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História Manipulação - Capítulo 4


Escrita por: me-ninha

Notas do Autor


Oie amores! ❤
Esse cap não ficou tão bom, me desculpem por isso. Pra falar a verdade, a história ainda não começou direito, não chegou na parte realmente melhor, então pode ser que fique meio chatinha ( mas é só esse começo, prometo)
Agora, eu peço que vocês prestem muita atenção em todos os detalhes dos caps, desde frases até pontos de vista. Eu vou explicar isso melhor pra vocês lá embaixo
Boa leitura! ❤

Capítulo 4 - Capítulo 4


  Mônica suspirou aliviada quando seu último livro foi guardado no armário. Agora, finalmente, ela poderia ir ao refeitório comer alguma coisa. Depois da aula de natação, ela teve mais uma de geografia. A última aula ela achou ótima, ainda mais por estar na companhia de Magali dessa vez. Já era o intervalo e suas amigas a acompanharam até seu armário. Andando pelos corredores vazios — todos os alunos estavam no refeitório ou no pátio — Magali, Denise e Cascuda perguntavam se no segundo dia, Mônica já estava conseguindo se adaptar. Aquele colégio não era um grande desafio e nada muito diferente de onde ela estudava anteriormente, tudo que estranhou foi o fato que na hora da chamada de frequência, seu nome equivalia ao número 30 e ela não estava tão acostumada a ser chamada pelo número na hora de responder "presente"

Era segundo dia, mas ela já podia escutar os murmúrios dos outros alunos. Claro que não passaria despercebido o fato de uma nerd estar em um grupo de populares, principalmente por Cebola e Titi participarem desse grupo. Isso, era o único fato que a deixava desconfortável. Ninguém podia simplesmente deixar aquela besteira de rótulos de lado e deixar que todo mundo fizesse amizade com todo mundo? As pessoas ali eram arrogantes demais, e Mônica odiava isso

— Você é novidade, logo eles esquecem — Cascuda disse quando entraram no refeitório — Eles só são um bando de desocupados.

— Espero que esqueçam mesmo... — Mônica sussurrou.

Magali, que estava ao lado dela, pôde sentir a menina estremecer quando todos os olhares se viraram para o quarteto  assse que entraram. Para não deixar Mônica tão envergonhada — era impressionante como a menina vivia corada — a puxou pela mão levando-a para pegar o seu lanche. Cascuda e Denise acompanharam as duas rapidamente e lançaram alguns olhares tortos para os outros que se encontravam ali, e viram um certo par de olhos azuis encarando -as com uma cara nada boa

Dando de ombros, as duas fingiram que ninguém mais ali existiam além delas e dos amigos — como quase sempre faziam — e depois que pegaram seus lanches, sentaram em sua mesa de sempre onde já se encontravam os quatro meninos do grupo e Mônica com Magali que foram rápidas e sentaram ali antes. A loira e a ruiva fingiram não estarem notando nada, mas sabiam que os olhos azuis ainda encaravam elas, e agora, também encaravam todos da mesa, focados principalmente em Mônica, que se encontrava muito perto de Cebola; algo bem incomum para uma nerd e um popular

...

Carmem bufou talvez pela milésima vez naquele dia, olhando intensamente, mas, com certo desprezo, a mesa onde Mônica se encontrava. Só tinha dois dias — míseras e insignificantes 48 horas — e Mônica já era o assunto mais falado entre os jovens do Colégio Limoeiro. Aquela nerd horrorosa estava chamando atenção em tão pouco tempo, e a loira não podia admitir aquilo. Todos os alunos — e até mesmo alguns professores — perceberam como Cebola se aproximou daquela garota tão sem sal e sem senso de moda. Não podia ser interesse para tirar notas boas, até porque Cebola era inteligente, mas não gostava de admitir isso.

Ela já havia ficado com ele muitos vezes. Carmen sabia que Cebola a considerava sua favorita, embora ela não se importasse muito. Tudo era pra ganhar mais popularidade, e ela já tinha pedido diversas vezes para que eles namorassem ou então fingissem um namoro, mas ele nunca quis, afirmando que não iria perder sua fama de pegador por nada. Mas ela não desistiria. Uma hora ou outra ele ia aceitar. Só tinham aquele ano no colégio, então queria aproveitar o tempo de glória que ainda lhe restava

— Aquela garota não deveria estar ali — a voz de Maria Mello tirou Carmem de seus pensamentos

— Não, não deveria — desviou os olhos azuis da mesa alheia e passou a observar Maria Mello, fazendo uma suave careta ao olhar para a amiga. Percebeu que a garota estava bem bonita aquele dia, usando pouca maquiagem e com os cabelos negros presos em um coque desleixado, enquanto Carmem usava uma maquiagem bem elaborada com os cachos loiros soltos e os balançando de um lado para o outro na intenção de mostrar todo o seu brilho. Como era possível que Maria Mello ficasse tão bonita com tão pouco?

Isso ela não podia permitir. Ninguém deveria chamar mais atenção que ela. Ninguém!

— Maria — clamou com a voz baixa, mas a morena a sua frente tremeu um pouco com medo de olhar aqueles olhos que tinham tanta intensidade — Sua pele está horrível — continuou — E esse cabelo? De longe dá pra ver que está muito oleoso. Você tem que dar um jeito nisso

— Hã... Sim, ele está oleoso mesmo — Maria Mello concordou — Vou marcar uma hora no salão e no spar da sua mãe para cuidar da pele

— Muito bem — Carmem sorriu vendo que conseguiu baixar a auto estima da garota — Se continuar feia desse jeito não vai poder mais andar comigo

— Não se preocupe, amanhã estarei bem melhor

Irene, que estava sentada a mesa junto com elas, fingia não estar ouvindo, comendo sua maçã despreocupadamente, mas olhando de esguelha o sorriso que Carmem tinha no rosto. Irene sabia que o que sua líder fazia era injusto, mas também não se importava muito porque ela não pegava muito no seu pé, apenas no de Maria Mello. Desconfiava que era porque a morena era realmente muito bonita e Carmem devia se sentir ameaçada diante de beleza da outra

— Ainda não demos as boas vinda para a novata, não é? — a voz de Carmem tomou a atenção das duas garotas pra ela. A menina de olhos azuis olhou sugestivamente para o copo cheio de suco de laranja que tomava e sorriu sapeca. Maria Mello e Irene se entreolharam e sorriram também, já imaginando o que sua líder iria fazer.

...

Na outra mesa, Denise e Cascuda esqueceram que Carmem encarava a elas e seus amigos e começaram conversar normalmente. Mônica não falava muito, e elas imaginavam o desconforto da menina, já que ela sempre vivia de cabeça baixa

— Olá — escutaram uma voz enjoada falar e todos da mesa voltaram sua atenção para a figura de Carmem e suas seguidoras atrás dela.

Era ridículo o modo como Irene e Maria Mello seguiam as regras de vestimenta de Carmem. O trio sempre andava em total sincronia com as roupas. Hoje a líder usava um vestido branco com flores rosas enquanto as outras duas usavam vestidos completamente rosa. Enquanto o cabelo de Carmem estava solto, era para as outras usarem presos, mas só quem prendia era Maria Mello porque Irene tinha o cabelo curto, beirando na nuca

— Oi Cebola — a loira deixou a voz mais sedutora para falar com o menino e mandou uma piscadela pra ele. Cebola até piscaria pra ela de volta se Mônica não estivesse ali

— O que você quer, cobra peçonhenta? — Cascuda perguntou

— Eu não posso vir aqui simplesmente cumprimentar meus queridos amigos? — foi sarcástica — E você? — se virou pra Mônica — Sabe, é muita sorte uma novata conseguir fazer parte de um grupo de populares. Mônica né? Todo mundo está falando de você. Eu sou Carmem, prazer

Mônica não respondeu. Não deu tempo. Ninguém na mesa havia percebido, mas Carmem segurava um copo na mão e acabou derrubando metade do conteúdo dele na blusa de Mônica, deixando-a manchada

— Oh, desculpe! — ela sorriu, incapaz de esconder sua satisfação ao ver a nerd levantar em um pulo — Deixa que eu te ajudo — aproximou - se mais e derramou o resto do líquido na roupa — Ops!

A loira começou a rir, sendo seguida logo por Irene e Maria Mello. Logo todos no refeitório riam também, enquanto Xaveco segurava Denise e Cascão segurava sua irmã; ambas as meninas quase partindo pra cima de Carmem

— Você só pode ser louca garota! — Denise gritou, tentando sair dos braços de Xaveco

— Sua nerd horrorosa! — a moça de olhos azuis encarou Mônica que estava sendo levada para fora do refeitório por Magali — Ninguém rouba o que é meu — lançou um olhar significativo para Cebola e logo depois, com suas duas amigas, voltou para o seu lugar, como se nada tivesse acontecido e as risadas dos alunos cessaram ao verem que a garota popular não ria mais

— Me solta! — Cascuda deu um forte tapa nos braços do irmão que a segurava e ele por fim, cedeu — Eu não vou fazer nada com ela... Por enquanto — sussurrou a última parte

Cebola continuou parado no seu lugar, apenas observando Carmem comer tranquilamente, aparentemente feliz por ter feito algo ruim com alguém no dia. Olhou para Titi ao seu lado que parecia alheio a situação, apenas concentrado em seu celular e em seu hambúrguer. Parece que o amigo nem sequer tinha notado o que Carmem fizera com Mônica. Cebola se perguntava por que Carmem havia feito aquilo. Talvez não houvesse motivo. Talvez ela fez apenas por prazer. Mas por que mandou aquele olhar pra ele?

Então, rápido como aquela pergunta veio, a reposta veio também. A menina devia ter notado que ele se aproximou muito de Mônica. Carmem com certeza ainda queria insistir na ideia para que eles namorassem sério, mas ele deixou bem claro que não namoraria com ninguém. A patricinha não era muito acostumada a ouvir um "não" e ele se amaldiçoou por ter se envolvido. com ela. A loira, irritante do jeito que era, não o deixaria em paz

— Eu estou fodidamente fodido — ele disse para si mesmo e Cascão, que tinha acabado de se sentar na mesa, olhou para o amigo com um grande ponto de interrogação praticamente desenhado no rosto

...

Magali ficou preocupada com Mônica. A morena não tinha tido nenhuma reação com o que aconteceu, apenas surpresa ao se levantar sentindo algo líquido e gelado molhando a blusa, atravessando o tecido e chegando na pele da clavícula. Enquanto levava Mônica para o banheiro, Magali observou a menina, que mantinha os lábios prensados em uma linha fina e rígida e imaginou que ela estivesse com raiva, porque normalmente as pessoas ficavam assim

— Mônica, se estiver muito irritada, demonstre. Não precisa ficar se reprimindo — falou

— O quê? — Mônica olhou pra Magali desorientada, como se só naquele momento ela percebesse a amiga ao seu lado — Ah... Eu não estou com raiva. Só... Surpresa. Não imaginei que a Carmem fizesse isso comigo na frente de todos apenas por eu estar andando com vocês

— Bem... É mais ou menos isso. Na verdade, ela deve está com ciúmes do Cebola

— Como assim?

— É que ela é meio obcecada por ele

— Mas como ela pode ter ciúmes de mim?

— Todo mundo percebeu que o Cebola está muito próximo de você. Ficaram comentando sobre a carona que ele deu pra você ontem

— Essas pessoas não tem realmente o que fazer — Mônica suspirou. Inesperadamente, virou o corredor paralelo ao que levava aos banheiros, indo para o dos armários e Magali franziu o cenho, confusa

— Onde está indo?

— No meu armário. Vou pegar uma blusa limpa

— Você traz roupa para o colégio?

— Sim... — Mônica corou — Digamos que o que aconteceu hoje comigo, acontecia com freqüência na minha antiga escola. Por isso ando previnida

— Entendo — Magali sorriu terna pra ela

Mônica foi até o seu armário e tirou de lá a blusa. Logo as duas foram dessa vez para o banheiro e Mônica se trocou, colocando uma blusa igual a que usava antes, só que essa era azul clara

— Vamos? Ainda temos quinze minutos de intervalo — Magali falou quando Mônica saiu do banheiro

— Eu não quero voltar lá. Acho que vou para a sala de artes. Eu gostei daquela sala

— Quer que eu vá com você?

— Não, não precisa. Que aula você tem depois?

— Aula de física

— Eu também — Mônica sorriu fracamente — Vamos estar juntas em pouco tempo de novo. Não se preocupe, eu estou bem

Magali, mesmo relutante, assentiu. Não queria deixar Mônica sozinha. Pelo pouco tempo que a conhecia sabia que a menina era tímida demais, e também ingênua. Aquele colégio era um ninho de cobras e suas vítimas preferidas eram justamente pessoas como Mônica. Não queria que ninguém provocasse sua mais nova amiga. Mas pelo visto, evitar isso não seria tão fácil

...

Marina encarou com desgosto a pintura a sua frente e bufou ao lembrar das palavras duras que a professora lhe deu naquele dia. A pintura em si era da sala de artes, onde Marina pintou todos os alunos, alguns concentrados em fazer o que a professora mandou e outros apenas conversando ou brincando com as tintas. Esses tipos de quadro, em que as pessoas pareciam estar em movimento, era a marca registrada de Marina. Todos amavam eles por serem bem diferentes. Não eram como muitos artistas pintavam, deixando as imagens paradas. Para alguns, essas pinturas eram muito comuns

O único problema na pintura da sala de artes que Marina fez era que ela estava marcada demais, sem uma única leveza; muito diferente dos outros quadros que estavam pendurados na parede. Eles foram trabalhos que a professora tinha passado para fazer e sempre os deixava ali. Mas naquele dia, a professora Lilia não havia elogiado o seu quadro e embora ele estivesse um pouco bonito, não ficou do jeito que sempre ficava, e Lilia estranhou aquilo, porque se recusava a pensar que sua aluna favorita tinha pintado algo tão pesado, aos olhos da professora

— Pelo menos ela teve a decência de não brigar comigo na frente dos outros — Marina falou para si mesma. Ela se encontrava na sala de artes, sentada em uma cadeira apenas olhando sua pintura. Tinha dispensado grosseiramente suas amigas dizendo que queria ficar sozinha, e as meninas entenderam. Sabiam que Marina odiava quando suas obras eram criticadas.

Se elas soubessem...

— O-Oi — escutou uma voz tímida e hesitante atrás de si e se virou rapidamente.

Olhou de cima a baixo para uma menina que estava ali e franziu o cenho ao ver a roupa que ela usava. Encarou a garota corada por mais um tempo, até finalmente lembrar ela era uma novata e que a viu andando com o grupo do Cebola

— Oi — sorriu falsamente. Não queria ninguém ali com ela, mas tinha que manter a aparência de garota doce e gentil

— Você é a Marina não é?

— Sim. — falou — Eu te vi andando com os populares. Nem todos os novatos tem essa sorte

— É, mas eles são bem legais — se aproximou timidamente — Eu sou a Mônica

Marina viu a menina olhar para o quadro o qual ela encarava antes e percebeu ela fazer uma careta

— Você que pintou?

— Sim, foi eu. Mas não ficou tão bom

— Não, ele ficou bom sim. Você pinta bem — Mônica puxou uma cadeira que estava por ali e se sentou de frente pra Marina

— Obrigada — dessa vez, sorriu sincera.

Analisou o rosto de Mônica e, como era bem detalhista, identificou uma coisa estranha. Por trás dos óculos enormes, Marina percebeu que os olhos de Mônica pareciam vazios, sem vida. Não brilhavam. Mas por que?

— Mônica... Os seus olhos... — foi interrompida pelo sinal que tocou, anunciando o fim do intervalo

— Tchau — Mônica se levantou e acenou timidamente para a outra.

Marina viu o quanto Mônica era tímida (e nerd também por causa das roupas) porque a menina ficou corada todo o tempo que trocou palavras com ela. Mas ela sentiu que tinha algo errado com aquela garota. Algum problema que ninguém percebeu. Não sabia por que, mas se preocupou com isso, imaginando o que Mônica teria passado para ser tão acanhada daquele jeito.

De um jeito tão estranho

.


Notas Finais


Então, aqui nesse final já percebemos que a Marina não é realmente uma boa pessoa. A frase "sorriu falsamente" já mostra isso. No 2° cap dessa fanfic, quando descrevo a Marina, eu coloco a frase "a garota era, ridiculamente, gentil demais" Ou seja, ela era gentil de um modo artificial, fingido. Entenderam o que quero dizer? Prestem muita atenção nesses detalhes, principalmente nos pontos de vista. Pode parecer confuso, só que mais pra frente tudo vai se encaixar. ( não, eu não quero deixar vocês paranóicos analisando todas as frases do cap 😅) Aqui temos só o romance clichê, da nerd com o popular como pano de fundo.
Então? Gostaram do cap? A Marina percebeu que a Mônica tem algum problema por ser assim desse jeito? O que vocês acham que é?
Até o próximo 😘


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