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História Mama (Imagine J-Hope) - Happiness Name


Escrita por: KimYutaka e NyckFireball

Notas do Autor


Olá, anjos, como estão?!
Hoje trago mais um capítulo topzera pra vocês, espero que gostem!
Beijinhos da tia Kim e boa leitura! <3

Capítulo 3 - Happiness Name


            O irritante barulho do despertador fez-me pular da cama, literalmente. Com um bico exagerado nos lábios, desliguei o despertador e o joguei na cama, percebendo assim que ontem, enquanto pensava naquele garoto, adormeci sem ao menos tirar os sapatos. Revirei os olhos e suspirei, finalmente retirando cada uma das roupas que eu usava, agradecendo internamente a mim mesma por ter arrumado tudo assim que cheguei. Afinal, a pior coisa é revirar caixas atrás de roupas e toalhas limpas. Após enrolar-me na toalha azul, corri para o banheiro, dando pulinhos a cada vez que meus pés tocavam alguma parte mais gelada do chão. Tranquei-me no banheiro e joguei a toalha em cima do cesto ainda vazio.

            Longos minutos de banho quente foram suficientes para eu acordar de vez e sentir-me mais confortável. Ao voltar para o quarto e vestir o meu jeans favorito, junto de uma regata e um moletom largo, percebi uma pequena caixa ao lado da minha cama. Encarei a caixa por longos minutos e então puxei o bilhete que acima dela estava, e reconhecendo a caligrafia de meu pai, corri meus olhos rapidamente por ele.

 

“Filha, aproveitando-me da nossa condição financeira que em breve melhorará, comprei este presente para você. Agora você pode aposentar a sua velha câmera fotográfica e tirar fotos de boa qualidade!

Divirta-se, querida!”

 

            Os meus olhos lacrimejaram quando retirei a câmera da caixa, e mesmo com a simplicidade da máquina, considerei-a o melhor presente de todos! O meu pai era realmente o melhor.

            Guardei-a junto dos materiais na espaçosa mochila e pendurei-a em meus ombros, e apenas assim percebi que já estava atrasada.

— Droga.

            Praguejei quando passei pela cozinha, pegando da fruteira em cima da mesa uma maçã e prendendo-a em meus dentes conforme calçava meus sapatos e corria para fora, mas sendo o desastre em pessoa, esbarrei de frente com alguém, derrubando não só a maçã como o livro da pessoa.

— Céus! Desculpe-me!

            A voz rouca e preocupada do rapaz soou quando ele me ajudou a levantar e pegou as coisas que derrubamos. Ele olhou para a maçã e a assoprou, entregando-a para mim.

— Acho que ainda dá para comer. Dizem que se algum alimento cair no chão, ainda podemos aguardar cinco segundos e comer depois sem problema algum. Ah, eu sou o Taehyung!

            A pressa nas palavras dele me fez rir, e eu apenas segurei a maçã, mas obviamente não iria comê-la. Eu balancei a cabeça e também me apresentei a ele, que permanecia sorrindo enquanto eu arrumava meu cabelo.

— Bem, Taehyung, eu estou atrasada para a aula, então... até logo, eu acho.

            Ergui a mão e acenei para ele, voltando a correr em seguida, mas aquele garoto continuava a me seguir, porém, mesmo com minha irritação, só parei quando juntos chegamos ao ponto de ônibus.

— Por que está me seguindo?

— Não estou te seguindo, estou indo para a faculdade!

— Ah, é? Eu também estou.

            Ergui a ele o papel onde escrevi o nome e o endereço da faculdade, e assim que ele leu, abriu ainda mais o belo sorriso.

— Estudamos juntos!

— Ah, que bom! – Sorri junto a ele. – Ao menos conheci alguém de lá.

— Primeiro semestre?

— Não! Estou no terceiro semestre, mas como mudei para cá, fiz a transferência para a universidade mais próxima.

— É você a filha do jardineiro? – Concordei. – Minha mãe contou sobre você e seu pai. Eu sou o filho da cozinheira.

— Acho que senti o cheiro da comida dela ontem, parecia ótimo.

— Acredite, a minha mãe é a melhor cozinheira do mundo!

            Taehyung abriu os braços e sorriu convicto, e quando acabei rindo dele, quase perdemos o ônibus e tivemos que correr atrás dele para chegarmos a tempo, e por sorte chegamos poucos minutos antes do primeiro horário. Taehyung estava a um semestre adiantado, então nos separamos assim que chegamos à faculdade. Olhei o mapa do campus exposto no mural e segui o caminho que ali era indicado. A sala era enorme, cheia de alunos divididos em alguns grupos, mas somente um lugar estava vago, e este era ao lado de uma garota. Apertei minha mochila entre os dedos e sentei ao lado dela, recebendo um olhar doce em seguida.

— Olá! – Disse ela, abrindo um enorme sorriso. – É aluna nova?

— Sim!

— Muito prazer, meu nome é ChoiEmilly!

            Emilly apertou minha mão e a balançou, tão contente que seus olhos brilharam. Eu também me apresentei e tive que ouvir o quão bonito era meu nome diversas vezes em poucos minutos. Naquele primeiro horário descobri quase tudo sobre a Emilly, inclusive que era mestiça, que largou a faculdade de Direito na Itália para fazer gastronomia na Coréia e que morava na república da faculdade. Resumidamente, Emilly se considerava um talento raro para não ser uma chef, por isso desistiu de ser advogada.

            No intervalo o meu estômago já roncava ao ponto de metade da sala o ouvir, e quando cheguei à lanchonete, percebi que esqueci a carteira em casa. Droga, sempre tão distraída!

— Não se preocupe, eu divido com você.

— Emilly, não há necessidade!

— Não seja boba, ande, pegue!

            A garota balançou a cabeça, esvoaçando seus lindos cachos ao oferecer o pacote de salgados para mim. Eu aceitei e quase tive a impressão de que meu estômago agradeceu. A mestiça ainda falava sem parar, mas a minha mente foi para longe quando avistei Taehyung junto a alguns garotos não muito longe dali, e imediatamente a minha cabeça trouxe à tona o rosto daquele garoto da noite anterior. O corpo que tão bem se movimentava, o sorriso estampado no rosto dele a cada passo e o brilho naqueles olhos tão lindos fizeram o meu coração disparar e a certeza de que eu precisava descobrir sobre ele pairar acima de mim. Quando dei por mim eu já havia chamado Taehyung, que veio tão rápido que esbarrou em vários alunos.

            Eu e meu maldito impulso.

— Me chamou, vizinha?

— Ah, eu... eu quero que conheça a Emilly!

            Segurei-a pelos ombros, virando-a de frente ao rapaz que no mesmo instante corou. Taehyung curvou o corpo em uma breve reverência e coçou a nuca quando voltou a sorrir, mas sem olhar Emilly nos olhos, e naquele momento me perguntei se havia feito algo de errado.

 

 

(...)

 

 

            Assim que eu cheguei em casa, meu pai me obrigou a almoçar aquela gororoba que ele havia feito. Eu nunca disse a ele que seu arroz não era bom, mas ele ficava tão feliz cozinhando que preferia me calar. Meu pai contava o quão feliz estava e o tanto de trabalho que teve durante a manhã, mas eu não conseguia dizer nada, porque ele nem sequer parava para respirar, porém, ele logo perguntou:

— Então, fez novos amigos?

— Ah! Conheci uma menina muito legal e um garoto também.

— Um pretendente?

— Pai! Pare de tentar arrumar um namorado para mim, aish. – Revirei os olhos, empurrando a vasilha de arroz vazia. – Ele é o filho da cozinheira e somos colegas, nada mais que isso.

            Meu pai riu e lançou um olhar duvidoso para mim, mas o respondi com uma careta e uma negação imediata, e para minha sorte um senhorzinho de terno nos interrompeu, dizendo a ele que acompanhasse a senhora HyeSik até o centro da cidade para comprar materiais novos para o jardim, pois esta era outra mania da “senhora certinha”: acompanhar os gastos de perto.

            Após um abraço meu pai saiu e eu peguei minha nova câmera, checando-a enquanto saía de casa, pois aproveitaria o momento que a dona da mansão não estava para vasculhar novos lugares e tirar boas fotos. A mansão parecia cada vez maior, a cada minuto que se passava eu conhecia um novo lugar dela, e a cada passo eu tirava uma foto diferente, até que sem perceber para onde estava indo, me deparei outra vez com aquela sala iluminada do outro dia, e desta vez um lindo som de violino vinha dela. Eu me apoiei na janela e olhei para dentro, e lá estava ele, com uma roupa totalmente branca, com o cabelo desalinhado e seus olhinhos fechados, tocando violino tão bem quanto dançava.

            Aquele garoto era uma verdadeira caixinha de surpresas: quando achamos que acabou, algo ainda mais incrível surge.

            Eu contraí os lábios e apertei a câmera quando uma ideia estúpida veio à mente, e então, discretamente, ergui a câmera e foquei o rapaz, batendo a foto rapidamente, mas quando percebi a burrada que cometi meu coração gelou e o rapaz parou de tocar o violino.

            Eu esqueci de desligar o flash.

            O menino virou sutilmente sua cabeça para o lado e eu dei um passo para trás, preparando-me para correr, mas tropecei em um galho. Aquele maldito galho não gostava de mim, definitivamente. Ainda caída e murmurando palavras de ódio àquele galho, o rapaz parou em minha frente, esticando sua mão clarinha em minha frente. Meus olhos percorreram devagar o corpo dele, e o raio de sol que o iluminava tornou aquele momento ainda mais belo.

            O cabelo ruivo esvoaçava levemente com o vento e o seu rosto alegre tampava o sol, fazendo que o mesmo iluminasse seu corpo. Ainda nervosa, segurei a mão macia daquele garoto e me levantei, sendo outra vez surpreendida por sua gentileza ao tirar algumas folhas secas de meu cabelo e roupas.

— Sabe, ao menos poderia ter me avisado sobre a foto para eu fazer uma pose.

            Ele gargalhou e meu coração acelerou, e incapaz de responder abracei meus braços e desviei o olhar, pois tinha certeza de que minhas bochechas estavam extremamente coradas naquele momento.

— Era você ontem, não era?

— Desculpe?

— A pessoa que estava me olhando. Eu te vi correr.

            Se antes eu estava corada, agora eu estava um verdadeiro pimentão! O rapaz outra vez riu e segurou meus ombros, empurrando-me para dentro de sua sala de ensaios e trancando a porta. Ao recuperar-me do choque, iniciei:

— Eu apagarei a fotografia, não se preocupe.

— Ela ficou boa?

            Perguntou-me, então olhei receosa para a pequena tela da câmera e acabei sorrindo.

— Está linda.

— Então a deixe aí. – Ele guardou o violino e abriu os braços. – Esta é minha sala de ensaio! É aqui que eu venho quando quero relaxar.

— Você tem muito talento.

— Bem, estudo violino desde criança, então sou obrigado a tocar bem. – Ele riu, sentando-se no chão, de frente a mim. – Eu aprendi a gostar de violino, porque quando eu toco a minha mãe fica feliz.

— Eu sei como se sente. Meu pai gosta quando eu tiro fotos.

— E quem é seu pai? É o novo jardineiro?

— Sim, ele mesmo.

— Ah, minha mãe falou bem sobre ele. Disse que teve ótimas recomendações e por isso o contratou.

            O meu sorriso apagou-se quando o ouvi. Aquele garoto era o tal protegido da HyeSik, aquele que meu pai mandou eu manter distância, e agora eu estou aqui, conversando com ele e tendo os mais impuros pensamentos com esses lábios tão vermelhinhos.

            O menino balançou as mãos em frente ao meu rosto para chamar minha atenção, então perguntou meu nome e em um sussurro o respondi, ainda sem acreditar no que eu havia feito. Se houvesse um buraco do meu lado, eu com certeza me enterraria nele e nunca mais sairia.

— Eu posso te fazer uma pergunta? – Assenti. – Lá fora... como é?

— Como assim?

—O mundo lá fora, oras! – Ele sorriu. – Como é? As ruas, as pessoas!

— Você nunca saiu daqui de dentro?

            Ele forçou um sorriso abaixou a cabeça, brincando com os próprios dedos ao negar com a cabeça.

— A minha mãe diz que é perigoso.

— Meu Deus! Como você pode nunca ter saído daqui?

            Acabei gritando, ajoelhando-me em frente a ele e erguendo seu rosto, ele olhou-me com o mesmo sorriso de antes e balançou os ombros. Eu engoli em seco e mordi o lábio inferior, pois não saberia como explicar aquilo, e quando ele já desistia de sua curiosidade, uma ideia surgiu.

— Por que não saímos agora? Sua mãe não está!

— Eu não posso, tem seguranças por toda a parte. Acha que eu já não tentei?

— Tem que haver uma parte desprotegida.

— Não tem. Existem seguranças em cada canto desta mansão, exceto aqui.

— Então eu já sei o que farei para te mostrar o lado de fora.

            Sorri ao levantar-me e recolher minha câmera, correndo até a porta e rapidamente a destrancando.

— Encontre-me aqui esta madrugada, acha que consegue?

— Eu sempre venho aqui durante a madrugada. – Ele sorriu.

— Eu trarei o mundo até você.

            Pisquei um dos olhos para ele e a empolgação foi evidente, pois ele acompanhou meu sorriso e assentiu com a cabeça. Eu estava prestes a sair quando lembrei que não perguntei o nome dele, então olhei para trás e disse:

— A propósito: qual o seu nome?

— Hoseok. Jung Hoseok.

 

            Então esse era o nome daquele que invadiu meus pensamentos o dia inteiro, que fez meu coração acelerar e meu estômago borbulha em nervosismo. Jung Hoseok, o nome da felicidade encarcerada. 


Notas Finais


Agora temos um trailer, dêem muito amor a ele: https://youtu.be/nix2EIUXMJA
E por hoje é só, amores! Digam-nos o que acharam, hm?
Espero que tenham gostado!
Obrigada aos favoritos e comentários, porque vocês nos motivam muito assim!
Amamos vocês, aaaa!
Até o próximo, beijinhos. <3


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