História Magnets - 3 - Piano - Terça-Feira

Capitulo 3 - Piano  

Estava cada vez mais difícil para Erik concentrar as poucas caricias que dirigia á Charles apenas no pescoço. Era a primeira vez que ficava com alguém que não podia beijar e pela primeira vez não conseguia se controla. Estava sentado no balcão da cozinha e Charles estava entre suas pernas, as costas coladas em seu peito e ele beijava-lhe o pescoço dando leve mordidas.  

- O que vamos fazer hoje ? 

- Compras - o ruivo respondeu apertando o outro mais contra si, o moreno levou uma das mãos ao braço de Erik fazendo caricias vagarosas por seu braço. Leves choques elétricos estavam percorrendo o corpo do engenheiro - Não quero mais te ver com essas roupas surradas...- Charles riu.  

- Eu amo minhas roupas. Não sei qual é o problema - disse se virando para encarar o ruivo 

- Você está parecendo um maltrapilho, meu amigo - os dois estavam frente á frente. Os braços do mais novo enroscados no pescoço do mais velho fazendo. Estavam se encarando as respirações ficando descompassadas, o barulho da chuva forte se fazendo cada vez mais forte contra as janelas e paredes, pelo visto não iriam muito longe. Charles acabou com a pouca distância entre eles mordendo o lábio inferior de Erik e sugando devagar, sem quebrar o contato visual. As mãos firmes do engenheiro se posicionaram em sua cintura de uma maneira possessiva - Não me dê esperanças Charles...- Erik murmurou contra os lábios do amigo assim que os seus foram soltos. O outro sorriu e o encarou.  

- Não darei, meu amigo - respondeu encostando os lábios nos seus o beijando. O beijando de verdade, a língua Charles na sua sugando e mordendo com carinho, arrancando-lhe um gemido, suas mãos agora estavam no cabelo escuro dele puxando com leveza. Os beijos do outro agora estavam em seu queixo e depois em seu pescoço. Erik estava feliz, pegou o celular que estava ao seu lado iria cancelar todos os compromissos. Seria apenas ele e Charles e uma cama macia.  

- Você não acha que tem negócios mais importantes? - Charles disse desgrudando do outro e indo até a geladeira. O ruivo ligou o celular e leu as mensagens que haviam chegado.  

- Porra ! - ouviu Erik dizer e bater com o pulso no balcão - Maldito Shaw ! Comprou a Cyclop - Charles tremeu ao som do nome. Shaw. Shaw era um nome comum nos Estados Unidos então não deveriam ser a mesma pessoa. Sò de pensar que o homem poderia lhe encontrar novamente tinha vontade de correr dalí ou então de acabar com a própria vida. Shaw nunca iria lhe perdoar por ter sumido e se um dia o encontrasse o faria pagar. Encostou o corpo na parede da cozinha e tentou se acalmar. Não era a mesma pessoa, não era a mesma pessoa ...Fechou os olhos e rezou internamente.  

 Os lábios macios de Erik o trouxeram de volta a realidade.  

 - Sinto muito, liebe. Terei que ir resolver isso - e saiu com o telefone na mão xingando baixo em alemão e ele sò conseguia distinguir seu nome e o nome de Shaw. Meia hora depois o ruivo estava indo para o trabalho deixando para trás um preocupado Charles. 

Erik estava exausto e com o sangue fervendo o desgraçado do Shaw havia conseguido comprar a Cyclop antes dele e agora iria fazer o que Jean mais temia, iria despedaçar a empresa em cinco para ver se a Shaw Iron saia do buraco. Teria que falar com Ororo para ver se conseguiam desfazer o negócio. Maldita Jean Grey ! Tragou o cigarro e entrou no carro. Bom pelo menos ainda tinha Charles lhe esperando em casa, mas, também não teria coragem de fazer nada com Charles, não enraivecido como estava iria acabar descontando sua raiva no outro e não queria aquilo. Queria apenas adorar cada pedacinho de Charles, fazê-lo sentir como nenhum outro....nenhum outro ...o fato de o moreno ter tido outros o irritava. O irritava mais do que podia lembrar. Iria fazer Emma redigir um contrato de exclusividade, nem que levasse o outro para Berlim. Estava pensando absurdos já, o moreno era um ser um humano com sentimentos e não uma empresa a qual comprava. Charles não era sua propriedade.  

*** 

Charles agradeceu Angel o máximo que pôde assim que ela pediu para Kitty deixar a sacola de compras em seu apartamento. Tinha que se ocupar com algo, para não pensar em Shaw ou em sua vida em Nova York. Sorriu e começou a fazer o jantar, Erik parecia bem nervoso ao telefone então uma refeição quentinha faria bem ao outro, principalmente em um dia como aquele.  

Erik abriu a porta de casa e foi recebido por duas coisas que simplesmente não esperava, Charles ao piano tocando algo que ele reconheceu como Beethoven e um cheiro maravilhoso de comida italiana, observou a mesa que estava posta, velas e taças, e flores tudo muito aconchegante o outro não havia se dado conta que tinha chegado. Então ele sentou na poltrona o observando tocar.  

Aplausos foi o que Charles ouviu quando terminou Für Elise corou ao ver que Erik o aplaudia de pé. 

- Você toca muito bem, meu amigo.  

- Obrigado - disse enlaçando os braços no pescoço dele e olhando no fundo dos olhos - Tem muito tempo que você chegou?  

- Meia hora - os braços do ruivo passavam por sua cintura, o trazendo para perto.  

- O jantar já esfriou. Podemos esquentar...- As testas estavam coladas. Erik deu um selinho no outro.- Você sabe tocar algo, Erik ? - O moreno sorriu e o puxou pela mão até a cozinha 

- Sim, toco piano – respondeu sentando a mesa observando Charles colocar a comida no micro-ondas, ele ficava ainda mais lindo naquela luz amarelada da cozinha, o cardigan bege e a blusa escura o rosto franzido em preocupação tentando descobrir quantos minutos exatamente levaria para  a comida aquecer sem ficar sem gosto ou de aspecto seco, a mão apoiada na cintura e a outra descansando ao lado de seu corpo – Você sabe cozinhar ?  

- Sim. Não sou nenhum chefe de cozinha, mas, cozinho o básico muito bem – Charles disse retirando a travessa de pasta do forno – Tenho uma surpresa para você, meu amigo. 

- Uma surpresa ? – o ruivo perguntou arqueando uma sobrancelha.  

- É ! Você é alemão, não é ? – Erik riu afirmando com a cabeça. Na primeira garfada Charles esperava ansioso o veredito dele, o olhando em expectativa os lábios em um sorriso ansioso e os olhos arregalados em curiosidade igual á uma criança de cinco anos esperando a aprovação de um adulto.  

- Está maravilhoso, Charles ! Maravilhoso ! Nem em Roma comi um Carbonara tão gostoso – assim que ouviu a aprovação do ruivo Charles riu divertido. Erik era mesmo um homem maravilhoso, o tratava com muito respeito e carinho diferente de Shaw que o tratava como uma puta barata.  

Shaw gostava de bater. Não como forma de BDSM ou fetiche, era agressão física mesmo, ainda tinha as marcas pelo corpo. Não era nada gentil na hora do sexo Charles lembrava de ficar infeliz na cama, chorando e com uma manchas arroxeadas. Um homem violento.  

- Charles? - os braços finos de Erik o rodeavam - Charles o que foi ? - o homem murmurava - Você não gostou do elogio ? - Sò agora percebia que estava chorando. Agarrou-se ao amigo com força escondendo o rosto no pescoço de Erik, enquanto ele murmurava que estava tudo bem - Shhh...Shh..Eu estou aqui..- Estava ficando mais calmo - Venha ! Vou tocar algo para você...- O engenheiro pegou na mão do amigo e o levou até o piano. Sentaram-se na banqueta e Erik começou a dedilhar o instrumento. Apassionata de Beethoven, era a sua peça preferida.  

Sentia o olhar do moreno queimar sobre si e não demorou muito até ouvir a voz baixa de Charles lhe chamar e quando levantou a cabeça o outro estava de pé.  

- Charles... 

- Erik...- Agora o moreno se posicionava entre suas pernas o corpo encostado no piano. Erik prontamente levantou o erguendo pela cintura e o fazendo deitar na cauda do objeto, o encarando com desejo, deslizando os dedos de sua garganta até o seu abdômen ainda coberto, as pernas de Charles ao redor de sua cintura - Erik por favor...- O ruivo agora beijava-lhe o pescoço. Erik pousou uma mão em uma das coxas de Charles a puxando para sua cintura, movimentando-se devagar contra Charles, uma leve fricção fazendo suas intimidades se roçarem e o outro gemer. Queria ouvir Charles gemer seu nome, em alto e bom som.  

Erik sorriu ao ver a expressão prazerosa no rosto do outro, o rostinho pálido avermelhado e suado os lábios entre abertos. Pegou Charles no colo e o levou para o quarto o deitando na cama e então subindo em cima dele, colocando uma perna de cada do seu corpo e levou as mãos até aos botões do cardigan desabotoando um á um, Charles estava ali de olhos fechados e os lábios entre abertos a respiração pesada. depois a sua blusa e a cada botão que ia sendo aberto era um beijo em seu tórax  enquanto sua blusa era removida. Charles abriu os olhos, os olhos claros escuros de desejo, levando suas mãos  á sua blusa desfazendo seus botões.... 

Os lábios finos de Erik desciam pela clavícula de Charles descendo cada vez mais baixo, as roupas de ambos jogadas no chão, parecia que cada pedaço do corpo de Charles estava em chamas, os lábios do outro parecia provocar um pequeno incêndio dentro de si, as mãos grandes e firmes percorriam lhe o corpo apertando suas coxas com força , o levando ao delírio, as mãos pequenas puxando o cabelo de Erik com força enquanto a boca dele estava em seus mamilos, sugando e mordendo com força, fazendo Charles arquear as costas em prazer. Era uma sensação incrivel. Parecia que Charles ia entrar em alto combustão quando os lábios do outro rapaz envolveram sua intimidade. O ruivo movia a cabeça devagar, sentindo-se muito feliz ao ofegos de Charles, pedindo por mais e mais... 

-Está pronto ? - Erik perguntou  

-Sim- ele respondeu, o encarando. Erik puxou uma das pernas de Charles para a sua cintura se posicionando dentro dele, beijando-lhe a clavícula, ele fechou os olhos Erik tinha sido tão carinhoso o preparando e agora dando-lhe beijos e leves chupões até que se acostumasse com ele. Erik era grande. O ruivo estava perdido no cheiro adocicado de Charles, cheiro de chá e frutas vermelhas, mordia-lhe a pele e sugava .Deus ! ele queria se afogar em Charles.  Foi tirado de seus devaneios quando sentiu o outro se mover contra ele e o encarando. Erik então obedeceu, movimentando-se devagar dentro Charles, as mãos dele em seus ombros e a sua ainda segurando uma das coxas dele em sua cintura.  

-Mein Gott!!- levou a mão a livre ao pênis de Charles, o masturbando devagar, enquanto o encarava. Charles era a criatura mais linda do mundo. Foi a loucura quando o outro lhe implorou para ir mais forte. 

-Erik!Oh..Erik! - Charles gemia alto fechando os olhos e atingindo o orgasmo, Erik demorou um pouco mais e finalmente chegou ao clímax mordendo o ombro esquerdo do moreno. 

Dez minutos depois e ainda não estavam totalmente recuperados.