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História Mais que um lance - Ex-esposa


Escrita por: _lah_art

Notas do Autor


Hey, buddies!
Bora ler?

Capítulo 32 - Ex-esposa


Fanfic / Fanfiction Mais que um lance - Ex-esposa

- Oi??? - Pergunto sem acreditar no que acabei de ouvir.

Ex-esposa??? É sério isso???

- Ah, Cat- Adora começa a falar, mas a garota a puxa pelas bochechas.

Eu juro que vou partir essa guria no meio.

- Fiquei sabendo que foi à Fright Zone. Nem me avisou, hein!? Se soubesse, teria te chamado para tomar uma cerveja comigo.

- E-eu fui pra jogar. - Adora tenta se afastar um pouco da menina. - Será que posso vestir alguma coisa antes de você me cutucar tanto?

Vestida ou não vestida, ELA NÃO DEVIA ESTAR COLOCANDO ESSAS MÃOS SUJAS EM VOCÊ!!!

- Ah, para de ser tímida. Até parece que já não vi tudo que está debaixo dessa toalha.

- Korra! Pelo amor de Deus!

Começo a descer as escadas, com os olhos fixos em Adora. Ela olha para mim e para a tal ex de forma intercalada.

A garota olha Adora e arregala os olhos de leve.

- Menina, sua boca está machucada! O que houve?? - Então, olha pra mim e sorri. - Ah, acho que já entendi. Vocês são namoradas?

Adora abriu a boca para responder, mas eu respondo na frente dela.

- Não. Se fôssemos, eu saberia que ela já foi casada. - Uso o tom mais desprezível possível para pronunciar a última palavra. - Mas, nós... Hum... Temos um lance.

- Um lance? - Adora me olha confusa. - Só um lance??

- É, nada mais! Se me derem licença... - Passo pelas duas e vou até a porta de saída.

Não quero ficar mais um segundo olhando para aquela cara perfeitamente harmonizada.

- Oh, acho que interrompi algo sem querer. - Ela diz rindo.

Vadia.

- Catra, espera. - Adora segura minha mão. - Será que podemos conversar?

- Tenho que ir embora. - Solto minha mão da dela, mas ela segura novamente.

- Por favor.

Olho para a loira, e ela carrega um maldito olhar de cachorrinho pidão.

Oh, inferno.

- Tá.

- Foi um prazer, Carmen. - Korra diz, assim que eu e Adora passamos por ela.

- É Catra! - Respondo ríspida, prestes a voar no pescoço da garota e arrancar aquele maldito sorriso de lado de sua cara.

Na mesma hora, Adora me puxa para perto de si e passa o braço em volta do meu ombro.

Tento me desvencilhar da loira, mas ela me segura firme. Apenas desisto e sigo o caminho deixando que ela me puxe.

Olho para trás e vejo a tal Korra sorrindo.

A filha da puta sabe que causou problema e tá adorando...

Assim que chegamos ao quarto, Adora trata de vestir uma roupa, enquanto eu me sento em sua cama e a espero.

A loira termina de ficar apresentável e vem em minha direção.

Ela parece procurar palavras, gesticulando de leve e abrindo a boca algumas vezes.

Fico de braços e pernas cruzadas, com a mesma expressão fechada, congelada em meu rosto, desde o momento que a menina apareceu.

- Então, caramba! - Ela ri de forma forçada. - A Korra aqui do nada. - Ri mais uma vez. - Que doideira.

Arqueio uma sobrancelha e começo a batucar as unhas em meu próprio braço.

Seu sorriso morre e ela fica tensa.

Então, se joga de joelhos à minha frente e segura minhas mãos.

- Eu ia te contar.

- Ah, ia? - Meu tom é irônico.

- Ia! É que... Não foi importante.

- Não foi importante??? Adora, você era casada! Céus! Você tem vinte anos, como assim você tem uma ex-mulher e ainda me diz que não foi importante???

- Deixa eu explicar, por favor.

- Explica, cara. Eu não tô te impedindo de falar não. - Suspiro alto, sentindo meu sangue ferver.

Porra, mano. Custava ter me contado antes?

Ao menos, eu não ficaria igual uma idiota quando a guria aparecesse.

- Se acalma, por favor. - Adora mantém o semblante preocupado. - Olha, como ela disse lá embaixo, ela é de Fright Zone. Nós nos conhecemos no ensino médio e começamos a namorar à distância. Namoramos por dois anos, nos vendo uma ou duas vezes por mês. Essa distância meio que desgastou o relacionamento e começamos a brigar demais. Então, a Korra me convenceu de que, se a gente morasse junta, as coisas voltariam a ser como antes. Eu acabei topando. Quando cheguei à Fright Zone com as coisas da mudança, ela tinha chamado um amigo que fazia cerimônias e disse que nos casaríamos. Eu achei uma ideia idiota, não quis logo de cara. Mas, depois ela acabou me convencendo... Aí nos casamos de forma não oficial. Marcamos de nos casar no cartório duas semanas depois. Mas, as coisas saíram pior do que imaginamos. As brigas ficaram mais intensas e frequentes. Então, desisti do casamento, terminei com ela e voltei para casa. Foi só isso. Eu disse que não foi importante. Não é como se eu fosse divorciada perante um juiz.

Ouço cada palavra atentamente.

- Hum...

- Está brava?

- Sim. Mesmo não tendo sido um casamento real, foi algo intenso e significativo. Deveria ter me contado. E o que ela está fazendo aqui? Como assim aparece na sua casa do nada??

- Ela e a Mara são muito próximas. A mana tinha me dito que ia trazer uma amiga para passar uns dias aqui, só não esperava que fosse a Korra. - Ela suspira alto. - Desculpa por não ter contado antes, Cat...

- Vou pensar se te desculpo. - Me levanto e passo por ela. - Agora vou embora.

Estico a mão para alcançar a porta, mas travo quando sinto braços envolverem minha cintura.

- O que está fazendo? Eu disse que não te desculpei ainda. Quem te deu o direito de me tocar?

Ela aperta ainda mais o abraço e apoia o queixo em meu ombro.

- Me dá um beijo antes de ir?

- Que beijo o quê!? Sai fora. Vai pedir a Korra.

Ela me gira, nos deixando frente a frente.

Ela está fazendo bico.

- Eu não quero a Korra.

Desvio o olhar.

Maldita filha da puta fofa do caralho....

- Vai pedir a.... Lonnie.

Adora me solta imediatamente e finge ânsia de vômito.

- Nem brinca com um negócio desses! - Diz com voz turva.

- Uai, vocês se beijaram duas vezes. Achei que gostasse.

Agora ela finge vomitar.

- Não me lembra disso! E pensar que agora vocês são amiguinhas...

- Oi? Não somos amiguinhas. Ela só tá menos insuportável. E eu a perdoei. Devia fazer o mesmo.

- Vou fazer. Assim que quebrar os dois braços e duas pernas dela.

- Ei, para com isso. Ela já pediu desculpas.

Adora faz bico de novo e desvia o olhar.

Me aproximo e passo os braços em volta de seu pescoço. Ela me encara com os olhinhos brilhando e um sorriso fofo.

- Me perdoou? - Pergunta esperançosa.

- Não mesmo! - Ela faz bico pela terceira vez. - Mas você é linda demais para negar o beijo.

Junto nossos lábios em um selinho longo, sem dar muita brecha para intensificar.

Assim que nos afastamos, Adora me olha confusa.

- Mas pera aí... Como assim "um lance"? Nosso relacionamento virou uma partida de futebol?

Dou risada.

- Uai, não lembro de ter oficializado nada com você... Eu sou cem por cento solteira. - Brinco.

Mas ela parece levar à sério.

- Que?? - Me olha com leve desespero. - Catra, pera aí... Você tá brincando, né? V-você fica com... Outras pessoas?

Vou maltrata-la um cadinho, só pra castigar.

- Hum, não somos namoradas. Que mal tem nisso?

Ela frase o cenho.

- Vamos oficializar isso agora!

- Ah, agora eu não quero não... - Me livro de seus braços e viro de costas. - Você precisa se esforçar muito mais se quiser ficar séria comigo.

Ela passa a mão na testa.

- M-mas... O que eu tenho que fazer?

- Usa sua imaginação. - Paro por um instante. - Ah, só por que temos um lance, não quer dizer que a Korra pode chegar perto de você, tá?

Adora sorri com o canto da boca.

- Não vou deixá-la se aproximar de mim.

Sinto meu coração amolecer.

- Promete?

- Prometo.

 

 

 

- Enfiou a promessa no olho do cu!!!!!! - Praticamente grito, enquanto limpo aquela maldita privada do vestiário masculino na força do ódio. - Quando você voltar, Adora, eu vou arrancar todos os seus membros e dar para Melog comer! "Relaxa, Catra. É só uma viagem em família", “relaxa, Catra. Vão ser só alguns dias”, “relaxa, Catra. Não tem nada a ver”. Relaxa, relaxa, RELAXA!!! MEU OVO!!!

- Aí, vira-lata, que que a privada te fez? - Lonnie pergunta aparecendo na cabine do banheiro.

- Não enche.

- A.

Continuo meu trabalho em silêncio.

- Cadê tua namoradinha? - Ela recomeça.

- Não fala dela! - Esbravejo apontando o esfregão para a menina. - Eu não tenho namorada e não tô nem aí pra onde ela vai nem com quem ela vai!

- Ih, fez merda.... - Lonnie puxa uma banqueta e se senta perto de mim. - Conta.

- Toma conta da sua vida, Lonnie.

- Então tá, fica aí conversando com a priv-

- Você não faz ideia do que aquela filha da puta fez!

Lonnie arregala os olhos.

- Uh, o que ela fez?

Largo o esfregão dentro da privada e começo a gesticular de forma exagerada.

- Eu estava na casa dela numa boa, tranquila. Do nada, me aparece a ex-mulher dela! Da pra acreditar?

- Ué, e daí? Ela não pode ter tido ex na vida?

- Você não tá me entendendo, Lonnie. É ex-esposa! Ela foi casada!!!

- Oh... Aí é doideira.

- Mas você sabe da pior! Ela simplesmente foi pra casa do pai da Mara com a Rizz e a Korra como se fossem casadas ainda! Porque o pai da Mara ama a Korra. E EU NUNCA NEM VI O PAI DA MARA!

- Mas quem caralhos é Mara?

- É a irmã da Adora... - Me abaixo e coloco as mãos na cabeça. - Ela vai me trocar...

- Que?

- Adora vai passar esses dias com a Korra, vai sentir falta dos momentos felizes e vai me largar!

- Garota, não me faça te dar outro soco. Claro que Adora não vai te largar!

- Diz isso porque não viu a guria. Lonnie, você não está me entendendo. Ela é incrivelmente linda. Tão linda quanto a Adora. E olha pra mim! Eu não chego aos pés dela!

- Olha só, Catra... Eu sei que você não é a pessoa mais bonita do mundo e tal... Mas, a Adora é doida em você. Sério. Só dela te olhar, dá pra sentir o cheiro de couro de longe.

- Mesmo assim...

- Ai, teimosa pra caralho. Volta a falar com a privada que eu não tenho paciência pra isso.

- Eu não pedi pra me ouvir! Eu tô muito bem aqui limpando mijo de homem quieta na minha.

- Pode até estar na sua, mas quieta não está.

- Caralho, Lonnie! Me deixa em paz! - Arremesso o esfregão na direção da menina, que desvia por pouco.

- Essa merda está cheia de bactérias!

- Então você seria só mais uma!

Levo um tempo para terminar a porcaria da limpeza.

O corpo tá aqui, mas a mente tá lá na casa do pai da Mara.

Poxa, Adora...

Quando me dou conta, está quase na hora de ir para o trabalho.

Me apresso em guardar as coisas no armário de limpeza.

- Estou indo pro trampo. - Falo para Lonnie, que está limpando o espelho.

Ela responde apenas com um hang loose e continua seu trabalho.

Me dirijo até a porta do banheiro, mas dou com o nariz no peito de quem eu estava tentando evitar todos esses dias.

- Catra? - Wind fala, assim que me percebe.


Notas Finais


Adora é vacilo atrás de vacilo...


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