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História Mais do que eu deveria - Descontrolada.


Escrita por: romana_66

Capítulo 30 - Descontrolada.


Fanfic / Fanfiction Mais do que eu deveria - Descontrolada.

A brisa gelada do mar invadia o quarto pela janela, fazendo as cortinas voarem. O rugido potente do mar preenchia o ambiente, agora acompanhado por canto de pássaros. Hadassa acordou tarde e quando abriu os olhos, ainda sentia sua cabeça doer. Por alguns segundos, o dia pareceu normal como qualquer um, mas logo as lembranças da noite anterior vieram a mente, fazendo com que seu mundo desabasse outra vez. Sentiu seu peito ruminar, doía tanto pensar em Renata... Ao mesmo tempo que não queria nunca mais ver a mulher, sentia uma saudade imensa e daria tudo para ter acordado ao seu lado. Se odiou tanto por isso, seria tão bom se ela pudesse mandar nos seus próprios sentimentos... Em um estalar de dedos ela apagaria tudo o que viveu, mandaria seu coração amar Andréia, descomplicaria sua vida em menos de 5 minutos, mas isso estava muito além do seu alcance. Se virou para o lado e novamente fechou os olhos na tentativa de dormir e esquecer dos problemas. Agradecia tanto por hoje ser sábado e ela não precisar ir trabalhar, não sabia se aguentaria encarar a situação. Talvez seu pai estivesse certo e ter ido trabalhar na Globo foi um erro.

— Hadassa? – chamou Ester, abrindo a porta devagar.

A menina ficou em silêncio, sem coragem de encarar a mãe.

— Amor, vem almoçar?

— Estou sem fome agora, mãe.

— O que está aconteceu? – a mãe perguntou agora entrando no quarto e se aproximando da filha.

— Nada mãe, só problemas na redação. Eu trabalho demais, você sabe.

— Não mente para mim, filha. Você sabe que eu sou a pessoa que você mais pode confiar no mundo.

Hadassa sentiu vontade de chorar, mas deixou tudo preso na garganta.

— Eu estou bem, mãe. Foi só estresse acumulado, aliás, cadê meu celular? – perguntou passando a mão pela cama, procurando.

— Está com seu pai.

Hadassa sentou na cama de uma vez.

— Por que ele pegou meu celular? – indagou assustada.

— Não parava de tocar ontem, ele achou melhor atender. – Ester observou a filha com curiosidade.

— Nossa, e a privacidade fica onde?

Hadassa imediatamente se pôs de pé.

— Calma, ele não fez nada de mais, só atendeu a ligação de uma tal de Renata. – Ester comentou e encarou a filha.

A menina sentiu seu estômago revirar, não teve coragem de encarar a mãe

— É a minha chefe.

Foi em direção ao banheiro para tomar banho, deixando sua mãe parada no meio do quarto, observando.

— Te espero lá em baixo. – Ester disse já saindo do quarto.

Hadassa tomou banho o mais rápido que pôde, ela sabia que seu pai não era nada burro, mas primeiramente ela teria que ter uma conversa com ele para identificar se ele tinha notado algo. Vestiu-se e desceu até a cozinha. Seu pai estava, como sempre, sentado na ponta da imensa mesa, já almoçando.

— Bom dia, pai. – sentou-se ao seu lado.

— Bom dia, Hadassa. – o homem tinha um tom firme na voz.

Hadassa estava tentando passar o máximo de normalidade possível.

— Pode nos explicar o que aconteceu ontem? – Abraham praticamente exigiu, encarando a garota enquanto ela se servia.

— Problemas no trabalho, como qualquer ser humano eu também me estresso e tenho limites. Aliás, você pode devolver meu celular? – respondeu rapidamente e desconversou.

— Mas aquele desespero todo foi por causa daquele departamento de fake news que você trabalha?

— Abraham, por favor, esse é o primeiro final de semana que a gente passa juntos em meses, você vai mesmo querer estragar? – protestou Ester, já irritada.

— Pois é mãe, eu achei que aquele dia que ele me procurou era para a gente recomeçar em paz, um respeitando o outro, mas já vi que ele não mede palavras, ele não se aguenta... –Ester interrompeu a filha que já estava se exaltando:

— Hadassa, você também filha, por favor, colabora. – suplicou.

— Eu só estou fazendo o meu papel de pai, que é ficar preocupado com a minha filha que chegou aos prantos ontem aqui. – disse o homem incrédulo com a repreensão das duas.

Hadassa respirou fundo.

— Pai, eu já expliquei. Se eu te deixei preocupado, me desculpa. – falou em tom mais calmo.

— Hadassa, eu só quero seu bem, não gostei de te ver daquele jeito, não importa se foi trabalho, briga ou decepção amorosa. – declarou o homem, dando ênfase na última frase.

A menina sentiu seu coração dar um salto no peito, apertou seu garfo mais forte que deveria.

— Abraham... – repreendeu Ester.

— Quem me dera se eu ao menos tivesse tempo para namorar. – Hadassa tentou descontrair.

— Ontem uma mulher não parava de te ligar, trabalha com você? – o pai perguntou como quem não quer nada.

— É a minha chefe, pai. – suspirou irritada.

— Jura? Carinhosa ela, te chamando de 'meu amor’. – comentou debochado.

— E daí? – respondeu bufando.

Antes que o pai respondesse, a menina estendeu a mão sobre a mesa

— Quero o meu celular.

O homem encarou a menina por alguns segundos, colocou a mão no bolso e entregou a ela.

— Obrigado pela gentileza. – ironizou.

Hadassa ao desbloquear o aparelho viu que tinha 15 chamadas perdidas de Renata e uma mensagem no Whatsapp. Na mesma hora, sentiu sua fome desaparecer.

"Hadassa, me atende, por favor. A Mari fez aquilo de propósito! Eu sei que vai ser difícil acreditar, mas você precisa me dar uma chance de falar, nem que depois eu deixe você me xingar, surtar, o que você quiser, mas me ouça. Pensa em tudo o que vivemos até agora, você acha mesmo que eu jogaria tudo isso fora por causa da Mari? Eu procurei você no seu apartamento ontem e não te achei, meu coração está doendo. Me deixe explicar, não faz assim."

O coração da menina estava em pedaços, principalmente quando viu que ela estava online. Enquanto lia o texto, parte dela queria responder e na mesma hora ir correndo até a mulher, mas a outra parte se negava com veemência. Com medo de ser feita de trouxa, optou por ignorar Renata. Ainda na mesa enquanto dava umas garfadas na comida para disfarçar, acabou lembrando do que Andréia falou sobre Renata: "Ela tem fama de ser imprevisível. Você não é a primeira garota dela e nem será a última".

Queria sentir ódio, mas o que tomou conta de seu peito foi apenas uma decepção. Talvez tivesse feito a escolha errada, tudo estava indo muito bem com Andréia até ela tomar a decisão repentina de ficar com Renata. Passou o resto da tarde em seu quarto assistindo filmes e séries, não quis descer para jantar. Se tinha uma coisa que ela não estava, era com fome. Desligou o celular e o abandonou em cima da mesa de canto. A cena de Mari beijando Renata não saía de sua mente. Durante a noite não conseguia dormir, não adiantava ela fugir daquilo, teria que enfrentar a mulher e acabar logo com essa agonia. Ligou o celular, pensou alguns minutos com os olhos fechados, buscando coragem e antes que desistisse, ligou para Renata. A mulher atendeu no primeiro toque.

— Oi. – falou com voz carinhosa, mas urgente.

Fechou os olhos ao ouvir Renata.

— Por favor, me deixe explicar, meu bem –suplicou.

Hadassa sentiu seu coração apertar no peito e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela colocou a mão na boca para Renata não ouvir seu pranto.

— Eu jamais faria isso, você sabe que se eu quisesse estar com a Mariana, nada me impediria, mas eu escolhi estar com você, pensa bem, acredite em mim, eu faço qualquer coisa. – disparou Renata, com a voz embargada. – Ela me beijou de repente, eu não tive escolha, se você tivesse esperado teria ouvido as coisas que eu falei para ela depois. Por favor, meu amor, eu estou tão desesperada. – terminou Renata.

Ficaram alguns minutos em silêncio na chamada.

Hadassa, ainda chorando, resolveu responder: — Eu preciso de tempo para digerir isso.

— Eu vou morrer de saudades. – sussurrou Renata.

— Eu não quero ser feita de idiota por você. – resmungou com a voz embargada, segurando o choro.

— Jamais faria isso, depois de todo o esforço para ter você, eu abri mão de muita coisa, inclusive do meu orgulho, você sabe disso. Não faz sentido aquilo que você viu.

— A gente conversa melhor na segunda-feira. Você vai até meu apartamento.

Hadassa ouviu um longo suspiro, seguido de alguns segundos de silêncio.

— Hadassa, antes de desligar me deixa te fazer um pedido? – Renata perguntou baixinho.

— Se tiver ao meu alcance... – Hadassa fechou os olhos.

— Não deixe Andréia influenciar você. – suplicou.

— Ok, fique bem. – desligou a chamada.

O final de semana passou tão rápido, seu pensamento ia até o Leblon a todo instante. Ainda estava digerindo tudo que Renata falou. Sentiu um pouco de paz ao assimilar algumas coisas e ver que talvez a mulher tivesse razão. Amava tanto ela que se machucar foi inevitável. Ansiedade tomou conta de seu coração na noite de domingo, caminhou de um lado para o outro em seu quarto, abriu um pedaço da janela e sentiu o brisa do mar que hoje estava leve e agradável. Fechou os olhos e respirou fundo sentindo o cheiro da praia. Como ela amava esse lugar! Não tinha palavras para expressar. Esticou suas mãos como se estivesse chamando algo que vem do mar e uma felicidade repentina tomou conta de si. Ela abriu um imenso sorriso, sua mãe do mar estava respondendo suas preces, dizendo que tudo ficaria bem. Finalmente conseguiu voltar pra cama e dormir.

Seu celular despertou às 8:00 da manhã e ela notou que na mesa de canto tinha um bilhete.

" Filha, eu e seu pai estamos indo. Não quis te acordar, mas estou preocupada com você, acho que precisamos conversar. Final de semana eu volto. Te amo muito! Por favor, se cuida."

Hadassa temia que sua mãe estivesse desconfiando de algo. Tomou um banho, se vestiu e fez o trajeto de sempre até a Rede Globo. Quando chegou na redação, sentia suas pernas tremerem, estava tão nervosa que não sabia como iria reagir se encontrasse Renata. Colocou um sorriso largo no rosto porque jamais iria demonstrar estar derrotada quando passasse por Mari, mesmo que seu coração estivesse em pedaços. Segunda-feira era dia de trabalhar com Andréia no g1. De longe, viu a mulher sozinha sentada em sua sala e agradeceu mentalmente por Mari não estar lá. Bateu na porta e já foi logo entrando.

— Bom dia, Hadassa. – Sadi cumprimentou, imediatamente encarando a menina.

— Bom dia, Sadi. – respondeu secamente.

— Sadi? Voltou a me chamar assim? – sorriu a mulher com bom humor.

— É seu nome não é? – murmurou com indiferença.

— É sim, mas você costuma me chamar mais de Andréia quando está brava ou chateada.

— Você tirou essa conclusão de onde? – Hadassa encarou a mulher.

— Te observando. – Sadi respondeu e arqueou as sobrancelhas.

Hadassa não pôde evitar rir.

— Isso é um sorriso para mim? – arregalou os olhos surpresa. – Mas o que aconteceu, Brasil? – riu Andréia.

— Você não vale nada, Andréia. – Hadassa afirmou dando ênfase no nome da mulher.

Hadassa não podia negar que Sadi conseguia arrancar um sorriso dela sempre que queria, mas ela já tinha consciência que não deveria confiar muito, apesar de ainda ter muito carinho por ela. Trabalhou a manhã toda ali quietinha, nem queria olhar muito para a redação pois corria o risco de seus olhos se encontrarem com o de Renata.

— Ei? – Andréia se aproximou e sentou em cima de sua mesa.

— O que foi? – perguntou Hadassa, tirando os olhos do computador e encarando-a

— Está triste? – sussurrou.

— Não, e sai de cima da minha mesa. – respondeu rapidamente, voltando os olhos para o computador.

Sadi tocou o braço da menina, que a encarou novamente.

— Andréia, você quando quer uma coisa não desiste, hein?

— Não mesmo. – a mulher sorriu triunfante.

A Hadassa queria ficar brava com ela, mas acabou rindo.

— Posso te pedir uma coisa? – Andréia voltou a ficar séria.

— Vai, peça. – permitiu impaciente.

— Eu sei o aconteceu, sei que você está triste e chateada. – começou.

Hadassa suspirou fundo.

— Andréia, por favor...

— Mas antes de desistir de tudo, tenta de novo comigo, por favor, se não der certo você vai embora e diz que não deu, eu vou entender, mas tenta. – terminou em tom de suplica.

A menina a encarou por alguns segundos até que piscou lentamente.

— Sai de cima da minha mesa. – sussurrou em um tom mais gentil.

Andréia sorriu e saiu de cima da mesa.

— Por que você me quer tanto? – Hadassa perguntou de súbito.

— Porque a gente ainda tem muito o que viver e fomos interrompidas. Você era mais feliz ao meu lado, disso eu tenho certeza e aí no fundo você também sabe disso.

Hadassa desviou o olhar dos olhos de Andréia e lembrou do pedido que Renata tinha feito. Voltou ao trabalho e pediu para William deixá-la trabalhando no G1 pelo resto do dia. Alegou que tinha muito o que fazer e o homem não se importou em ceder o dia para a garota. No meio do dia, algo muito curioso aconteceu. Sadi, que tinha saído para comer algo, voltou a sala com o nariz jorrando sangue sem parar.

— Andréia do céu, o que foi isso? – perguntou Hadassa assustada, indo até a mulher.

— Não foi nada, o Airbag do carro abriu de repente. – explicou, tentando estancar o sangue com as mãos.

No desespero, Hadassa pegou sua blusa de frio que estava em cima de sua mesa e deu para a mulher se limpar.

— Vai manchar. – Andréia alertou.

— Cala a boca, limpa logo. – Hadassa enfiou a blusa no rosto da mulher.

— Ai garota, cuidado! – gemeu de dor.

— Melhor você ir ao hospital.

— Já vai passar. – Sadi sentou e começou a tentar estancar o sangue com a blusa.

Hadassa suspirou fundo e quando se virou, viu Renata observando-a de longe através da parede de vidro do escritório de Andréia. Seu coração disparou, mas logo a mulher deu as costas e saiu. O trabalho no g1 acabou mais cedo e a menina resolveu embora, tomar um banho e esperar por Renata em seu apartamento. Tomou um banho demorado, foi até a cozinha, beliscou um pedaço de queijo e já sentiu o estômago embrulhar. Sentou no sofá de frente para o mar e esperou a hora passar. Já eram quase 22h e Renata ainda não tinha mandado nenhuma mensagem. Resolveu ir se deitar, afinal: “Não sou eu que tenho que dar explicações”, pensou irritada. Enquanto subia as escadas, ouviu a campainha tocar. Achou estranho pois o porteiro não tinha ligado avisando. Foi até a porta e quando abriu, não era Renata, mas sim a sua irmã, Lanza.

— A gente pode conversar um pouco, Hadassa?

 

* POV Renata *

Renata estava exausta. Tudo tinha sido tão emocionalmente intenso desde sexta-feira à noite que ela parecia ter tomado uma surra. Não conseguiu dormir direito, toda hora seu pensamento ia até Hadassa. O celular da garota ficou desligado o dia inteiro no sábado e quando já estava desesperada, finalmente a menina entrou em contato. Poder falar com ela e marcar uma conversa foi um alívio, mas não o suficiente. Ela queria ver Hadassa, tocá-la, beijá-la, deixar claro mais uma vez todos os seus sentimentos. No entanto, deveria respeitar o pedido de tempo da garota e por isso lutou contra todos os seus impulsos de entrar em contato de novo. Finalmente, era segunda-feira e Renata chegou na Redação sentindo seu corpo pesar, mas a esperança de encontrar sua menina acabou dando forças pra enfrentar o dia. Infelizmente, tomou um balde de água fria quando soube por Wiliam que a menina pediu pra passar o dia no g1. Além de não poder tê-la por perto, ainda teria que suportar a ideia dela estar com Andréia o dia inteiro.

O dia se arrastou, ela só pensava em Hadassa o tempo todo. Em tudo que queria dizer e em como poderia provar que era inocente em toda aquela história. No meio da tarde, enquanto estava distraída com seus pensamentos, entrou no elevador. Antes que a porta se fechasse, alguém impediu. Renata encarou a pessoa e sentiu o sangue ferver.

— Boa tarde, Renata. - Andréia cumprimentou com um sorriso por trás da máscara.

— Só se for pra você. - murmurou e desviou o olhar.

—  Hum, para mim realmente está sendo. - Andréia comentou e Renata sabia que viria uma provocação. - Estou trabalhando com Hadassa o dia inteiro e ela está um doce comigo hoje.

Aquela afirmação fez Renata fechar os olhos fortemente.

— Falando nisso, como está o namoro de vocês? - Andréia provocou mais uma vez.

Renata abriu os olhos e encarou o teto. Cerrou uma das mãos, tentando manter algum controle de si. Ao ver que elas já estavam chegando no destino e Renata não respondia, Andréia provocou uma última vez.

— Não se preocupe que o sofrimento não vai durar muito. Pedi Hadassa de volta e ela parece estar pensando em aceitar.

Em uma fração de segundos, Renata levou o punho fechado em direção ao rosto da mulher com toda força que tinha no braço e acertou em cheio seu nariz. A máscara branca ficou imediatamente encharcada de sangue.

— Sua descontrolada! - Andréia falou serrando os dentes de ódio.

A porta do elevador abriu e Renata deu boa olhada no fruto de sua raiva, deu um sorriso debochado e saiu.

Ela sabia que aquilo foi impulsivo, errado e que provavelmente enfrentaria consequências, mas no momento, não importava. Foi até o banheiro pra lavar o pequeno ferimento que ficou nos dedos, graça ao soco que deu em Sadi. Gastou um tempo ali em frente ao espelho, tentando reconhecer a si mesma. Sempre foi tão controlada e calma, mal podia acreditar no que tinha acabado de fazer. Quando saiu, resolveu dar uma passada em frente a sala da repórter. Queria se preparar para a possível repercussão daquilo. Não sabia o que Sadi iria falar. Ao se aproximar, viu Hadassa, a menina parecia estar desesperada tentando ajudar a ex e aquilo fez Renata sentir um aperto na boca do estômago. Ela sabia que Hadassa nunca deixaria de ajudar alguém, mas lembrou-se da provocação de Sadi e começou a sentir o desespero tomar conta de si.  Será se perderia sua menina de novo? Enquanto pensava, foi surpreendida quando Hadassa virou pra trás e os olhares se encontraram. Ficou ali algum tempo, mas não aguentou e saiu.

Tentou agir naturalmente, não queria piorar ainda mais sua situação. Voou até a própria sala e quando entrou, bateu a porta com força e escorou o próprio corpo ali.  Levou as mãos ao rosto na esperança de conseguir segurar o choro, mas seria impossível. Ficou ali por alguns minutos, sem saber o que fazer, até que lembrou de que agora não precisava mais sofrer sozinha. Pegou o telefone com as mãos um pouco trêmulas e escolheu o contato. Levou o aparelho ao ouvido e fechou os olhos fortemente.

— Lanza, preciso de você.


*Fim POV Renata*

 

 

 

 

 

 

 



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