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História Mais de você. - Quem se importa?


Escrita por: Takkano

Notas do Autor


E parece que agora o Dante tá indo, e... oh vacilão... -_-

Capítulo 12 - Quem se importa?


Vergil ouviu uma batida na porta. Olhou para o relógio ainda assustado e sonolento; eram quatro horas da manhã. Se levantou com certa dificuldade e foi até a porta abri-la. Do outro lado, Dante sorriu meio sem jeito, como havia feito pelas duas últimas semanas em que esteve ali. Ao adentrar o local, o mais novo não resistiu em bagunçar ainda mais os cabelos sedosos do irmão, que revirou os olhos com toda aquela infantilidade de sempre.

Desde o acidente horrível com My Lady, o pai da moça tinha viajado a negócios  deixando a casa aos cuidados de Vergil, que agora vivia ali. My Lady, que continuava em observação no hospital, disse a Dante que ele poderia esquecer tudo aquilo desde que se comprometesse a cuidar de Vergil na sua ausência.

Trish sabia que, na verdade, Lady jamais ficaria ressentida com Dante, e que ela estava apenas tentando unir os irmãos novamente; mesmo ainda amando Vergil.

Durante essas duas semanas, Dante ficou de olho no mais velho, apenas no caso de algo sério acontecer. Mas se recusava a conversar com ele sobre o bebe; embora o próprio Vergil também evitasse ao máximo tocar no assunto. Ele sabia que Dante estava perdido e confuso com tudo aquilo.

O mais novo se jogou em cima do sofá fazendo sinal para que Vergil se sentasse ao seu lado. Vergil se sentou na outra ponta do sofá, bem longe dos enormes braços de Dante, que, totalmente emburrado, mostrou a língua para o irmão.

— Soube que a Lady sai hoje do hospital.

— Que ótimo, agora já posso dispensar a babá! - Vergil riu da cara feia de Dante.

— Azar o seu, sabe que a Lady nunca vai deixar você se empanturrar de pizza e sorvete como eu deixo, né? - Dante parecia orgulhoso do “tratamento de rei” que pensava dar ao irmão mais velho.

— Imbecil, é a primeira coisa boa que vai me acontecer quando eu me livrar de você; chega dessa merda de me entupir de pizza e sorvete!

— Qual é Verg! Você sabe que agora você tem que comer bastante.

— Comer bem seu burro, e não bastante.

— Comer bastante é comer bem, maninho. - Dante parou de rir e ficou um tempo olhando para a barriga de Vergil. – Não, acho que você tem razão. Se eu não me engano não era para você estar de uns… sei lá, quatro meses?

— Eu estou, anta! Por quê?

— Parece que tá de oito! É melhor eu parar de te dar esse monte de comida, ou a Lady vai me matar.

— Vai nada. - Vergil tentou mudar de assunto bem rápido. – Ela fica toda feliz quando você fala de mim, lá no hospital; mulher traiçoeira, devia é me defender de você.

— Cala a boca Vergil, é exatamente por isso que ela tá lá, naquele hospital. Espero que ela se recupere logo. - havia muita sinceridade nas palavras de Dante.

— É, eu também, pois se eu tiver que fazer mais algum trabalho dela, vou pirar.

— Vergil, seu desgraçado! Como você pode ser tão insensível; mesmo assim? - Dante apontou para a barriga de Vergil.

— Pois é, sou insensível mesmo, tanto que não aguentei e acabei perfurando o abdômen dela com a minha espada… ah não, peraì, não fui eu!!

— Não era para ser ela, mas ainda bem que foi. E olha, eu tive um motivo, tá bem! - Dante pareceu chateado e aflito ao se relembrar daquilo.

— Ah é, e eu tenho… - Vergil começou a contar os papéis que Thrist trouxe com alguns “pequenos afazeres” que pertenciam a My Lady, mas, que ela julgou ser possível Vergil realizar; mesmo em sua atual condição. – … 50! - o albino terminou de contar jogando tudo em cima da mesa enquanto se levantava e pagava seu casaco e sua espada.

Dante segurou no batente da porta bloqueando a passagem do mais velho.

— Opa! Onde pensa que vai maninho… ainda mais levando isso! - Dante se referia a yamato.

— Trabalhar? Não sei se reparou mas agora, eu preciso mais do que nunca.

— Que precisa nada, você tá só querendo fugir da realidade. Você não consegue aceitar a sua situação atual.

— E por acaso você aceita, Dante… a minha situação atual?

Vergil ficou encarando Dante enquanto este apenas retirava a mão que impedia sua passagem.

— É! Foi o que eu pensei! - a voz do mais velho soou meio decepcionada.

E dizendo isso, Vergil saiu pela porta quase atropelando Dante que continuou imóvel ali, no mesmo lugar, vendo o outro se afastar na escuridão.



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