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História Mama - VI


Escrita por: johoneyy

Notas do Autor


Boa leitura!?

Leiam as notas finais...

Capítulo 7 - VI


Era mais um daqueles dias frios em que fora obrigado a se trancafiar em casa. Deitado embaixo dos grossos edredons, o pequeno garoto de cabelos acobreados tentava, de algum modo, cessar aqueles espasmos provocados pelo vento frio que vez ou outra batia contra sua tez pálida. Não escolhera ficar ali, solitário tendo como companhia apenas um urso de pelúcia que havia ganhado daquele que mais amava em uma de suas pequenas fugas ao mundo abaixo do seu.

 

—Sehunnie..._ Ditou sorrindo logo em seguida.

 

Apertou a pequena pelúcia contra seu peito fechando os olhos. Em tão pouco tempo ele já sentia saudades. Sentia-se bem bobo por isso, deveria se acostumar com esses momentos em que ficariam longe um do outro.

 

—Longe do... Sehunnie..._ Sussurrou encarando o teto.

 

Só em pensar nessa possibilidade seu peito doía. Apertou os olhos achando que assim aquelas ideias absurdas lhe deixariam em paz. Não ficaria longe de SeHun, ele mesmo lhe prometeu que nunca o deixaria, mesmo que tivessem que morrer por isso. Bufou, irritado, estava disposto a ergue-se daquela cama, mas fora impedido pela presença do maior que acabara de entrar no pequeno cômodo.

 

—Luhannie..._ Disse o maior ao entrar, avistando seu pequeno debruçado sobre a cama de uma maneira um tanto desconfortável. – LuHan?

 

—Você me assustou..._ Sussurrou arrumando-se melhor, saindo de debaixo das grossas cobertas.

 

—Oh, me desculpe!_ Sorriu fechando a porta. –Sentiu minha falta?_ Perguntou, aproximando-se do menor, sentando-se de frente a ele que se encontrava encostado à cabeceira da cama.

 

—Não eu não senti, eu estava muito bem até você chegar._ Virou o rosto emburrado. As bochechas tomando uma cor avermelhada, o bico formando-se em seus lábios.

 

Sim ele havia ficado com raiva. Mesmo que não demonstrasse, seu pequeno sempre ficava emburrado quando o deixavam só naquele lugar. Riu baixo ao perceber os olhos do outro em si, mas estes logo se desviaram ao serem pegos no flagra. Era mesmo uma criança.

 

—Luhannie..._ Conhecia bem aquele tom de voz, era sempre assim que ele lhe vencia. –Pare de ser tão birrento._ Aproximou-se do mesmo, parando a poucos centímetros do corpo trêmulo de seu amado.

 

—Eu não quero parar..._ Disse esticando ambas suas mãos, espalmando-as no peitoral definido de SeHun no intuito de afastá-lo de perto de si.

 

—Porque me deseja longe de você?_ Tocou as mãos um tanto trêmulas de LuHan, apertando-as contra seu peito. –Por acaso este curto tempo em que lhe deixei aqui fez com que refletisse sobre nós?_ LuHan não podia ver, mas ali, nos cantos dos lábios do outro um sorriso se formava.

 

—Não é isso Sehunnie, eu... Eu não queria..._ Fora interrompido pela risada gostosa que o outro estava a soltar. –Porque esta rindo?_ Perguntou irritado, mais uma vez havia caído nas graças de SeHun.

 

—Você cai tão fácil nessas minhas encenações!_ Viu novamente naqueles lábios um bico extremamente chamativo. Ele lhe pedia para que provassem de seu sabor tão bem conhecido.

 

—É mesmo um grande Pabo, SeHun...

 

A voz fora sumindo à medida que via SeHun se aproximar de si, a investidas dignas de um verdadeiro predador. Pôde ver o sorriso brincando nos lábios cheios antes de senti-los sobre os seus em um breve selar. Apertou suas mãos sobre a camisa do mais novo trazendo – mesmo que sem querer – ele para perto de si. Os lábios se separaram. Trocaram olhares por um breve momento, ambos cheios de desejo... Paixão. Os lábios voltaram a se tocar selvagens, avassaladores. As línguas brigando por espaço em ambas as bocas, criando uma dança sensual que só eles conheciam. Aos poucos se sentia sendo deitado tendo o corpo de SeHun acima do seu, entre suas pernas, prensando-o contra o colchão macio.

 

—Sehunnie..._ Gemeu baixo quando o maior começou a se movimentar sobre si, criando um friccionar de corpo delicioso para ambos.

 

Não ouvia e nem via mais nada, só podia sentir os beijos de SeHun em sua tez. Puxava os cabelos lisos do outro a fim de controlar o próprio desejo. Mordeu o lábio quando os dentes do outro lhe morderam a pele sensível do umbigo. A pouco já se encontrava seminu, trajava somente sua bermuda parcialmente aberta deixando boa parte de sua cueca à mostra.

 

—Luhannie..._ Voltou a ver aqueles olhos redondos, brilhantes. Tocou-lhe as bochechas, acariciando-as calmamente enquanto o admirava.

 

Amava LuHan mais do que tudo na vida. Sentia-se seguro o bastante para lhe dizer isto a qualquer momento. Sorriu vendo o menor fechar os olhos apreciando aquele carinho repentino. A respiração calma, as maças do rosto rosadas em um misto de excitação e vergonha. Ele era lindo e não tinha duvidas disso.

 

—SeHun..._ O encarou novamente vendo seu olhar fixo em si.

 

—Diga..._ Sussurrou.

 

—Me faça seu..._ Seu coração parou. Era isso mesmo que ele queria? –Nos torne um casal de verdade._ Corou com seu pedido.

 

Sorriu terno beijando cada parte do rosto de seu LuHan. Aproximou seus lábios aos dele novamente em um simples roçar. Viu o menor fechar os olhos novamente, esperando por qualquer movimento.

 

—Saranghae Luhannie...

 

Beijou-o novamente, tornando ambos um só naquela noite fria.

 

Os olhos arregalados encaravam o teto como se não houvesse outro meio de se livrar daquelas memórias. A pele suada, a cama bagunçada, uma leve ereção formada. Porque havia sonhado com aquilo? Suspirou, apertando o lençol entre os dedos e virando a cabeça para a porta semiaberta de seu quarto. Podia ver a luz do corredor, assim como ouvia as vozes que conversavam tentando adiantar alguns assuntos que não lhe interessavam. Sentou-se, coçando os olhos logo em seguida. Pensou em levantar, mas seu corpo pedia mais um tempo para tal feito. Apoiou-se em suas mãos, olhando fixamente para um ponto qualquer no chão. Estava tão absorto em pensamentos que não percebera quando alguém entrara em seu quarto.

 

—LuHan..._ Aquela voz.

 

Ergueu seu olhar, encarando fixamente a silueta a sua frente. Era ele mesmo, não fora um sonho... Nada fora um sonho. Ele estava ali em sua frente, encostado ao batente da porta o olhando. Seu coração havia parado, como ele ousava? Como tinha coragem de ir atrás, de falar consigo? Apertou as mãos não se importando com a pressão que suas unhas exerciam em sua carne sensível. Os batimentos cardíacos havia aumentando gradativamente a partir do momento que vira o outro entrar no cômodo, trancando-os dentro do quarto. O que ele pretendia? Achava que entrariam em uma conversa agradável e que tudo se resolveria com algumas palavras, beijos e uma tarde regada a sexo?

 

—Eu acabei de acordar de um pesadelo... Não estou em condições de vê-lo, ou o cacete que seja, então, por favor, seja lá o que veio fazer aqui, retire-se!_ Ordenou o menor encarando os obres um tanto surpresos do mais novo.

 

—Desculpe LuHan, mas eu só saio daqui depois que conversarmos..._ Aquela ousadia, como ele ousava desobedecer seu hyung desta maneira?

 

—Vamos... Comece a falar então!_ Suspirou, acomodando-se melhor sobre a cama.

 

Ele já sabia o que escutaria, sabia que ele lhe pediria desculpas, agora cabia a ele aceitá-las.

-x-x-x-x-

 

Desde que o outro tivera a ideia de conversar com seu pequeno LuHan que ele se encontrava assim, tenso. Os olhos fixos em algum ponto daquela mesa que era habitada pelos 10 restantes. Estava preocupado, isso todos já haviam notado. Mordeu os lábios, passando as mãos nos cabelos a fim de espantar um pouco de suas frustrações.

 

—WuFan..._ Sentiu as mãos de ZiTao em seus ombros, começando uma massagem lenta, fazendo que com aqueles toques ele se acalmasse.

 

Virou o rosto encarando o moreno atrás de si que lhe sorria terno. Aquele sorriso sim o acalmava. Sorriu de canto fechando os olhos apreciando aquelas carícias que o outro distribuía por suas costas. As mãos habilidosas do ninja percorriam desde seus ombros até o meio de suas costas, fazendo pressão em pontos estratégicos – que de um jeito prazeroso – relaxava o loiro a sua frente.

 

—Não fique tão preocupado WuFan..._ Sussurrou próximo ao ouvido do maior, vendo-o se arrepiar pelo contato repentino. –...Ele sabe se cuidar, ficará bem!_ Dito isso, beijou-lhe a bochecha direita.

 

—Eu sei disso Tao, mas ele e tão frágil..._ Suspirou. –Tenho medo que SeHun diga algo que o machuque mais.

 

—Ele não o fará._ Apertou os ombros do loiro fazendo-o relaxar a musculatura. –Ele nós disse que suas intenções eram boas, que não se permitirá machucá-lo novamente...

 

—O que ele fez foi um grande erro e me sinto melhor por ele assumi-lo de cabeça erguida!_ Jogou a cabeça para trás, encostando-a no encosto confortável da cadeira.

 

—Você não está com raiva dele, está?_ Perguntou um tanto apreensivo, não queria que ficassem assim, não agora que estavam juntos.

 

—Claro que não..._ Sorriu. –Aqueles dois podem ser os mais idiotas deste mundo, mas mesmo que erre, eu não posso odiá-los..._ Viu o outro sorrir satisfeito. –Tao...

 

—Diga..._ Os dedos longos e delicados acariciando as maçãs do rosto de Kris.

 

—Me beije..._ Segurou o riso ao ver o menor corado devido ao seu pedido inesperado.

 

—É-É isso mesmo que quer?_ Perguntou, olhando-o nos olhos enquanto direcionava seus carinhos aos cabelos do maior.

 

—Não..._ Fora sincero. –Eu queria muito mais de você, mas agora o que eu mais preciso para me acalmar é de seus lábios... Só eles me acalmam ZiTao!_ Tocou o rosto do mais novo o trazendo para mais perto de si. Encostou seus lábios nos dele em um leve roçar de lábios. –Me beije agora..._ Sussurrou.

 

Não esperou mais nem um segundo, avançou contra os lábios de WuFan de imediato, não se importando com os olhares que lhes eram direcionados. A sincronia perfeita, era com essa dança de lábios e trocas de sabores tão bem conhecidos que eles se esqueciam de seus problemas. As línguas dançavam em suas bocas, uma dança calma, romântica que só elas conheciam. Os sabores se misturavam mais uma vez. Como estava numa posição diferente, sempre que podia, ZiTao mordia e puxava o lábio inferior do maior o fazendo sorrir em meio ao beijo que ele retomava após um breve momento em que recuperavam o ar.

 

—Kris..._ Sussurrou manhoso entre os selares que indicavam o fim daquele beijo tão desejoso para ambos. O mais velho conhecia aquele tom manhoso de seu panda, mas infelizmente não poderia acatar com suas vontades... Não agora.

 

—Agora não... Quando estivermos sozinhos eu farei tudo que quiser, só aguente até que coloquemos algumas coisas em seus devidos lugares._ Sussurrou contra os lábios do outro, que assentiu, separando-se dele.

 

—Cada dia mais eu me impressiono com esse amor todo de vocês dois..._ Suspirou apaixonado o pequeno XiuMin com um sorriso abobalhado brincando em seus lábios.

 

—Estava nos vendo este tempo todo hyung?_ Perguntou um Tao corado.

 

—É claro, acha que eu perderia toda essa sua demonstração de afeto?_ Riu apoiando-se em suas mãos que estavam em cima da mesa. –É tão lindo...

 

—Pare com isso XiuMin!_ Riu Kris puxando Tao para se sentar em seu colo, acariciando as maçãs coradas do rosto do mesmo. XiuMin riu, tamanha era a fofura de Tao quando ficava envergonhado.

 

Aos poucos os outros se sentaram nas cadeiras vazias. Cada um em seu devido lugar. Tao havia se sentado ao lado de Kris, como ele havia pedido. Mordeu o lábio, faltariam SeHun e LuHan, mas ainda sim dera falta de mais uma pessoa...

 

—Onde está Kai?_ Perguntou olhando para todos ali presentes.

 

—Nunca sabemos aonde Kai se mete, hyung..._ Disse SuHo apertando suas próprias mãos abaixo da mesa.

 

—D.O. você sabe onde Kai se meteu?_ Perguntou Kris olhando-o.

 

—Porque eu saberia onde ele está?_ As palavras saíram furiosas. –Ele é bem grandinho, já pode sair sozinho, se ele avisou ou não eu não tenho nada haver com isso e...

 

—KyungSoo!_ Disse XiuMin em tom autoritário. –Kris só lhe fez uma pergunta, não precisa ser assim, tão ríspido com seu hyung! Agora, por favor, peça desculpas._ Pediu com sua voz mais calma.

 

—M-me desculpe..._ Disse com a cabeça baixa. –Eu não queria desrespeitá-lo, eu só... Só..._ A voz falhando aos poucos.

 

—KyungSoo..._ Chamou WuFan atraindo o olhar de KyungSoo para si. –Eu entendo, sei que esta frustrado, triste... Não guarde isso dentro de si, só lhe fará pior, se quiser chorar, chore não tenha vergonha.

 

E fora com essas palavras que ele se derramara em lágrimas, assim, na frente de todos sem o mínimo de vergonha. O rosto redondo era marcado pelas lágrimas incessantes, os soluços cada vez mais altos. Sentira quando um par de braços acolhedores o abraçou, era XiuMin, que lhe sorria reconfortantemente enquanto acariciava-lhe os cabelos negros. Sem mais aguentar, agarrou-se em seu hyung, despejando todo seu sofrimento em seus braços. Estava se libertando da traição, dos tempos difíceis que viveram... Do amor que ainda sentia por Jong In. Em seu coração ainda havia a esperança de que o outro percebesse o quanto ele o amava, que lhe desse uma chance, mesmo que tivesse que sofrer, ele estava disposto a se sacrificar mais uma vez por ele... Por seu Jong In.

 

—Se sente melhor?_ Perguntou XiuMin pouco tempo depois que o outro havia cessado seu choro.

 

—S-sim..._Gaguejou. –Obrigado XiuMin-hyung!_ Sorriu mesmo com os olhos avermelhados e o rosto inchado.

 

Sorriu. Sentia-se melhor quando fazia um de seus meninos sorrir, nunca gostara de chorar e vê-los assim o deixava sem chão. Beijou-lhe o topo da cabeça, levantando-se e voltando ao seu devido lugar. Sentiu sua mão ser segurada por outra um tanto maior. Olhou para o dono daquela mão tão quentinha. Chen lhe sorria terno. Retribuiu o sorriso voltando sua atenção para Kris mais uma vez.

 

—Me desculpe pela demora..._ Ao mesmo tempo todos olharam para a porta.

 

Kai estava ali, parado em frente a todos. Na verdade ele sempre estivera ali, desde que vira o outro chorar, mas seu corpo era fraco demais. Não aguentaria vê-lo chorar, principalmente porque sabia que a culpa era sua, e só após o choro cessar ele resolvera se pronunciar. Ele não era uma pessoa boa, sabia disso, mas nem sempre era assim. Jong In já fora uma pessoa feliz, sem aquela máscara de sarcasmo que agora cobria todos os seus sorrisos.

 

—Hyung..._ O pequeno menino de cabelos negros corria até seu hyung, em suas mãos uma pequena flor que consigo carregava um pouco de terra que envolvia suas raízes e sujavam as mãos branquinhas. –Olha hyung._ Sorriu o pequeno parando em frente a KyungSoo.

 

—Oh, Jong In..._ Disse surpreso ao ver a pequena flor em suas mãos. –Aonde conseguiu esta flor?

 

—Eu a achei sozinha, envolta a muitas ervas daninhas... Não queria que morresse!_ Disse em tom baixo, olhando fixamente a flor de broto em um rosa esbranquiçado.

 

—Bom..._ Sorriu o maior, correndo por entre a estufa onde abrigavam as pequenas flores que conseguiam salvar. –Coloque-a aqui pequeno._ Entregou-lhe um vaso de argila decorado com desenhos que ele mesmo havia feito.

 

—Obrigado hyung!_ Sorriu abertamente colocando o vaso sobre a mesa central.

 

Jong In correu pegando uma boa quantidade de terra despejando dentro do vaso, juntamente com a flor. Logo após ele a regou com uma boa quantidade de água. O sorriso ficara presente em seus lábios durante todo o processo. Realmente Jong In era uma criança bonita. Os cabelos sempre bagunçados, o sorriso sempre presente nos lábios, o corpo magro e esguio. KyungSoo nunca se cansaria de admirá-lo.

 

—Hyung..._ Chamou o moreno que naquela época era bem menor que o mais velho. –Será que ela vai viver?_ Perguntou em um tom choroso. Havia um bom tempo que tudo o que ele tentava salvar após um tempo morria, e isso o deixava mal, não era sua culpa, sabia.

 

—Nem tudo o que salvamos vive, há muito você sabe Jong In..._ Suspirou. –Torça por ela, peça a Árvore Mãe que cuide dela... Que lhe deixe viver por muito tempo!_ Sorriu acariciando o topo de sua cabeça, bagunçando ainda mais seus cabelos.

 

Sorriu. Seu hyung sempre o animava com suas palavras encorajadoras. Em um misto de felicidade e impulsividade ele o abraçou. Sentiu o corpo de KyungSoo se retesar, talvez pela surpresa.

 

—Muito obrigado, hyung..._ Disse contra o peito do mais velho sorrindo.

 

Sorriu, retribuindo ao abraço. Escorregou uma de suas mãos aos cabelos do menor, acariciando-o. Ficaram um tempo daquele jeito, abraçados sem se importar se alguém veria, ou o que pensaria.

 

—Hyung..._ Chamou-o após um tempo. –Posso te confessar algo?_ Perguntou sem olhá-lo.

 

—Sim..._ Sussurrou continuando a carícia nos cabelos do pequeno.

 

—Eu..._ Sussurrou corando. Mesmo que escondendo seu rosto sabia que seu hyung podia vê-lo assim, constrangido. –Eu realmente o amo, hyung!_ Apertou mais o abraço no intuito de se esconder, o que fez seu hyung rir baixo.

 

—Não precisa se envergonhar, pois eu também o amo pequeno..._ Sussurrou para o menor vendo-o o encarar surpreso e um tanto feliz.

 

Sorriu ao ver o enorme sorriso ser estampado naqueles lábios que tanto lutava para não roubar para si. Aquela criança, ele o amava... Realmente amava o mais novo.

 

Suspirou, balançando a cabeça a fim de se livrar daquelas lembranças. Apressou-se em se sentar ao lado de BaekYeol recebendo de SuHo um olhar um tanto agressivo. Após um breve momento em silêncio, todos concordaram que já passava da hora de começarem a discutirem sobre seus assuntos. Queria se mostrar interessado naqueles assuntos, mas só de estar no mesmo lugar que o mais velho lhe incomodava... Tudo lhe incomodava.

 

—Precisamos redobrar os cuidados a Árvore, por isso uma vez ao dia Lay terá que ir ate lá._ Kris sibilou olhando diretamente para Lay que lhe retribuiu o olhar.

 

—E como eu irei ate lá?_ Perguntou incisivo. –Quem é encarregado desta tarefa é você, mas anda tão ocupado que creio que não terá mais tempo...

 

—Não se preocupe Jong In não se incomodará de fazer isto, certo?_ Mirou o moreno que mantinha uma expressão aérea. –Jong In!_ Chamou-o agora recebendo a devida atenção do moreno.

 

—Desculpe...

 

—Preste atenção..._ Suspirou. –Quero que acompanhe diariamente Lay até a Árvore da Vida, tudo bem?

 

—Sem nenhum problema, agora se me derem licença..._ Ergueu-se se dirigindo a porta. –Ficar aqui está me dando nos nervos!_ Após isso saiu, deixando todos ali sem entender o que realmente quis dizer.

 

Bem... KyungSoo sabia o que ele realmente quis dizer.

 

-x-x-x-x-

 

Fazia pouco tempo que estava ali com ele, mas tudo parecia uma eternidade. O mais novo mordia o lábio tentando de alguma forma organizar seus pensamentos, teria que ter cuidado com suas palavras. Desencostou-se da parede indo até a cama, hesitou por uns instantes ao receber o olhar curioso do mais velho sobre si. Parou a sua frente de cabeça baixa. Estava nervoso, mas não deveria voltar atrás, não agora.

 

—Vamos SeHun, eu não tenho todo o tempo do mundo para ouvir suas mentiras!_ Disse impaciente o olhando.

 

O maior tremia, de cabeça baixa escondia as lágrimas vergonhosas que tanto lutara em prender. Segurou firmemente em sua própria roupa tentando de alguma forma conter a vontade que tinha de gritar, dizer o quanto se arrependia.

 

—Luhannie..._ Sussurrou. –Eu... Eu juro que não queria, eu fui fraco, desonesto._ As lágrimas descendo por seu rosto pingavam no chão, os soluços cresciam em sua garganta. –Eu não me perdoo, nunca vou me perdoar e entendo que você não irá...

 

—Do que esta falando SeHun?_ Cortou-o. Sim ele sabia do que se tratava, mas queria ouvir dos lábios do outro, queria ter certeza.

 

—Eu..._ Novamente ele sussurrava. –Eu tive um pequeno caso com Jong In durante este tempo que estivemos longe... Durou alguns dias, porque para ele fora uma brincadeira..._ Sorriu amargurado. –E para mim fora o jeito de lhe perder._ Riu baixo passando as mãos bruscamente em seu rosto o secando. –Fui um completo idiota em achar que poderia lhe esquecer assim, colocando outro em seu lugar tão facilmente._ Ergueu a cabeça o fitando. Os olhos amendoados fixos em sua imagem deplorável. –A verdade é que, mesmo com tudo isso eu não te esqueci..._ Mordeu o lábio. –O sabor dos lábios dele não era os mesmo que os seu, os toques, os sorrisos... Nada era comparado a você Luhannie...

 

Porque queria chorar?

 

—SeHun..._ Sussurrou. –Eu já sabia._ O maior o olhou espantado. –Há algum tempo eu venho tendo pesadelos, e nesses pesadelos alguém ou algo me mostra várias coisas, e uma delas foi a imagem de você e Kai se beijando..._ Baixou o olhar, aquela dor novamente se apossando de seu coração. –Aquilo me machucou muito... Eu não entendo SeHun, você me fez tantas promessas, tantas juras de amor._ O rosto era manchado pelas lágrimas, o coração aos poucos era dilacerado devido às lembranças. –Mesmo com tudo isso eu continuo te amando tanto..._ Não prendera mais os soluços deixando que sua melodia sôfrega tomasse conta do lugar. –Você diz que me ama, mas eu custo a acreditar, eu queria... Queria acreditar, mas é tão difícil..._ Levou uma de suas mãos deixando que descansasse em cima de seu coração. –Meu coração não aguenta mais, tanto esse sofrimento como ficar longe de você._ Encarou-o. Os olhos escuros banhados pelas lágrimas novamente.

 

Ele não queria e nem podia vê-lo sofrer, não por sua causa, não daquela maneira. Sem pensar muito, o mais alto se aproximou juntando os lábios em um leve selar. Há quanto tempo ambos desejavam por isto, a junção de seus lábios novamente. Os lábios de LuHan continuavam doces mesmo com as lágrimas salgadas. Abriu os olhos encarando o menor abaixo de si, o mesmo se encontrava com os olhos fechados e com o rosto corado. Sorriu minimamente, pronto para se afastar, mas ambas as mãos de seu pequeno lhe seguraram o rosto prensando os lábios um contra o outro logo começando um beijo verdadeiro. O beijo que deveria começar calmo era desejoso, cheio de saudade. Os lábios se encaixavam perfeitamente e as línguas dançavam em suas cavidades bucais, cada uma explorando a boca que há muito não provava de seu gosto. Aos poucos ele fora deitando sobre o menor, encaixando-se entre suas pernas. As mãos acariciavam tudo que podiam, cada pedaço dos corpos que estiveram a tanto tempo separados. Dos lábios, ele desceu ao pescoço longo e alvo de LuHan, beijando e marcando aquela pele macia e cheirosa que tanto sentira falta. O menor ofegava abaixo de si, agarrando-se em seus cabelos e os apertando entre seus dedos em uma tentativa de controlar todos aqueles sentimentos que se apossavam rapidamente de seu corpo. Afastou-se aos poucos, olhando-o por inteiro. LuHan havia mudado, o rosto estava mais maduro, os cabelos estavam mais volumosos e escuros, o corpo estava mais esguio. Queria prová-lo por inteiro, beijá-lo... Mordê-lo.

 

—Me deixe tentar..._ Sussurrou contra os lábios avermelhados e inchados do mais velho. –Deixe que eu lhe conquiste novamente, que cuide de você... Que o ame mais uma vez!_ Selou seus lábios mais uma vez fitando-o logo em seguida.

 

—Mas e o Jong In?_ Perguntou ainda de olhos fechados, sabia que se o olhasse se renderia facilmente.

 

—Não temos mais nada, somos amigos... Prometemos esquecer o que aconteceu, porque bem... Jong In já ama alguém, assim como eu amo você!_ Escorregou os dedos pelo rosto alvo, acariciando-o calmamente.

 

O menor suspirou abrindo os olhos. Ele precisava de SeHun, precisava de seus beijos, seus carinhos... De sua proteção. Ergueu-se um pouco, apoiando-se em seus cotovelos, fazendo com que SeHun se ajoelhasse a sua frente.

 

—SeHun..._ Suspirou. –Promete que não terá mais nada com outra pessoa nesse mundo a não ser eu?_ Viu os olhos do mais novo brilharem e com isso sorriu. – Promete me amar e nunca me deixar, promete também que irá devagar, que deixará o tempo cuidar de nós... Que fará com que eu me apaixone perdidamente por você outra vez?

 

—Luhannie..._ Sorriu abertamente, jogando-se em cima do menor o deitando novamente. –Prometo tudo o que quiser... Prometo lhe amar, somente você. Prometo nunca deixá-lo novamente. Prometo fazer com que se apaixone novamente por mim pequeno, eu prometo..._ Aproximou seus lábios novamente depositando vários selares nos lábios alheios.

 

O menor se permitiu rir diante aquilo. Voltou a beijar aquele que tanto amava. Finalmente poderia dizer que SeHun era seu novamente, poderia beijá-lo, abraçá-lo. Mas algo ainda o preocupava, aquele que o perturbava. Tinha medo que este tentasse algo com SeHun, tinha medo de que o machuca-se.

 

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“Mesmo que ele volte para você eu não o abandonarei. Não irei desistir de você pequeno. Você é meu príncipe, é tudo que eu preciso. Você é fraco, e é isso que me faz o querer tanto assim... Preciso desta sua fraqueza, dessa sua ingenuidade... De você por inteiro.”


Notas Finais


A partir de agora irei postar quase todos os dias, e num mesmo dia e capaz de postar dois capítulos de uma vez, quero começar a postar os novos capítulos direitinho pra vocês!

Kisu!<3


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