História Manual de sobrevivência: Como lidar com Park Jinyoung - Babá Jaebum

Meu bebê acordara de bom humor hoje — e não me pergunte o motivo, nem eu mesmo sei. Assim que desci as escadas, sonolento, logo pela manhã, encontro um Park JinYoung sorridente, alegre e cantando uma música boba qualquer.

— Bom dia, Jaebum!

— Você... — o olhei torto — 'tá bem?

— E por que não estaria? Olha que dia lindo!

— JinYoung, tem certeza que não 'tá com febre, não? Que bom humor é esse?

— Nada, oras. Só 'tô de bom humor. Acordei inspirado! — Sorriu.

— Inspirado, é? — Ri. — Pois eu acho que meu namorado foi abduzido, isso sim.

— Eu não vou deixar que você estrague meu dia, ok? Vou trabalhar, aproveite o café da manhã.

Ele saiu e fiquei ali, sozinho naquela cozinha. Me sentia solitário sem o Park ou outra companhia. Quando cogitei a ideia de adotarmos um cachorrinho, JinYoung surtou.

    [...]

— MAS O QUÊ?! — exclamou.

— É, oras. Um cachorro. Ele pode nos fazer companhia, é uma ideia boa.

— Você acha que vai dar conta de cuidar de um cão sendo que você não consegue cuidar nem da sua própria vida, Jaebum?

Respirei fundo. Aquilo não era verdade, ele estava exagerando mais uma vez.

'Tá, só um pouco.

— Eu vou dar conta. E outra, você me ajuda a cuidar dele também.

— Eu que não ouso pôr minhas mãos em um cachorro. Deus me livre me contaminar com isso. Imagina o tanto de pulga, carrapato... — Se contorceu. — Dá arrepio só de pensar.

E lá se ia mais um sonho meu.

  [...]

Pensei em ligar para YoungJae, mas ele estaria ocupado com seu treino agora. Foi quando Jackson, BamBam e Yugyeom marcaram um "passeio entre amigos" e resolveram me convidar. Resultado? Banquei de pai de três adultos que parecem mais crianças.

Inicialmente o plano era só vagar pelo centro de Seul e ver as novidades. Fazia um bom tempo que não tínhamos uma folga, isso é fato. Porém, o risco de sermos reconhecidos aflorou na pele e então decidimos ir a um restaurante local — e correria tudo bem se Jackson não tivesse tido um surto pelo prato tão apimentado; já BamBam e Yugyeom, duas crianças completas, gargalharam do mais velho e sobrou para mim a tarefa de ajudá-lo.

Depois do incidente no restaurante, os três resolveram apostar uma corrida.

— Quem chegar por último 'tá devendo um sorvete 'pra nós — Jackson disse. Tinha que ser ele.

Os três saíram correndo e eu tive que ir atrás deles. Ai de mim se deixasse esses doidos fazerem o que quiserem. Já basta JinYoung reclamando de tudo que faço, e o manager também? Não. Essa culpa eu não assumo.

— Perdeu, BamBam! — disse Yugyeom. — Vocês bem que poderiam agir como ADULTOS NORMAIS e não correr por aí, NÃO É, JACKSON? — fiz questão de dar ênfase em minha frase.

— 'Tá parecendo o JinYoung hyung falando assim — pronunciou-se o maknae.

E foi aí que percebi a cópia de Park que aos poucos eu me tornava. Logo o manual de sobrevivência estaria servindo para eles e não só para mim. Loucura.

— Ok, ok. Deixa isso 'pra lá. Onde vocês 'tão pensando em ir agora? — disse.

— Hm... o que vocês acham de irmos àquele parque de diversões que abriu? — sugeriu o tailandês.

Ah, não, isso definitivamente não podia estar acontecendo comigo. Bendito dia em que eu resolvi levantar da minha cama e aceitar esse convite. Começo a pensar que fui "privilegiado" em ser escolhido para cuidar deles.

— Montanha russa?! — Os olhos de Yugyeom brilhavam. Justo ele, que mesmo temendo altura, se arriscava para demonstrar que já era corajoso o suficiente. A princípio foi difícil convencer o Kim a superar seu medo (e como foi), mas depois ele pegou gosto pela coisa.   

    [...]

— Onde é que você 'tava, Jaebum? — assim que adentrei a porta de casa, JinYoung me recebia com uma pergunta. — Eu te liguei mais de cem mil vezes!

— Jackson, BamBam e Yugyeom! Eles marcaram um "encontro entre amigos" e eu banquei de babá.

— Logo você? Que não sabe nem cuidar de um cachorro?

— Ei! — exclamei.

— Vai tomar um banho logo. Seu dia foi cansativo pelo jeito. — Riu.

Apesar de ter virado babá de três adultos com cérebros de criança, ao menos um dia que JinYoung não tivera sido grosseiro comigo. Me pergunto se ele arma algum plano contra mim.