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História Malamente (Yoonkook) (Em Revisão) - Temporada 1. Capítulo 01


Escrita por: ThalyArmy

Notas do Autor


Olá! ^ ^

Se vc acabou de conhecer essa fic, por favor, de uma lidinha no primeiro "capítulo" postado com o título "Malamente". São os avisos sobre o conteúdo da obra, muito importantes para o seu entendimento e para evitar possíveis desagrados...

Se você já leu, é só continuar. Boa Leitura!

Capítulo 3 - Temporada 1. Capítulo 01


Fanfic / Fanfiction Malamente (Yoonkook) (Em Revisão) - Temporada 1. Capítulo 01

Meu marido morreu. ”

“Eu estou grávida. ”

   Essas duas afirmações eram tudo o que preenchiam a mente nublada de Rosa enquanto por fora ela se mantinha em absoluto silêncio. Deitada naquela maca fria, ela olhava para um ponto qualquer do chão com seus olhos cheios e avermelhados. Não havia sido fácil receber nenhuma daquelas notícias quando juntos haviam sonhado tantas coisas que acreditava um dia viver. Se perguntava como de repente todo aquele lindo sonho havia se tornado um terrível pesadelo.  

Algumas lágrimas transbordavam de seus olhos, correndo por seu rosto pálido e abatido. Não encontrava forças para prosseguir. Mesmo sabendo que seu filho adotivo a esperava, e em seu ventre seu maior desejo crescia.

Tudo agora estava tão errado. Sentia-se injustiçada pelo destino. Por sua família rompida. Era uma tristeza horrível que deixava seu interior vazio.   

Não dormia direito, não sentia fome, não conseguia fazer com que seu corpo reagisse estando ainda da mesma forma distante quando a enfermeira entrou pela porta, atravessando aquele cômodo com um pequeno sorriso nos lábios. Em suas mãos, carregava uma bandeja com a primeira refeição do dia. 

Aquela mulher uniformizada se chama Maria. Uma das poucas enfermeiras antigas daquele hospital. Ao saber do acidente trágico que acontecera com Rosa e seu falecido esposo, ela se comprometeu em cuidar particularmente dela.

Na verdade, devido as muitas visitas do casal e seu tratamento de longa data, muitas enfermeiras os conheciam. Fora o fato de que, morar em uma cidade pequena, fez daquele horrível acidente, tema de matéria principal em todos os jornais e um dos assuntos mais falados entre a população local.  

- Trouxe uma comida bem gostosa para você. – Maria a incentivou. Arrumando a bandeja ao lado de suas pernas, sem desfazer o sorriso de seu rosto mesmo após ser ignorada.

Respirando fundo, ela decidiu retirar a bandeja da maca, colocando-a sobre a pequena escrivaninha antes de se aproximar um pouco mais.

- Escute, meu bem – pegando uma de suas mãos frias, ela continuou. - Não faça isso com você mesma. - Mantendo os olhos fixos em seu rosto, esperou por uma reação. Se compadecendo quando algumas lágrimas começaram a cair de seus olhos.

Sentia muita pena pelo que lhe aconteceu. Sabia que eram apenas uma família boa que não merecia tanta dor. Tão pouco um fim trágico como o que tiveram. 

- Eu sei que teve uma grande perda e lamento muito por isso. Mas seus filhos precisam de você.  

Aquela frase ecoou na mente de Rosa, fazendo com que ela a repetisse mentalmente a si mesma.

“Meus filhos precisam de mim. ”

De repente, algo mágico aconteceu quando no fundo de seu coração um sentimento grande e inexplicavelmente forte brilhou. Como uma pequena faísca que de repente se acendeu, Como uma chama que iluminou tudo dentro de si.    

- Meus filhos precisam de mim. - Rosa repetiu mais uma vez. Agora em voz alta. Mesmo que ainda muito fraca. Porém alto o suficiente para que Maria ouvisse. A retribuindo com um grande sorriso.   

- Isso, querida, reaja! - A incentivou. Finalmente encontrando seus olhos quando ela finamente a olhou. - Você é uma mulher forte! Vai superar tudo isso e ainda será muito feliz.  

Rosa se permitiu sorrir pela primeira vez, desde então. Mesmo que as lágrimas ainda corressem por seu rosto. Mesmo que acreditar em palavras como aquelas ainda fosse algo tão distante.

Com a mesma delicadeza e compaixão, a enfermeira enxugou suas lágrimas.  

- Faça isso por você. Faça por seus filhos. – a incentivou. - Faça pela memória de seu esposo.

Ao ouvir citar seu querido Thomas, Rosa baixou novamente os olhos. Sendo surpreendida quando Maria o ergueu novamente.

- Viva. 

♠️♥•♥♠️

Apenas “viver” não estava sendo tão belo e simples como as palavras ditas por aquela enfermeira naquela noite tão sombria e dolorosa. Tão pouco havia sido fácil brigar pela permanência da guarda de seu filho adotado estando agora viúva, grávida e em pedaços. Mas, para sua pouca felicidade, os documentos já feitos e assinados não puderam ser rompidos e com pouco menos de um mês após o acidente, estava indo sozinha finalmente buscar seu pequeno.  

Ao pegá-lo em seus braços, pela primeira vez, Rosa não conseguiu sorrir de felicidade como tantas vezes fantasiou que aconteceria quando esse dia chegasse. Conseguindo apenas admirá-lo profundamente apaixonada enquanto os sentimentos internos dentro de si pareciam entrar em erupção, transbordando de seus olhos como lágrimas em um misto de dor e alegria. 

Sem dúvidas, aquele belo e esperado momento havia sido completamente destruído pelos últimos acontecimentos em sua vida. Mas ali estava, bem à sua frente, seu pequeno Jeon Jungkook enquanto em seu ventre, com apenas cinco meses, seu outro filho crescia.  

Não seria fácil seguir em frente, mas era preciso. Pois, apesar de tudo, agora teria seus dois maiores sonhos em sua vida e por eles seria forte. 

Ao menos por eles.  

- Ligue se precisar de algo. – Sr. Marta, coordenadora do orfanato, avisou de forma atenciosa. - Estaremos à disposição.  

- Obrigada. - Rosa limpou o rosto com a mão livre antes de direcionar rapidamente seus olhos a ela, voltando sua atenção aos olhinhos redondos e escuros a sua frente. Estes, fixos apenas em si, a observando atentamente, quase sem piscar. De repente, ela se assustou ao senti-lo firmar o pequeno corpinho, se mantendo agora erguido enquanto que, com uma de suas mãozinhas, enrolou seus dedinhos nos longos fios de seu cabelo, talvez brincando com eles...   

- Ele cresceu rápido, não é mesmo? – A coordenadora suspirou. Sorrindo pequeno enquanto admirava a bela cena dos dois a sua frente. 

Curiosa com o que havia escutado, Rosa o observou com mais atenção por alguns minutos, concordando que ele realmente estava diferente da a última vez em que havia o visto. Por isso, não resistiu em permitir que seus lábios se curvassem em um minúsculo sorriso enquanto ainda trocava olhares de amor com o pequeno.  

- Antes que eu me esqueça, ele fará aniversário daqui três meses. – Sr. Marta avisou. – Ele irá completar um aninho de idade. Se puder, traga-o para que possamos vê-lo.  

Como resposta, Rosa apenas acenou com a cabeça em uma singela confirmação. Permitindo que ela se aproximasse do pequeno para se despedir, a observando deixar um breve carinho em seus cabelos negros e escorridos, mesmo que ele ainda permanecesse atento apenas a mãe.  

- Parabéns, parece que alguém está apaixonado por você. - A ouviu dizer, fazendo com que outro sorriso apaixonado surgisse em seus lábios quando ainda se recusava a crer que tudo aquilo realmente estava acontecendo.

Sem desviar seus olhos dos dele, Rosa o acomodou melhor em seus braços antes de se aproximar de seu rosto, encostando a pontinha de seu nariz no dele.   

- Você foi tão esperado, querido. – Sussurrou, docemente. Mesmo que ainda um tanto amarga. Fechando os olhos ao sentir a dor voltar apertando seu coração e enchendo seus olhos. Internamente, lutava contra o lado triste daquele momento, quando tanto desejava ter seu querido esposo ao seu lado.  

Não tendo outra alternativa senão a de continuar, Rosa se despediu da coordenadora antes de caminhar para o estacionamento com seu filho nos braços. O acomodando com segurança no banco de trás antes de abrir a porta do motorista, parando onde estava ao escuta-la chamar seu nome.  

Olhando em sua direção, a aguardou se aproximar para que dissesse o que desejava. Observando que ela parecia um pouco tensa, agora.   

- Eu estava pensando e acho que deveria dizer algumas coisas importantes antes que vá. – Marta explicou, respirando fundo em seguida pela curta caminhada ou talvez por algum motivo ainda desconhecido que a preocupasse. - Sei que está passando um momento difícil. Também sei que em breve estará com seu outro filho. Mas... peço que tente dar o máximo de atenção possível ao Jungkook. Não permita que ele se sinta só.  

Juntando as sobrancelhas, um pouco confusa, Rosa encarou seus olhos por alguns instantes em que analisou suas palavras, mesmo acreditando que, apesar dificuldades, seria a melhor mãe que pudesse ser. Jamais o deixaria sentir algo do tipo. Jamais.  

- Isso não irá acontecer. – Afirmou, simplesmente. Com toda a certeza que havia em seu coração.   

- Fico feliz em ouvir isso. Pois... cada criança que recebemos aqui passou por coisas terríveis antes de serem aparadas e precisam de muita atenção e muito amor.

Sustentando o mesmo olhar firme, Rosa inclinou levemente a cabeça em respeito à sua preocupação.   

- Fique tranquila. Do que depender de mim, ele terá tudo isso e muito mais. - Afirmou, se despedindo educadamente antes de finalmente entrar no carro, dirigindo para fora daquele local.

O caminho para casa foi tão silencioso quanto tantos outros dias difíceis que tivera. Porém, esse, sem dúvidas, seria um dos piores. Após alguns longos minutos, lá estava ela, com o carro estacionado frente à sua casa, com as mãos ainda no volante e um olhar dolorido fixo em um ponto qualquer à sua frente, buscando forças para descer do veículo e apenas entrar. Uma tarefa simples que naquele momento parecia ser mais difícil do que realmente era.

No banco de trás, seu querido filho adotivo dormia e por ele se ergueu. Guardando o carro na garagem antes de pegá-lo com todo cuidado para que não acordasse.

Ao adentrar ao local que durante meses se recusou a entrar, Rosa respirou fundo, segurando o choro. Sem dúvidas, ela jamais esqueceria a sensação de estar naquele quarto que, com tanto amor e carinho, havia decorado com seu falecido esposo.

Deixando o pequeno Jeon no berço, ela caminhou lentamente por cada cantinho daquele lugar tão cheio e ao mesmo tempo tão vazio, encarando as tantas fotografias dos dois juntos em vários momentos felizes e se permitindo imaginar o pai maravilhoso que ele seria. Fantasias essas que agora teria de esconder no fundo de seu coração para que pudesse assumir seu papel. Quando mesmo em pedaços, daria tudo de si para que um dia ainda se tornassem uma grande família feliz.

♠️♥•♥♠️

Alguém um dia havia dito a Rosa que os dias passavam mais rapidamente quando se tem um bebê em casa. Fato que ela pode comprovar quando se deu conta que três meses haviam passado diante de seus olhos sem que sequer percebesse. 

Durante esse curto período de tempo, muita coisa havia acontecido, principalmente dentro do seu coração e mente. É claro que a dor da perda ainda estava muito presente em todos os momentos. Como não sentir a falta de seu querido Thomas em cada noite que dormia sozinha na cama que um dia foi deles? Em cada café da manhã... em cada momento novo e único durante a gravidez ou em cada descoberta linda e memorável ao lado de seu pequeno Jeon, que crescia rapidamente.

Mas, aos poucos, pode compreender que aquele seria um sentimento com a qual teria de conviver durante toda a sua vida. Pois o amava demais para tentar esquecê-lo ou para colocar outro em seu lugar. Decidindo que seria apenas o três. Acreditava que seria melhor assim. 

 

[...]

Com oito meses de gestação, Rosa se viu animada a preparar uma simples, porém bela, festinha de aniversario ao qual comemoraria o primeiro ano de idade de Jeon Jungkook. Com seus parentes distantes, convidou apenas alguns funcionários do orfanato, autorizando-os que trouxessem algumas crianças para que se divertissem na festa.   

Mesmo sozinha, ela conseguiu comprar tudo o que precisava e preparar a tempo para aquela noite de sábado onde recebeu todos os convidados em sua casa.

Para sua felicidade, estava sendo um evento muito alegre, regado de fotos e sorrisos, apesar de seu pequeno bebê não parecer estar muito afim de se misturar ao ambiente agradável, permanecendo tão quietinho durante todo o tempo. Em alguns momentos, Rosa acreditava que ele poderia estar estranhando as muitas pessoas na casa, já que quase todo o tempo estão só os dois. Isso a fez imaginar qual seria sua reação quando seu irmãozinho nascesse.

Na verdade, Jungkook sempre foi um bebê muito calmo. O que em parte a ajudava nas tarefas da casa, ao mesmo tempo que a preocupava quando se questionava sobre isso ser um comportamento normal de sua parte. Mas era complicado esperar mais quando se está perto de ganhar o neném, cuidando da casa, de seu filho e ainda comparecendo a todas as consultas. Estava sendo muito exaustivo. Não havia muito o que pudesse fazer além de lhe dar um pouco de carinho e atenção sempre que conseguia, nos intervalos de uma tarefa e outra.

Entretidos com um filme de desenho animado, as crianças se reuniram na sala, onde se acomodaram no tapete. Enquanto os poucos adultos presentes conversavam em volta da mesa de comida.

Em um canto mais calmo e vazio da casa, Rosa segurava o pequeno Jeon em seus braços, admirando a forma como ele estava diferente e bonito, agora um pouco mais velho. Com o canto dos olhos, observou a presença da coordenadora do orfanato, uma das muitas convidadas, se aproximando.

- Olá, querida. Como ele está? – A ouviu cumprimentá-la antes de voltar seus olhos ao pequeno Jeon ainda em seus braços. Talvez reparando no quanto ele estava saldável e bem cuidado.

- Ele está bem. É uma criança muito doce que quase não chora. – Rosa respondeu sorridente, voltando seus olhos ao filho. - Não é meu amor?

Como se ele fosse responder, ela brincou. Ignorando sua feição tediada antes vê-lo deitar em seus ombros.

- Ele deve estar cansado. - Resmungou o acomodando melhor em seu colo. 

- Com certeza deve estar. Passei o mesmo com meus filhos. – A coordenadora afirmou em um tom divertido de indignação. - Agente se mata para fazer uma festa perfeita e eles sempre dormem cedo. Vá se acostumando.  

- Pois é. - Rosa sussurrou em concordância. Aceitando aquela possibilidade já que Jeon permaneceu quietinho em seus braços.  

Por um instante, pensou em colocá-lo no berço. Quem sabe assim ele descansaria um pouco enquanto as crianças se divertiam. Depois, quando reunisse todos para assoprar as velinhas, o despertaria para que se juntasse aos demais. Mas, infelizmente isso não seria possível, pois as poucas vezes em que ele chorava, era quando tentava fazê-lo dormir sozinho em seu quarto.

Em suas últimas tentativas, o encontrou todo molhado de suor, com o coraçãozinho acelerado, chorando a todos pulmões. Era desesperador encontra-lo dessa forma. Principalmente sem saber o motivo o que o deixava assim. Desde então, ela passou a dormir com ele em seu quarto. Utilizando a cama de solteiro, que futuramente também seria dele, quando estivesse mais crescido, para dormir ao lado do berço. Só então, com a sua presença, ele se acalmava e finalmente voltava a dormir.

Não tendo nenhum parente próximo com experiência no assunto, Rosa se perguntava até onde tudo aquilo seria normal. Acreditando que sanaria suas dúvidas quando seu outro filho nascesse.

Sem muitas escolhas, ela então optou por se acomodar no sofá junto das crianças que continuavam quietinhas, vidradas na tv. Permitindo que seu pequeno pudesse dormir um pouco em seu colo. Apenas quando o filme acabou as crianças despertaram, se colocando de pé em saltos, batendo palmas e gritando em comemoração ao “final feliz”, fazendo com que Jungkook acordasse assustado com tanto barulho repentino, mesmo que Rosa protegesse suas pequenas orelhinhas com suas mãos.

Vendo que ele agora parecia estar ainda mais incomodado, decidiram finalmente bater os parabéns, dividindo pedaços de bolos e lembrancinhas antes que todos se despedissem, indo embora aos poucos.

Ainda mais cansada, Rosa caminhou com seu bebê nos braços até o portão para levar a última convidada, que no caso era a coordenadora. Caminhando em completo silêncio ao seu lado, observou com o canto dos olhos o quanto ela mirava as mãozinhas de Jeon agarradas a algumas mexas de seu cabelo. Um hábito aparentemente comum que ele havia adotado desde o primeiro dia que o trouxe para casa.

– Os antigos diziam que uma criança insegura se agarra ao que puder com medo de ser machucada por quem a tem nos braços. – A ouviu dizer, de repente. Em um tom calmo e tranquilo. Como se o que havia acabado de dizer não fosse nada.

Não gostando nenhum pouco do que escutou, Rosa fitou seus olhos por alguns segundos em que se esforçou para não explodir. Como se não bastasse, parecendo ter mais a dizer, a coordenadora parou frente ao portão, mantendo um sorriso pequeno e sereno nos lábios enrugados antes de voltar a olhar em seus olhos, ignorando o quanto ela estava visivelmente aborrecida.

- Passe confiança a ele, querida. E ele não fará mais isso. – Finalizou, lhe virando as costas antes de caminhar na direção do carro estacionado do outro lado da rua.    

Ainda abismada e horrorizada, Rosa permaneceu calada e imóvel por alguns instantes. Se negando a aceitar qualquer coisa que ela tenha dito. Mesmo que seu interior materno e inseguro temesse que fossem verdade.

Jungkook se mexeu em seu colo, se acomodando melhor em seus braços. Consequentemente, a despertou do transe em que estava fazendo com que notasse a presença de uma jovem mulher que caminhava sozinha até o portão da casa ao lado da sua. Ela tinha cabelos longos e loiros. Era muito bonita e parecia estar um pouco assustada. Rosa não se recordava de tê-la visto antes. Muito menos naquele imóvel que, até alguns meses atrás, estava vazio.

Como a rua estava muito deserta e silenciosa, ela decidiu apenas entrar sem cumprimenta-la. Quem sabe em um outro momento teria uma oportunidade melhor.

Retornando para dentro, Rosa fechou todas as portas e janelas antes de subir para o segundo andar onde acomodou seu filho ainda adormecido no berço. Desejava tomar um banho rápido antes que ele acordasse sentindo sua falta, por isso se dirigiu ao banheiro, saindo de lá minutos depois com roupas mais confortáveis. Acreditava que estava cada vez mais difícil fazer qualquer coisa estando com a barriga gigante daquela forma, ainda assim conseguiu concluir tudo o que precisava, optando por limpar a casa apenas no dia seguinte.

Para sua surpresa, seu querido Jeon ainda dormia tranquilamente. O que a incentivou a tentar fazer o mesmo, já que estava exausta. Deitando na cama de solteiro ao lado do berço, adormeceu rapidamente, entrando em um sono profundo que não durou muito devido a um pesadelo inesperado ao qual tivera. No sonho, Rosa sentia que voltava no tempo, vendo a si mesma dentro do carro ao lado de seu falecido esposo, Thomas, momentos antes que o pior acontecesse. Porém, dessa vez, ela teve a oportunidade de descobrir o que ele havia visto na pista aquela noite, enxergando agora a sua frente, mesmo que de forma turva, um jovem de baixo de toda aquela chuva. Um jovem que ela nunca tinha visto antes, mas que mudara suas vidas para sempre quando ele tentou salvá-lo.

Mesmo sendo apenas fruto da sua mente, Rosa pode sentir o desespero ao desejar livrar aquele garoto do pior, estando ele completamente indefeso, estendendo apenas uma das mãos frente ao rosto diante das luzes fortes dos faróis que refletiram cada vez mais forte a medida que se aproximavam...

Diferente da realidade, dessa vez, Thomas não conseguiu desviar do que havia visto e no momento do impacto, Rosa despertou.

Com os olhos dilatados, ela se colocou sentada sobre o colchão ao qual estava. Sentindo que o ar não era suficiente aos seus pulmões conforme respirava rapidamente sem um ritmo certo. Sua cabeça estava pesada enquanto sua visão parecia embasada. Não havia som algum ao redor e isso a deixou preocupada, sendo rápida em direcionar seus olhas ao berço onde o pequeno Jungkook ainda estava. Porém agora acordado, completamente vermelho enquanto chorava desesperadamente.

Gradativamente, sua audição foi voltando. Só então pode ouvir o quanto ele esperneava.

Muito preocupada com o estado em que ele estava, ela se colocou de pé sem cuidado algum consigo mesma, segurando no berço quando uma forte tonteira a deixou fraca.

Buscando forças para alcançar seu filho, tentou se mover outra vez, sendo surpreendida por uma forte dor abaixo de seu ventre tendo tempo de apenas pôr a mão no local antes que a placenta estourasse, descendo o liquido quente por suas pernas.

Encarando o chão molhado abaixo de seus pés, questionou-se sobre o que faria, já que estava sozinha. O choro de seu pequeno invadiu seus ouvidos outra vez, roubando sua atenção em meio ao desespero de tentar ajuda-lo e se ajudar.

A dor voltou ainda pior, fazendo com que se sentisse ainda mais fraca.

- Filho... – ela choramingou, segundos antes que sua vista escurecesse completamente, perdendo a consciência ao cair desmaiada no chão.  

♠️♥•♥♠️

 

Horas depois...

- Olá, mãezinha. 

Uma voz doce e familiar soou no ouvido de Rosa que despertava vagarosamente. Abrindo um pouco os olhos pesados, reconheceu a enfermeira Maria a sua frente. A mesma que cuidou de sua recuperação após o acidente.  

- Alguém quer te conhecer. – Parecendo ainda mais contente, a enfermeira voltou a falar, aproximando os braços na sua direção, segurando um embrulho de tecidos azuis.

- Diga “oi” para seu bebê, querida. – Ela concluiu, tão doce quanto antes ao inclinar o pequeno embrulho, lhe apresentando seu querido filho que havia nascido.

Ainda incrédula e surpresa por não se lembrar de nada, Rosa estendeu as mãos para pegá-lo, sentindo os olhos encherem diante de sua beleza e fragilidade. Finalmente o acomodando em seus braços.

Algumas lágrimas escorreram por seu rosto enquanto o admirava com tantas emoções circulando em seu corpo, mente e coração. Mas de todas elas, sentia-se grata.

- Foi um parto tão difícil, querida. Você foi uma guerreira. – Maria afirmou, de repente. Roubando sua atenção por alguns poucos segundos antes que ela voltasse a olhar apenas para o filho.

Encantada com seus detalhes, ela acariciou seus cabelos negros e levemente ondulados, descendo a ponta de seu dedo a sua pele pálida e levemente avermelhada em alguns pontos. Sorrindo boba ao reparar seus olhinhos puxados como os de Thomas eram.

- Já escolheu um nome? – Maria perguntou, carinhosamente.   

- Sim – Rosa suspirou sem desviar seus olhos dele um minuto sequer. – O nome dele será “Min Yoongi”.  

 

 


Notas Finais


Olá, para quem leu até aqui e... obrigado. Sei que existem muitas obras por aí, então, fico feliz por ter um pouquinho do seu tempo.

Gostaria apenas de notificar algumas coisas sobre a fanfic. Não tenho muito a dizer, mas é importante.

1° Quero avisar que a obra não será focada na "mãe" dos meninos como aparentou ser. Apenas quis passar ao leitor como foi o início dessa família e também a bravura com que a personagem Rosa teve e terá em lutar por seus filhos.

2° As personalidades dos personagens principais irão sofrer mudanças conforme os anos irão se passando, mesmo que algumas coisas continuem as mesmas. Talvez, em algum ponto dessa obra elas sejam completamente formadas, mas acredito que mesmo assim haverá modificações. Principalmente com o Jungkook.

3° Gostaria de lembrar a todos vocês, leitores, que escolha dos personagens não tem ligação alguma com a realidade. Tão pouco tenho algum intuito de ofende-los de alguma forma. Eu, particularmente uso os nomes e imagens apenas para melhor imaginação do leitor e minha como autora, nada mais.

4° Essa obra ainda está em andamento e em processo de criação. Sendo assim, podem haver capítulos postados mais rapidamente e outros nem tanto. Então, fiquem a vontade para escolher ler agora ou depois, quando ela estiver mais adiantada. Mesmo assim, adoraria saber se gostaram... seja como voto ou comentário. Se quiserem é claro.

É isso. Obrigado e até a próxima!


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