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História Malévola - Amor Materno


Escrita por: Jowen

Notas do Autor


Oi!

Capítulo 1 - Amor Materno


luz pálida e enfraquecida do crepúsculo delineava sobre o chão a assombrosa silhueta da amedrontadora e temível, fada madrinha de Aurora. 

 

Os olhos hipnóticos cintilavam diante dos feixes de luz empalidecidos. Um olhar inexpressivo acentuava-se na face tenra de forma quase enigmática. 

 

O rosto oval, a mandíbula firme, as maçãs angulosas, os rubros lábios suavemente salientes o nariz ligeiramente erguido, longo e fino; conferiam-lhe um ar maligno quando combinados a roupagem enegrecida, às asas extensas e volumosas, e aos chifres tortuosos e pontiagudos. Facilmente causaria espanto em qualquer desavisado que cruzasse consigo. 

 

Mas nem por isso era alguém de más intenções, nem tampouco cruel. Do contrário, seu coração era terno e puro, no entanto, encontrava-se destroçado; consequência de haver amado a Stefan. 

 

Incapaz de curar-se, e à procurá de proteção e segurança, descobriu que era capaz de causar medo nos demais, e usando de seus poderes mágicos, atraiu para si a obscuridade, tomando uma aparência temível e assombrosa. Desde então, todos passaram a evitá-la por temor e receio.

 

Malévola obteve sucesso em seu plano anonimato. Ainda assim, havia fracassado, erroneamente. 

 

Acreditou que estaria bem se estivesse só, e que nada seria mais justo do que vingar-se de Stefan amaldiçoando a Aurora, sua filha. Porém, enganou-se.

 

E para a sua infelicidade, tardou a pressentir o erro que havia cometido, e como consequência, Aurora veio a óbito. 

 

Jamais pensou que aquele lapso lhe causaria pesar. Mas enganou-se, outra vez.

 

O corpo, embora desacordado, exalava uma aura tépida, e havia em seu rosto, uma suavidade eminente. 

 

As mãos diáfanas caíam sobre os lençóis alaranjados de linho fino. O corpo fragilizado era inteiramente coberto, deixando livre somente a clavícula esbranquiçada, e o tórax que estava recôndito por um vestido rosa fracamente desbotado. 

 

E mesmo inanimada, Aurora era excepcionalmente bela.

 

E diante da trágica cena, e do ressentimento doloso, o orgulho que outrora a impedia de sequer retribuir a gentileza e os sorrisos de Aurora, tornou-se escasso, dando lugar a um sentimento ilimitadamente maior e melhor: o singular amor materno. 

 

Assim aproximou-se da frágil jovem, e curvando-se, deu-lhe um osculo sobre a tez esbranquiçada, deixando cair ainda, uma fugaz lágrima sobre os tecidos que a cobriam.

 

E não só para a sua, mas para a surpresa de todos: presentes e ausentes, Aurora inesperadamente despertou de seu cárcere sonífero, e voltou a vida. 

 

Felizmente, Stefan recebeu o devido pagamento por suas atitudes, sem diminuições ou acréscimos, sua espécie horrenda e malfazeja foi extinta. 

 

Aurora continuou a crescer com elegância e singeleza. 

 

E Malévola, através de Aurora, conheceu a mais bela forma de amor/amar, o amor materno, eterno. 

 

 

 

 


Notas Finais


Tchau!


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