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História Mais Clichê, Impossível (Hiatus) - De Volta a Rotina


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


Com tanta história para atualizar e com a consciência pesada por ter deixado elas de lado, eu resolvo finalmente atualizar elas? Claro que não! Eu vou lá e faço mais uma historia para entrar na coleção, mas quando surge a vontade de criar uma é quase impossível não querer ir adiante... E enfim eu resolvi tirar essa aqui da geladeira de tantas que estavam na mesma situação, só que essa eu resolvi de fato desenvolver... E é aquele tipo de história com muito clichê sobre o ensino médio, amo, não minto :D Sinopse clichê, capa e história clichê... Poxa, tinha como ficar mais clichê que isso?

Capítulo 1 - De Volta a Rotina


O sinal tocou anunciando o início da primeira aula do dia.

O corredor lotado de adolescentes, tornava-se quase impossível não esbarrar acidentalmente em alguém. Alguns apressavam-se para chegar o mais rápido possível a sala de aula, antes mesmo do professor, já outros pareciam pouco se importa  com isso e continuavam conversando despreocupadamente.

- E aí viadinho, o que trouxe de comida hoje? - Um garoto de estatura mediana e cabelos cacheados teve seu armário fechado repetinamente e de forma brusca foi virado de frente para o seu pior pesadelo.

-…

- Não vai falar nada, seu veadinho? Tô falando contigo!

- Greg, deixa ele! - Uma garota de longos cabelos loiros escorridos postou-se ao lado do garoto encurralado contra o armário. - Bulliyng é algo tão 2000! - Disse ao que abriu o seu armário para tirar um pesado livro - Está totalmente fora de moda. - Retirou então um batom de sua mochila e passou lentamente em seus labios bem desenhados. - Alô, estamos em 2018, se atualize o quanto antes. Sério.

- Eu também acho amiga. - Outra garota surgiu como se estivesse a espreita - Inclusive eu dediquei uma semana inteira abordando assuntos como esse no meu canal. - Falou sorrindo largamente - Aliás o que acha de fazer uma participação em um dos meus vídeos? 

O loira virou o rosto e a olhou com estranheza. Analisou o traje da outra minuciosamente.

- Quem é você mesmo?

A garota ajeitou o óculos e sorriu sem graça.

- Eu sou a Ellen, faço parte também do grupo de design e…

- Tá, tá, tá... - Deu de costas assim que avistou a sua paixonite andar descontraidamente pelo extenso corredor.

Como um modelo, Mark chamavam atenção por onde passava, como se fosse um anjo já que estava vestido de branco da cabeça aos pés com o seu chamativo porte atlético. Algumas garotas paravam o que faziam apenas para olhá-lo, alguns garotos o olhavam com desejo, outros se quer davam bola e continuavam com os seus afazeres.

Jennifer timidamente acenou com a mão e Mark correspondeu sem muita vontade.

- Inferno, por que eu tinha que gostar logo desse homem? - Resmungou sem quase mexer a boca, enquanto ainda forçava um sorriso.

- E aí? - Ellen cutucou o ombro da loira - O que me diz da minha proposta?

- Meu cachê é alto. - Jogou os longos cabelos no rosto de Ellen e sumiu entre a multidão no corredor.

A garota de óculos bufou retirando um fio de cabelo de sua boca e seguiu o mesmo rumo para ir a sala de aula.

Os corredores esvaziaram-se, todos já estavam em suas respectivas salas assistindo aula, mas em contrapartida um ser desesperado corria pelo pátio quase sem fôlego e sem forças nas pernas.

- Atrasado como sempre, chinês?

O garoto com desagrado evidente olhou para o faxineiro que parecia não ir com a sua cara.

- Eu não sou chinês!

- Você tem olhos puxados! - Tentou contra-argumentar.

- Nem todos que tem olhos puxados são chineses! - Disse de forma óbvia, mas o homem parecia não compreender tão bem.

- Então o que você é?

O garoto levou a mão a testa e decidiu continuar a sua corrida, mas antes fora novamente interrompido.

- Qual o seu nome mesmo?

O jovem o olhou com evidente tédio.

- Yuki.

- Todo asiático se chama Yuki?

Definitivamente Yuki tinha paciência de sobra para lidar com situações do tipo, se não já teria xingado o homem.

- Você sempre me faz a mesma pergunta.. Vem cá, tem mais o que fazer não? - Não fora grosseiro, não era do seu feito. Mas estava exausto após ter que pedalar o mais acelerado que podia a escola. Quase teve de dar uma de Phineas e Ferb e criar uma invenção em segundos para que chegasse a escola na velocidade da luz.

- E você por que sempre chega atrasado?

Yuki leva as mãos a cintura, mas então acaba por perceber que não tem uma resposta na ponta da língua.

- I-isso não é da sua conta! - Retornou, só que a andar. Estava cansado demais para continuar a correr. Era quase sedentário, seu corpo não estava acostumado e seus pés estavam quase o matando.

Abriu o seu armário, guardou alguns livros, mas acabou por tomar um susto assim que o fechou.

- Ahaha ha… - Seus batimentos cardíacos foram a mil ao se ver novamente tão perto daquele garoto de uma assustadora altura de quase dois metros.

Como não se amedrontar?

- Olá. - Victor disse com o seu habitual tom baixo e sério.

Yuki se encolheu contra o armário, apertando sua mochila entre os braços. 

- P-perdeu algo? - Perguntou a ponto de se borrar.

- Não. - Disse, ficando a encarar o outro por segundos com sua aparente indiferença em seu rosto - Eu vi você pedalando desesperadamente com a sua bicicleta, até tentei chamá-lo, mas você parecia disposto a tudo para chegar o mais rápido aqui, o sinal infelizmente fechou e eu o perdi de vista.

"Graças a deus, Meu Deus!".

Yuki forçou um sorriso.

Não definitivamente não aceitaria uma carona de Victor. O mesmo não parecia ser confiável, ele poderia esquartejá-lo e jogá-lo em um rio cheio de piranhas. Aquele sorriso sádico e debochado jamais o enganaria. Todos tinham certo medo e receio de Victor.

Havia diversas tribos na escola, mas Victor não frequentava nenhuma, de vez em quando era visto com os descolados, ou com os garotos do basquete, pois fazia parte do time.

Não, Yuki não entendia como o esquisitão havia mudado de atitude consigo. Antes quando chegou ao Canadá e se matriculou na escola eram alvo de algumas piadinhas e brincadeiras sem graça inclusive do próprio Victor que roubava o seu dinheiro e o seu lanche, esse nas raras vezes que trazia. Sempre sendo intimidado, o que não deixou de ser, pois era impossível não se sentir intimidado na presença de Victor que também havia se mudado da França para o Canadá, só que anos antes de si.

- E-u amo pedalar. - Quase fizera uma careta. 

Desajeitadamente tentou arrumar a sua cabeleleira revoltada. Sorte que nunca estaria cara a cara com o outro, só se subisse dois degraus de uma escada… Mas não se humilharia a esse ponto certo?

- Você sabe que o seu pai me pediu para que eu o levasse todos os dias a escola de carro. - Disse sem emoção alguma enquanto olhava fixamente para o menor.

Yuki torceu o nariz.

Como se esquecer do acidente que teve com a sua bike que quase tirou a sua vida? O caminhão de carga simplesmente apareceu do nada e bateu de raspão em sua bike, mas o bastante para arremessá-lo para longe e fraturar a mão. Poderia ter sido pior? Poderia, e seus pais então resolveram proibir o filho de andar de bike, mas Yuki melhorou e simplesmente não deu ouvidos.

Acidentes acontecem.

Assim como o acidente de ter que ver quase sempre Victor por seus pais serem tão chegados, e morarem apenas três quarteirões um do outro. Pior, seu pai achava Victor responsável, o homem decidiu entregar a su segurança nas mãos de Victor, já que Yuki era extremamente avoado e desastrado, sendo que nem chegados os dois eram.

Era uma tensão.

- G-gosto de sentir o vento batendo no meu rosto. - Riu engolindo a seco. O outro estava próximo demais. Dava para sentir o seu hálito.

Victor então sorriu de lado e deu duas fracas tapinhas no rosto de Yuki.

O japonês ficou tenso. Essa parecia ser a forma de Victor cumprimentá-lo. Bem… Pelo menos não era mais com um forte soco no ombro. Victor não parecia saber medir sua força e parecia também não se importar se machucava ou não. As vezes não podia deitar de lado, pois seu ombro doía e amaldiçoava Victor por isso.

- Você é estranho, okamoto. - Havia mais um detalhe, nunca era chamado por seu primeiro nome. Antes era caçoado por Victor por conta de seu sobrenome japonês, sendo que Yuki possuía dupla cidadania. Seu pai era canadense, mas a sua mãe japonesa.

Yuki não ousou olhá-lo nos olhos, então simplesmente abriu a sua mochila e jogou o celular e fone de ouvidos dentro. Não se atentou quando algo caiu no chão.

- Hum… - Victor agachou-se e pegou a embalagem caída.

Os olhos de Yuki se arregalaram.

"Ah não, meu chocolate não".

Victor levantou-se e despreocupadamente abriu a pequena  barra de chocolate e mordeu uma significativa quantidade.

Yuki sentiu vontade de chorar.

- Isso era meu. - Disse num fio de voz.

- Achado não é roubado. - Em mais duas mordidas havia comido todo o chocolate para o desespero de Yuki que assistia a cena com dor no peito.

Apesar de tudo, Victor continuava roubando o seu lanche.

- Ei, os dois! Para a sala! - O monitor ordenou.

Yuki pegou suas coisa e rumou com os ombros caídos para a sala de aula.

Sorte que não seria a mesma de Victor.

Um longo dia estava por vir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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