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História Malditos coreanos - Pier


Escrita por: Sehun_a_porta

Notas do Autor


Oi galerinha. Eu sei que eu disse que ontem teria cap mas tive problemas com a net daqui de casa então terá q ser hj :) Boa Leitura

Capítulo 13 - Pier


Sehun pov.

Ela me puxou pra fora dali o mais rápido que ela conseguia e logo estávamos fazendo um caminho conhecido.

-Ei esse é o caminho do Starbucks.

-Hum... Sim e não. Só vem.

Dei de ombros e continuei seguindo ela. Chegou um ponto que eu já não estava entendendo mais nada porque paramos na frente do Starbucks.

-O que vai querer?

-Você disse que não estávamos indo pro Starbucks.

-Nunca disse isso. Só disse que não era a única coisa no caminho. – ela girou nos calcanhares e se virou pra mim. –Já decidiu oque vai querer?

-Sim mais eu pago. –disse indo pra cafeteria, porém ela se pôs na minha frente e cruzou os braços.

-Não mesmo. – ela estreitou os olhos. –Ou você sossega e fala logo o que vai querer ou eu volto pra escola.

Mordi o lábio afinal, as duas opções eram horríveis, mas a baixinha era teimosa e não dava sinais de sair dali, por fim suspirei e disse:

-Pode ser um Frapuccino.

Ela sorriu e eu juro que assim ela nem parecia que quebrava clavículas alheias.

-Espera aqui que já trago. –ela tinha piscado? Ai meu Deus do céu alguém me explica por que quando ela fez isso eu corei?

Depois de um tempo que demorou mais do que eu esperava ela voltou saltitante com os pedidos e mais um saquinho de algo não identificado.

-Posso saber o que tem aí ou vai ficar fazendo suspense também?

-São cookies e cala a boca e me segue.

Então ela fez algo revoltante. DEU MEIA VOLTA E COMEÇOU A ANDAR.

-Você só pode estar de brincadeira!

-O que?- ela perguntou se virando.

-Estamos fazendo a volta.

-Aham. Quanto mais tempo você ficar reclamando menos tempo no lugar.

-Aish por que você é assim?

-Não enche meu saco e anda logo. – então ela só continuou andando. Bufei e fui atrás questionando o quão grande era a sua semelhança com o Baekhyun. Ambos eram pequenos, autoritários, teimosos, venenosos e bonitos. NÃO SOU GAY!  Então na metade do caminho de volta, onde havia uma falha no muro ela virou ali.

-Que caralhos tu ta fazendo?-disse entrando pelo mesmo lugar, que era basicamente um mato alto cheio de flores silvestres e selvagens que minha mãe considera flores-praga.

-É por aqui. –ela disse e eu bufei com a ideia de ficar perdido no meio do mato.

-Uau. - eu via um píer numa campina, que dava vista de grande parte da cidade, ao olhar pra frente e para trás as flores silvestres misturadas entre o roxo, branco e amarelo, com os altos prédios de vidro espelhado ao fundo. Era um contraste incrível. Ao lado do píer havia uma árvore que não tinha crescido em termos de altura, mas sim em largura então havia muitos lugares para escalar e sentar confortavelmente.

-Gostou?- ela disse parando ao meu lado.

-É incrível. O que é isso afinal? Quem teve a ideia de fazer esse píer no meio do nada?

-Sei lá. Mas admita que essa pessoa é genial.

Assenti e andei até lá me sentando e ela fez o mesmo, ficando ao meu lado. Estava ventando levemente e seu cabelo balançava com ele, aquilo daria uma bela foto...

-Já trouxe o Bacon aqui?

-Nope.

Ok. Isso me surpreendeu afinal eles dois eram tipo gêmeos siameses e nunca se desgrudavam.

-Por quê?-questionei agora realmente curioso.

-Porque é aqui que eu venho quando quero paz. Não que ele tire minha paz, longe disso, mas aqui me lembra a minha vida antes de vir pra cá, lembra avista que eu tinha da janela do meu quarto... E Baek estava inserido nessa parte da minha vida que não foi muito feliz para ambos, por isso nunca o trouxe aqui. Ele não precisa de mais um lembrete daquela fase.

-Mas se é tão ruim assim por que vem aqui?- perguntei olhando pra ela que ainda olhava pra frente, ela respirou fundo e disse:

-Por causa da minha mãe. Meu pai saiu de casa no dia do meu aniversário de 17 ano, ele estava traindo a minha mãe e ela descobriu. Eles brigaram feio, então ele saiu de casa. Na época foi doloroso, mas foi libertador. Minha mãe que fazia tudo em função dele, que vivia por ele naquele casamento foi libertada. E eu também pra escolher meu futuro. –ela engoliu em seco. – Nesse dia minha mãe foi ao meu quarto de madrugada chorando, falando que meu pai tinha saído de casa, ela chorava por medo de que acontecesse algo pra mim ou pra ela. Então nós duas fomos à minha sacada e ficamos o resto da noite ali, vimos o nascer do sol, e o resto do nosso dia foi basicamente cada uma ficar em seu quarto e dormir ou qualquer coisa. Depois disso minha vida foi feliz. Mas relembrar do antes... Dói. – ela agora olhava pro chão com um sorriso triste- Não fui tão boa para minha mãe, ela brigava muito com meu pai por minha causa. Mas agora ela tá bem- ela mudou drasticamente de quase chorando para raio de sol- Estamos felizes, ela tem a vida dela, e eu a minha sem nada para atrapalhar, ela mudou daquela casa horrível e mora em um apartamento.  Tudo é bom agora. – ela me olhou e perguntou- E você? Me fale mais sobre você.

Ótimo. Odiava falar sobre mim mesmo, e agora eu precisava fazer isso já que ela tinha me contado algo tão pessoal...

-Eu também não tenho uma família perfeita. Meus pais se separaram, mas até aí tudo bem, meu pai foi honesto com minha mãe e agora tá de boa. O único problema é meu irmão idiota. Ele saiu de casa, não manda noticias faz sei lá. Três meses? Mas eu não ligo, quer dizer, se ele estiver vivo tá bom, pelo menos assim minha mãe não sofre tanto. –suspirei. – Quer dizer. Ele me manda noticias, se é que posso chamar assim, são só vídeos e fotos dele provando ao mundo o quanto é babaca. Tipo vídeos dele fazendo umas manobras na moto que resultariam em morte, fotos dele com um monte de mulheres, e bebida. – me arrepiei com o nojo que senti dele – Mas nunca mostrei isso pra minha mãe. Acho que só ia fazer mis mal, ela ia se sentir culpada pelo estupido que ele é.

Então ficamos em silêncio, ambos tínhamos alguma história merda de vida que aparentemente não falávamos pra ninguém. Mas aqui estamos nesse píer, contando um pro outro nossos segredos que gostaríamos de apagar... Isso foi confuso pra mim. Quero dizer eu acabei de contar para uma garota que conhecia á dias algo que minha mãe nem sonha em saber. E essa mesma garota me conta algo sobre a vida dela que praticamente só o cara que cresceu junto com ela sabe, e ainda me levou para um lugar que esse mesmo cara não sabe que existe.

Nesse instante eu apenas a admiro mais, por que meu Deus que mulher incrível que estava do meu lado. Quando a vi pela primeira vez, com aquela cara de poucos amigos entrando no Starbucks pensei que ela seria aquelas meninas superficiais tipo a Saeron que só enxergam a si mesma, e não calam a boca um segundo. Porém ela se mostrou o oposto completo, ela não só era divertida, engraçada, com um cérebro funcional, como também cuidava dos outros.

Ficamos em silêncio olhando a vista que enquanto para ela era sinônimo de memórias, agora para mim seria uma nova boa memória, um marco de quando eu realmente me senti livre para desabafar com alguém algo pessoal, e também um marco da minha amizade com a garota mais incrível do planeta.

 

 

 

 


Notas Finais


Se chegou até aqui muitoo obrigada. Até a próxima :3


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