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História Mais Tempo - Dois


Escrita por: Sugar_Dragon

Notas do Autor


Eita

Capítulo 2 - Dois


Fanfic / Fanfiction Mais Tempo - Dois

                       ─ Você comprou a menina?? ─ Rosnou Yoongi, virando-se para Namjoon. Ele raramente se alterava, mas dessa vez estava se esforçando para não fazê-lo. Já começara a falar em Satoori.

            ─ É, cara, eu sabia que você não ia gostar, mas eu já te expliquei, ela é perfeita pro serviço, e o preço que eu paguei não passa muito da recompensa que a gente ia oferecer...

            ─ Monster, você não está entendendo ─ Interrompeu o chefe, cobrindo os olhos com a mão e suspirando profundamente antes de continuar ─ Não dá pra considerar o dinheiro que você pagou por ela como uma recompensa, ela por acaso vai ganhar algum centavo daquilo? Por que ela trabalharia pra nós por um dinheiro que foi dado a outra pessoa? Você sequer pensou nisso?

            Namjoon abriu a boca para responder, mas fechou-a em seguida. Não, não tinha pensado naquilo. Agira rápido demais. E Suga o estava assustando. Acabara de levantar a voz para ele, um acontecimento astronômico. Ele era conhecido por sua expressão e voz sempre neutras e quase impassíveis. Namjoon não se lembrava da última vez que o vira gritar.

            ─ Eu não pensei... Mas o que eu deveria ter feito? Nada?

            Yoongi passou a mão pelo rosto e cabelos novamente, tentando pensar.

            ─ O que a gente vai fazer com ela quando o serviço terminar? Jogar ela na rua? ─ Perguntou, mais a si mesmo do que a Namjoon.

            ─ Desculpa, Suga. ─ Namjoon não sabia como se justificar.

            ─ Aish, cala a boca. Traz ela aqui. ─ Yoongi deu-lhe as costas e desabou na cadeira do escritório, bufando e repousando a testa na mão.

            Namjoon deixou a sala e foi para o outro cômodo, onde lhe esperavam Hoseok, Taehyung e Park SoDam. Namjoon achara melhor que ele fosse falar primeiro com o chefe, para tentar conter sua reação negativa.

            ─ Ele quer falar com você ─ Namjoon apontou para SoDam. Ela deu um passo à frente, hesitante.

            ─ Ele... quem?

            ─ Suga.

            Park SoDam franziu o cenho. Que tipo de nome era esse? Mesmo assim, continuou andando até a porta que Namjoon indicara. Ele a abriu e ela pôde ver a sala e a pessoa de quem ele falava.

            O escritório era de tamanho médio e não tinha muitos artigos de luxo. Yoongi não costumava usar sua renda para ostentação material e não se interessava nem um pouco por decoração, então apenas tinha o necessário. Aquela era uma das salas em que trabalhava, e tinha um computador, luminária, telefone e papéis sobre uma escrivaninha, um frigobar, uma mesinha de centro e um pequeno sofá a um canto e uma estante alta e comprida de livros que ocupava toda a parede atrás da escrivaninha. Em uma de suas prateleiras havia um cofre. Fora isso havia uma outra porta e uma janela que tinha as cortinas de veludo vinho fechadas. Atrás da escrivaninha e da pilha de papéis estava Suga, sentado na cadeira alta de couro. Tinha as mãos juntas sobre a madeira do móvel e olhava diretamente para a porta quando ela se abriu, seu olhar cruzando imediatamente com o de SoDam. A moça viu apenas um rapaz jovem de cabelos negros vestido numa camisa social branca e simples. Não se parecia em nada com a imagem que fizera em sua cabeça de um chefe de gangue musculoso e truculento. Até a voz grave e levemente rouca que ouvira através da porta anteriormente parecia destoar de sua aparência. A única coisa que realmente se destacava nele era seu olhar profundo e quase gélido, cortante como uma navalha.

            Yoongi analisou a moça. Tinha os cabelos castanho-escuros bem curtos, na altura das orelhas, quase como os seus próprios. O rosto redondo tinha olhos pequenos, mas expressivos, e ela vestia um moletom folgado e um par de jeans largas e surradas, com rasgos em um dos joelhos que não pareciam ser por adequação à moda. Realmente, não havia nada em sua aparência que chamasse a atenção. Era perfeita.

            Ele fez um sinal com a mão para que ela se aproximasse e, ao ver que Taehyung, Namjoon e Hoseok estavam parados à porta, falou:

            ─ Vocês três também.

            Quando os quatro estavam sentados à frente da escrivaninha, Yoongi começou a falar, dirigindo-se a Park SoDam.

            ─ As pessoas me chamam de Suga. Como é o seu nome?

            ─ Park SoDam ─ ela murmurou, baixo. Não conseguia desviar os olhos dos dele, por mais que quisesse. Seu olhar inquisidor era magnético.

            ─ Quantos anos você tem?

            ─ Vinte.

            ─ Estuda? Trabalha?

            ─ Trabalho. ─ Yoongi indicou que precisava de mais informações do que essas, e ela continuou ─ Às segundas, quartas e sextas, trabalho numa loja de conveniência. Às terças e quintas, num café. Aos sábados na recepção de um cinema.

            Yoongi ergueu as sobrancelhas, levemente surpreso.

            ─ Bem, a partir de hoje, não trabalha mais. Isso se quiser aceitar o que vou oferecer. ─ Ele fez uma pausa, deixando que ela fizesse alguma consideração. Ela havia arregalado os olhos e aberto a boca de surpresa, mas nada dissera. Ele continuou ─ Você vai precisar entrar num prédio, pegar uma mala, tomar um táxi e ir até o aeroporto. Vai despachar a mala para o destino de sua passagem mas não vai pegar o avião. Vai entrar e sair de todos os lugares sem ser notada. É relativamente simples. ─ Ele suspirou mentalmente ao dizer essa última frase ─ Em troca disso e de seu silêncio, vamos te ajudar a encontrar um lugar para morar e outro emprego. Fora a recompensa de cinco milhões de wons. Se você não quiser, pagamos dois milhões pelo seu silêncio.

            SoDam refletiu. Realmente não soava como nada complicado demais, mas não podia ser só aquilo. Havia motivos por trás daquela mobilização, e ela sentia que não viria a saber todos.

            ─ Por que vocês mesmos não podem fazer isso? E por quê não posso trabalhar?

            ─ Digamos que as pessoas que querem a mala nos conhecem. ─ Todo o tráfico de drogas sabia dos serviços de Yoongi, mesmo que ele não lidasse diretamente com esse tipo de mercadoria. Ele quase estivera encrencado com a polícia algumas vezes, mas nunca havia nenhuma prova concreta contra si. Sendo assim, ele já supunha que estaria sendo mais vigiado que o normal por ambos esses lados do esquema em que agora estava envolvido. ─ E precisamos de tempo. O plano não está completamente arquitetado, e não podemos ter você andando por aí enquanto deveríamos estar planejando. Também, com quanto menos gente você tiver contato enquanto isso, melhor. Qualquer um pode ser o “inimigo”. Você vai ficar aqui por enquanto.

            SoDam sabia o que teria que fazer, mas relutava em se convencer disso. Se saísse só com dois milhões de wons poderia até sobreviver por algumas noites, mas não tinha para onde ir. Não poderia jamais voltar para casa, e não conhecia ninguém que lhe pudesse acolher. Ela suspirou e ergueu os olhos para Suga, que esperava uma resposta.

            ─ Isso vai ser perigoso, não vai? ─ Antes que ele respondesse, ela acrescentou ─ Não minta.

            Yoongi novamente ficou surpreso com sua atitude, mas respondeu:

            ─ Vai. As pessoas que querem a mala vão matar por ela.

            SoDam olhou para as próprias mãos apertadas no colo. Respirou fundo e respondeu:

            ─ Tudo bem. Eu aceito.

          


Notas Finais


Brigada a quem leu até aqui ><
Peguei a imagem do Pinterest :3


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