1. Spirit Fanfics >
  2. Mama >
  3. X - Hermes

História Mama - X - Hermes


Escrita por: johoneyy

Notas do Autor


Boa leitura!?

Capítulo 11 - X - Hermes


Fazia mais de horas que ele se encontrava ali, sentado naquela poltrona de couro vermelho confortável. Suspirou, bebericando seu vinho sem pressa, essa era a única forma de acalmar seu coração. Muitas das vezes a imagem de Tao chorando lhe invadia a mente, pregando-lhe uma bela peça. Sentia-se ruim por ter sido tão duro, mas o outro já deveria saber que agindo daquela maneira só pioraria as coisas. Odiava quando ZiTao agia infantilmente perante uma discussão entre os dois, esse era um dos pontos onde ele mais insistiu que o moreno crescesse... A sua relação perante a ele. Largou a taça em cima da pequena mesa ao lado, erguendo-se e andando até a cama que dividia com o namorado, ou ex como ele preferia dizer agora. Sentou-se na beirada desta, apoiando os cotovelos em seus joelhos, respirando profundamente. Em tão pouco tempo ele já sentia falta do menor o enchendo para que o mais velho lhe desse atenção. Ele tinha errado, sabia disso, mas no fundo ele só fez aquilo pelo bem de YiXing. WuFan sabia o quanto aquele gesto era e fora importante para o outro, ele pretendia contar a ZiTao depois de uma maneira mais calma, em que os dois se entenderiam normalmente. Mas ele fora tão imprudente ao achar que o moreno não poderia vê-los, fora tão grosso... Injusto!

 

—Você está ansioso?_ Perguntou MinSeok sorrindo para o mesmo que se encontrava a poucos metros do mais velho.

 

—Pelo que, hyung?_ Disse WuFan deitado no sofá encarando teto.

 

—ZiTao está voltando... Achei que ficaria mais feliz e um pouco ansioso por isso..._ O mais velho suspirou decepcionado, criando pequenas bolas de neve.

 

O mais alto sorriu sem que MinSeok visse, claro que estava ansioso, só não queria mostrar isto aos outros. Virou-se encarando o estofado escuro, fazia tanto tempo que ele não via o seu panda que nem se lembrava de como ele estava da última vez. Certamente ele estaria maior, mais forte e mais bonito. Riu consigo mesmo ao se lembrar de como ele era pequeno e magro, um verdadeiro ‘fracote’ como ele se chamava. Sentia falta das noites que perdia ao lado do moreno, vendo-o treinar horas incansáveis. Ele lembrava como se fosse ontem o primeiro e último beijo que trocara com ZiTao, os lábios macios tão inexperientes, a pele macia e cheirosa do menor.

 

—Hyung... Eles chegaram, chegaram!_ LuHan gritava da porta com um sorriso enorme no rosto.

 

O mais alto quase caiu ao tentar se levantar do sofá, sua feição era hilária ao ver de MinSeok. Correram até a entrada da casa que habitavam com mais dois meninos. Os sete corpos envoltos a uma fumaça característica de Jong In estavam parados a poucos metros de onde os outros se encontravam. WuFan sorriu ao ver ZiTao em meio aos outros. Ele havia mudado assim como previu, o corpo estava mais forte, sua estatura havia mudado, mas nem tanto como imaginava.

 

O mais novo o encarou ainda sem reação. Ambos se analisavam, tentando ver quais traços mudaram e quais ainda eram os mesmos. O mais velho sorriu ainda mais ao ver o moreno correndo em sua direção logo pulando em seus braços. Os corpos se apertaram, as mãos tatearam tudo que alcançaram... Tinham tantas saudades. Ao se separarem, o mais velho pôde notar que dos olhos do moreno as lágrimas escorriam, traçando um pequeno caminho até o queixo definido. ZiTao sorria, suas lágrimas eram de felicidade. Felicidade ao rever o homem que sempre amou, mesmo durante o tempo em que permaneceram longe, seu coração se mantinha fiel ao amor que havia nascido há alguns anos.

 

—WuFan..._ O moreno sussurrara contra a pele do pescoço do mais velho, que se arrepiara ao sentir a respiração entrecortada do mais novo –Eu senti tanto a sua falta...

 

O coração do maior se aqueceu com tais palavras. Ele também sentira falta do moreno em seus braços. Muitas noites, seus sonhos eram preenchidos pelo rosto, a voz e gestos do menor. Muitas das vezes se pegara relembrando momentos vividos ao lado de ZiTao, dos abraços e brincadeiras que faziam quando ele tinha tempo... Da primeira vez.

 

O mais velho bufou socando o estofado macio da cama em que se encontrava esparramado. Sua maior vontade agora era de sair correndo ao encontro do moreno para lhe pedir desculpas, mas era tão orgulhoso que preferia ficar ali, sozinho imerso em sua arrogância particular. Virou-se na cama suspirando calmamente, estava pronto para dormir se não fosse pela figura que irrompeu seu quarto com as feições endurecidas.

 

—Eu preciso conversar com você Wu YiFan..._ Disse MinSeok calmamente, sentando-se na poltrona de couro que há minutos estava ocupada por WuFan.

 

—Porque agora?_ Bufou, sentando-se na cama encostado a cabeceira. Ele sabia muito bem de que assunto o mais velho queria tratar, ele só não sabia se queria conversar sobre aquilo.

 

—Eu não quero saber se está cansado ou se não quer falar sobre isso, quero que cale a boca e me escute!_ As palavras saíram autoritárias demais ao gosto de WuFan, mas ele não podia contrariá-lo, era seu hyung no final das contas. –Tao me contou o que viu e eu me chateei muito. Eu já tenho muitos problemas e você me arranja mais esse? Achei que fosse adulto suficiente para saber o que é errado e o que é certo WuFan._ O mais velho dos dois suspirou, congelando o resto do vinho que havia sobrado na taça em cima da mesa ao lado. –Ele não para de chorar... Nunca o vi tão triste como está agora. Não quer comer, nem beber, só quer ficar deitado na cama chorando!_ Sorriu amargurado, encarando a figura perdida de WuFan em cima da cama. –Você consegue enxergar o tamanho do erro que cometeu?_ Perguntou, à espera de uma resposta que ele bem sabia que não viria.

 

O mais velho se levantou, sentando-se no meio da cama de frente a WuFan. O loiro estava encolhido, abraçando as próprias pernas. Isso machucava MinSeok mais do que todos podiam imaginar, ver seus ‘filhos’ assim, tristes, acabava com seu coração sobrecarregado. Suspirou trazendo as mãos de WuFan para si, beijando ambas e chamando a atenção do loiro para si.

 

—Sabe... Eu entendo a sua situação. Entendo que quis fazer YiXing feliz, mas com isso você fez o garoto que tanto diz amar triste!_ Sorriu quando os olhos do loiro se prenderam em si. –Não vou dizer que não foi grosso e rígido demais, mas você fez certo ao dizer aquelas coisas ao Tao..._ Kris suspirou, soltando-se do menor, deitando-se em seu colo, o que o surpreendeu. Eram raras as vezes que Kris agia daquele jeito consigo. –Eu quero que converse com ele quando se sentir seguro para isso, sem brigas...

 

—Eu quero vê-lo, hyung..._ WuFan sussurrou, fechando os olhos devido às carícias que recebia em seus fios loiros.

 

—Depois... Descanse agora._ Um sorriso tranquilo ordenou seus lábios quando a respiração do homem deitado em seu colo se normalizou. Isso queria dizer que ele já havia se entregado ao mundo dos sonhos. –Meu menino... Você só precisa de um pouco de carinho..._ Sussurrou, curvando-se um pouco, somente para deixar um selar na testa de Wu YiFan.

 

-x-x-x-x-

 

Quanto tempo se passara desde que ele entrara naquele quarto? Isso ele não sabia. Deitado na cama, o moreno pensava em tudo que lhe ocorrera naquela tarde, desde o beijo que presenciara até as palavras proferidas por WuFan. Suas lágrimas já haviam secado e finalmente ele sentia o sono lhe invadir. Suspirou, encolhendo-se mais entre as cobertas, abraçando a pequena pelúcia em forma de panda que ganhara de WuFan. Em pouco tempo a porta fora aberta, revelando a figura de YiXing. O moreno suspirou fechando os olhos novamente esperando que o mais velho lhe dissesse algo, mas as palavras não vieram. YiXing não tinha o que falar, estava ali somente para ver se o mais novo estava bem. Fazia algum tempo que encontrara MinSeok. O mais velho lhe contou a situação que há pouco acontecera naquela mesma sala. Ele nunca se sentiu tão mal em toda vida, sabia que por um capricho seu, o relacionamento de WuFan acabara de ser destruído.

 

—Hyung..._ O moreno sussurrou chamando a atenção de YiXing. –Veio aqui para me pedir desculpas?_ O mais velho suspirou, caminhando até a cama e parando ao lado do corpo do menor.

 

—Sim e não..._ O mais velho se sentou de costas para o mais novo. –Você quer as minhas desculpas?

 

—Não!_ YiXing sorriu com a rapidez com que fora respondido.

 

—Olha... MinSeok me contou o que aconteceu enquanto eu estive fora, eu só quero que saiba que não era minha intenção acabar com o relacionamento de vocês!

 

—Eu sei que não..._ O moreno se esticou, entrelaçando sua mão na direita de YiXing. –Deita aqui comigo._ Pediu manhoso. Como resistir a esse pedido?

 

O mais velho riu baixo, deitando-se no espaço que havia ao lado de ZiTao, sendo abraçado logo em seguida pelo mais novo. Sabia que ele não estava com raiva de si, mas preferia isso a ter o moreno separado de seu amado. Mordeu o lábio, encarando a figura frágil em seus braços. Os olhos fechados e a respiração calma mostravam que ele já havia se entregado ao sono. Seus dedos longos ainda acariciavam os cabelos do mais novo, escorregando até suas bochechas um tanto avermelhadas. Estar ali ao lado do moreno o lembrava da época em que ambos se tratavam como verdadeiros irmãos. Respirou profundamente, fechando os olhos, o que ele mais queria agora era adormecer ao lado do pequeno panda.

 

Porque era ao lado dele que a paz preenchia seu coração.

 

-x-x-x-x-

 

Fazia pouco tempo que haviam acordado devido aos gritos de ZiTao. Agora o mais velho se encontrava no banheiro que havia ali em seu quarto. Encarava sua figura no grande espelho que ali havia. Os cabelos ondulados estavam bem arrumados, o rosto livre de qualquer marca... Bom ao menos o rosto estava livre. Riu baixo, tocando a marca arroxeada recém-feita que se mostrava presente na pele pálida de seu pescoço. Há pouco estava em meio aos beijos com seu amado, que tivera que fazer um tremendo esforço para escapar dos lábios e mãos sedentas do mais novo. Suspirou, desligando a torneira, fazia tanto tempo que tiveram um momento íntimo que não se lembrava de como eram os contornos do corpo daquele deitado em sua cama.

 

Desligou a luz, fechando a porta logo em seguida. Sorriu fraco ao ver o corpo de SeHun jogado na cama de bruços. Os olhos fechados e um dos braços pra fora da cama, era mesmo um grande preguiçoso. A passos largos ele se aproximou da cama, sentando-se ao lado do corpo do maior. Os dedos longos passearam desde a barra da bermuda até a nuca do mais novo, proporcionando um leve arrepio ao outro. Um suspiro escapou dos lábios bem desenhados de SeHun, certamente ele já havia acordado do pequeno cochilo, só não queria acabar com a caricia assim, tão rápido. O mais velho suspirou calmamente, seu Sehunnie ficava cada dia mais bonito, a pele mais macia, os lábios mais convidativos.

 

—O que houve Luhannie?_ A voz embargada de SeHun se fez presente enquanto o mesmo erguia o tronco a fim de encarar a figura de seu namorado.

 

—Não posso mais acariciar meu namorado preguiçoso?_ Brincou LuHan, beliscando de leve a cintura de SeHun, que fez uma careta desgostosa com tal ato.

 

—Pode, mas sem me beliscar..._ O mais novo tinha um bico em seus lábios, ato este que encheu LuHan de uma imensa vontade de beijá-lo. –LuHan... Eu acho engraçado quando fica assim, encarando meus lábios como se não pudesse me beijar!_ O mais novo riu, sentando-se de frente ao mais velho.

 

Ele nem notara quando começou a encarar os lábios vermelhinhos de seu namorado. Corou, abaixando seu olhar para a colcha branca da cama de casal que ambos dividiam. Ele queria beijá-lo, mas era como se nunca tivesse feito isso antes. Algo dentro de si sabia que se o beijasse, isso iria muito além... E, bem, ele tinha medo disso.

 

—Aconteceu alguma coisa e você não quer me contar?_ O mais novo perguntou acariciando seu rosto, erguendo-o e fazendo ambos os olhos se encontrarem.

 

—SeHun..._ Começou em um sussurro. –Você me deseja?_ Os olhos do mais novo se arregalaram com a rapidez e a naturalidade com que essas palavras foram proferidas pelo mais velho.

 

—Porque me pergunta isso?_ O mais novo sorriu um pouco corado.

 

Sim ele desejava LuHan, mas tinha medo de avançar na relação e receber um belo ‘não’. Todos os beijos trocados despertavam um fogo em si que ele nem sabia como controlava, sempre tendo que se afastar quando sentia uma necessidade maior do namorado, isso o irritava. A cada dia o mais velho parecia mais bonito e, a seu ver, tudo contribuía para isso. Os lábios cada vez mais vermelhos e convidativos, a pele branca, mais macia e cheirosa... O sorriso mais atrativo.

 

—Porque bem..._ Suspirou, voltando a encarar os obres castanhos a sua frente. –Oras, eu quero saber se o sentimento é recíproco!_ LuHan havia corado, estava tão afobado que nem percebia quando as palavras escorregavam de seus lábios.

 

—‘Se o sentimento é recíproco... ’_ O mais novo o imitou, sorrindo maliciosamente. –Quer dizer então que o Sr. LuHan me deseja?_ Ele se aproximou, deixando seus lábios próximos ao pescoço do mais velho.

 

—Não zoe de mim, babo..._ Disse emburrando, arrepiando-se ao sentir leves beijos em sua pele sensível. –Sehunnie só fizemos isso uma vez!_ A voz saiu como um gemido o que fez o mais alto sorrir.

 

—Não acha que já esta na hora de tentarmos uma segunda vez?_ Sentiu o corpo de LuHan tremer devido ao sussurro no pé de seu ouvido. SeHun riu divertido, mordendo o lóbulo da orelha do mais velho e o deitando em seguida.

 

—A-acho que podemos sim...

 

O mais novo se afastou, encarando as feições coradas de LuHan. Ele ficava tão lindo quando corava. Sorriu fofo, voltando a se aproximar do mais velho, beijando-lhe os lábios suavemente. O gosto de morango se fazia presente enquanto os lábios passavam a se movimentar juntos, ritmados. Aos poucos o beijo se tornou faminto, desejoso, o que fazia LuHan ofegar entre os lábios do outro. As mãos do mais novo tratavam de despir o namorado e, com sua ajuda, a primeira peça de roupa fora de encontro ao chão. O peito subia e descia em um misto de vergonha e ansiedade, a pele pálida e macia do mais velho fora atacada com pequenos beijos e mordidas, a língua gélida e habilidosa do mais novo traçava um caminho imaginário dos mamilos até o umbigo, refazendo esse trajeto até alcançar o mamilo direito, onde se deteve. Mordiscou o mamilo, escutando um gemido pouco alto escapar dos lábios de LuHan. Fazia tanto tempo que havia trocado carícias tão íntimas com o mais velho. Se lembrava do quão boa fora aquela noite em que se tornaram um pela primeira vez. As carícias trocadas, a sensação indiscutível de estar dentro do menor, tornando-os um verdadeiro casal. Sorriu de canto, sentindo as mãos de LuHan em seu rosto puxando-o para mais um beijo. As línguas se tocaram mais uma vez enquanto o mais velho o empurrava a fim de trocarem de posição. Sentou-se em cima do quadril de SeHun, que o encarava surpreso por tal atitude. LuHan sorriu travesso, abaixando-se, mordendo e puxando o lábio inferior do outro, fazendo-o gemer baixinho. Desceu suas mãos pelo peitoral definido, acariciando-o. Pouco a pouco ele ia abrindo os botões da camisa de seu namorando exibindo a barriga definida de pele branquinha e macia que tanto amava. O mais novo suspirou ao sentir os lábios macios em seu pescoço, beijando-o e mordendo, arrepiando-o por inteiro.

 

—LuHan... A porta não está trancada._ SeHun sibilou baixo sentindo os lábios do mais velho próximos ao seu umbigo, dando leves mordidinhas na pele sensível.

 

—Não custa se prevenir._ O mais novo trocara de posição saindo da cama logo em seguida. O mais velho bufou irritado, estava tão no clima e SeHun tinha que atrapalhar?

 

SeHun seguiu a passos largos ate a porta, trancando-a. Virou-se e pôde ver a feição emburrada de seu namorado. Riu baixo, lembrando-se que ainda estava de bermuda e logo tratou de retirá-la de seu corpo, deixando-a passear por suas coxas finas caindo ao chão, o que atraiu a atenção do mais velho. LuHan mordeu os lábios com a visão das coxas bem trabalhadas de SeHun, que se aproximava cada vez mais de si.

 

—Tire a roupa!_ O mais novo mandou. O tom de sua voz era firme o que fez o mais velho estremecer. Ergueu-se, ficando em pé ao lado da cama.

 

Um pouco trêmulo, fez o que lhe foi mandado. Os dedos longos se prenderam no laço que segurava o moletom em sua cintura. Suspirou ao sentir o vento gélido bater contra suas coxas, que não eram assim tão trabalhadas quanto as de SeHun. O mais novo sorriu, aproximando-se novamente e tomando os lábios do outro para si. As mãos afoitas acariciavam tudo que podiam, desde as costas às nádegas redondas que apertou com afinco. LuHan gemeu alto ao sentir o aperto em suas carnes um tanto avantajadas. Sentiu-se ser empurrado até a parede, onde fora prensado pelo corpo do maior que agora se concentrava em beijar-lhe o pescoço novamente. Os lábios desciam cada vez mais, levando o mais novo a ficar de frente ao sexo totalmente duro do mais velho. Ergueu o olhar encontrando o de LuHan. A boca entreaberta revelava uma respiração ofegante, o corpo começava a suar e as mãos se apertavam em expectativa querendo sentir a boca do outro em si, chupando-o com afinco.

 

—SeHun..._ O mais velho gemeu ao sentir a boca do outro brincando com seu membro ainda por cima do tecido fino de sua boxer.

 

—O que foi?_ Sorriu travesso, mordendo o quadril de LuHan e escutando um gemido baixo.

 

—Por favor, Sehunnie...

 

Com os dentes o mais novo puxou a cueca para baixo até retira-la por completo. LuHan suspirou aliviado ao ter seu membro liberto daquele tecido incômodo. A língua passeou entre seus lábios em puro desejo de ter aquele membro em sua boca. O mais velho gemeu alto quando sentiu seu sexo ser abocanhado sem aviso algum. A boca macia fazia movimentos de sucção, prendendo a glande avermelhada entre a língua e o céu de sua boca. SeHun podia sentir o pênis  de LuHan pulsar e ganhar tamanho nas paredes macias e acolhedoras de sua boca, e podia jurar que os gemidos nada contidos do mais velho seriam ouvidos pela casa toda.

 

Usou como apoio o corpo do mais novo, ambas suas mãos apertavam os ombros do mesmo em uma tentativa frustrada de conter o prazer que sentia. O barulho característico de um oral o excitava ainda mais. Mordeu o lábio fortemente, sentindo o gosto ferroso do sangue se espalhar por sua boca. Os olhos se encontraram com os de SeHun que o encarava. Os orbes escuros mergulhados na luxúria eram tão sedutores, assim como a visão de seu membro entrando e saindo da cavidade bucal do mais novo. Sentira seu corpo tremer, estava prestes a gozar e com esse pensamento ele puxara SeHun pelos cabelos o trazendo de volta à sua frente, atacando seus lábios, sentindo ali o gosto de seu pré-gozo.

 

—Eu quero agora..._ LuHan ofegou tirando com as próprias mãos a boxer que SeHun usava, deixando-o nu igualmente.

 

O mais novo o ergueu, levando ambos até a cama, logo se deitando por cima do corpo de LuHan. Num pedido mudo, levou seus dedos a boca do menor, que logo começou a chupá-los, lubrificando-os o suficiente. Com cuidado os levou até a entrada de LuHan, penetrando somente seu indicador. Dos lábios um gemido desconfortável saiu, e pouco a pouco o mais novo começara a mover o dedo, entrando e saindo de dentro da cavidade apertada. Logo um segundo dedo acompanhou o primeiro em movimentos lentos. LuHan não sentia dor, mas sim um desconforto normal. Quando começou a sentir prazer, um terceiro dedo se juntou aos outros e isso o fez gritar de dor. SeHun parou os movimentos se aproximando para beijar-lhe os lábios, logo retomando os movimentos enquanto distraía o mais velho. Os lábios ainda brincavam quando o mais novo sentiu LuHan tirar sua mão de perto de si, aquilo o deixou confuso.

 

—Eu não posso mais esperar!_ O mais velho sussurrou contra os lábios de SeHun, segurando o membro do outro em suas mãos, guiando-o até a sua entrada.

 

O mais novo mordeu o lábio inferior ao ter a cabeça de seu pênis introduzida dentro de LuHan. O mais velho era apertado e quente... Descobriu isso depois de estar totalmente dentro dele. Gemeu baixo, para si era prazeroso, mas para o mais velho ainda era doloroso. Sorriu reconfortante juntando ambas as mãos entrelaçando seus dedos, deixando-as ao lado da cabeça de LuHan. Quando tivera a permissão que fora dada com um aperto de mãos, o mais novo começou a se mover lento e cuidadoso. O cômodo fechado e abafado pouco a pouco fora preenchido pelos gemidos prazerosos de ambos. A cada estocada, LuHan podia sentir o amor que aquele homem sentia por si, a cada beijo... A cada promessa proferida.

 

O quadril tomando ritmo fora rodeado pelas pernas finas de LuHan, que o puxou para mais perto criando um friccionar de corpos perfeito. As peles suadas se roçando era totalmente prazeroso, principalmente pelo fato de que isso o masturbava inconscientemente, aumentando seu prazer. Sentira sua mão ser apertada fortemente e um gemido alto e agudo escapara dos lábios levemente arroxeados devido aos beijos e mordidas... Certamente havia acertado o ponto mais sensível de LuHan. Com um sorriso em seus lábios, ele se concentrou apenas naquele lugar. As estocadas ficaram mais agressivas e profundas, acertando repetidas vezes a próstata do menor.

 

Sentia seu corpo pegar fogo... Tremer. Com a mão livre ele apertou as costas do mais novo, arranhando-o, certamente deixando alguns machucados, mas eles não ligavam. Já podia sentir os indícios de que seu orgasmo estava próximo e com a mesma mão livre, ele começara a se masturbar na mesma velocidade que as estocadas de SeHun. Seus gemidos se tornaram mais frequentes à medida que seu ponto sensível era acertado, e fora com um desses gemidos, alto e agudo, que ele chegara o clímax, sujando seus dedos e ambos os abdomens com o seu sêmem. O mais novo continuaria se movimentando se não fosse pelas mãos de LuHan que o empurraram, fazendo-o sentar. Os lábios eram desenhados por um sorriso malicioso, que logo se desmanchou com o contato dos mesmos no membro do mais novo. A língua travessa brincando com a glande avermelhada, passeando pela extensão do sexo alheio provando do pré-gozo. As veias saltadas lhe chamavam a atenção, o membro ganhava mais volume a cada sucção proferida. SeHun gemia arrastado, alternando o volume de seus gemidos toda vez que o mais novo se concentrava somente na glande, brincando com a língua na fenda. As sucções se tornaram mais intensas quando o mais novo guiou o mais velho em seus movimentos, a boca circulou a glande sugando somente ela, e o orgasmo veio forte... Avassalador.

 

Deitados lado a lado com sorrisos em seus lábios, concluíram que essa sim fora a melhor noite de suas vidas. O mais novo se virou encarando a feição tranquila de LuHan, juntou suas mãos, trazendo-as para si e beijando a alheia.

 

—No que esta pensando?_ Ele perguntou fazendo o mais velho rir baixo.

 

—Huum..._ Ele fingiu pensar, virando o rosto para encarar os olhos que tanto amava. –Estava pensando em quanto eu amo o Sehunnie!_ Os olhos do mais novo brilharam com tal confissão.

 

—Isso quer dizer que estamos juntos realmente... Firmes?_ LuHan riu mais uma vez se aproximando e colando seus lábios.

 

—Se depender de mim até pra sempre... Saranghae, babo!_ Ambos sorriram, beijando-se logo em seguida.

 

E fora com essa promessa de amor eterno que ambos os corações descansaram naquela bela noite.

 

-x-x-x-x-

 

A passos largos ele caminhava pelas ruas desertas, deixando para trás seu rastro de fogo. A respiração estava tão tranquila quanto o seu coração. Havia chegado a mais uma rua vazia, somente os carros lhe faziam companhia, assim como alguns gatos e cachorros de rua. As pessoas já estavam no abrigo de seu lar, com as luzes apagadas e devidamente embaladas em seus cobertores... Era assim que ele queria estar agora, embaixo de seus cobertores, sentindo o corpo quente e macio de seu Bacon contra o seu.

 

—Finalmente eu terei um tempo a sós com meu garoto favorito..._ A voz grossa soou próxima ao maior, que com o susto se virou encontrando o nada. –Sentiu minha falta Yeollie?_ O ser riu alto, fazendo os pelos do corpo de ChanYeol se eriçarem.

 

—Apareça!_ Mandou o maior, virando-se novamente e vendo aos poucos a figura de um homem se materializar a sua frente.

 

O corpo de estatura mediana era protegido por um manto enquanto um capuz cobria seu rosto, que aos poucos fora descoberto. Os cabelos claros firmados em um topete mal feito, uma das sobrancelhas na cor azul e um sorriso maléfico nos lábios bem desenhados... Aquele homem lhe era familiar.

 

—Espero que se lembre do homem que quase lhe tirou a vida, pequeno ChanYeol!_ A voz soou melódica aos ouvidos do maior, que engolira a seco ao se lembrar daquela figura.

 

Há anos aquele mesmo homem tentara lhe matar durante uma batalha que travara com os deuses superiores. Aquele mesmo homem lhe provocara ferimentos tão graves que tivera que passar semanas em tratamento intensivo. Em pouco tempo, o ar ficara tão gélido que dificultava sua respiração, nem mesmo o seu poder estava ao seu favor.

 

—Porque está tão pensativo?_ A voz grossa e melodiosa soou novamente ao pé de seu ouvido, mas desta vez aquele ser estava atrás de si, tocando-lhe. –Lembra-se de como me chamo?_ A língua atrevida brincava com a carne macia do lóbulo de sua orelha.

 

ChanYeol parecia hipnotizado enquanto tentava de alguma forma se lembrar o nome daquele que lhe explorava agora. Ele sabia que era algo fácil, mas aquelas mãos, aquela língua lhe tiravam a concentração. Em um movimento impensado ele tentou de alguma forma derrubar o outro com um soco, mas fora perda de tempo. Em poucos segundos ele já se encontrava no chão com seu lábio machucado e seu nariz sangrando. Como havia acontecido? Nem ele saberia responder.

 

—Não seja tão imprudente..._ O mais velho sussurrou, rindo maniacamente logo em seguida enquanto ajoelhava-se ao lado do corpo inerte.  –Você precisa de ajuda para lembrar-se?_ ChanYeol não respondeu, tamanha era a dor que sentia em sua boca. –Grave este nome criança... Kangin... Esse nome será seu pior pesadelo novamente!

 

A mente de ChanYeol estava vazia, a única coisa que a ocupava era a voz de Kangin. Ele sentia dor, mas não estava nem no começo dela. Boa parte de suas roupas foram rasgadas, ficando somente a boxer intacta. O mais novo não sabia muito bem o que aconteceria, mas temia por isso.

 

—Você se lembra da dor que me causou no nosso último encontro?_ Kangin perguntou já em pé, andando calmamente ao lado do corpo de ChanYeol. –As queimaduras foram tão graves que tive que restaurar boa parte de meu corpo novamente..._ Suspirou. –Será que você também pode se regenerar?_ O mais velho sorriu erguendo uma perna. –Se sentir algo é só gritar, hun!_ E o único som que pode ser ouvido em seguida era o de ossos se quebrando e o grito agudo que fora proferido pelo mais novo.

 

Com um só golpe, ChanYeol teve uma de suas pernas esmagada. Kangin não era nenhum deus com força superior, mas só em ser o Deus do Submundo já lhe era de grande ajuda. O mais velho sorriu satisfeito ao ver as lágrimas escorrerem pelos olhos arregalados do mais novo. A dor era algo tão prazeroso, excitante.

 

—Você já está chorando?_ Perguntou se abaixando para ficar próximo ao rosto banhado em lágrimas. –Eu nem comecei a nossa brincadeira..._ Ele sorria enquanto um de seus dedos tocava o rosto de ChanYeol e depois era levado até seus lábios, provando das lágrimas salgadas do mais novo.

 

Kangin tinha razão... A brincadeira nem havia começado.

 

-x-x-x-x-

 

—Você acha que é capaz de pará-lo quando for a hora?_ O homem sentado no trono central perguntou, encarando a figura que era iluminada somente por uma das lamparinas.

 

—Claro, meu Senhor..._ A voz calma e melodiosa escorregou pelos lábios cheios e convidativos.

 

—Tome cuidado com Kangin, sabe que quando ele se empolga ninguém consegue segurá-lo!_ O homem que antes estava de joelhos se ergueu com um sorriso sacana nos lábios.

 

—Eu irei pará-lo quando for a hora, e depois tratarei de cumprir com meu trabalho._ Virou-se tomando o rumo do grande portão que dava acesso à saída daquele lugar, mas antes de sair teve seu braço segurado por um ser de cabelos loiros e um tanto longos.

 

—Tome cuidado..._ O menino fofo sussurrou recebendo um sorriso em troca.

 

Cho KyuHyun sempre teria cuidado.


Notas Finais


Kisu!?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...