ele fizesse o mesmo. Eu não estava com sono, mas não tinha muito o que fazer e um cochilo pós almoço era sempre bom, então comecei minhas tentativas fracassadas de dormir. No momento, deveria estar contando a ovelha 3948589.

Algo me incomodava e eu sabia exatamente o que era, mas não queria admitir pra mim mesmo. A forma como ele havia me puxado de forma tão firme me embrulhava o estômago, aquela era uma perspectiva nova da qual eu não estava acostumado. Não era segredo algum de que eu era gay, pelo menos eu achava que não fosse. Claro que eu nunca falara abertamente, mas achava que eu deixasse claro o suficiente pra que ele percebesse. Bem, provavelmente ele não percebera e fizera aquilo por achar normal dois homens ficarem tão próximos ao ponto de grudarem os rostos.

Balancei minha cabeça mais uma vez e me obriguei a dormir, sem pensar naquelas inúmeras bobagens. Ele continuava o mesmo, então não tinha porque me preocupar. Quando eu acordei novamente – acabara de perceber que só havia me levantado para comer – e fui até a sala me deparei com uma visita um tanto indesejada, mas que eu saberia engolir.

Krystal estava parada no meio da sala, olhando atentamente ao redor.

- Chanyeol, aqui está muito sujo. O que aconteceu com o meu namorado organizado? Olha a situação dessa pia. – Foi então que eu olhei para o local que ela havia acabado de citar. Estava da mesma forma que o almoço, ou então pior. Não acredito que vai ficar naquela birra “se você não lavar, não lavo”. Revirei os olhos e passei pela garota, indo procurar algo que matasse a fome monstruosa que eu estava sentindo e quem sabe matasse Krystal também. Só a respiração dela já era o suficiente pra me irritar.

- Mas amor, eu não quero ter que fazer tudo sozinho. – Ele tentava se justificar com ela, fazendo um aegyo mais ridículo do que se ele usasse calça colan e fraldas.

- Quando casarmos, você vai ter uma esposinha que vai fazer tudo isso, amorzinho. Vou cuidar da nossa casinha. – Que mania estúpida de falar tudo no diminutivo era aquela? Olhei para Chanyeol e a cara de apaixonado dele era tão patética que me revirava o estômago e me forçava a segurar a risada que estava pronta pra sair, alta e debochada.

Ele tentaria dar o bote. Eu sabia só pelo nervosismo que ele fazia questão de expressar enquanto brincava com os próprios dedos e lentamente foi se aproximando dela, provavelmente querendo ser beijado. Foi parado antes mesmo de chegar perto.

- Nananinanão. Você só vai ganhar beijinho quando voltar a ser organizado como sempre. Agora eu vou indo, tenho que ver mamãe. – A mãe dela deveria ser tão ruim ou pior que ela, imagine as duas juntas. Se essas visitas continuarem frequentes demais, vou ter que me mudar.

Eu estava parado na cozinha a cerca de vinte minutos e ainda não havia comido nada por estar concentrado demais nas palavras que ambos trocaram naqueles minutos. Acho que ele notou isso quando se aproximou de mim sorrateiramente.

- O que está olhando, Baekhyun? Quem sabe se você tivesse lavado a louça, eu teria ganhado algum beijo. – Oras, que disparate era aquele? Ele estava me culpando pela namorada fresca que ele tem? Eu mereço. Revirei os olhos e me virei – estava de costas para ele até aquele momento, então foi inevitável não me surpreender quando vi ele mais perto do que o esperado. Não foi o suficiente para me parar.

- Escuta aqui, queridão. Quem sabe se você tivesse lavado a louça ou trocasse de namorada, você teria ganhado um beijo. O problema é todo seu. – Empurrei o peito dele para longe de mim com um dos dedos e fui até a geladeira. Poderia fazer aquele charme de filme e dizer que tinha perdido a fome, mas fome é uma coisa que eu nunca perco. Continuei ali até que terminasse um sanduíche improvisado com o resto das coisas que sobraram da compra mensal. Estranhei não ter recebido resposta alguma por parte do maior e como estava ocupado, não havia sequer reparado nas reações dele.

Levantei meu rosto e me deparei com o olhar atento de Chanyeol sobre as minhas... coxas? Tá, o que tá rolando aqui? Fingi não ter percebido aquele olhar bizarro dele e sai da cozinha o mais depressa que consegui, o “jantar” seria servido no meu quarto hoje.

- Que porra foi essa...? – Eu movia minha cabeça de forma pensativa enquanto comia o lanche em cima da minha cama. Bem, eu não usava roupas muito sutis, digamos assim, quando ia dormir. Aquele tipo de short bem colado que não deveria ficar colado - eu tinha “muita carne” e isso não facilitava - era exatamente assim que eu me vestia. Claro que quando um cara hétero, comprometido e estranhamente lerdão olha pra você como se fosse te engolir, boa coisa não está acontecendo. Era esse o meu maior medo.

Não que Chanyeol fosse feio ou uma má pessoa, mas eu não conseguia imaginar a cena dele dominando alguém – ser ativo não era meu forte também – quanto mais euzinho. Claro que eu tinha todos os motivos do mundo para achar aquilo estranho, passar dias evitando o mais velho e toda aquela baboseira de quem tem medo de ser estuprado. Meu raciocínio foi quebrado quando ouvi o toque do meu celular em um canto mais distante do que eu estava no momento, fazendo com que eu tivesse que esticar-me – sem o pingo de disposição – para pegá-lo. Era uma mensagem de Sehun.

Oh Sehun era um cara da faculdade que me cantou descaradamente até que eu finalmente cedesse aos seus “encantos”. Confesso que talvez eu gostasse um pouco dele. O papo do mais velho era bom e ele com certeza sabia como agradar, coisa que se sobressaia sobre o seu senso pavoroso de moda. Ele era o tipo de cara que usava camisetas floridas e calças brancas achando que estava arrasando. Isso me fez o presentear com roupas melhores mais do que eu poderia contar em meus dedos. Nos envolvíamos a um certo tempo, aquele tipo de paixonite que você nunca sabe até quando vai durar, mas que arrepia até o seu ínfimo.

Sehun era de fases e receber uma mensagem dele me convidando para ir até um barzinho próximo ao seu trabalho, me fez estremecer um pouco. Eu não sabia o por quê de ter me apegado tanto à ele, já que eu nunca fui dessa forma. Eu era o tipo de garoto que sempre tinha quem queria, mas era só isso e tchau. Nada sério, nunca. A única pessoa que me confundia a ponto de eu não conseguir me centrar da forma correta, era Sehun.

Sabia que ele odiava ser contrariado ou que eu furasse com ele, então olhei para o relógio de meu celular e constatei que ainda estava cedo o suficiente para seguir até lá e ouvir o que ele tinha a me dizer. Me arrumei da melhor forma que pude, já que eu estava com pressa e saí porta afora, sem me preocupar com o olhar questionador que Park havia me lançado ao ver que eu sairia. O local de encontro era relativamente próximo, mas da mesma forma eu optei por pegar um táxi, economizando tempo, embora dinheiro não. Só Deus sabia como eu odiava pegar táxis. Os motoristas eram uns nojentos na maior parte das vezes e eu também não simpatizava com os que gostavam de estabelecer uma conversa amigável com seus clientes. Ou seja, não gostava de nenhum.

Em dez minutos eu estava lá, pronto para o pior. Odiava enrolação ou qualquer coisa do ritmo, então me poupei em fazer cena de garotinha nervosa e entrei logo, me deparando com Sehun acompanhado de Kai, um amigo nojento que eu sinceramente repudiava com todas as minhas forças, embora sempre tivesse sido simpático o suficiente para que nenhum dos dois percebesse.

- Hey, Baek. – Sehun disse com tanto tédio impregnado na voz que quase dei meia volta e me poupei do que veria a seguir. Era óbvio que ele me daria um pé na bunda. O mais irônico é ele ter trago o mesmo amiguinho que o ajudou a chegar até mim, pra me chutar.

- Fala. – Olhei para a garçonete e a chamei até a mesa, pronto para pedir qualquer coisa cara que houvesse no cardápio. – Ah, Sehunnie. Você pode pagar? Eu vim na pressa e acabei esquecendo minha carteira, desculpe. – Na verdade, minha carteira estava no bolso do meu sobretudo, porém o que seria uma despesinha boba perto do que eu já havia gastado com ele, não é mesmo?

Sehun era o tipo de cara que preferia viver uma vida alternativa e good vibes, como a maioria dos brisados que estudavam artes. Era bizarro que ele tivesse um lugar para morar, pois sinceramente eu sabia que ele não tinha onde cair morto.

- Ah, claro. – Ele me pareceu desconfiado, mas não negou mesmo assim. Gosto assim, garoto compreensivo. – Bem, Baekhyun, não viemos aqui para comer e bater papo, então vamos direto assunto, sim?

- Eu estava esperando justamente que ele começasse, amorzinho. – Coloquei toda a melosidade possível na voz.

- Vamos terminar nosso rolo. Sabe como é, eu conheci um outro cara e ele realmente transa muito gostoso. – Como? Calma, eu tinha ouvido mesmo aquilo? Eu, Byun Baekhyun, havia sido traído por um perdedor como Oh Sehun? Meus ouvidos mal podiam acreditar. – Você é uma gracinha, baby, mas começou a ficar chato. Então, amigos? – Um sorriso fácil estava em seus lábios e eu nem mesmo sabia como começar a acabar com a raça daquele infeliz.

A ideia veio juntamente com a garçonete, que trazia meu pedido. Uma coca cola e um pedaço de uma torta cara qualquer. Dei meu melhor sorriso presunçoso e peguei a coca em mãos, dando a ideia de que eu iria bebê-la antes de falar algo. E eu realmente iria caso não tivesse despejado toda ela em cima da cabeça de Sehun e aproveitado para respingar o máximo possível em Kai, o amigo planta.

- Isso é por você ter me traído com um qualquer, seu babaca. Por que não enfia essa mão amigável no seu cu e faz um fisting, hm? Até nunca mais, Sehun. – E girei, saindo dali as pressas, mas com dignidade, deixando um Sehun encharcado e com uma conta a mais para pagar.

Voltei para a casa com a mesma velocidade que havia vindo, achando inacreditável que ele tivesse tido a audácia de me tirar da minha casa para ir até um bar e descobrir que eu havia sido chifrado. Era realmente uma situação para se chorar de tanto rir. Se antes eu estava de bom humor, agora estava com o ego ferido e um coração decepcionado o bastante para que eu me sentisse mal.

E pensar que eu quase chamei aquele otário para dividir um apartamento comigo futuramente. Dali pra frente, nada de caras que vestiam camisas floridas.

Cheguei em casa com um humor do cão e ignorei totalmente Chanyeol, que estava da mesma forma que havia sido deixado, rumando para o meu quarto. Estava sem saco para ele e suas olhadas indiscretas. Saí chutando as almofadas que estavam no chão de meu quarto, tentando descontar pelo menos um pouco da frustração que sentia. Meu celular tocou mais uma vez e eu pedi a todos os santos que não fosse Sehun, porque eu juro que seria capaz de ir até o apartamento e atear fogo em qualquer coisa que representasse que algum dia ele fora vivo.

Parece que os santos não gostavam muito de me ouvir.

“Você é um cara legal, Baekhyun, mas já estava grudento demais pro meu gosto. Eu pensei que você fosse o tipo de cara que fode e fica só nisso, como eu. Quem sabe a gente possa voltar a ser o que éramos, algum dia. Te vejo por aí, do seu Sehunnie.”

Gargalhei muito alto quando terminei de ler aquilo. Eu? Grudento? Jamais. Sehun era claramente um lunático e tenho certeza que ele deveria ter fumado algum tipo de maconha estragada por aí. Deletei a mensagem – e o remetente – de meu celular e liguei o mesmo foda-se que eu ligava ao fim de qualquer tipo de relacionamento que eu tenha tido. Eu merecia mais, sem dúvidas.

Me conformei em apenas me jogar de volta na cama e dormir, banhos ficariam para o dia seguinte, juntamente com a vontade de viver.

[♥]

 

Acordei um pouco mais triste do que quando fui dormir. Não que eu fosse sentir exatamente falta de Sehun, mas sim do que ele me proporcionava. No caso, um orgasmo dos deuses. O mais novo era muito bom de cama e eu sabia que sentiria falta disso. Embora jamais fosse apegado, como já disse, eu era bastante seletivo com quem eu ficava e demoravam meses ou mais para que eu escolhesse um novo “alvo”. Não acho que aguentaria ficar meses sem transar, sinceramente.

Enfim, eram dez horas da manhã e era cedo demais para pensar no meu ex rolo e seus claros problemas mentais. Eu decidi acordar mais cedo e ajudar Chanyeol no almoço justamente para não ter que ouvir choramingos de que ele havia feito a comida e que eu teria que lavar as louças. Se eu o fizesse também, ele não teria como me colocar nenhum trabalho mais desagradável que cozinhar como obrigação. Fiz minha higiene matinal calmamente e desci para o andar debaixo, me deparando com um Chanyeol sonolento parado no meio da cozinha. A julgar pela cara de retardado que ele continha – não que ele tivesse outra, mas naquele momento estava mais intensificada – ele não havia acordado muito mais cedo que eu.

Sabia que ele começaria a fazer o almoço logo, já que ele sempre dissera que cumprir os horários das refeições era o mínimo para se ter uma vida saudável e todo aquele mimimi. Me perguntava se todos os estudantes de medicina eram chatos daquela forma ou se o mais alto era um caso especial. Ele pareceu desconfiado durante todo o tempo e ao perceber que eu não sairia dali e que na verdade havia pegado uma panela, resolveu se pronunciar.

- O que está fazendo? – Não era óbvio? Revirei meus olhos com a capacidade mental tão baixa para alguém que estudava algo tão difícil.

- O que você acha, Chanyeol? – Coloquei a água no fogão, fui até a geladeira e comecei a pegar todos os ingredientes necessários para coloca-los em cima da pia. – O almoço, claro.

Ouvi uma risada sonora vindo dos lábios alheios e me perguntava se ficaria vesgo graças a capacidade constante do mais novo em me fazer revirar os olhos. Continuei o que fazia sem sequer olhar para Chanyeol, não me importava o que ele achava ou não da minha atitude tão repentina aos seus olhos. Só sei que eu não iria lavar a louça no final.

- Deixe-me ajudá-lo, então. – Ouvi sua voz dizer mais uma vez.

- Faça o que quiser, desde que não me atrapalhe. – Fui curto e grosso. Não estava a fim de me aborrecer com o mais alto àquela altura, já tinha tido demais pra menos de 24 horas. Trabalhamos silenciosamente e eu gostava muito mais assim. Eu me ocupava em cortar os temperos e ele em botar a mão na massa de forma mais efetiva, digamos assim. Me permitia olhar para ele de vez em quando e estava começando a odiar o tórax dele descoberto, ali, toda hora cruzando-se com o meu olhar, convidando-me a tocá-lo.

Foi em uma dessas – muitas, confesso – olhadas que me distrai o suficiente para conseguir me cortar, soltando um sonoro e alto resmungo de dor, tendo a atenção do poste de asas voltada pra mim.

- Tome cuidado, Baekhyun. – Ele estava sério e eu estranhei isso. Estranhei mais ainda quando ele levou a minha mão até sua boca e sugou o sangue que ali havia. Quem sabe eu não deveria ter estranhado também o fato de que embora o que estivesse machucado fosse meu dedo, o olhar dele enquanto o sugava estava fixo em meus olhos, me deixando emudecido e sem reação até que ele finalmente parasse com aquilo.

Ok. Ou estou ficando muito louco e peguei algum problema mental contagioso por meio dos beijos de Sehun, ou Chanyeol estava descaradamente me provocando. Preferi aceitar a primeira opção e fazer uma nota mental para ir atrás de um psicólogo depois.

Agradeci, sem ironia, tom sarcástico ou qualquer tipo de deboche e continuei com o que fazia anteriormente. Não sabia o que estava acontecendo, mas de repente eu não tinha vontade de nada. Nem de encher o saco de Chanyeol e jogá-lo várias coisas em sua cara, por incrível que pareça. Ele parecia notar isso a cada minuto em que ficávamos no mesmo ambiente e de certa forma eu sentia que ele queria me falar alguma coisa, mas eu não estava disposto a ouvir nada.

Estava quase terminando de cortar alguns tomates quando fui, novamente, interrompido pela voz grave e rouca do meu companheiro de apartamento.

- É por isso que você se corta. – Ele parecia criticar a forma como eu manuseava a faca. Por pouco não falei que tinha me cortado por estar secando seu corpo, não por não saber como mexer em uma faca. Porém, me contive. Queria saber até onde aquilo iria.

Bem, talvez eu esteja mais desesperado do que o de costume, já que sim, passou pela minha cabeça que talvez eu pudesse me divertir com Chanyeol enquanto não conseguisse alguém para me prender novamente e me levar ao nirvana. Se eu não podia ter isso ainda, que pelo menos eu me contentasse em ir até – no máximo – as nuvens.

Divaguei o suficiente até vê-lo se aproximar de mim por trás, pegando a mão que segurava a faca e me ensinando a forma certa de cortar algo sem que eu acabasse me machucando. Eu estava mesmo curioso para entender as olhadas que o mais alto vinha me dando, então aquele sem dúvidas era o momento perfeito. Sorri malicioso e me colei ao máximo ao corpo dele, roçando minha parte traseira em sua intimidade como quem não queria nada.

Pude ouví-lo arfar.

Cheque-mate, Chanyeol.

- Ah, acho que agora entendi como se faz. Obrigado, Chanyeol. – Dei o meu sorriso mais meigo para ele e já estava pronto para me afastar, quando fui puxado contra seu corpo mais uma vez, dessa vez de forma totalmente proposital e com certeza não era para me ensinar a pegar direito em uma faca, mas sim em outra coisa. – O que está fazendo? – Eu ia jogar um joguinho todo especial com ele. Gostava de me fazer de sonso até a pessoa dizer o que eu queria ouvir, com todas as letras e palavras. E era exatamente isso que eu esperava do mais novo.

- Você sabe muito bem o que eu estou fazendo. – E sem dizer mais nada, ele apenas desligou o fogo – sempre um menino precavido, que lindo – e então me jogou contra a geladeira de uma forma tão bruta que pensei ter ouvido alguma costela minha quebrar. Quer dizer que ele sabia ser selvagem quando queria, hm? As coisas realmente estavam muito, muito interessantes.

- Sabe, eu sei que você é o tipo de cara que não se importa em ter uma foda casual de vez em quando, então porque não resolvemos nossos respectivos problemas de uma forma um pouco mais... harmoniosa? – Essa última palavra foi sussurrada contra o meu ouvido com uma voz tão maliciosa que senti minhas pernas bambearem. Nunca irei admitir, mas uma das coisas que eu admirava – só isso, também – era a voz do orelhudo. Era grave, mas sem exageiros e possuía uma rouquidão muito gostosa de se ouvir. Já podia imaginá-lo gemendo meu nome, isso só me excitava.

- Hm, eu iria adorar... Mas, tem um porém. – Se ele achava que seria tão fácil assim, estava bem enganado. – Eu não acho que você dê conta do recado, Chanyeol. Sabe como é, não quero perder meu tempo.

- Ah, é? – Seu rosto estava muito próximo ao meu. Tão próximo que eu poderia até mesmo ver seus poros. – Então deixa eu te mostrar.

Sem dizer mais nada, o mais alto tomou meus lábios com uma voracidade assustadora até mesmo pra mim. Meus lábios eram mordidos e sugados com fervor, enquanto minha bunda era apalpada de forma firma e compassada. Eu não sabia se me preocupava em retribuir o beijo, ou em gemer o quanto eu pudesse com os toques. Optei pela parte do beijo e decidi que não ficaria para trás ali. Me impulsionei para subir em cima do colo de Chanyeol, que me apertava contra a parede, agora. Sem pudor algum, rocei nossas intimidades em um ritmo gostoso, fazendo-me morder meu próprio lábio – já que Chanyeol agora tinha se dirigido ao meus pescoço e com certeza fazia o máximo de marcas que lhe era possível – ao sentir o membro alheio contra o meu. Não era pequeno e eu gostava disso.

Desci de seu colo e o empurrei, tendo como resposta um olhar confuso de sua parte. Olhar este que logo deu lugar a um repleto de luxúria quando comecei a me despir em sua frente, ficando apenas com minha boxer preta favorita. Continuei mantendo nossa distância e tirei tudo que podia de cima da mesa, logo subindo em cima desta e deitando-me ali, totalmente a mercê do maior.

Muitos estaria me julgando ou apontando o dedo por eu ceder tão fácil, mas eu não era o tipo de pessoa que ficava pensando demais e me preocupava com tudo. Viciado em problematizar com certeza não era um conceito que me definia. Se eu queria algo, eu apenas faria e era isso. No momento, o que eu mais queria era Chanyeol me fodendo com força em cima da mesa da cozinha.

Ele pareceu ouvir meus pensamentos, já que começou a tirar a própria roupa de forma afobada e se dispôs a beijar meu tórax e estimular meus mamilos – totalmente endurecidos – com aquela boca que sabia trabalhar muito bem. Eu amava as preliminares e toda aquelas sensações de êxtase que elas me davam, mas no momento eu não era a pessoa mais paciente do mundo e esperava que o maior parasse de ser.

- Chanyeol, será que dá pra gente pular pra parte em que você me chupa e depois me fode? – Perguntei olhando fixamente pra ele, sem dar um pingo de importância se o outro acharia que eu era vulgar. Eu estava duro e pouco me importando pra qualquer coisa de Chanyeol que não fosse o seu pau.

Ele arrancou minha boxer com tanta força que pensei que me levaria junto. Uma felação maravilhosa foi iniciada em minha glande e eu comecei a me questionar se eu não iria muito além das nuvens com Chanyeol. Podia sentir a boca do mais novo escorregar em todo o meu membro, acariciando-o em meio a lambidas e sugadas famintas. Suas mãos me estimulavam ao mesmo tempo que sua boca, me fazendo entrar em um estágio de realização plena do qual eu esperava não sair nunca mais.

A agilidade e facilidade como ele enfiava meu membro todo em sua boca denunciava que aquele nem de longe havia sido o primeiro boquete de Chanyeol em um cara e aquilo me deixava repleto de satisfação. Quer dizer que o futuro médico bobão não era tão bobo assim, afinal. Sentia que estava prestes a me desfazer ali mesmo, na boca dele, quando ele parou o que fazia e ao invés de se afastar, desceu um pouco mais com sua boca até a minha entrada, lambendo-a com uma calma que não favorecia em nada a minha situação naquele momento.

Meus olhos se reviravam contra minhas órbitas e eu, mesmo sem perceber, jogava meu quadril contra o rosto dele, em busca de sentir sua língua me invadir um pouco mais fundo. Foi então que senti algo me penetrar de uma forma tão sutil que mal havia sido percebido. Ele estava me preparando e eu mal podia esperar para ter tudo o que eu queria naquele momento. O maior me alargava e continuava a me lubrificar da melhor forma que conseguia. Eu tinha um lubrificante em meu quarto, mas sabia que não era capaz de andar até lá e pegar graças a forma em que minhas pernas fraquejavam e pareciam muito mais fracas que o normal.

Eu estava sendo levado a loucura e aquele era um ponto sem volta.

Chanyeol finalmente se afastou e me olhou nos olhos depois de tanto tempo. Eu não via nenhum traço de arrependimento ali, na verdade, não via nada além do puro tesão. Sorri pretensiosamente ao saber que aquele olhar era voltado pra mim e pro que eu causava nele.

Sem falar nada, ele se enfiou dentro de mim. Um grito alto não foi contido por meus lábios e minhas costas se arquearam com tanta força que pensei que fosse me quebrar ao meio. A dor era bastante incômoda, mas eu não era mais um virgem e sabia que não demoraria mais que alguns poucos segundos para que eu me acostumasse. Sendo assim, apenas me movi contra o quadril alheio, indicando para que fosse de uma vez.

Ele não tentou controlar seus gemidos e parecia se inclinar sobre o meu corpo justamente para me fazer ouvir todos os palavrões e palavras que ele falava sobre mim.

- Eu sempre fui doido pra te comer... Andando com esse rabo enorme pela casa, não tinha como não querer. – Gemi em deleite com essa frase. Chanyeol arremetia-se contra mim com força, até que finalmente tocara meu ponto de prazer e me fizera ver estrelas, ou melhor, uma galáxia toda.

- Aí! F-Fode com mais força bem, aí, Channie... – Não sabia o por quê do apelido, mas eu também não sabia de várias coisas naquele momento. Eu gemia e me contorcia, aproveitando cada segundo do que me era proporcionado. O prazer fora tão arrebatador que acabei gozando sem nem mesmo ter sido tocado, tendo Chanyeol fazendo o mesmo segundos depois, dentro de mim. O desespero fora tanto que nem percebera que meu corte começara a sangrar mais uma vez e que não havíamos usado camisinha. Eu não ligava. Sabia que não tinha nenhuma doença e que Chanyeol, provavelmente, muito menos.

Eu estava estirado na mesa quando ouvi a voz rouca pós orgasmo sussurar contra o meu ouvido:

- Que tal nós irmos pra o banheiro, nos limparmos e termos um segundo round? – A manha em sua voz era tanta que não pude deixar de rir. Concordei com ele e o senti me levantar e me carregar em seus braços até o banheiro.

Aquela não foi a nossa última transa. Na verdade, havíamos tido tantas que eu perdera a conta. Seu eu e Chanyeol namorávamos? Obviamente não. Nenhum de nós queria isso. Eu não sentia nada além de tesão pelo mais alto e era a mesma coisa do outro lado. Nós gostávamos bastante do que éramos agora.

Eu gostava mais ainda cada vez que Krystal vinha nos visitar, na inocência de que Chanyeol era o santo que ela jurava que ele fosse. Ou das vezes que ela ligava e ele estava me fodendo com força, contra uma parede qualquer.

Quando, após mais uma rodada de sexo selvagem, nos perguntamos como exatamente aquilo havia acontecido.

Obviamente, eu falei a coisa que parecia mais lógica.

- Quando mulheres moram juntas, elas ficam com o mesmo ciclo mestrual. Quando dois caras carente de sexo moram juntos, eles transam. Simples assim. Agora fica caladinho, que tal? – Selei seu lábios de forma rápida e saí da cama, indo para o banheiro tomar uma ducha.

Nós havíamos chegado a um ponto que não tinha volta e eu não poderia estar mais satisfeito com isso.

 

You and that girl, she your girlfriend?

Você e aquela garota, ela é sua namorada?

Face from heaven, bet the world she don't know

Rosto angelical, aposto tudo que ela não tem noção

Pretty girls don't know the things that I know

Garotas bonitas não sabem das coisas que eu sei.

I love this secret language that we're speaking

Eu adoro essa linguagem secreta que falamos

Say it to me, let's embrace the point of no return

Diga à mim, vamos aceitar, estamos no ponto sem retorno.


Notas Finais


Eu dou muito valor pros comentários na hora de melhorar minha escrita, então se puderem deixar a opinião de vocês registrada, me faria muito feliz! Espero que tenho gostado, vejo vocês nas atualizações de Parental Temptation. Até mais, sweeties.
PS: Quem quiser me achar no twitter, tá aqui o user: @chewyak


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