— O que disse? — Evilman não entende o que o garoto acabara de falar.
— Podemos entrar? — Max o encara com um sorriso malicioso.
— Claro, entrem. — Evilman se afasta da porta para que os dois entrem.
Max e Phoebe adentram a casa.
— Fiquem a vontade. — Diz Evilman fechando a porta.
Nisso Harris desce as escadas correndo.
— Phoebe! — O garoto diz animado ao abraçá-la.
— Quanto tempo Harris. — Phoebe diz sorrindo. — Estava com saudades.
— Eu também estava. — Harris responde se levantando e puxando o braço dela. — Vamos brincar?
— Quem está ai pai? — Link chega à sala e fica surpreso ao ver os gêmeos. — Phoebe e Max?
— Eles vieram nos fazer uma visita filho. — Avisa Evilman tentando disfarçar o clima que acabara ficando no ar. — Que tal trazer um suco pra eles?
Link olha desconfiado para o pai, mas acata o pedido dele e vai até a cozinha preparar o suco.
— E então Max e Phoebe a que devemos a honra dessa visita? — Evilman pergunta sorrindo.
— Na verdade eu precisava falar muito com o senhor, a Phoebe só está me acompanhando. — Max responde o encarando.
— Então pode dizer Max, estou todo a ouvidos. — Evilman dá uma leve risada.
— É bom dar risada agora, porque o que vamos conversar não tem nada de engraçado. — Max lança as palavras num tom ameaçador.
Evilman se arrepia ao ouvir tais palavras.
— Harris por que não vai brincar lá no seu quarto? — O pai sugere em tom de ordem ao filho.
— Mas eu queria... — O garoto tenta retrucar, mas é interrompido pelo pai.
— Sobe agora. — Evilman eleva o tom e o menino assustado sobe rapidamente para o quarto.
— Bom Max, se for sobre o Link e tudo que aconteceu, quero dizer que está tudo resolvido. — Evilman começa a falar. — Link nunca mais irá incomodar a família de vocês.
— Não é sobre o Link que eu vim falar. — Max o responde nervoso. — Eu vim falar de um homem que tentou matar o próprio filho e a mãe dele.
Evilman sente um choque percorrer o seu corpo.
— O que disse? — O ex-vilão chocado tenta entender aquilo.
— Não se faça de desentendido Evilman, você sabe muito bem do que estou falando. — Max se levanta e aponta o dedo para ele.
— Não sei mesmo do que você está falando garoto. — Evilman fica irritado e levanta a mão. — Jamais permito que alguém aponte o dedo pra mim.
— Vai bater no seu filho? — Max lança aquelas palavras em meio a lágrimas. — O mesmo filho que você tentou matar.
Link chega nesse momento na sala e deixa os dois copos de suco caírem.
Evilman abaixa a mão perplexo, não poderia crer no que estava ouvindo.
— Pai o que ele disse? — Link pergunta confuso.
— Vamos Evilman, diga para ele que eu sou seu filho. — Max grita com raiva.
Link arregala os olhos ao ouvir aquilo e encara o pai para que o mesmo de alguma explicação.
— Que história é essa de filho? — Evilman dá uma risada de nervoso. — Você é filho do ThunderMan.
Max dá uma risada irônica: — Eu sou seu filho Evilman.
— Você está delirando, só pode. — Evilman diz bravo.
— Você sabe que não Evilman, conte para o Link que você teve um caso com empregada da casa de Metroburg e que quando descobriu que ela estava grávida tentou que fizesse um aborto, mas ela não quis e fugiu. — Max despeja aquelas palavras de forma que as mesmas atingem Evilman em cheio. — Só que você a encontrou depois, no hospital depois de dar a luz e tentou matar ela e o filho.
— Pai o senhor fez isso? — Link pergunta chocado.
Evilman cai no choro após ouvir tudo aquilo, Link nem precisava ouvir uma resposta.
— Me perdoe Max, eu era um vilão terrível. — Evilman aos prantos ajoelha. — Eu me arrependo tanto de ter feito aquilo depois que vire do bem, só não imaginava...
— Imaginava que eu estaria vivo? — Max o interrompe já chorando e com raiva.
— Ela também está viva? — Evilman pergunta tentando acalmar o choro.
— Infelizmente ela está morta, se não fosse o desgraçado do Colosso eu teria morrido. — responde Max o olhando com raiva.
— Pai o que o senhor fez é horrível. — Link diz perplexo. — Isso foi pior do que todas as vilanias, e ainda por cima traiu a mamãe.
— Agora eu entendo porque Max já teve uma fase malvada. — Phoebe se coloca na conversa. — Vocês dois puxaram esse crápula.
— Mas graças a você meu amor, eu sou do bem agora. — Max olha sorrindo para Phoebe.
— Mas eu também sou do bem. — Evilman se levanta. — O que fiz no passado foi um grande erro dentre todas as minhas vilanias.
— Um erro que custou vidas Evilman. — lembra Max.
— Max de verdade, eu lhe peço perdão pelo que eu fiz. — Evilman se ajoelha novamente juntando as mãos. — Vamos por uma pedra no passado e começar do zero, eu faço o que você quiser para que tudo fique bem. Você não sabe como eu me arrependo de tudo, porém não podemos voltar atrás.
— De você eu só quero uma coisa Evilman. — Max o encara.
— Diga, eu faço qualquer coisa, e mesmo assim isso será pouco perto do que eu fiz por você. — Evilman se levanta limpando as lágrimas.
— Eu quero que você me registre em seu nome e no nome da minha verdadeira mãe. — Max responde e deixa todos surpresos.
— É claro que te registro, eu irei providenciar isso logo. — Evilman sorri. — Se eu fizer isso você me perdoa?
— Vamos dar o tempo ao tempo Evilman, não tenho condições de te perdoar agora. — Max responde já mais calmo e pegando na mão de Phoebe. — Nós estamos indo, me avise sobre os procedimentos para o registro.
— Pode deixar meu filho. — Evilman tenta abraçá-lo, mas Max desvia.
Max e Pheobe abrem a porta e saem.
///
A família Thunderman está aflita na sala, pois Max e Phoebe não dormiram em casa.
Nisso o Thunder monitor anuncia: Alerta, alerta. Max e Phoebe se aproximam.
Barb e Hank dão um pulo do sofá: — São eles!
Os dois abrem a porta e abraçam os filhos.
— Graças a Deus vocês chegaram. — diz Barb aliviada.
— Ficamos tão preocupados meus filhos, Max com você daquele jeito. — Hank também fala aliviado.
— Estamos bem mãe e pai. — Phoebe diz tentando se soltar do abraço.
— Onde vocês estavam? — Barb pergunta séria.
— Fui falar com o Evilman. — Max responde em tom firme.
— Aquele desgraçado. — Hank fecha os punhos de raiva.
— Eu pedi para que ele me registre como filho dele. — Max diz aquilo na lata e aquelas palavras atingem em cheio Hank e Barb.
Até as crianças ficam chocadas.
— Você o que? — Hank coloca a mão no peito, confuso.
Barb se segura no marido, não poderia crer naquilo que estava ouvindo.
— Eu pedi para que ele me registrasse por uma questão jurídica, só assim poderei me casar com a Phoebe no futuro. — responde Max tentando acalmá-los. — Não posso me casar com ela sendo pela lei, irmão dela.
Barb cai no choro. Phoebe dá um leve sorriso, surpresa ao ouvir aquilo do amado.
— Mas você é o nosso filho Max. — Hank o abraço já com os olhos marejados.
— Sim pai, eu sou filho de vocês, não há lei que mude isso. No coração eu sou, vocês são meus pais e sempre serão. — Max fala emocionado e abraça Barb também.
— Sim meu filho, apesar da vida ter levado o nosso verdadeiro filho, nós não sentimos tanta dor porque você foi e sempre será nosso filho, você é o nosso Max. — Barb fala muita emocionada.
As crianças e Phoebe os abraçam também.
— Nós somos uma família e nada nem ninguém vai mudar isso. — Hank diz orgulhoso enquanto olha pra todos. — Viva a família.
— Viva a família! — Todos dizem em uníssono e felizes.
///
Já era de noite e Max estava deitado em sua cama no covil, quando Phoebe adentra o local.
— Você está bem amor? — Phoebe pergunta se sentando na cama e lhe dando um selinho. — Passou a tarde inteira aqui.
— Estou sim Phoebe, ter vocês ao meu lado me faz bem. — Max fala sorrindo. — Eu quero esquecer tudo isso e seguir em frente.
— Eu estarei do seu lado sempre, e você sabe disso. — A garota entrelaça seus dedos com os de Max.
— Sabe de uma coisa eu pensei de sairmos. — Max diz dando um beijo nela. — Eu quero preparar uma surpresa pra você.
— Uma surpresa? — Phoebe fica curiosa.
— Isso mesmo, uma surpresa. — Max ri. — Vai lá se trocar que em meia hora saímos.
— Tá bom amor. — Phoebe lhe dá um beijo e sai.
///
Nora está deitada em sua cama lendo um livro quando Billy chega no quarto deles.
— Nora, podemos conversar? — pergunta o garoto.
— Claro Billy. — Nora responde com um sorriso.
Billy senta na cama dela e começa a falar: — Que situação essa do Max né? É muito confuso tudo isso.
— Sim é verdade, mas Max sempre será nosso irmão assim como a Phoebe também é. — Nora diz aquilo tentando confortar o irmão.
— E agora eles são namorados também. — Lembra Billy.
— Essa parte ainda é estranha. — Nora faz uma cara estranha.
— Mas eles se amam muito, não é? — Billy a questiona deixando a garota pensativa.
— Mas são irmãos, isso é errado. — Nora tenta colocar um ponto final naquilo.
— O amor nunca será errado. — Billy se aproxima da irmã.
Nora tenta se afastar um pouco, pois sentia a respiração do irmão cada vez mais perto.
— Billy não podemos fazer isso de novo. — Nora alerta o irmão, mas era tarde quando se deu por si já estava sentindo os lábios do irmão nos seus.
O beije é leve e suave, e os dois estavam aproveitando aquele momento até que se separam já sem ar.
— Eu acho que gosto de você Nora. — Billy revela seus sentimentos deixando a irmã corada e sem saber o que dizer.
— Billy... Me deixa sozinha. — A garota pede, totalmente confusa.
O garoto abaixa a cabeça e sai do quarto.
Nora se põe a chorar.
///
Max estaciona a moto em frente ao Splatburger.
— Não acredito que a surpresa era vir no Splatbuguer — Phoebe diz irritada enquanto desce da moto e tira o capacete. — Nós vamos ai quase todo dia.
— Calma amor, a surpresa estará lá dentro. — Max a olha com um sorriso malicioso.
— Quero só ver o que você vai aprontar Max. — Phoebe ri.
Então os dois de mãos dadas começam a caminhar para a entrada.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.