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História Mais do que eu deveria - Mil vezes sim.


Escrita por: romana_66

Capítulo 39 - Mil vezes sim.


Fanfic / Fanfiction Mais do que eu deveria - Mil vezes sim.

O amor é quando você sabe que a pessoa não é perfeita, mas aprende a amar até os defeitos dela. Esta era a descrição perfeita dos sentimentos de Renata por Hadassa. Ao ouvir o pedido, Hadassa sentiu seu coração disparar no peito, olhou fundo nos olhos de Renata por alguns segundos, parecia não acreditar no que estava ouvindo. Um sorriso imenso invadiu seus lábios e ela se jogou em cima da mulher, beijando-lhe com urgência

— Sim! Mil vezes sim! -Disse encarando os olhos dela bem de perto

O que Hadassa sentiu por Renata desde a primeira vez em que a viu foi amor, era como se as duas tivessem de alguma forma, se reencontrado. Em tão pouco tempo de convivência parecia que ambas se conheciam a décadas, talvez aquele clichê de alma gêmea de vidas passadas fosse real para elas.

Renata com todo o carinho do mundo pegou a mão esquerda de Hadassa e delicadamente colocou a brilhante aliança de prata.

— Está na mão esquerda porque você agora está noiva. -Sorriu e deu um beijo na mão da menina.

Hadassa não conseguia parar de observá-la, sentia uma intensa energia tomar conta de seu corpo, queria beija-la, tocar seu rosto, nenhuma palavra era capaz de expressar o que ela sentia naquele momento. Dentro de si, sua vontade era agarrar a mão da mulher naquele mesmo instante e sair correndo, fazer as malas e fugir para um lugar distante, onde ninguém as conhecesse, talvez Irlanda ou Islândia tanto faz, só queria estar com ela e longe tudo.

Hadassa retirou da pequena caixinha a outra aliança, antes de colocá-la no dedo de Renata, levou a mão da mulher até seu rosto e roçou levemente, fechou os olhos e suspirou fundo, depois daquele carinho empurrou suavemente a aliança no dedo.

— Eu estou me entregando a você de todas as formas, então eu te peço, por favor nunca me abandone, minha vida só passou a ter sentido depois que você veio morar nela. - Hadassa tinha os olhos cheio de lágrimas, tentou disfarçar e encarou o mar a sua frente.

— Olha para mim, meu bem. -Sussurrou Renata num tom doce.

Hadassa esfregou os olhos com as mãos, na tentativa de impedir algumas lágrimas de escaparem, o que não surtiu efeito pois o branco de seus olhos já estava levemente avermelhado. Encarou os olhos escuros de Renata, achava-os completamente hipnotizantes.

— Hadassa, o que eu posso te dizer sobre casamentos é que as duas pessoas tem que fazer sua parte para não haver sobrecarga e desgaste emocional. Nem todos os dias serão perfeitos, haverá brigas e dias em que nós vamos ficar com raiva uma da outra, mas se a gente se amar, essas coisas não passarão de meros detalhes, o casamento se trata de paciência e respeito. -Disse docemente.

— Eu quero cuidar de você todos os dias, quero te esperar no sofá depois de um longo dia de serviço e te mimar, quero escutar todos os seus problemas, depois te fazer uma massagem, deitar no seu peito. Eu quero nós duas de todas as formas, seja brigando ou sorrindo, eu só quero estar com você, não importa onde, Re. -Enquanto Hadassa falava sentia seu corpo ficar ofegante.

Renata a beijou com todo desejo, deixando Hadassa cada vez mais ofegante. A menina empurrou devagarinho a mulher até seu corpo tocar a plataforma, deitou-se por cima dela e sentiu a roupa de Renata enxugar toda água que ainda restava no seu corpo úmido. A intensidade entre as duas nunca cessava, os beijos e abraços eram sempre como se tivesse acontecendo pela primeira vez.

— Eu quero ser a sua mulher. -Sussurrou Hadassa ofegante

— Vem comigo que eu vou te fazer ser. -Respondeu no mesmo tom.

Renata puxou a menina pela mão e a levou até uma escada dentro do Iate, conforme iam descendo os degraus, mais fundo o lugar ia ficando. Já estavam muito abaixo da cabine de controle e dos outros cômodos do iate, parecia que elas estavam entrando numa espécie de porão. Quando chegaram no lugar, Hadassa surpreendeu-se ao perceber que na verdade elas estavam praticamente em uma bolha dentro do mar. O quarto era submerso na água, a sua frente havia um imenso vidro onde era possível enxergar até mesmo alguns cardumes de peixes passando despercebidos, a menina sem medo algum correu até o vidro, estava fascinada. Renata apagou as luzes e o quarto ficou todo escuro, exceto pelos raios solares que passavam pela água, iluminado o oceano.

— Parece que eu fui trocada. -Brincou Renata se aproximando da menina, Hadassa riu.

— Isso é tão incrível. -Disse fascinada, sem tirar os olhos do vidro.

— Deu um pequeno trabalho para encontrar um Iate específico que tivesse isso daqui — Renata deu uma batidinha no vidro como se verificasse a qualidade.

— Você me faz feliz. -Hadassa agora encarava a mulher.

Renata acariciou seu rosto com a ponta dos dedos, como se estivesse desenhando nas bochechas da garota.

— Quero fazer amor com você, não sexo... amor. -Sussurrou sentindo o toque da mulher.

Renata vagarosamente levou as mãos à sua camisa e começou a abrir os botões, sem deixar de encarar Hadassa que tinha os olhos atentos, em seguida tirou a calça.

— Tira roupa e se deita, meu amor.

Hadassa, que já estava só com as peças íntimas, se despiu rapidamente e deitou-se na cama. Observou Renata terminar de tirar suas vestes, estava tão ansiosa para sentir o calor de seu corpo, movia-se de um lado para o outro ansiando pela mulher, sua respiração ofegante aos poucos foi se transformando em gemidos e a mulher ainda nem tinha lhe tocado.

Renata passeou com os dedos pelo corpo da menina fazendo pequenos carinhos, mesmo com pouca luz no ambiente era possível admirar cada detalhe daquele corpo que ela tanto amava.

— Fica de lado. -Mandou, a menina obedeceu.

A mulher deitou-se atrás dela, apertou com firmeza os quadris de Hadassa contra seu corpo, deu um beijo molhado em seu pescoço, seu corpo estava um pouco salgado por causa da água do mar, mas era bom, sem pensar duas vezes lhe deu um chupão que certamente deixaria a pele branca da menina marcada.

— Quer fazer amor comigo? -Sussurrou no ouvido da menina.

Hadassa gemeu, tudo o que ela queria era ter Renata dentro dela o mais rápido possível. Ela estava com tanto de desejo que mal conseguia falar, seu corpo estava tão quente que parecia febril, sentia seu sexo jorrar no meio das suas pernas, a cada vez que Renata pressionava seu corpo contra o dela, seus olhos reviravam.

— Quero, amor. -Deu um gemido dengoso.

Era tão gostoso sentir os peitos da mulher roçando sem parar nas suas costas, ela não pôde evitar ficar movimentando o corpo para aquilo se intensificar. Renata escorregou suas mãos até o abdômen da garota, e aos poucos chegou até o meio das pernas, sentiu o sexo da menina encharcar seus dedos, massageou deliciosamente em movimentos leves e circulares.

— Me beija. -Suplicou Hadassa entre gemidos.

Renata lhe beijou, sentiu a língua da menina invadir sua boca sem pudor algum, a cada movimento que ela fazia no seu sexo, mais intenso a garota deixava o beijo, era como se quisesse devora-la. A mulher a penetrou com dois dedos devagarinho e sentiu Hadassa ficar inquieta na cama como se seu corpo pedisse para a mulher colocar com força.

— Não faz assim, Re. -Suplicou.

Hadassa sentiu Renata intensificar os movimentos, seus dedos entravam e saiam sem o menor pudor, ela gemia cada vez mais entre os beijos. Renata apertava seu corpo contra o da menina prendendo-a, deixando sem saídas, não que Hadassa quisesse escapar dali, era só uma forma de mostrar domínio sobre a garota.

— Você gosta assim meu bem? -Sussurrou enquanto colocava mais um dedo dentro dela.

Hadassa se contorceu de prazer, e a mulher meteu cada vez mais forte, até ver que o corpo dela vibrava, a sincronia das duas era perfeita A menina levou a mão até o meio das pernas e acariciou a mão de Renata cujo os dedos estavam enterrados dentro dela, seus olhos azuis encararam a mulher.

— O que foi, meu amor? -Perguntou Renata num tom doce.

— Quero sentir você em cima de mim. -Pediu baixinho.

Renata lhe deu um selinho demorado e colocou seu corpo em cima de Hadassa de imediato, a garota abriu as pernas o máximo que pode para acolher ela, gemia de forma dengosa quando Renata voltou a lhe foder, era tão bom senti-la daquele jeito, a maneira como Renata lhe fazia se sentir mulher era incrível, nada mais importava no mundo a não ser aquele amor no qual ela largaria qualquer coisa para viver. Quando estava chegando no ápice do prazer agarrou a outra mão de Renata e colocou dois dedos na boca, os chupou ferozmente gemendo deliciosamente.

Ficaram ali o resto da tarde, Hadassa estava imparável, mas infelizmente Renata tinha que apresentar o telejornal a noite e teria que voltar para a redação. A mulher sugeriu que a menina ficasse em casa, ela diria a William que a dispensou mais cedo. Hadassa não queria se separar de Renata e muito menos sair daquele lugar, o que lhe consolou foi lembrar-se que depois das 22h a mulher seria toda dela novamente.

Quando chegou em casa tomou um banho de imediato para tirar o sal do copo, hidratou os cabelos, se vestiu e em seguida foi até a cozinha procurar algo parar comer. Abriu a geladeira e ficou parada por um tempo vendo toda aquela comida estritamente regrada pelo o torá, Hadassa sabia que aquele momento iria chegar por mais que eles tivesse adiado, por mais que uma parte dela se negasse, mas ela sabia que tinha que fazer, era hora de se libertar das amarras impostas pela família desde o nascimento. O judaísmo já não lhe cabia mais, isso era fato, e por mais que ela tentasse distorcer os dogmas e tampar os olhos, a realidade era uma só: Estava na hora de encontrar outra cresça na qual ela poderia ser feliz sem negar sua natureza.

Começou a recolher todas as coisas de dentro da geladeira e as colocou dentro de caixas térmicas, foi até a sala onde o menorah estava perfeitamente pendurado na parede e o retirou para juntar com os outros pertences na cozinha. Menorah é um candelabro de 7 braços, cada ponta representa as raízes da arvore da vida e também os dias da semana, é o símbolo mais antigo e imponente do judaísmo, ele representa a luz do torá, só não retirou a bandeira de Israel de seu quarto pois a partir de hoje ela não seria mais judia porém ainda era israelense. Pegou a chave de seu carro e aos poucos foi levando as caixas térmicas com comidas até o porta malas de seu carro, por último voltou até o apartamento para pegar a caixa com todas as simbologias, livros, textos e inclusive o torá, chorou copiosamente olhando para os objetos, não era de tristeza, mas sim de decepção porque depositou sua devoção a vida toda naquilo e agora sentia que não cabia mais dentro da sua religião. Enquanto caminhava até o carro no estacionamento, encontrou Lanza.

— Ei Hadassa está tudo bem? -Perguntou a mulher lhe olhando preocupada.

— Está sim. -Disse ela um pouco envergonhada.

— Não precisa mentir para mim. -Disse a mulher num tom gentil que fez ela se lembrar de Renata — Me deixa te ajudar — Lanza pegou a caixa dos braços dela e colocou no porta malas.

Lanza voltou-se para a menina esperando uma resposta.

— A algum tempo eu já sabia que teria que deixar a minha religião, e bem, este dia é hoje. -Disse com a voz embargada.

Lanza não disse nada, apenas lhe deu um abraço apertado que lhe confortou a alma.

— Não fica assim, eu prometo que vou te ajudar a encontrar uma crença que vai te acolher.

— Obrigado. -Hadassa lhe deu um sorriso.

— Onde você está indo?

— Vou levar a comida até algum abrigo e os objetos vou deixar na sinagoga.

— Eu dirijo para você. -Lanza ofereceu-se de imediato.

Hadassa amou a ideia pois sentia que precisava de companhia para fazer aquilo. Durante todo o trajeto a mulher descontraiu o clima fazendo a menina rir, quando contou que sua irmã a havia pedido em casamento ela deu um freada brusca no meio da avenida e atrapalhou todo o trânsito.

— Lanza, pelo amor de Deus acelera, todos os carros estão buzinando para nós. - Pediu Hadassa rindo, mas ao mesmo tempo preocupada.

— Meu Deus vou ligar para ela agora. -Pisou fundo no acelerador e mostrou o dedo do meio para um motoboy que buzinou em reprovação aparada brusca dela.

— Seja rápida porque jájá começa o jornal. -Riu Hadassa.

— Oi, Tata. -Disse Lanza triunfante quando a irmã atendeu a chamada.

Lanza colocou a chamada no viva voz.

— Fala logo porque faltam só 7 minutos para o jornal entrar no ar. -Disse Renata.

— Sabe com quem eu estou nesse momento? -Lanza deu um sorriso malicioso para Hadassa.

— Não faço a menor ideia. -Disse Renata sem entusiasmo.

— Estou com a Hadassa Vasconcellos.

Hadassa não pode evitar rir.

— Olha Hadassa, vou te contar hein, Vasconcellos é bem melhor que Werneck, vai por mim. -Disse como se tivesse aconselhado a menina em algo importante.

— Como assim Lanza você está com Hadassa? -Renata agora parecia 100% interessada na conversa.

— Pois é, ela decidiu que não vai mais seguir a religião e eu vim ajudar ela a se desfazer das coisas.

Renata estava totalmente confusa no telefone.

— Alias daqui a pouco a gente vai passar num restaurante comer uma feijoada agora que ela pode. -Tagarelou Lanza.

Hadassa gargalhou, era impossível não rir do modo que a mulher falava.

— Lanza, passa o telefone para a Hadassa.

— Está no viva voz, amada, pode dizer.

— Oi, Re. -Falou Hadassa.

— O que está acontecendo? -Renata riu sem entender nada da situação.

— Quando você chegar no meu apartamento eu te explico. -Hadassa olhou para Lanza que parecia explodir se não falasse novo.

— Terceiro casamento em Tata? Já diziam os amigos da Manoela "quem tem dó é violão".

Hadassa colocou a palma da mão na boca para abafar o riso.

— Aí Lanza dá um tempo, agora eu preciso ir trabalhar, se cuidem vocês duas hein. -Desligou.

— Quer jantar lá em casa? -Convidou Hadassa.

— Amo, vou comprar cerveja. -Sorriu animada.

 



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