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História Maldição Andante - O Começo do Fim


Escrita por: ragtagbrush

Capítulo 1 - O Começo do Fim


Os dias passam...

A gente envelhece e morre...

Os recursos se esgotam...

Porém, a natureza se renova...

E quem diria que se “renovar” incluiria matar cada ser humano que existe...

Falam que o ser humano só sabe de uma coisa: Ele um dia irá morrer... Essa, amigos, é a nossa maior maldição... Mas e se morremos... Mas voltássemos a andar?

Parece um milagre não? Mas tá muito longe disso

Ninguém sabe de onde veio, por que veio, mas o que importa é que veio... Uma maldição maior que a morte... Voltar dela...

... pra matar e comer tudo o que é feito de carne, independente se estiver vivo ou não.

Cada um tem uma história. “Eu tava no trabalho e vi os jornais”, “Tava no transito e vi pânico”, “Eu vi minha filhinha se transformar”. Querem ouvir a minha? Não vai ser algo legal ou heroico, mas é a verdade.

Eu tava na casa de um amigo, Renato,era aniversário dele e ele disse que os pais deles tinham viajado e falou pra gente ir dormir lá. Ele era bem legal e carismático, ele era magro, baixo, branco, de olhos escuros e cabelos escuros lisos e curtos. Éramos amigos a 2 ou 3 anos. Os outros convidados eram Leonardo ,magro, altura média, moreno, olhos castanhos claros e cabelos pretos encaracolados, João, cheinho, altura média,branco, olhos castanhos claros e cabelos castanhos claros lisos, Rogério,Cheinho , alto, branco, olhos verdes e cabelo pretos lisos longos, até o ombro( como o Kylo Ren),Pedro,Gordinho, Baixo, negro, olhos escuros e cabelos escuros curtos e Nicole, magra, baixa, morena, olhos verdes e cabelos marrons longos.

         -Não seu idiota! Para com essa merda!-Gritou Renato depois que o Rogério fez o time dele perder de novo no jogo que eles jogavam- VOCÊ.SÓ.FODE.ESTÁ.PORRA.ARROMBADO

         -É, SEU LIXO! – Grita Leonardo, brincando com Rogério

         -Gentiiii, que agressividade – digo eu, brincando

         - É QUE VOCÊ NÃO TEM QUE AGUENTAR UMA BOSTA DESTA- grita Renato, na realidade ele não está puto com ele, só ta brincando

          -Vocês são uns retardados- diz Nicole

          -EUUU???!!!- disse Renato- É este FILHO DE UMA PUTA que fode com tudo

          -Vocês deviam ver TV...- disse João

Então Renato desliga o PlayStation 4 e bota no meio de um filme

         -O vocês já avisaram suas mães que vocês vão dormir aqui?

        -Todo mundo já avisou,  a gente já te disse isso- eu aviso ele

        - OK, não custa perguntar de novo- Ele disse

Nós ouvimos a campainha, inicialmente com cara de cu. Quem batera na porta?

        -Eu esqueci de avisar que convidei Lola e a Carol- disse Renato

Quase surtei. A Lola, uma garota cheinha, altura média, olhos escuros e cabelos pretos com uma mecha rosa até os ombros , tudo bem mais, ela é a namorada do João (se bem que o relacionamento deles não tá nas melhoras atualmente), mas á Carol? Pra esclarecer: eu amava essa garota. AMAVA. Até descobrir que ela me usava pra fazer as coisas pra ela. Eu ainda sentia algo por ela, mas eu usava mais o meu cérebro que meu coração nesse assunto. Ela era cheinha, baixa, olhos azuis e cabelos ruivos longos.

       -MAS BUCETA PRA FESTA- grita Pedro, todos olham pra ele com uma cara de incrédulo

       - Você quer calar a boca, seu resto de aborto cagado?- diz Rogério

       -Os vizinhos não são surdos- disse eu

       -OXI- disse Leonardo, olhando as meninas na porta por uma janela – Você convidou a Nina?

       -Não- disse ele- AH, NÃO! Sim, eu convidei, a Lola pediu.

       -MAIS BUC...- o idiota do Pedro ia gritar, mas eu tampei a boca dele com minha mão

A Nina era uma fofura ,sempre quieta,ela era branca, baixa, olhos escuros e cabelo longo e marrom claro. Ele abriu a porta e cumprimentou elas, nós as cumprimentamos, e a Carol nem pra mim olho. Eu fiz algo de errado por acaso pra essa vaca me olhar assim.

      Nos fizemos altas coisas, jogamos videogame, conversamos, brigamos, e até bebemos, bem exceto eu,que não gosto de bebida,e a Nina, pela timidez. Tava todo mundo mamado. Sério. Olha, nós não éramos do tipo que dávamos festas que acabavam em putaria, só que nessa... A Lola e o João foram pra um closet e não quero mais saber, a Nicole sumiu também, junto com o Leonardo e o Rogério, só que nesse caso eu não sei o que rolou mesmo.

Tava chovendo, forte, com uma leve brisa. Era noite, perdi o tempo aquela altura. Eu tava vendo um filme, desmaiado no sofá e no outro tava o Renato, que tava quase em coma de tanto beber, só que era mais sono que a bebida. A nina tava deitada num cochão e tinha outra pra Carol.

               -Caraaaaa- disse Renato

               -Meu Deus Renato, você parece que tá morto- eu disse

 De repente a Nina fala uma das poucas palavras que ela falou naquela festa:

              -Cade a Carol?

“Não sei, não ligo, tomara que esteja no inferno”

As palavras vieram a minha mente

Eu ODIAVA a Carol. Sério. Foram meses e meses de eu me rebaixando e sendo o servo dela. As pessoas já pisaram em cima de mim antes, mas ela foi diferente

        -Deve tá por ai- eu disse, não queria ser grosso com a Nina.

        -Mas a cama dela não é essa?

“Não, a cama dela é a de qualquer filho de uma puta que apareça primeiro pra ela dar”

Mas uma vez, vieram as palavras mais não saíram da minha boca

         -Renato, você viu a Carol?- perguntei

         -Lá foraaa- ele disse         

Ela tava na varanda da casa dele, vendo a chuva? Pensando na vida? Não sei. O pior é que EU tinha que falar com ela. O Renato mal consegue ficar acordado e eu não queria folgar com a Nina. E lá fui eu. Abri a porta da frente da casa e ela tava lá, observando a tempestade. Eu fecho a porta, ela nota

      -Desgraçado- ela diz

      -COMO?-eu grito

      -VOCÊ DEIXOU DE SER MEU AMIGO DO NADA,SEU LIXO HUMANO- ela diz chorando

      -AMIGO NÃO- eu grito- capacho

      -EU SINTO MUITO-ela diz

      - E eu mais ainda- digo

      -O que eu tenho que fazer pra você voltar a ser meu amigo??!!

      -Cria uma máquina do tempo

      -EU TENHO SALDADES DE VOCÊ

      -Eu também

     Ela fica surpreendida com minha resposta

      -EU NÃO SINTO SAUDADE, EU SOFRO SAUDADE- eu digo- Não sou mais capacho de ninguém, você falava mal de mim. “Nerdão”, “Idiota”. Eu não sou um trouxa.

Ela chora mais forte e tenta me abraçar mais eu impeço

     -Me deixa te abraçar- ela fala com uma cara tristonha- eu preciso...

Minha maior falha é que eu sou trouxa. Não aguento ver uma pessoa triste. Eu a deixei me abraçar

“Obrigada”

Uma tímida palavra escapa da boca dela

Ela me olha

      -Vamos entrar?- Eu pergunto

      -S-Sim

Ao abrir a porta eu me surpreendo. Todo mundo, como o Flash, se reuniu na sala. Todos vendo um noticiário urgente que interrompeu o filme

    -Que porra é es- eu sou interrompido

    -CALABOCA- grita João

“Foi confirmado uma epidemia geral do Vírus Necropos, o mesmo que atingia comunidades pobres e mais recentemente o Brasil todo, na cidade de Santo Pedro, existem no mínimo 100 mil infectados e... Meu Deus... 500 mil mortos... As autoridades decretaram quarente- não pera, eles não podem fazer isso... Deus do céu... A cidade está em quarentena. Qualquer... sobrevivente... deve tentar ir para o posto militar na Praça Central”

    -Meu Deus- diz Renato

    -O que caralhos...-diz Rogério

    -Gente, tem uma pessoa lá fora- diz a Nina

Eu olhei pela janela e tinha mesmo. Era uma daquelas coisas. A chuva, que estava ficando mais fraca lentamente, impedia a visão, mas era óbvio. Então apareceu outro e outro.

     -A gente tem que chegar a Praça- disse Lola

     - Não dá, o carro ta na frente e andando é impossível, é longe e com a chuva não dá pra ver os...monstros- disse João

     -Renato, tem alguma arma por aqui, faca, bastão?- eu disse

     - Tem um facão na despenda e um bastão no quarto da minha irmã

Eu fui pro quarto e peguei o bastão, Rogério pegou o facão, o resto procurou tudo que podia pra ser arma. Facas, garfos, até lápis. Tínhamos que nos certificar que tínhamos armas o suficiente. Então, abrimos a porta. Eu fui na frente, sortudo como eu era.

Lá estava ele, sangrando com roupas remendadas, barba longa, provavelmente um mendigo que levou a pior. De qualquer jeito ele era um morto-vivo. Eu tava com o bastão de baseball, ele era de madeira, pesado. Ia ser brutal, eu não queria fazer aquilo mais eu fiz.

Eu bati o taco com força na cabeça do monstro, ele cai no chão, mais ainda está... “Vivo”,eu bato de novo, sangue voa para todos os lados. Ainda não morreu de novo. Bato de novo e de novo e de novo e de novo. Ele morre.

E o resto do grupo ataca. Um ataca um monstro, outro enfia um objeto afiado no olho de um monstro. Mas eu ainda via o que um dia foi mendigo, pensando em como o espanquei, o que eu fiz, matei o que um dia foi uma pessoa, uma pessoa que não tinha casa nem comida, e assim vi o que o vírus transformou o mundo.

Depois que todos os monstros foram mortos, nós entramos no carro. Por sorte o carro que falava era uma van da empresa do pai do Renato.

Estava um silêncio mortal, um silêncio incomodante, um silêncio barulhento, um gelo inquebrável.

“Matei um mendigo”

 Digo, eles olham para mim, todos. Até o Renato que tava dirigindo me olhou pelo retrovisor. Me olhavam, me fuzilavam com os olhos.

“Matei a vizinha”

Disse Renato

“A gente era amigo desde criança, ela ia pra festa hoje, mas...”

O tom dele mudou para um mais triste

“Ma-s-s”

Gotas desceram do olho dele, como água cai de uma cachoeira

“Ela tava cuidando do pai doente e...e....”

Cada vez mais eu ouvia, pior me sentia

“Ela tava um pouco doente também”

Ele cospe as palavras como se estivesse sendo interrogado

“Agora vi que ela realmente... Tava doente”

Era simplesmente triste, horrível

“Eu-EU... Gostava dela”

Puta que me pariu

“Mais do que muita gente gostou”

SANTA CARALHA, não dava mais para ouvir

Então o carro parou do nada, quase nos fazendo voar pela janela. Quem tava no fundo da van que todo mundo menos o Renato  e o Leonardo

      -Mas que merda aconteceu...-Perguntou Rogério

Eu olho no retrovisor, tinha uma maré de carros, UMA MARÉ.  E então eu vi, um monstro saiu, depois outro, e outro,e outro.

     -Dá ré- eu disse-DÁ LOGO A RÉ!

Ele da à ré desesperado, mas bate em algo. Como a van tem janelas nas portas traseiras, nós olhamos por elas, ele bateu em um monstro com a van. E tinha mais vindo.


Notas Finais


Essa série é como uma spin-off de The Walking Dead


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