No Capítulo Anterior
- Posso te contar um segredo?
- Pode, prometo não contar pra ninguém — levantei a mão, em sinal de juramento. Ela chegou bem perto do meu ouvido e sussurrou:
- Eu te amo — mordeu meu lóbulo logo depois.
- Eu te amo — disse derrubando ela na cama e iniciando um novo beijo.
No Capítulo de Hoje
Elena POV
Estávamos deitados na minha cama. Minha cabeça no peito dele, sua mão me fazendo cafuné. Mal posso acreditar em tudo o que aconteceu.
- Eu ainda não tô acreditando no que você disse ao Matt — ele riu.
- Eu disse que você não ia sair com ele.
- Mas não precisava assustar o garoto daquele jeito! — falei levantando a cabeça para encará-lo.
- Eu não queria que ele tivesse pensamentos errados com você. Até mesmo porque você é minha! — disse alisando meu rosto.
- Eu sou sua? — perguntei e ele balançou a cabeça positivamente.
- Todinha minha — me beijou e eu sorri em meio ao beijo. Depois deitei novamente em seu peito — Que pena que eu eu volto aos treinos amanhã. Queria ficar mais tempo com você — massageava minha cintura por baixo da camisa.
- Ainda temos bastante tempo... Só eu que estou com fome? — ouvi seu riso.
- Também estou. Vamos comer alguma coisa — nos levantamos e fomos até a cozinha de mãos dadas.
- E a Vânia Philippe? — perguntei preocupada.
- Acho que ela já foi embora, mas amanhã assim que ela chegar, eu conto sobre a gente — sorri pra ele, mas estava meio tensa.
- O que vamos preparar? — adentramos a cozinha.
- Você nada, pode sentar aí! — me colocou sentada na bancada e me deu um selinho — Eu que vou cozinhar hoje — piscou indo até a geladeira.
- Não sabia que você cozinhava.
- Minha comida é maravilhosa — ri — É melhor do que a da Vânia, mas não conte isso a ela.
- Ok — enquanto ele colocava algo na panela, eu peguei meu celular e fiquei vendo meu Instagram. Até que vejo uma mensagem de Matt na tela.
"Ainda está brava comigo?" — sorrio e respondo.
"Não está tudo bem" — de repente tudo fica branco, até meu celular. Começo a tossir e olho pra frente. Coutinho me tacou farinha!
- PHILIPPE COUTINHO! — ele começa a gargalhar e eu me levanto, pegando farinha no pote e tacando nele, que para de rir na hora.
- Você tá louca? — meu Deus, ele tava parecendo um fantasma de tão branco.
- Louca por você meu amor — falo e ele vem em minha direção, me pegando pela cintura e levantando do chão. Acabo dando um gritinho. Engancho minhas pernas em sua cintura e começo a beijá-lo. Nossas línguas batalharam selvagemente. Ele me coloca sentada sobre a mesa e fica no meio das minhas pernas.
Não desgrudavamos nossas bocas nem por um segundo.
O beijo estava com gosto de farinha.
Coloquei a mão na barra da sua camisa e fui subindo inconsientimente. Ele me ajudou a tirá-la e a jogou no chão.
Suas mãos foram para o meu short, dezabotuando ele em questão de segundos, até que...
Ding Dong
Paramos olhando um para o outro.
- Você tava esperando alguém? — me pergunta.
- Não — falo confusa. Ele revira os olhos, pega sua camisa no chão vestindo-a e indo em direção a sala.
Abotuei meu short e saí de cima da mesa. Bato a mão por todo meu corpo, tentando me livrar da farinha. Sigo em direção a sala.
Quem aparece na casa dos outros essa hora sem ser convidado?...
- Lolla? — escuto Coutinho dizendo após abrir a porta. O que essa mulher tá fazendo aqui?
- Oii meu amor — vejo o selinho dos dois. Uma sensação ruim me toma. Me sinto como se o Philippe nunca tivesse sido meu de verdade. Isso dói!
- O que você tá fazendo aqui? — ele pergunta.
- Nossa, que modos do seu namorado filha — escuto uma terceira pessoa dizendo, provavelmente de fora da casa. Uma mulher.
- Ah mamãe, ele não é assim não — Lollanaja diz sem graça olhando pra porta. Até que vejo uma mulher de cabelos brancos, com a pele enrugada e olhos também azuis passar pela porta — Meu amor, essa é a minha mãe! — vejo a cara de surpresa do meu irmão. Droga, droga! Mil vezes droga! Por que a mãe dela tá aqui?
- Oh... Er... Prazer Senhora Muller — Philippe estendeu a mão pra senhora, que pegou balançando.
- Prazer Senhor Coutinho — a tal mulher sorriu — Será que posso perguntar o porque de você estar coberto de farinha? — Philippe se olha e começa a rir.
- É que...
- Elena!! — Lollanaja me olha, se dando conta de minha presença. Todos olharam pra mim. Ele com uma cara preocupada, como se pedisse "desculpa" apenas com o olhar.
- Olá — sorri fraco. Que situação!
- Você também está com farinha? — perguntou-me.
- Ah sim, um pequeno acidente na cozinha — respondi.
Um silêncio constrangedor tomou conta do local.
- Er... Entrem! — Coutinho disse finalmente. As duas entraram na casa e ele fechou a porta — A que devo a honra da sua visita? — tentou não ser grosso.
- Viemos jantar — sua namorada respondeu sorridente, fazendo carinho em seu rosto.
Eu estava quase explodindo! Naquele momento eu era um vulcão prestes a entrar em erupção.
- Eu vou subir pra tomar um banho — disse ganhando a atenção de todos. Fui caminhando até a escada e escuto Philippe:
- Vocês se importam de ficar sozinhas um pouco? Também estou precisando de um banho — ouvi uma risada fraca e terminei de subir a escada. Quando chego em frente ao meu quarto, sinto alguém segurando meu braço.
- O que você quer Philippe? — disse seca e de cara fechada.
- Você tá brava comigo? — Que tipo de pergunta é essa?
- Eu não vou me dar o trabalho de responder! — soltei meu braço e entrei no meu quarto, mas quando fui fechar a porta, Philippe a segurou.
- Por favor, vamô conversar! Eu não sabia que elas iam vim... Quer dizer eu sabia, mas...
- Vê se me erra garoto! Vai lá, com a sua NAMORADA! — fiz força e consegui fechar a porta, depois tranquei.
Antes dele começar a implorar pra eu abrir a maldita porta, peguei minha toalha e fui para o banheiro. Tomei o banho mais demorado da minha vida, acho que fiquei uma hora e meia, só descansando na banheira. Uma coisa que eu sinceramente não queria era ter chorado, mas mesmo assim aconteceu.
Desde a época em que o Philippe foi embora eu não choro por ele. Fiz essa promessa pra mim mesma, e acabei de quebra-la. Vesti qualquer roupa de pijama e me deitei na cama. Tinha perdido totalmente a fome. Fechei meus olhos vermelhos e ainda com lágrimas, tentando pegar no sono.
******
Abri meus olhos. Olhei para o despertador que marcava 07:00am. Me levantei sonolenta e espriguicei-me. Fiz um coque e escovei meus dentes. Coloquei uma calça jeans escura e minha camisa da Supreme preta, calcei meu All-star e peguei minha bolsa. Desci as escadas e fui até a cozinha para tomar café.
- Bom dia Elena — diz a... Lollanaja? Estava sentada junto a sua mãe na mesa. Ela dormiu aqui?
- Bom... — respondo sem vontade. Peguei uma maça, resolvi não comer lá.
- Não vai esperar seu irmão? Ele já estava descendo quando eu me levantei da cama — falou passando manteiga em uma torrada e levando até a boca. Vadia.
- Não, estou atrasada — disse e saí sem falar mais nada.
Não acredito nisso... Philippe dormiu com a vadia da Lolla!!
Lolla POV
- Filha, filha... — mamãe ria — Você dormiu no mesmo quarto que eu ontem, e não me lembro de ter visto o Philippe lá — lhe dou um sorriso quase maléfico.
- É verdade. Até tentei dormir com o Philippe, mas ele não deixou — lembrei de eu quase implorando pra dormir com ele, mas fui praticamente expulsa.
- E o que você pretende contando isso pra quela garota? — mamãe me pergunta.
- Quero me livrar dela — falei com ódio, o que eu realmente tinha — Minha relação com o Philippe estava melhorando, até aquela pirralha chegar.
- E como você sabe que é mesmo culpa dela? — tomou um gole do seu suco.
- Porque ele sempre me falou dela. Como foi difícil deixá-la e como ele a amava — fiz cara de enjoo — Contava-me as histórias dos dois e as lembranças que ele tinha dela. Mas foi só ela chegar nessa maldita cidade que Philippe mudou completamente comigo...
- Bom dia — Philippe surgiu na porta da cozinha me fazendo dar um pulo da cadeira.
- B-bom dia — eu e minha mãe respondemos, mas só eu gaguejei. Será que ele ouviu algo? — Escutando a nossa conversa não é? — falei tentando não parecer preocupada.
- Estavam fofocando sobre mim? — gelei com sua pergunta.
- Claro que não meu filho, temos coisas muito mais importantes para fofocar — mamãe disse e ele riu. Ótimo.
- Preciso falar com você Lolla — disse tomando um copo de suco inteiro logo depois.
- Agora?
- Sim — fudeu.
Me levantei, sendo seguida por ele. Sentamos no sofá.
- Sobre o quer conversar? — perguntei esboçando um sorriso preocupado.
- Eu quero terminar.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.