História Mansão Flawless! - Prisão.

Vai filha! - Minha mãe gritava enquanto eu corria na competição. - VOCÊ VAI CONSEGUIR QUERIDA!

- ESTAMOS ORGULHOSOS DE VOCÊ PRINCESA! - Gritou meu pai.

Eu estou tão animada; tudo esta tão perfeito! 

Eu ja estou em primeiro lugar e meus pais estão orgulhosos de mim. Só mais um pouquinho e-

De repente tudo ficou preto e com luzes amarelas. Cadê minha mãe e meu pai? Onde eles foram?

- Pai? Mãe? - Nenhuma resposta. - PAI?... MÃE? - Aí meu Deus! Eu estou sozinha! - Alguém? PAI? MÃE? Apareçam por favor! - Começo a me desesperar... Eu estou sozinha!

- Ji Eun!

Eles me deixaram aqui sozinha... Sem ninguém!

-  Ji Eun!

Tudo aqui é tão escuro e vazio. Será que eu estou delirando? Não pode ser! Cadê meus pais?

- Ji Eun! - Ouço uma voz me chamando. - Ji Eun, acorde!

- Mamãe? - Indago. Abro os olhos com força e me deparando com... Minha colega de quarto. Kim HaNa. Ela está com o semblante rabugento como sempre e com as mãos na cintura.

Eu tenho certeza que ela não gosta muito de mim. Sempre dificulta minha vida e me diz absurdos. Mas sei que no fundo ela é uma boa pessoa.

- De novo com isso? - Ela perguntou impaciente - Sua 'mãe' morreu e seu pai também. Você é filha única e pobre, além de ser feia. Faz faculdade de medicina e infelizmente é a minha parceira de dormitório. Então, já se lembrou de quem é e onde está?

- Já - Murmurei.

HaNa é assim desde sempre. Ela tem os cabelos loiros pintados. O corpo cheio de tatuagens e alguns piercing. É alta, tem olhos castanhos e um jeito de garota má. 

A família dela é bem normal. Tem três irmãs mulheres e é a mais velha. Ela é centrada e não gosta de meninas tímidas.

Estou aqui a uns três anos. No início, meu relacionamento com ela era pior. Hoje em dia eu consigo conversar um pouquinho e de vez em quando ela me trata bem.

Meu nome é Lee No Eun, me chamam de IU. Sou órfã, solteira e desempregada. Fiz um curso de gourmet e procuro emprego. Eu divido esse dormitório com a HaNa e com isso, enconomizo um pouco. 

Hoje eu irei a uma entrevista de emprego. Trabalhar como cozinheira no refeitório da faculdade é uma boa opção.

- Somente para ressaltar quem você é: Tem uma aparência horrível!

- Obrigada por deixar as coisas tão esclarecedoras para mim - Resmungo - Me ajudou muito! - Levanto da cama e vou para o banheiro. 

Quando eu vesti essa blusa preta? Na verdade, nem lembro de ter essa roupa. Devo está muito distraída! A calça eu até me lembro...

- IU? - HaNa me Chamou.

- Hm? - Virei para ela meio surpresa. A garota nunca me chama pelo apelido.

- Lá em baixo tem umas pessoas querendo conversar com você - Ela disse meio cautelosa.

- Quem é?

- Não sei! - Disse um pouco alto demais. Saiu do quarto resmungando. Ela parou. - Não troque de roupa. Não dá tempo, eles estão cansados de esperar.

Quem pode ser?

Escovo os dentes rapidamente, não troco de roupa e desço as escadas para fora do dormitório.

Fico na calçada parada. Não estou vendo ninguém familiar. 

Dois homens vestidos de preto da cabeça aos pés me param.

- Senhora Lee Ji Eun? - Um deles me pergunta, provavelmente o mais velho.

- Sim - Ele pareceu olhar bastante para minha blusa... Que estranho!

- Poderia nos acompanhar por favor? - Perguntou o mais novo. Tinha um semblante franzido.

- Sinto muito mas, quem são vocês? - Ele coçou a garganta.

- Somos policiais da cidade. - Ele me mostrou o distintivo dele; o outro também.

Meu Deus! O que que está acontecendo aqui!?

- Ah, er... Claro... Tudo bem.

Entramos num Cross Fox preto discreto. Graças a Deus que não é o carro oficial das polícias e com a sirene. E eles também estão sem farda.
 

Seguimos em um silêncio constrangedor para a delegacia.

Ao adentrar no edifício, felizmente só havia um senhor sentado no banco atrás de uma mesa. Ele ergueu os olhos e me encarou; Se pôs de pé.

- Senhora Lee Ji Eun?

- Sim - Confirmei. Minhas pernas estavam trêmulas.

- Sente-se. - Ele indicou a cadeira que estava  à sua frente. Me sentei de forma meio brusca, antes que caísse.
 

- Er... - Tentei falar alguma coisa, mas nada saiu. Ele só ficava encarando.

- Você deve ter achado muito constrangedor vim até aqui - Ele disse; a wvoz grossa e rouca ecoou pela sala toda.

- Sem problemas. - Procuro suavizar a situação.

- Olhando para você assim de perto senhorita Lee Ji Eun, posso vê que deve ter sido um efeito de drogas ou até álcool, talvez problemas num relacionamento...

Drogas? problemas no relacionamento? Álcool? De quem ele está falando?

- ... mas pinchar lugares públicos e particulares é crime. Usar drogas ou álcools nesses lugares também é uma infração. E você não sabe muito bem que não se pode brincar com álcool? Seus pais não faleceram por causa de um motorista bêbado? - Ele dizia calmamente.

- Do que o senhor está falando? Não consigo compreender! Eu não fiz nada disso.

- Quem sabe isso não ajuda? - Ele virou a tela do computador para mim.

Oxe!

Colocou um vídeo de câmeras de segurança. Ali havia uma garota pichando o muro de uma mansão. E depois usava drogas.

E então eu vi!

A garota estava usando uma blusa igual a minha e de longe, parecia um pouco comigo. Usava um capuz escondendo os cabelos, calça Capri cinza e tênis escuros.

Mas isso não tem nada haver comigo! Ele só pode estar achando que é alguma irmã minha... Por que está óbvio que não sou eu!

- Então senhor Lee Ji Eun? Algo a dizer? Ou melhor, confessar?

- Na verdade, eu nem conheço ela - Ele soltou uma risada seca.

-  Não se conhece, senhora Lee Ji Eun?

Só pode ser um pesadelo. E a forma como ele pronúncia meu nome está começando a me irritar.

- Não sou eu, senhor - Digo com uma certa irritação.

- Não?

- Não.

- Sinto muito senhorita. Mas a justica deve ser feita; os donos da propriedade estão muito chateados. Eles não usam a mansão, mas é patrimônio de gerações daquela família. 

- Mas senhor delegado, não pode simplesmente dizer que foi eu por causa de uma blusa! - Ele ficou satisfeito. Eu mordi a isca.

- Eu não havia dito nada sobre a blusa que por sinal é realmente igual. Como chegou a essa conclusão? - Perguntou retoricamente.