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História Mais Que luxuria- imagine min yoongi - Confusão


Escrita por: jinsimpson

Capítulo 13 - Confusão


s/n abriu os olhos.

A luz do sol derramava-se pelas frestas das persianas, os raios capturando as partículas de poeira. Ela olhou para o relógio e ficou surpresa ao constatar que tinha dormido até quase o meio-dia. yoongi, a seu lado, ainda não acordara; estava de bruços, os amplos músculos de suas costas à mostra porque os lençóis estavam amontoados junto à sua cintura. A simples visão daquela pele lisa fez com que tivesse vontade de tocar nele, e seu corpo se acendeu de desejo. Mas ela precisava de um tempo para pôr a cabeça no lugar. Porque realmente estava desnorteada naquela manhã.

Engraçado que ele usasse lençóis brancos, exatamente como ela. Muitos homens que conhecera preferiam cores escuras. Mas ele era incomum, de várias formas. Talvez a pureza das linhas brancas o atraísse, como acontecia com ela. Eles tinham mais em comum do que ela havia imaginado inicialmente. Ambos eram escritores, sim, mas por alguma razão ela não havia esperado nada mais que isso. Ela não sabia por que, agora. Eram pessoas sexualmente abertas, mentes liberais. Pareciam concordar em vários assuntos. Pareciam sintonizados no mesmo canal. Ou talvez ela estivesse apenas sendo excessivamente romântica de novo. Mas definitivamente algo havia acontecido entre eles na noite passada. Uma coisa intensa. Ele havia sentido também.

Sua lembrança dos acontecimentos era um pouco vaga, mas o único detalhe de que se recordava, de maneira clara como o dia, era a expressão do olhar dele. Conexão. Encantamento. Ela também sentira. Essa parte – tudo que ela sentiu, que ainda estava sentindo – ardia através da neblina do subespaço em que estivera na noite anterior. Em que ainda talvez permanecesse um pouco nessa manhã.

Ela estava assustada. Querendo fugir de novo. Acalme-se. Tente encarar isso de uma forma racional. Mas ela não estava se sentindo nada racional. Sentiu vontade de chorar. Isso não tinha nada a ver com seu jeito de ser, e ela ficou impressionada com a urgência da necessidade. Ela não era chorona. Nem sentimental. Mas, como havia dito a silvia, estava se abrindo por causa de suas experiências com yoongi. Ou talvez fosse apenas por causa dele mesmo. yoongi

Ela virou-se para olhá-lo. O rosto dele estava enterrado em um dos grandes travesseiros de plumas. Seus cabelos estavam emaranhados, as ondas negras com reflexos azuis, onde a luz os tocava. Parecia tão tranquilo. Ela jamais o vira daquele jeito. Mas mesmo agora ele irradiava poder, quem sabe apenas por causa de seu tamanho. E ela gostava desse detalhe nele – de um jeito puramente feminino e que a diminuía, fazia com que se sentisse pequena e mulher. Frágil, como se ele pudesse esmagá-la se quisesse. Deus do céu, ela estava realmente pensando nessas coisas? O que havia acontecido com a mulher independente que ela tanto se orgulhara de ser ao longo de toda sua vida adulta?

Inferno, isso vinha desde que completou os 10 anos de idade, quando sua mãe realmente perdera o rumo, deixando s/n para cuidar de sua pequena família! Sempre era ela a estar no controle, a dirigir as coisas. Aquela era sua vida. Quem ela era. E agora aquele homem estava fazendo com que questionasse tudo. Sua respiração ficou presa na garganta, um soluço querendo escapar. Mordeu o lábio, engoliu o soluço. Tenha calma. Está tudo bem. Enrolou os dedos na barra da colcha vermelha, esforçando-se para respirar com regularidade. Assim era melhor.

Ela não estava sendo razoável. Tratava-se apenas da intensidade da noite com ele, isso era tudo. Eles só se conheciam há duas semanas. O que realmente sabia sobre ele? Sabia, ao olhar para aquele quarto, que yoongi era organizado e cuidadoso. O fato de gostar de móveis pesados de madeira, antiguidades parecia implicar que era ligado à terra. Indicava que era realista e prático, apesar de sua sofisticação sexual e de quão viajado era. Pelos livros que havia na prateleira da mesa de cabeceira, observou que ele gostava de ler clássicos, ficção científica e livros de suspense, como os que ele mesmo escrevia.

Ela já sabia que ele gostava de viajar, mas perto dos livros havia uma pilha de revistas de viagem. Na parte de cima da alta cômoda de madeira, havia fotos emolduradas: yoongi e outros homens no topo de uma montanha. yoongi e alguns integrantes do mesmo grupo, de novo, com equipamentos de mergulho em um bote flutuando em águas tropicais de um turquesa brilhante. yoongi e um daqueles companheiros sentados em grandes e luzidias motocicletas em alguma estrada cheia de curvas, ostentando largos sorrisos. O interessante era que não havia imagens de família. Mas talvez ele tivesse algumas no andar de baixo.

Ele não havia falado sobre sua família, exceto em uma só conversa. Parecia que a única pessoa de quem fora muito próximo tinha sido seu pai. Mas ela entendia isso. Só se relacionava mais com sua avó. Como não é possível escolher familiares, ter laços de parentesco com alguém não significa, automaticamente, maior proximidade. Sabia de tudo isso muito bem.

Ela jamais pudera escolher. Nem sobre sua mãe. Ou a respeito de tomar conta de seu irmão. Nem pôde, ao menos, tentar. E ela havia estragado tudo. Terrivelmente. E agora hoseok estava morto. Por isso ela merecia estar sozinha. s/n balançou a cabeça. Estava sendo mórbida naquela manhã. Será que realmente pensava merecer a solidão? Simplesmente preferira ficar assim. Não é mesmo? Mas, no final das contas, tratou de se distrair bastante para não se sentir mais tão assustada. Só não devia pensar demais na questão de se derreter como manteiga nos braços de yoongi.

Ele movimentou-se e suspirou em seu sono, e ela concentrou-se nele outra vez. Sua musculatura era, de fato, sólida; seu corpo, absolutamente descomunal, como o de um jogador de futebol americano. Ele estava virado de lado, o que deixava à vista seu rosto adormecido. O olhar negro sempre lhe dera um ar malvado, mas sua boca estava relaxada e exuberante, mais ou menos do jeito que ficava quando eles estavam fazendo sexo. Uma onda de prazer percorreu sua pele.

Ela lembrava-se claramente da maneira como o pênis dele penetrava em seu corpo. Da maneira como seus olhos brilhavam com uma expressão essencialmente animal quando ele se erguia sobre ela. Deus do céu, ela era louca por yoongi. Por seu corpo e tudo o que podia causar nela. E, talvez, por algo mais. Não. Mas ela não podia negar aquilo.

Era só sexo, tratava de se assegurar pela enésima vez. Ótimo sexo. Mas só sexo. Já tivera sexo muito bom antes. Entendia perfeitamente a intensidade a que uma química sexual forte pode levar uma pessoa. Você está com muita merda na cabeça. Suspirou, passou a mão nos cabelos, seus dedos se enroscando nos longos cachos.

Talvez devesse ir embora antes que tivesse mais alguma daquelas ideias ridículas. Como, por exemplo, continuar a encontrá-lo quando tivesse acabado de aprender o suficiente para seu livro. Ela já havia absorvido abundante conhecimento. Se fosse bem honesta consigo mesma, admitiria que agora o via e se submetia a ele essencialmente porque desejava. Droga! Ela afastou as cobertas e estendeu as pernas para o lado da grande cama.

– Ah, não... nada disso – yoongi rosnou, com a voz rouca de sono.

– yoongi...

– Onde você pensa que vai?- O braço dele enlaçou sua cintura, e ele puxou-a para os lençóis macios até que seu corpo nu foi pressionado contra o dele, também despido. s/n podia sentir o calor dele em suas costas e nádegas. Aquela pele sedosa.

– yoongi, preciso levantar. Tenho de ir embora. Por favor.

– De novo não. Esqueça, s/n, você já deveria ter se habituado. Você só vai embora quando eu lhe disser que pode.

– Caramba, yoongii! Quantas vezes tenho de lembrar a você que não sou uma de suas garotas submissas?

– Não estou dizendo que seja. Mas você ainda pode estar fora do ritmo normal e não vai sair até que eu ache isso seguro.

– Posso garantir a você que é perfeitamente seguro. Nem sequer estou de carro. Terei de chamar um táxi, portanto não há o menor perigo de que eu possa dirigir. Quero ir embora.

– Não. Ah...- diante disso ela ficou brava.

– Não me venha com essa viagem de poder para cima de mim, yoongi.

– É o que você acha que é? Uma viagem de poder?

– Você está me restringindo fisicamente.

– Na noite passada você aceitou muito bem isso – os olhos dele estavam escuros, fuzilando. Expressavam irritação.

– Isso foi na noite passada.- Ele soltou-a tão rápido que ela cairia se não estivesse deitada. – Tudo bem – ele disse, cerrando os dentes. – Eu não faço nada não consensual.

– Eu não quis dizer isso. -Ele sentou-se.

Ela sentiu a mudança do peso dele na cama. Mas não podia encará-lo. Se o fitasse, tinha medo de que ele a dominasse.

– s/n, que diabos estamos fazendo aqui, hein? Você está lutando contra o que combinamos?

– Nunca prometi que pudesse fazer isso, yoongi. Que eu realmente me submeteria.

– E mesmo assim tem se submetido, todas as vezes. -Ela ficou em silêncio por um instante. Sentia-se confusa. – E... – ele continuou – você só entra em pânico no dia seguinte, quando tem oportunidade de pensar a respeito. Pare de pensar tanto, s/n!

– Não posso – ela então se virou para yoongi, ardendo de fúria.

– O problema é esse. Não posso parar de pensar. É assim que eu funciono. É como tenho vivido

– Talvez seja tempo de aprender outra forma de viver.

– Não acho.- Ele inclinou-se para ela, com aquela envergadura um pouco assustadora. – Mas isso não levou você muito longe, não é? Está certo que tem uma carreira e conseguiu superar essa coisa de cuidar de sua família, mas o que sobrou para você, s/n?

– Olhe quem está falando! Como se tivesse mais ligações pessoais do que eu.

– No meu caso, é diferente.

– Está brincando comigo? É assim que você acha que é? Essa é uma desculpa esfarrapada, yoongi!  Ao menos eu consigo ser honesta comigo. Tenho uma vida vazia por minha própria escolha. Não estou disposta a lidar com as consequências emocionais de um relacionamento. É isso que você quer que eu diga? Tudo bem, eu disse. Mas você não é diferente de mim. Isso que falou é bobagem. Você é quem quer me manter aqui. Pode até ser presunçoso de minha parte, mas não acho que seja apenas porque esteja sendo um dominante responsável.

Ele sentou olhando para ela. Através dela. A expressão de seu olhar era de brilhante, ardente de raiva. E, enquanto ela o observava, a ira se desvaneceu – sua mandíbula e seus ombros se relaxaram.

– Você tem razão – ele falou. Ela estava pronta para continuar argumentando. Mas aquele comentário lhe tirou todo o ar. Tirou seu fôlego.

– O quê?

– Eu disse que você está certa. Quero você aqui porque eu apenas… quero você aqui.

– que merda , yoongi!- Ela não queria ouvir aquilo. Ainda assim, era tudo que queria ouvir. Sua cabeça estava girando.

– Venha aqui – ele a procurou, pegou sua mão e ela tentou se esquivar.

– yoongi, eu tenho de pensar...

– Eu disse: chega de pensar. Cristo, s/n! Pare de lutar contra mim e venha aqui. Eu sei que você quer, então não me venha com qualquer merda não consensual. Não use meu código de moral contra mim, s/n.

– yoongi... -Mas ele a segurava, puxou-a para perto, até que seus seios foram pressionados contra a forte musculatura do peito dele, e, subitamente, ela já quase em seu colo.

O pênis dele estava rígido sob ela, e ele inclinou-se para beijá-la, esmagando seus lábios de um jeito tão violento que podia causar hematomas. Dominando-a mais uma vez. Ela quis resistir. Lutar. Mas ele tinha o gosto certo. O perfume certo. E o sentimento certo.

Ele continuou beijando s/n, até que o sangue dela fluiu com desejo, seu sexo ficou ardente. Quando ele virou seu corpo e agarrou suas coxas, movimentando-a até que ficasse montada nele, s/n não argumentou. Não podia.

Era um poço de puro prazer, indefesa diante de yoongi. Indefesa frente a ele. Ele afastou-se, descolando sua boca da de s/n, e remexeu na mesinha de cabeceira com uma das mãos, voltando com um preservativo. Abriu o envelope com os dentes e ela ajudou-o a colocá-lo em seu pênis duro. E em seguida voltou a beijá-la, com urgência, devorandoa.

Levantou-a e, arqueando os quadris, a penetrou. Ela gemeu em sua boca. Ele, na dela. E continuou com movimentos de vaivém, sempre dentro dela, enquanto o prazer se espalhava como uma corrente elétrica pelo corpo de s/n: seios, sexo.

A mão dele deslizou bem ali, entre os lábios, os dedos provocando o clitóris, e ela começou a gozar quase instantaneamente, chegando ao clímax forte, rápida e brilhantemente. Deixou a cabeça pender para trás, afastando-se da boca dele, murmurando seu nome.

– yoongi, yoongi, yoongi...

Ele ainda a penetrava incessantemente, o pênis mergulhando nela, muitas e muitas vezes, ardente, grosso e pulsante.

– s/n – ele suspirou. Ela abriu os olhos, mirando diretamente os dele. – Sim. Preciso que olhe para mim. Você é tão extraordinariamente bela, minha garota. Minha garota. A pele de ambos brilhava de suor.

Ela não se importava. Agarrou os largos ombros dele, o prazer aumentando mais e mais, com uma intensidade quase impossível.

– s/n... querida... vou gozar.

Mais algumas estocadas e ela sentiu o calor do clímax dele fazendo com que yoongi se arrepiasse todo. E sentir o prazer dele a acendeu novamente; veio um outro orgasmo se expandindo leve, em ondas contínuas e demoradas.

– Ah, céus, yoongi... Ele mordiscou o pescoço dela, a língua lambendo a pele. E ela estava tendo um orgasmo atrás do outro.

Os braços dele a seguraram forte, pela cintura, apertandoa tanto que ela mal podia respirar, até que ambos pararam de se movimentar.

– Foda, s/n.

– Ahhh...

Eles ficaram assim durante um longo tempo. Assim ela pensou. Para ela, o tempo ficou suspenso. Tudo que sentia era o corpo dele pressionado contra o dela, a sensação da carne dele, seu cheiro.

– s/n – a voz dele estava abafada, sua face ainda enterrada no pescoço de s/n.

Aquela respiração quente na pele dela.

– Hum?

– Não pense.

– Não estou pensando. Ainda.

Ele ergueu o rosto dela, mas não o suficiente para que pudesse vê-lo.

– O que vai acontecer quando você começar a pensar de novo?

– Eu... eu não sei.

– Então não pense.

– Vou tentar – ela falou, querendo que fosse verdade, mas ainda sem certeza de que seria capaz.

– Não, é sério – ele insistiu. – Vamos, nós dois, apenas... não pensar. Vamos fazer isso. Estar juntos. Sem analisar a coisa.

– O que isso quer dizer, yoongi?

– Não sei. Tem de ter algum significado?

– Talvez não...

– Você está pensando novamente, s/n.

– Sim.

– Não faça isso. Sim? Simplesmente não faça. Vamos ver o que acontece. -Ela riu baixinho.

– Realmente, não somos pessoas do tipo “seguir o fluxo”, yoongi.

– Como assim? Eu estou totalmente descontraído. -Ela sorriu, apoiada em seu ombro.

– Certo. Essa é a definição exata que eu usaria para você.- Ela ouviu a risada de yoongi, baixa, como um ronco profundo em seu peito, aliviando um pouco a intensidade do momento, tornando-o mais simples e leve.

Talvez ele tivesse razão. Talvez eles apenas devessem relaxar por ora, estivesse acontecendo o que fosse entre eles. Talvez eles não tivessem de definir nada, nem dissecar ou analisar. Ela nunca havia vivido daquele jeito. Nem ele. De qualquer forma, parecia mais fácil saber que aquilo seria um desafio para ele também. E que ela não estava sozinha.

yoongi afrouxou o abraço o suficiente para que pudesse se inclinar. Queria olhar para ela. Erguendo-se, afastou uma mecha de cabelo do rosto dela. s/n estava se derretendo outra vez. Mas simplesmente deixou acontecer.

– Temos um acordo? – ele perguntou, com uma expressão totalmente séria no rosto.

– Sim, temos um acordo.

– Ótimo. Porque eu preciso foder você de novo. E isso seria impossível se você se levantasse e fosse embora.

– Você é insaciável.

– Sim. Com você, eu sou.

Ele foi endurecendo dentro dela de novo, seu pênis começou a pulsar. E ela estava pronta. Com o corpo sempre pronto para ele. Sua mente, seu coração… Isso podia ser uma outra história. Uma de que ela não sabia o final. Se ao menos ela mesma pudesse criar o final! Escolher, como quando fazia ao escrever. Mas sequer tinha ideia de que final desejava para aquilo.

Não tinha nenhuma certeza de que queria um fim. Sim, tinha de parar de pensar em tudo ou ia acabar enlouquecendo. Estava absolutamente certa de que perdera o juízo já no momento em que conheceu yoongi. Apenas tinha de se assegurar de que não perdera seu coração.

s/n empurrou a porta da frente de seu apartamento e entrou, com um estrondo às suas costas, deixou a bolsa cair no chão e pegou o celular a tempo de atender a chamada.

– Alô?

– Oi. Tenho ligado para você o fim de semana inteiro.

– Ainda estamos no fim de semana, silvia.

– São nove horas da noite de domingo – o tom de voz de sua amiga era petulante.

– E? – s/n perguntou, tirando o casaco e depositandoo no armário laqueado, alto e elegante, que havia ao lado da entrada.

– E… acho que não estou acostumada com você inacessível para mim.

– Eu estava com yoongi.

– Imaginei.

Dylan abaixou-se, tirou os sapatos de salto alto, deixando os pés descalços. O piso de madeira era liso e frio. Ligou o aquecedor quando cruzou o apartamento, foi para a cozinha e serviu-se de uma taça de cabernet. Ela sentia-se bem. Preguiçosa. Saciada. Quase. Não lhe parecia que se fartasse dele. yoongi.

– Dylan?

– O quê? Desculpe, silvia.

– Perguntei como foi seu fim de semana. Deus do céu, você realmente está caída por esse cara, não é?

– Sim, estou... nem me reconheço.

– Mas as coisas estão indo bem? Você está um pouco menos confusa do que da última vez que conversamos?

– As coisas estão indo bem. Porque nós fizemos um ajuste – ela sorriu, tomou um gole de vinho enquanto se recostava no balcão.

– Ajuste?

– Sim. Fiz um acordo para parar de pensar. Deixar de analisar profundamente cada movimento que ele faz e tudo que eu penso ou alguma vez pensei sobre mim, relacionamentos, sexo, homens...

– Você está brincando.

– Não, de jeito nenhum – ela ergueu a taça em um pequeno brinde e tomou outro gole.

– Estou formalmente cansada de lutar contra mim mesma, silvia. É ridículo.

– Eu mesma poderia ter-lhe dito isso – silvia brincou.

– Então por que não o fez? – s/n foi até a sala de estar, depositou o copo na mesinha de café e acomodou-se no sofá, com as pernas dobradas sob seu corpo, e colocou um pequeno e macio cobertor sobre elas. Disse baixinho: – Estou apenas observando como... foi danoso para mim. Não deixar que ninguém se aproximasse mais, por encontrar sempre alguma falha em todo mundo. Porque, se você cava bem fundo, todos têm uma. E eu ia justamente procurar por isso. Mantinha cada homem longe de mim, com uma pá.

–s/n, não seja tão dura consigo.

– Isso também faz parte. Eu me despedaço, pedacinho por pedacinho, da mesma forma que faço com outras pessoas.

– Sim, é verdade.

– Bem, quero parar. E yoongi está me ajudando.

– O que está acontecendo de verdade, s/n? – silvia fez a pergunta com uma entonação gentil.

– Finalmente estou me abrindo. Toda essa coisa de jogo de poder com yoongi está me abrindo. E eu não gosto de tudo que vejo, mas estou percebendo que sou... humana.

– Amo você de qualquer jeito, sabe muito bem. E sempre amei.

– Eu sei. Finalmente estou entendendo isso.- A campainha tocou, ela levantou-se e foi até o interfone. – Espere um segundo, silvia. Quem é?

– s/n... – a voz de yoongi era profunda, suavizada pelo desejo.

– yoongi, você me trouxe faz só uns dez minutos.

– Eu sei. Mudei de ideia. Ainda não estou pronto para deixar você.

– Ah...

– Deixe-me subir.

– Sim... venha.- Só depois de alguns instantes é que ela notou que ainda estava com o celular na mão. – silvia? Desculpe, mas yoongi... Ele está aqui.

– Eu ouvi. Não tem problema. Mas me ligue logo que puder.

– Vou fazer isso.

Quando desligaram, ela ouviu o ruído do freio do elevador e, em instantes, yoongi estava batendo em sua porta. Ela abriu. Ela sentia o cheiro de sua jaqueta de couro preta e de sua pele quente antes que pudesse notar qualquer outra coisa. Então olhou para cima e viu aquele sorriso enviesado. Ela retribuiu. Não podia evitar. Ele era tão bonito, tão sombrio e com uma expressão malvada com aquela jaqueta; e ainda havia a expressão de seus olhos... como se ele quisesse devorá-la.

Ficou mole, excitada, quando ele cruzou a porta e a tomou nos braços. Inclinou-se para beijá-la com a boca faminta, doce. Exigente. Beijou-a até que ela começou a tremer, o sexo ardente e cheio de desejo. Encharcado. Ele deu um passo atrás, tirou a jaqueta, que deixou cair no chão.

– Preciso de você, s/n. Não consegui nem chegar em casa. Tive de retornar.

Ela assentiu, o desejo travando sua garganta.

– Tenho de estar dentro de você agora. Neste mesmo instante.

– Sim...

Ele virou-a, empurrando-a contra a porta da frente, em que ela apoiou as mãos, com o rosto a apenas poucos centímetros da madeira lisa e pintada. Então ele baixou o zíper de seu vestido, o mesmo que ela havia usado para o encontro no Pleasure Dome na noite de sexta-feira. E que ele tirou, em seguida. Ela estava nua por baixo.

– Ah... exatamente do jeito que eu gosto, minha garota – ele deslizou as mãos pelos lados do corpo dela, fazendo com que sua pele se arrepiasse. E foi descendo para os quadris, as nádegas. – Abra as pernas para mim, s/n. Vou foder você aqui mesmo.

Ela sentiu-se descendo em direção àquele lugar adorável e nebuloso enquanto se oferecia. Entregava-se. s/n abriu as coxas, ouviu o barulho do botão do jeans, aberto com urgência, e o ruído de uma embalagem de alumínio. E então um dos braços dele se enroscou em sua cintura, enquanto o outro afastava os cabelos do pescoço dela para o lado. Ele depositou um pequeno beijo bem ali, fazendo com que ela tremesse de desejo. Puro calor. Urgência quase insuportável. Usando a mão, conduziu seu pênis entre as coxas dela, que se inclinou, abrindo-se mais, deixando que ele deslizasse para dentro.

– Ah... isso é bom, yoongi... bom demais.

Seu sexo estava molhado, apertado. E ele começou a se mover. Profundos, diretos golpes, tão duros e rápidos que ela mal podia respirar. As palmas de suas mãos estavam espalmadas na plana superfície de madeira, e ela encostou a face ali, com certa pressão. Os quadris dele iam e vinham, levando prazer ao corpo dela, e o pênis se enterrava o mais fundo possível.

yoongi mantinha a boca na parte de trás do pescoço dela, beijando, mordiscando e descendo pela espinha, percorrendo a linha do ombro. Depois ele diminuiu o ritmo, parou, e tudo que ela conseguia ouvir era a respiração ofegante de ambos. Só sentia o grande corpo dele atrás do seu, os lábios de yoongi descansando contra seus ombros, seu pênis intumescido dentro dela. O prazer era uma respiração segura, suspensa, envolta em expectativa. E então a mão dele deu um forte tapa em uma de suas nádegas, fazendo seu corpo ondular de desejo contra a porta.

– Sim, yoongi...

Ele bateu de novo, o som reverberando nos ouvidos de s/n, o prazer como um profundo eco em seu corpo. Então continuava batendo nela, fodendo, tudo ao mesmo tempo, com a respiração arfante junto a seu ouvido. A sensação fluiu como água pelo seu corpo, encharcando sua barriga, seu sexo, seus seios doloridos. E ampliou-se, brilhou, resplandeceu nela. E, quando ela gozou, sua visão esmaeceu, o som se apagou. Ela era um ser de pura sensação, absoluto prazer, em uma espiral ascendente. Afogada nos sentidos.

Ele parou.

Dylan ofegava. Ele também.

– yoongi?

– Querida. Não quero acabar tão rápido. Me dê um minuto... espere um pouco.

Ele deslizou para fora dela, puxando-a mais para perto. Assim, contra o corpo dele, s/n podia sentir o áspero tecido do jeans de yoongi roçando em suas coxas, o zíper arranhando sua pele. E a maciez da malha que ele usava. Adorável no contato com sua pele nua. Aquilo e as mãos dele alisando sua barriga, beliscando seus mamilos. Depois, descendo para suas coxas, pressionando para penetrá-la.

– Você está tão molhada. Tão pronta.

– Sim.

– Mesmo que eu esteja fodendo você assim tão forte...

– Sim...

– Você precisa gozar outra vez, querida? – ele enfiou os dedos dentro dela.

– Sim!

– Bom. Quero que goze. Vem.

A essa altura, ela já sabia não fazer perguntas. E era realmente maravilhoso não ter de pensar. Ela o seguiu quando ele a levou ao banheiro. Ficou quieta enquanto ele se despia, retirava o preservativo e abria a água antes de entrar no boxe de azulejos brancos com ela. Ele ajustou o registro do chuveiro e a água cascateava sobre ambos, exatamente como uma chuva quente, incessante. Para suavizar a pele ferida da bunda de s/n.

Alec a puxou para si, fechando os braços ao seu redor, e ela se abandonou àquele contato, deixando que ele a sustentasse. Ela ainda estava cheia de desejo. Ele também; ela percebia pelo grande pênis, duro e pronto, pressionado contra sua barriga. Mas era bom ficar assim, juntos, pele contra pele, a água quente caindo sobre eles, o vapor subindo. A janela alta e em arco existente em uma das paredes do chuveiro deixava entrar a luz das ruas lá embaixo; uma aquarela com o âmbar das luzes da rua e um pouco de rosa e azul dos luminosos das vitrines das lojas. Lançava sombras coloridas no teto e na parte superior do boxe.

A luz, a água e o corpo enorme de yoongi a seu lado fizeram com que ela se sentisse em um casulo, como se o resto do mundo já não existisse. Como se houvesse apenas eles dois naquele momento. Ele segurou-a assim por muito tempo. E então começou a acariciar sua pele. Longas e suaves carícias sobre as costas dela, as nádegas, por todo lado. E em seguida começou uma série de pequenos tapas. As mãos dele eram mais contundentes em sua pele molhada, e, imediatamente, a dor começou. Da mesma forma, o prazer, seu corpo facilmente convertendo as sensações. E era adorável ter os mamilos dela pressionados contra seu peito, seu pênis agora aninhado entre as coxas dela, crescendo mais a cada segundo.

s/n abriu-se para ele, que introduziu o pênis entre os lábios da vagina, deslizando em seus fluidos sem penetrá-la.

– Oh, Deus, yoongi. Por favor.

– Sim, você precisa gozar, não é, querida? Então venha. Sente aqui.- Ele virou-se, sentando-a na beirada do banco de azulejos que havia na parede atrás dela. – Abra as pernas para mim. Ah... muito bom. Linda.

Ela deixou as coxas bem separadas, o mais que pôde, observando enquanto ele pegava o chuveirinho do gancho e dirigia o jorro para o sexo dela.

– Hum...- Ele segurou-o contra o clitóris dela, depois foi descendo até a fenda, para subir novamente, provocando-a. Não demorou para que ela ficasse ofegante, ardendo por ele.

– Isso é bom, minha menina?

– Sim... é bom.

– Mas você precisa de mais, não é?

Ela não respondeu. Não conseguia. Quando ele se ajoelhou entre suas coxas, ela prendeu a respiração. E, no momento em que ele se inclinou, a língua lambendo sua dolorida fenda, ela gemeu alto. O prazer inundou-a, uma onda de calor e desejo. E ele continuava a lamber, a língua subindo e descendo na abertura de seu sexo, depois penetrando-a. E ele, de novo, dirigiu o chuveirinho ao clitóris dela, fazendo a água pulsar contra a sedenta abertura de carne.

– yoongi... ah, céus... é demais... Foi o suficiente. -Em poucos instantes ela estava gozando outra vez. Desfazendo-se.
Por ele. Com ele. – yoongi!

Quando ela parou de tremer, ele afastou-se, ajeitando o corpo entre as coxas dela, inclinando-se para beijá-la. A água estava escorrendo sobre ambos, mas ela ainda conseguia sentir o gosto de seus fluidos nos lábios dele. Sabia que ele a fizera gozar. Fizera. E ela adorava isso. O pênis dele a pressionava outra vez, uma rígida verga de carne. Ela abaixou-se e tomou-o na mão, sentiu sua pulsação, sua força. Desejava aquilo. Desejava o homem. Desejava agradar.

– yoongi… deixe-me…

Ela caiu de joelhos e ele levantou-se, ao mesmo tempo. As mãos dela envolveram as coxas dele, com o rígido pênis bem diante dela. Linda. Ela inclinou-se e deslizou a língua ao redor da ponta arredondada, sorrindo quando ele gemeu.

– Céus, você vai me matar, s/n

 Ela lambeu de novo, pressionando a língua dentro do buraquinho da cabeça intumescida, sentindo o gosto dele, o sal que vem antes do gozo. Ela não podia esperar nem mais um minuto. Abrindo a boca, envolveu-o inteiramente, até que o pênis inchado a fizesse engasgar e seus olhos se enchessem de lágrimas. Mas ela queria, precisava daquilo por alguma razão. Deslizou a boca de volta até a cabeça do pênis, lambendo-a em movimentos circulares, muitas e muitas vezes.

yoongi estava se contorcendo, os quadris arqueados. Quando ela olhou para cima, viu que a cabeça dele estava tombada para trás, as mãos apoiadas na parede do chuveiro, no lado oposto ao dele. Seu rosto era um estudo artístico de expressões de êxtase. Masculino. Sensual. Maravilhoso. Ela chupou mais, direcionando o pênis para sua garganta, deixando que ele deslizasse. Começou a bombear cada vez mais rápido, cravando as mãos nas coxas dele, as unhas ferindo a pele, fazendo com que ele gemesse.

– Céus, s/n... s/n...

O pênis dele pulsava, duro e rápido, e a boca de s/n se encheu de um líquido escaldante. Ele continuou a se movimentar, cada vez mais devagar. Finalmente, afastou os cabelos molhados do rosto dela, ajudando-a a se levantar. Ela inclinou a cabeça para o jato do chuveiro, deixando que a água lavasse o sêmen dele.

– s/n... isso foi incrível. Você é incrível.

As mãos dele envolveram os cabelos dela, segurando as mechas molhadas, esperando que ela se aproximasse. Ela inclinou-se para ele, descansando a cabeça em seu peito, ouvindo as lentas e compassadas batidas de seu coração. Ele abaixou-se na direção do rosto dela e foi distribuindo longos, lentos e doces beijos na face, no queixo, na testa e nas pálpebras. Beijos que a deixaram tremendo. Não de desejo. Mas de algo mais.

O que seria? Não pense. Pare. Apenas seja.

 

Mas ela sabia. Sentiu o arrepio na barriga, no peito, no pulso acelerado. Não tinha a ver com sexo, embora tivesse sido incrível, como disse o próprio yoongi. Significava mais. Era algo mais profundo. Algo em que ela não iria pensar, como prometera a si mesma. Apoiou-se nele, as mãos agarrando seus ombros largos. Ele era sólido. Precisava concentrar-se nisso, na sensação de segurança que sentia nos braços dele.

Mas tudo parecia voltar para a mesma coisa: algo mais estava acontecendo além do sexo e da abertura. E ela não sabia quanto tempo mais podia fingir que não estava se apaixonando. E apaixonando-se profundamente. s/n apertou as pálpebras, fechando-as com força, e mordeu o lábio contra uma onda de tontura. Jamais estivera tão fora de controle em sua vida, nem mesmo quando yoongi a amarrou e a deixou fisicamente indefesa. Aquilo era nada comparado ao que sentia agora.

Ela estava se apaixonando, apesar de todos os esforços para não sentir aquilo. Não havia absolutamente nada que pudesse fazer a respeito. E, quando ela pusesse os pés na terra, iria ser uma confusão danada



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