- Rio de Janeiro? Sério? O que vamos fazer para lá? – perguntei incrédulo. – Aquele lugar não tem uma única pessoa que não quer nossa cabeça.
- Calma, temos que pegar um avião de carga que o BEN rackeou para usarmos! – explicou Jeff.
- Vamos entrar em um avião com um carro? Nós passamos por umas experiências bem únicas. – disse Sally rindo.
- Tem razão. – Jeff afagou a cabeça de Sally. – Agora vamos!
Algumas horas depois…
- Onde estamos? – perguntei.
- Eu não sei. – respondeu Jeff. – BEN, seu GPA realmente presta?
- A CULPA É TODA SUA. Eu falei pra você ir direto e dobrar pra direita na rotatória, mas NAAAAAAAAAO… VOCÊ TINHA QUE DOBRAR PRA ESQUERDA E SEGUIR DIRETOOOOO! COMO ALGUÉM PODE SER TÃO IDIOTA E ERRAR UMA ORDEM DE COMANDOS TÃO ÓBVIA EM UMA FRASE?
- Forrest Gump dizia que merdas acontecem! – respondeu Jeff balançando os ombros.
BEN pareceu suspirar.
- Você é único, Jeff. – BEN voltou ao corpo físico dele se sentando ao meu lado. – E não é GPA… É GPS!
- Tanto faz… Os dois fazem a mesma coisa. – Jeff revirou os olhos e começou a olhar a estrada.
- Não. – BEN olhou irritado para ele. – GPA é a média pontual ou média do ponto de classificação. GPS é um sistema de posicionamento goblal utilizado para se localizar em áreas mapeadas via satélite.
- Não entendi nada.
- PORQUE TÚ É UM IDIOTA! – gritou BEN bufando. – Droga. Como eu fui ter isso como meu melhor amigo?
- A gasolina tá acabando. – avisou Jeff.
- Precisamos parar em algum posto. – falei.
- Mas onde podemos encontrar um posto? – perguntou Sally olhando para os lados.
Mais um tempinho na estrada encontramos uma casinha que vendia frutas e outras coisas. Jeff parou bem na frente da casa onde se encontrava um velho descansando em uma cadeira enquanto mastigava aqueles negócios de soja.
- Com licença, amigo. – Jeff chamou pelo velho que pareceu acordar e olhou para nós. – Onde eu posso encontrar gasolina?
- Lá no posto Ipiranga.
- Okay.
- E onde podemos encontrar comida? – perrguntou Sally.
- Posto Ipiranga!
- Valeu.
- E onde podemos encontrar um guia para nos ajudar? – perguntou BEN.
- No posto Ipiranga.
- E onde podemos comprar crédito para fazer uma ligação? – perguntei.
- É no posto Ipiranga.
- Que versátil. – disse Jack.
- E onde fica o posto Ipiranga? – perguntou Jeff.
- Ah, pergunta lá no posto Ipi… – o velho parou parecendo um pouco surpreso. – Pera, isso não tava no roteiro.
- Tudo bem, a gente procura. – disse Jeff ligando o carro novamente. – Obrigado.
- Boa viagem.
Depois de alguns minutos de estrada chegamos a um posto de gasolina, o posto Ipiranga.
- Sou mais o posto de gasolina da Petrobras. – disse BEN.
- A Petrobras faliu e levou o dinheiro do Brasil com ela!
- Maldita Dilma.
- Pelo menos o cara tem dois empregos. – disse Nina no porta-malas.
- Ou, esse aí é o Julius!
- E esse comentário custou um dólar e noventa e nove centavos!
Jeff e BEN deixaram o carro abastecendo o tanque, eu e o Jack fomos para a farmácia para eu comprar créditos e ligar para o tio Slendy enquanto a Sally foi correndo até a lanchonete. Depois de ter comprado crédito recebi a notificação afirmando que eu recarreguei vinte reais de crédito no meu celular e não perdi tempo, liguei para o tio Slendy.
- Seu saldo está abaixo de dois reais… – avisou a operadora.
- Quê?
- Estamos completando sua ligação. – maldita Vivo. Será que o Brasil não tem nada realmente bom e duradouro?
- Alô? – escutei o tio Slendy do outro lado da linha.
- Tio Slendy, é urgente. Nos perdemos!
- Quê? Como conseguiram?
- Jeff fez todo o contrário que o GPS pedia e acabamos nos perdendo.
- E onde vocês estão agora?
- Estamos no posto Ipiranga em algum estado do Brasil. Jack foi buscar informações de onde estamos. Assim que soubermos onde estamos vamos definir nosso trajeto e voltar pro Rio de Janeiro.
- Ótimo. Por favor, tomem cuidado. Eu estarei esperando vocês aqui na p…
- Alô? Tio Slendy?
- Seu saldo é insuficiente para essa ligação. Por favor, recarregue seu cel…
- Ah, VÁ À MERDA! – gritei batendo no balcão irritado e em seguida suspirei.
- Norman. – olhei para o Eyeless Jack.
- Que foi? – perguntei.
- Já sei onde estamos!
- Ótimo. E onde estamos?
- Estamos em uma estrada de São Paulo que fica ao lado do estado do Rio de Janeiro!
- Sério? Então estamos incrivelmente perto do Rio.
- Sim. Vamos avisar os outros.
Saímos da farmácia e vimos a Sally com duas sacolas cheias de comida.
- Que foi? Nunca me viram? – ela começou a tomar milkshake e seguiu caminho para o carro.
- Acabei de abastecer! – avisou Jeff sorrindo. Ao ver a Sally segurando duas pesadas sacolas cheias de comida, ele rapidamente correu até ela e tirou de uma das sacolas cachorro-quente. – Eu quero isso.
Enquanto Jeff comia seu hot dog feliz da vida, Sally foi até o porta-malas e o abriu.
- Ufa, finalmente um pouco de ar. – Jane disse inspirando.
- É verdade. Você é tão gorda que fica difícil dividir espaço com você sem sentir falta de ar. – disse Nina suspirando.
- Eu trouxe comida pra vocês! – avisou Sally colocando as duas sacolas no chão e pegando alguma coisa dentro das mesmas.
- SÉRIO? – Jane e Nina falaram juntas com os olhos brilhando.
- Suco de maçã. O seu favorito, Jane.
- Obrigada. – Jane começou a lagrimar de felicidade.
- E milkshake de morango. O preferido da Nina.
- Eu te amo, Sally. – Nina começou a chorar. – Ah, mas eu amo o Jeff mais!
- Então, por favor, nos desamarre para que eu posso tomar meu suco. – pediu Jane e Sally ficou sorrindo para ela o que a fez ficar assustada. – Sally?
- Não posso desamarrá-las sem a permissão do Jeff. Então eu mesmo vou lhes alimentar. – Sally dando um sorriso sádico se aproximou das garotas que começaram a se desesperar.
- N-N-Não… S-Sally, v-você é u-uma boa garota. Se eu b-beber o suco deitada assim claramente v-vou me a-afogar. Você não teria a coragem de… UHN… – antes que a Jane pudesse terminar de falar Sally a forçou a beber o suco de maçã. Jane desesperada tentava sem sucesso se livrar de Sally enquanto o suco escorria pela beirada de sua boca e pela suas narinas. Alguns segundos depois o suco acabou e Jane desmaiou.
- AAAAAAAH… A SALLY MATOU A JANE. A SALLY MATOU A JANE. – gritou Nina. Ela olhou para Sally e viu que a garota agora olhava pra ela enquanto segurava o copo de milkshake de morango. – E EU VOU SER A PRÓXIMA VÍTIMA! ALGUÉM, POR FAVOR, ME AJU…
Sally praticamente tentou enfiar todo o copo dentro da boca da Nina. Vendo que não entrava tudo ela apertou o corpo do copo fazendo o milksahke ir todo para dentro da boca de Nina que começou a tossir.
- Ei… – Jeff chamou a atenção das garotas. – Sally, se sujarem meu carro eu vou a vida dessas garotas!
- E… Cof cof… EU PREFIRO MORRER! – gritou Nina tentando se desamarrar.
- Isso não faz sentido. – falou BEN.
- Pra mim faz. – disse Nina. – Tudo porque eu prefiro morrer do que perder a vida.
- Não se preocupa. Eu coloquei a sacola embaixo para não sujar.
- Isso não é lá muito tranquilizante. – disse Nina olhando para Sally com olhar de paisagem.
- Que droga, a Jane dormiu.
- VOCÊ MATOU ELA! – gritou Nina suspirando em seguida.
- ACORDA, JANE. – Sally socou a barriga de Jane que acordou colocando a cabeça para fora do carro e vomitando. – Ufa, ainda bem que você acordou.
- QUER ME MATAR, DESGRAÇA?
- Ué? Eu só estou tratando com todo o amor as ex-namoradas do Jeff.
Nessa hora a Jane e a Nina pararam, olharam uma para outra e depois olharam para Sally de novo.
- Oe… Você…
- Não tá fazendo isso…
- Pra descontar sua raiva…
- Por ser a única que não namorou ele, está?
Uma veia saltou na testa da Sally e ela tirou da sacola duas coxinhas.
- Ainda bem que você acordou, Jane. Agora posso dar o salgado pra vocês!
Jane começou a tremer enquanto Nina ficou com os olhos brilhando.
- COXINHA. Eu quero. – pediu Nina sorrindo.
Sally enfiou de uma só vez a coxinha dentro da boca da Nina que engasgou. Depois olhou para Jane segurando a coxinha.
- Muito bem, querida Jane. Agora é a sua vez.
- N-Não, no, God, please, no… Help me… HELP… ME… NI… – Sally com toda a força jogou a coxinha na boca de Jane acertando em cheio.
Depois ela fechou o porta-malas e saiu bufando.
- Humpf. – ela entrou no carro e ficou lá comendo.
Depois de alguns segundos a Jane começou a tossir.
- Ah… Eu achei que fosse morrer.
- Olha pelo lado bom. A coxinha é de frango! – disse Nina mastigando a coxinha o que deve ter deixado a Jane tão perplexa como eu. – E é gostosa!
- Como você conseguiu comer isso?
- Nunca duvide da minha barriga!
- Hm… Pelo visto você é profissional em meter coisas na boca.
- Eu não sou puta igual tú.
- Olha quem fala. Já deu pro Jeff e toda a América do Sul!
- Vá se foder!
- Vão vocês se foder! – disse Jeff irritado. – Já que definimos nosso destino vamos embora.
Jeff entrou no carro. Eu, Jack e BEN entramos também e arrancamos. Chegamos em uma cidade com letras gigantes igual Hollywood.
- Err… O que tá escrito? – perguntei.
- Calma. Open the tcheka, que I manjo dos portuga. – Jeff olhou para o letreiro por alguns segundos e depois acelerou.
- O que tava escrito?
- Casas Bahia.
- É Campinas. – corrigiu BEN.
- Cheguei perto.
- Ih, passou longe. – disse Sally.
- Lonjão. – disse Jack.
- Nooooossa. – Sally revirou os olhos.
- Eu ainda tô aprendendo. Se português fosse fácil todo mundo saberia. – ele acelerou com tudo, perdeu a direção e batemos em algum edifício. – Opa. Pera… MEU CARRO.
- Onde batemos?
- EI, ALGUÉM DESTRUIU O OBSERVATÓRIO JEON LINCOLN!
- O QUÊ?
- Parece que arranjamos confusão. – disse Jack olhando para as pessoas que estavam chorando.
- Acelera, Jeff. – pediu BEN.
- Ei, o que que tá acontecendo? – perguntou Jane.
- Parece divertido. – disse Nina.
- Que drogaaaaaaaaaaaaaa. – Jeff deu a ré, voltou para a estrada e acelerou. Saímos novamente da rua e entramos em uma fera atropelando um monte de barraca, felizmente não machucando ninguém… Eu acho. Pelo menos ninguém morreu. – Mas o quê?
- Socorro. Destruíram minha barraca.
- É ELE, O CARRO QUE DESTRUIU O OBSERVATÓRIO, ELE ESTÁ DESTRUINDO A FEIRA HIPPIE.
- Puta que o pariu. Tamo piorando a situação. – Jeff acelerou. – Acho que não dá pra ficar pior.
Alguns segundos depois e o Jeff bateu o carro em um trem que devido a força do impacto acabou saindo dos trilhos e caindo para o lado.
- Nossa, incrível como esse trem saiu dos trilhos. – disse Jeff de olhos arregalados.
- Incrível é como esse carro atropelou um monte de coisa em menos de uma hora e não tem nenhum arranhão. – observou Sally. – Ele é feito de quê? De titânio?
Olhamos para trás e um monte de pessoas estavam olhando perplexas para o trem derrubado. Alguns segundos de silêncio e eles gritaram correndo na nossa direção com rostos raivosos.
- ELES DESTRUIRAM NOSSA AMADA MARIA FUMAÇA. ESQUEÇA A JUSTIÇA, ELES DEVEM MORRER! – gritaram todos os moradores juntos o que me fez arrepiar de medo.
- AAAAAAAAH. – Eu, BEN, Jack e Jeff gritamos apavorados.
- Eles vão nos matar. – gritou BEN lagrimando.
- Sai daqui, seu demônio, MORRE! SOCORROOOOOO. – gritou Jeff pisando no acelerador.
- CHEGA. ELES VÃO NOS MATAR E EU NÃO QUERO MORRER. – gritou BEN voltando a ser parte do carro. – Eu vou ajudar!
Do nada conseguimos fugir de toda a população furiosa e sair daquele lugar.
- Todo brasileiro é assim? – perguntou Sally.
- Foram vocês quem provocaram! – gritei.
- AAAAAAH. – Jeff continuava gritando e pisando no acelerador.
- Tá bom, desgraça. Tá no piloto automático! – avisou BEN.
- AAAAH… AAAAAAH… AA… Ah, entendi. Ufa. – Jeff se acomodou melhor no banco. – E agora, para onde vamos?
- Acho que já tá na hora de voltarmos pra casa. Vamos pro Rio pegar o avião e ir embora. – disse BEN por todos.
- Ainda bem. – Eu, Jack e Sally falamos juntos.
- Não entendi nada. Sally me dá mais coxinha. – pediu Nina.
- Será que eu sou a única normal por aqui? – perguntou Jane para ninguém em especial.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.