História Manual de sobrevivência: Como lidar com Park Jinyoung - Furacão fantástico

Desde que JinYoung se propôs a ajudar Mark com seus sobrinhos ainda pequenos, eu não tive mais sossego. Não que eu não gostasse de crianças, eu não gostava dos sobrinhos — adotivos ainda — de Mark. Eles eram uns verdadeiros pestinhas.

— Eles vão chegar aqui em meia hora, Jaebum. Eu vou ao mercado comprar umas últimas coisinhas, enquanto isso fique de olho nos biscoitos. Eles vão estar prontos em dez minutos, no máximo.

Bufando, assenti. Park saiu e eu fui para a cozinha. Jaebum com J de babá de crianças pestinhas. Apesar de parecer implicância minha, não era. Eles realmente são insuportáveis.

    [...]

Escutei a campainha e automaticamente deduzi que fossem as crianças, e assim que abri a porta, quatro delas entraram já correndo. A energia deles é invejável. Eu não corria assim nem mesmo quando precisei buscar o Max, meu cachorro, porque ele fugiu de casa. Eu tinha 12 anos.

— E-Ei! — exclamei.

Já os perdi de vista logo de cara. Fechei a porta, respirei fundo e me virei. Corri ao andar de cima e ouvi gritos alegres vindos de um dos quartos. Quando entrei, os quatro pulavam na cama. Arregalei os olhos, irritado, e tentei os pegar.

— Você não me pega! — a garotinha, mais nova entre seus três amigos, disse. Seguida pelos amigos, correram para fora e foram para o andar de baixo.

É, seria um longo dia...

Encontrei os pestinhas na cozinha, comendo os biscoitos recém assados. Por um momento pensei que agora iriam se acalmar, mas não foi bem assim. Quando acabaram de comer, correram para o quintal. Eu, por minha vez, tratei de arrumar a casa que estava de pernas pro ar depois do furacão fantástico. Já cansado, me sentei no sofá. Meu celular vibra, anunciando uma chamada de YoungJae.

— Hyung! Como vai as coisas? Mark me contou que você estaria cuidando dos sobrinhos dele.

— O furacão fantástico 'tá mais impossível do que nunca. Eles não têm sossego e nem dão sossego 'pra mim também.

Do outro lado da linha, Choi riu.

— Quer uma mãozinha? Eles se dão bem comigo.

— Ah, eu quero. — Suspirei. — Eu vou ficar louco se o JinYoung não chegar logo. Foi ao mercado já faz uma hora e me deixou aqui, com uma responsabilidade dessas.

— Dez minutos e eu chego aí.

[...]

— Muito obrigado por vim, Jae, de verdade!

— Não precisa agradecer. — Sorriu. — Enfim, onde eles estão?

E no mesmo momento, os quatro deram de cara com YoungJae, ainda mais alegres.

— YoungJae-ah! — gritaram e correram para o abraçar.

Ele retribuiu o abraço e eu fiquei pelo canto, observando.

    [...]

Misteriosamente, de alguma forma que eu desconheço, ele consegue acalmar esses pestinhas. Depois do furacão fantástico adormecer, YoungJae foi embora. Eu, por minha vez, quando acordei, estava com um bigode feito de... caneta esferográfica?

Lavei o rosto e me dirigi ao andar de baixo. Fiquei boquiaberto quando vi a sala de estar em completa bagunça, já o furacão fantástico pulava no sofá; lixo pelo chão. Realmente, a melhor definição para o que eu via ali era "furacão".

E, então, eu fui alvo de brincadeiras deles, que acabaram me enrolando com uma espécie de fita adesiva e jogaram-me glitter ou outra coisa brilhante.

Ouvi um som de chaves, com certeza era JinYoung.

— Mas o que é que tá acontecendo aqui?!

— Foi culpa do JB, JinYoung-ah!

— Mas e-

O Park respirou fundo e avisou aos quatro para irem para fora, já que Mark os esperava ali.

— Limpa essa bagunça agora ou eu vou mandar você 'pro céu.

Nem mesmo ousei contestar. JinYoung explosivo do jeito que é me faria ir ao espaço sem a NASA.

Quando terminei, o mais novo veio ao meu encontro.

— Agora me explica por que é que essa casa 'tava de pernas pro ar e VOCÊ NÃO FEZ ABSOLUTAMENTE NADA!

— Foi o furacão fantástico! Eles chegaram até a me enrolar, você acha que eu tinha como me defender?

— Não quero saber. Da próxima vez você quem vai cuidar deles, e ai de você se essa casa estiver um centímetro fora do lugar!

Incontestável. Da outra vez eu quem paguei o pato também, mas isso é história para outro dia.