História Mais que desejo - Do jeito difícil.

Regina e Emma ouviam as instruções de Rumple atentamente. Snow e David ficaram com Henry e prometeram cuidar do garoto e levar ele para um lugar seguro caso as coisas saíssem do controle.

— Nesse colar contém um pouquinho da magia de vocês, o que no outro mundo vai dar a entender que vocês estão juntas. Isso vai possibilitar que vocês viagem para lugares diferentes. É possível que vocês consigam se comunicar também, porém não como se fosse uma ligação por celular ou algo assim, meio que vocês vão sentir o que a outra quer falar ou está sentindo naquele momento. — Gold entrega o colar para as duas. — Mas isso nunca foi feito, então vale ressaltar que a comunicação é apenas uma possibilidade. Não surtem caso não consigam. Por fim, o prazo. Vocês tem 4 dias para retornar com as suas outras versões. — Rumple entrega um pedra dourada para cada uma delas e completa. — para retornarem, você e suas outras versões precisam tocar essa pedra ao mesmo tempo. Vocês retornarão para StoryBrooke em seguida. Entenderam?

Emma e Regina confirmam com a cabeça. Elas se abraçam e colocam os colares uma na outra.

— Aposto que consigo convencer a Emma gêmea antes de você. — Provoca a loira.

— É o que vamos ver, minha Xerife. — Regina pisca para Emma e planta um beijo suave em seus lábios.

—Eu te amo, Regina. — A loira fala com a testa encostada na testa de Regina.

— Eu também te amo, minha loira linda. — Regina respira fundo e se afasta da Xerife, indo em direção à um portal que Gold criara.

Emma encara o portal e em seguida olha para Gold. Ele acena com a cabeça confirmando que a loira poderia ir e então ela vai.

***

EMMA POV

Caí no meio de um monte de, grama? Talvez. Ainda não consegui raciocinar. Aquele portal não é nada gentil, parece que saí de uma montanha russa.

Me levanto e ainda tonta observo o lugar. Era tipo o, central park? Imaginava que o ia pra um lugar roxo com pessoas de cabelo verde. As outras dimensões são bem mais chatas do que eu esperava.

— Com licença, você poderia dizer onde estamos?— Perguntei para uma moça que passeava no parque.

— Estamos no Central Park. — Ela me respondeu um tanto confusa.— Você está bem, precisa de ajuda?

— Não preciso, obrigada!

Sério isso? Nem mesmo os nomes são diferentes. Eu definitivamente esperava mais.

Tenho 4 dias para achar minha gêmea do mal e voltar pra casa. Bem, se as pessoas são iguais as da minha dimensão e os lugares também tem os mesmos nomes, acredito que as pessoas também tenham.

Fui andando até achar uma loja de conveniência. Peguei "emprestado" um celular pré-pago para conseguir pesquisar sobre mim, digo, a outra de eu.

"Emma Swan"

Apareceu alguns resultados, mas nada muito significativo. Tinha uma sugestão do Google para corrigir a minha pesquisa para " Emma Lion Swan" e foi aí que a mágica aconteceu.

Loira, alta e rica. Definitivamente eu senti inveja da minha outra eu. Claro, ela tinha a minha feição, tirando o fato de que exalava riqueza. Não sei a razão, mas esse povo com dinheiro parece que até a pele é diferente. Provavelmente seja pelos cremes de milhares de dólares que eu nunca tive condições de comprar e sinceramente? O meu creme de 10 pratas atende bem as minhas expectativas.

Fui rolando as notícias, obtendo o máximo de informações possíveis da Srta. Lion. Acho que a Regina a chamaria assim, provavelmente com desdém. Alguma coisa dentro de mim me diz que a minha Regina não vai gostar muito dessa Emma.

Ela é herdeira de uma empresa grande que é dona de várias empreiteiras e DIVERSOS outros negócios na área de construção; Viajou pelo mundo inteiro e fala 5 línguas; Nunca apareceu oficialmente com nenhuma namorada ou namorado, mas tem uma foto com uma mulher que é a cara da Regina.

Pesquisei sobre a gêmea do mal da minha mulher. Minha mulher. Ainda é estranho falar isso, as coisas evoluíram tão rápido que eu mal consigo processar.

" Regina Fox Mills"

Outra riquinha. Já teve dezenas de namoradas e é herdeira da maior concorrente da empresa Lion. No caso, era herdeira. Morreu em um acidente de carro. Nada sobre o caso. Quase não encontrei informações sobre a morte dela.

" Regina Fox Mills e Emma Lion Swan"

Para a minha surpresa, achei diversas competições da alta sociedade em que as duas concorriam desde quando eram crianças. Aparentemente as duas famílias amavam competir uma com a outra.

Bom, as informações eu já tinha, só precisava de meios. Primeiro, eu precisava de dinheiro e um lugar pra ficar. Odiava ter que relembrar os velhos tempos, porém, problemas inesperados, medidas desesperadas. Na verdade acho que o ditado é outro, mas tenho certeza que não é com isso que o verdadeiro dono do carro que eu vou roubar vai se importar.

Primeiro passo: roubar um carro. Feito.

Segundo passo: vender para um ferro velho clandestino. É NY, isso seria moleza. Logo encontro um lugar que com certeza não trabalhava dentro da lei.

— O que deseja, dona?— um homem de mais de quarenta anos, barba pra fazer e um olhar cansado me perguntou.

— Gostaria de saber se você me ajudar. — mudei a voz para um tom mais inocente, como se eu realmente não entendesse muito bem do que estava falando.— Meu namorado me emprestou esse carro. — sorri, entregando que aquilo era mentira.— e a gente meio que terminou. Agora ele quer o carro de volta, mas isso é algo que não vai acontecer. Fiquei sabendo que você é ótimo em desmontar coisas.— Ele sorriu, como se soubesse exatamente do que eu estava falando.

— Bem, eu não costumo fazer esse tipo de coisa, mas a dona parece precisar muito desse serviço. — fala como se não fizesse isso todos os dias. Mentiroso.

— E quanto consigo nas peças desse belo Camaro? — Sorri maliciosa.

— Consigo para você agora 3 mil dólares. — ele chuta um preço menos da metade do que vale.

— Então acho que vou ter que fazer com o outro cara....— fingi tentar lembrar um nome.— aquele outro cara com a oficina aqui perto....

— O STEVE?— Ele fala alto. Sua pele toma uma tonalidade avermelhada e percebo que atingiu o ponto que eu queria.

— SIM! Esse mesmo!— sorri com pesar.— ele me ofereceu 6 mil dólares a vista. Mas obrigada pelo seu tempo— dei de ombros e me virei fingindo ter a intenção de sair do local.

— Não, espere! Eu pago 7 mil! — valia 10 mil dólares as peças daquele carro, era o melhor que eu conseguiria tão rápido, então prontamente aceitei.

Informações e dinheiro na mão, agora eu precisava de uma identidade porque Emma Swan não ia colar ali. Essa foi a coisa mais fácil de se conseguir, afinal, as pessoas que fazem esse tipo de trabalho, já não se escondem tão bem quanto antigamente.

Depois da identidade na mão, precisava de um local que eu pudesse observar a tal Emma Lion. Achei um apartamento no condomínio ao lado do dela por 1500 dólares A DIÁRIA. Achei um absurdo, porém seria perfeito. Aluguei o mesmo por 3 dias. Acho que seria o suficiente pra conseguir convencer a ricona.

Fiquei de tocaia observando que horas ela ia chegar em casa e, como eu suspeitava, ela era uma daquelas loucas viciadas em trabalho. Chegou em casa por volta das 2 da manhã e saiu para trabalhar novamente as 6. Nessa altura eu já tinha conseguido um crachá e um belo disfarce para seguir ela dentro da empresa. Mas isso acabou não se tornando de grande ajuda, afinal, desde o momento em que ela entrou na sala dela, ela não saiu uma vez sequer, nem mesmo para almoçar. Tá aí algo típico da Regina quando está atolada em trabalho ou quer esvaziar a mente.

As 23:00 horas, já não tinha quase ninguém na empresa, quando deu 1:00 da manhã, a mesma continuava lá. Vejo um entregador de aproximar da sala dela (única do andar) e aproveito a oportunidade.

— Boa noite, senhor. Essa entrega está um pouco atrasada. — falo como se advertisse o rapaz.

— Muito trânsito, moça.— Ele coça a cabeça demonstrando culpa.

— trânsito 1 hora da manhã?— pergunto como se não acreditasse.

— Nova York, moça, sempre tem trânsito.

Eu sorrio para ele e peço que me entregue a comida para que eu possa passar para a minha "Chefe". Assim que ele vai embora, estudo um jeito de confronta-la sem que a mesma surte. Mas embora eu esteja pensando nisso desde que eu soube desse plano, como que se explica pra uma pessoa que nunca teve contato com magia NA VIDA, que ela é uma outra versão de alguém de  outra dimensão e que precisa fazer uma viagem para a mesma para salvar um bebê mágico de um ser maligno? Pois é...

Respiro fundo e bato na porta. Escuto ela falar "entre" e assim o faço.

— Pode deixar aqui em cima da mesa, muito obrigada!— Ela fala sem nem olhar nos meus olhos.

Ela vestia uma camisa social preta com alguns botões desabotoados e um terninho branco por cima. Seu cabelo estava presto em um coque frouxo, com algumas mechas caindo sobre seu rosto.

EU SOU MUITO LINDA. Okay, não sou eu de verdade, mas o básico eu tenho, só falta o dinheiro.

Ela percebe que continuo parada sem fazer o que me pediu e então ela sobe os olhos e os pousa em mim. Sua expressão é de confusão.

— Deseja mais alguma coisa, Srta?— Okay, obviamente meu disfarce está muito bom, afinal, ela sequer percebe que somos idênticas.

— Primeiramente eu peço que você não surte...— Assim que eu falo isso ela alcança o telefone para ligar para a segurança ou até mesmo para a polícia.

Como eu já esperava essa reação, pulei em cima da mesa dela e agarrei sua mão com força. Mas a ORDINÁRIA me jogou no chão, caindo em cima de mim também. Ela tenta se levantar para alcançar o telefone, mas eu a agarro e puxo de volta para o chão. Eu tenho quase certeza que ela fez alguma luta porque ela rapidamente se desvencilha de mim e alcança o maldito telefone e saca uma pistola que havia debaixo da mesa, apontando para mim. Inferno!

— Hey hey hey, não chama a polícia, ok? — Eu falo para ela que tinha discado os números.— E pelo amor de Deus não atira!

— Tarde demais, maluca!— ela aponta a arma pra mim como se dissesse "respirou fundo, morreu".

Eu faço um movimento para tentar tirar a peruca, mas ela intervém.

— Se eu fosse você, não mexeria um músculo, garota. — Ela fala seriamente.— Você não tem ideia do que eu sou capaz!

— Me deixe tirar a peruca e você verá que está cometendo um erro. — tento, mas ela é implacável.

— Eu não cometo erros. — ela me responde em tom de ameaça.

— Você é Emma Swan, certo? Seu pai é David Swan, mas o apelido dele é charminho por conta da beleza.b— Eu tento enrolar ela e ganhar tempo.

— Parabéns, você conhece o Google. — fala em tom de desdém.

— Você tem uma marca de nascença na costela!— Tento outra vez.

— A revista para qual eu posei deixa isso BEM claro.

— Então me deixa tirar a porra da peruca, inferno!— me estresso e acabo esbravejando com a mesma que me olha incrédula.

— Quem você pensa que é para falar desta maneira comigo?— Vejo sua pele tomar um tom avermelhado. Ótimo, consegui deixar uma mulher com uma arma apontada para a minha cabeça ainda mais irritada.

Ela chama os seguranças no telefone e eu sinto que preciso fazer algo para não colocar tudo a perder. Deus me proteja.

— Vai ter que ser do jeito difícil.— levanto rapidamente chutando o pulso da maluca, fazendo a arma voar longe.

Ela vem pra cima de mim e me acerta um soco, fazendo meus óculos caírem. Quando ela observa meu rosto, ela entra em choque, fica completamente paralisada. Aproveito o momento e dou um soco na cara daquela louca. Não tinha necessidade, mas não apanho de graça. Ela vai direto pro chão e imediatamente seu lábio começa a sangrar.

Escuto os seguranças baterem na porta. Não demoraria muito tempo para arrombarem.

Tiro a peruca e solto o cabelo.

— Eu sou Emma Swan de Storybrook e eu preciso da sua ajuda.— encaro seus olhos com intensidade enquanto ela me olhava com pânico.

Vou até a porta e abro ela levemente, para que os seguranças não vejam a bagunça que essa sala está.

— Pois não? — falo para o segurança que me olha confuso.

— A srta chamou a segurança, podemos entrar?— ele fala já praticamente empurrando a porta.

— Não é mais necessário, já resolvi o problema, obrigada! — os impeço de entrar e fecho a porta na sua cara.

Viro para trás e encontro Emma de pé ajeitando suas roupas. Permanece calada e algo me diz que sua cabeça está explodindo em dúvidas.

— Precisamos conversar.— Digo me aproximando dela.