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História Maps - Im Not Like You.


Escrita por: JaqueRochaLima e Whoisfaqui

Notas do Autor


REGRA:
Leiam as notas finais!
Boa leitura!

Capítulo 6 - Im Not Like You.


Fanfic / Fanfiction Maps - Im Not Like You.

03:54AM

Acordei novamente com aquele rosto em minha mente após mais um pesadelo. Minhas noites estavam banhadas em pesadelos desde que cancelei a viagem para Los Angeles. Olhei meu telefone e percebi que era cedo da madrugada. Coloquei um casaco e fui até a cozinha. Clara havia dormido sobre alguns papéis que percebi serem sobre a tal máfia de Los Angeles, mas me recusei a ler qualquer coisa sobre tal assunto pois sentia que iria mudar de ideia.

Peguei uma Vodka da geladeira e subi as escadas. Fechei a porta e coloquei meus fones me sentando na poltrona que tenho próxima a janela. A noite estava estrelada embora houvesse algumas nuvens escuras, o que eu logo percebi que trariam chuva pois algumas gotas estavam batendo contra o vidro da minha janela. Fechei a cortina de veludo vermelho e terminei minha Vodka em um só gole. Coloquei a garrafa ao lado do meu computador e me sentei sobre as pernas o ligando.

Verifiquei meu e-mail e minhas redes sociais e logo após abri um site de notícias. Em todo lugar que eu lia, era sobre algum roubo à algum caminhão em alguma cidade de Los Angeles. Nossa, como aquele site gosta da palavra “algum” e derivados. Li algumas notícias sobre o assunto, mas me irritei e fechei a tela voltando a me deitar. Desliguei meu telefone para que não tocasse de manhã e eu pudesse dormir sem precisar me preocupar com horário. Mas meu erro foi achar que dormir era a melhor escolha. Devo assumir que senti saudades dos sonhos com o cara misterioso.

2 Julho de 1991

P.O.V Maddie Gomez

- Maddie, está pronta? – Camille perguntou enquanto eu retocava meu batom vermelho. Meu nome é Madisson Teffey Gomez. Tenho 20 anos e sou uma das melhores dançarinas dessa boate. Hoje é o meu dia favorito, o dia dos advogados. Uma vez a cada duas semanas, vários advogados de Los Angeles vem até Chicago só por causa da boate, e eu é claro, não posso deixar uma oportunidade de ganhar um dinheiro extra desses caras, passar.

Estava completamente pronta, meu cabelo ruivo liso caía pelos meus ombros mesmo não sendo muito comprido. Minha roupa extremamente curta, marcava minhas curvas e me deixava com um estilo vulgar, que é o que esses filhinhos de papai mais amam. Eu e Camille entramos no palco e começamos o nosso show, dançamos, rebolamos, basicamente quase tiramos a roupa naquele palco, e eu sentia os olhares sobre mim, mas um específico. Um rapaz de uns 22 a 25 anos me encarava como se eu já estivesse nua em sua frente, o que era quase verdade.

Após o show, voltei para os fundos onde ficava meu “camarim” e contei o dinheiro que fora jogado para mim. Ganhei quase mil dólares só de dançar para aqueles idiotas. Retoquei meu batom, prendi meu cabelo em um coque bem firme e voltei para o local, agora em meio a multidão, para beber alguma coisa. – Uma dose de Whisky! – Pedi ao barman e o cara que me olhava se parou ao meu lado.

– Duas! – O olhei curiosa e ele piscou, assim que o barman nos entregou ele pagou pelas duas e piscou para mim. Saiu dali para assistir ao show das outras meninas que estavam dançando, mas volta e meia ele me olhava e piscava. Quando era quase três horas da madrugada, tomei minha última dose de Vodka e saí dali. A caminho do camarim alguém em puxou pelo braço e me segurou, me virei para xingar quem fosse mas encontrei aqueles olhos verdes que a pouco estavam me olhando.

- Posso ajudar? – Perguntei me soltando dele e sorrindo.

- Claro, mas não aqui. – ele falou e me mostrou um bolinho de várias notas de 100 dólares. Sorri maliciosa e tentei pegar o dinheiro mas ele guardou no bolso novamente. – Trabalho primeiro, depois o salário. – Falou rindo e eu o peguei pela mão levando até um dos quartos luxuosos que havia no andar de cima. Eu não era a prostituta do local, mas caso alguém oferecesse uma quantia boa, as dançarinas poderiam aceitar, o que era o caso.

Entramos no quarto e eu o conferi. Era regra, sempre que alguém entrasse no quarto, deveria conferir se estava tudo ok, caso não estivesse, a ficha dos quartos era conferida e a última a usar sofreria consequências. Tirei meus saltos altos e conferi meu cabelo. Enquanto me olhava no espelho o rapaz me abraçou por trás me beijando na nuca. Aquilo estava romântico demais para ser um programa.

O peguei pela mão o levando até a cama, o deitei subindo em cima dele. Comecei com coisas mais quentes, correspondendo ao fato de ser sexo pago, mas ele não pareceu gostar. Queria coisas mais românticas, e como era ele que estava pagando, óbvio que comecei a corresponder a todo aquele doce que me deixava enojada.

Passado quase 30 minutos, enfim terminamos e eu recebi o pagamente pelo meu programa. Quando contei, vi que ele pagara cinco mil dólares por aquilo. Fiquei perplexa e o encarei segurando o dinheiro. – Por que tanto? Gostou tanto assim de mim? – Perguntei irônica.

- Na verdade, gostei sim, mas não é por isso que paguei tanto. Não gosto de programas assim, então, que tal sairmos e você ser minha acompanhante? – O olhei confusa e respirei fundo me levantando. Procurei por minhas roupas em silêncio enquanto pensava em uma resposta a altura daquela bobagem toda que ele sugerira.

- Está falando sério? – Clichê? Talvez, mas foi a única coisa que veio em minha cabeça após aquilo. Ele apenas assentiu e eu resolvi aceitar. Era meio baixo aceitar algo do gênero mas não tinha mais o que fazer. Beber e comer com um cara lindo e gostoso como ele, não me mataria, eu espero.

 12 Outubro de 1991

Os meses passaram e Joseph e eu estamos juntos. Não juntos oficialmente, pois os pais dele nunca aceitariam, mas estamos saindo ainda. Somos um casal feliz de certa forma. A prostituta e o milionário. Mas algo está soprando em meu ouvido que essa paz irá acabar assim que ele souber meu segredo. Estou grávida. Pedi que ele me encontrasse na boate hoje. Iria dançar e depois poderíamos sair para conversar.

A noite chegou e com ela meu nervosismo. Tomei um banho e coloquei uma roupa simples. Calça jeans, blusa branca com um ombro caído e um scarpin branco. Peguei as chaves do carro e fui até a boate. Fui ao camarim e comecei a me arrumar. Depois de pronta, eu e Camille fomos ao palco, fizemos nosso show e recebemos inúmeros aplausos como sempre. Juntamos nosso dinheiro e contamos, o mesmo valor de sempre. Quase mil dólares.

Assim que troquei de roupa, fui até a boate e procurei por Joseph, o vi a alguma distância, ele passava a mão em uma das prostitutas da casa. Fiquei o observando com os olhos marejados até que ele me viu. Eu saí quase correndo dali e fui em direção da rua. Ele me alcançou e me puxou pelo braço. – Não seja ciumenta, não temos nada sério! – Me segurei para não dar com a palma da minha mão naquele rostinho bonitinho. Coloquei a mão sobre a barriga agora chorando e ele me soltou. Ouvi dele uma gargalhada como se aquilo o divertisse.

- Achou que ficar grávida faria com que eu pedisse você em casamento? – Uma raiva profunda me inundou e eu dei um soco em seu rosto. Tenho 99% de certeza que quebrei seu nariz. – Vadia. – Ele sussurrou mais eu o ouvi. Ele limpou o sangue e veio até mim me segurando pelos cabelos. – Mande um beijo a essa criança quando ela nascer. Se é que você a conhecera. – Ele me deu um soco na barriga e me deixou jogada no chão. Ouvi ao longe ele ligando para a polícia. Ele tirou o relógio e jogou no chão o quebrando junto com o telefone.

Assim que a polícia chegou ele disse que eu o assaltei e quando ele reagiu eu quebrei suas coisas. Segurei meu riso por aquela banalidade pois estava muito fraca para qualquer coisa. Lágrimas escorreram de mim por lembrar do soco que levei em meu ventre e o medo de perder meu bebê. Assim que os policiais me pegaram e eu sussurrei. – Meu bebê. Digam que não o perdi. – Ouvi eles dizendo que iriam ver isso e me colocaram no carro. Naquele momento eu apaguei mas saberia que não havia mais saída.

Joseph descobriu da gravidez e me colocou na cadeia para que eu não contasse a ninguém. Minha filha ou filho nasceria naquele lugar horrível pois ganhei um ano de pena. Minha vida havia acabado. Eu havia perdido tudo.

 23 Junho de 1992

Aquela dor de novo. As contrações estavam cada vez mais curtas e eu sabia que minhas meninas estavam chegando. Fui levada até a área médica e lá um obstetra me esperava. Colocaram-me na cama e ele começou a me preparar para o parto. Eu via o movimento de enfermeiras, do médico, todos em minha volta e eu só queria gritar de dor. *O parto das minhas meninas e o pai delas não vai assistir!* Não era exatamente o sonho de toda mãe.

Assim que o obstetra se arrumou ouvi ele pedir. – Faça o máximo de força que conseguir Maddisson! - Ele não precisou pedir duas vezes. Comecei a fazer força e só parei assim que a minha primeira menina saiu. O médico pediu que eu continuasse com a força mas ver a minha pequena ali toda sujinha e encolhidinha por causa do frio, era a melhor cena do mundo. Voltei a fazer força e dessa vez só parei assim que tive a minha segunda menina fora do meu corpo. Não sei se isso era bom ou ruim.

Os momentos a seguiram eu assisti com os olhos marejados. O médico colocou as meninas no meu colo e eu chorei junto delas. – Qual são os nomes? – Uma das enfermeiras que havia limpado a primeira, me perguntou. Eu sorri acariciando a bochecha das duas. – Clara e Selena. Clara e Selena Gomez. – Falei sorrindo e a enfermeira me olhou. – E o nome do pai? Não vai colocar? – Suspirei e sorri orgulhosa de ser tão forte.

- Ele descobriu da minha gravidez e pôs atrás das grades por algo que não fiz. Minhas filhas nunca saberão quem foi o pai delas. Nunca! – Falei decidida e dei um beijo na testa das duas. Selena já dormia calmamente mas Clara procurava por comida. A enfermeira pegou Selena e a colocou na caminha ao lado e eu amamentei Clara que logo dormiu. A enfermeira me ajudou a ir ao banheiro e eu tomei um banho rápido. Coloquei a camisola e voltei ao quarto/cela onde ficaria por um curto tempo.

Eu teria uma cela própria nos quatro primeiros meses para amamentar. Depois as meninas ou iriam para alguém da família ou iriam para um centro de adoção. Minha mãe foi me visitar dois dias antes do parto e disse que cuidaria das meninas até que eu saísse da cadeia. Fiquei muita grata por isso embora eu saiba que ela não suporta tal idéia. Mas agora seria assim. Eu com as minhas filhas. Depois elas com a minha mãe. Depois voltariam a mim e nunca mais as deixaria.

05:10AM

P.O.V Selena Gomez

Acordei suando frio e assustada. Nunca havia sonhado coisas assim. Já havia sonhado sobre como eram os meus pais e a vida deles mas nunca fora tão real. Parecia um filme em minha cabeça, um filme que com certeza eu não queria assistir de novo. Levantei-me e fui ao banheiro. Liguei o chuveiro e tirei minha roupa ficando embaixo da água fria por uns minutos. Quando comecei a ficar com frio desliguei a água e me enrolei na toalha. Fui ao quarto e me sentei na poltrona perto da janela vendo a chuva cair forte. Encolhi minhas pernas e comecei a chorar. Meu mundo pareceu desmoronar. Aquele monstro destruiu minha vida antes que eu sequer nascesse. Eu parecia uma menininha chorando ali mas eu não queria mais nada além disso naquele momento.

Passado quase uma hora ali o dia já estava “claro”. Ou o quanto podia por causa da chuva. Percebi que ainda estava enrolada na toalha e fui me trocar. Coloquei um macacão curto jeans. Uma sandália baixinha e um óculos de sol, não que precisasse mas apenas para esconder as olheiras da noite mal dormida. 

Desci as escadas e Clara estava vendo o jornal da manhã. – Bom dia! – Falei ao passar pela sala e fui até a cozinha. Ok, isso foi estranho, mas meio impulsivo. Servi um copo de suco de laranja e fui até a sala. Sentei-me ao lado de Clara olhando as notícias. Ela já vestia o uniforme e estava concentrada na TV. Fiquei tomando o suco e vendo as notícias que quase todas diziam a respeito daquela maldita máfia de Los Angeles.

Fazia tempo que eu e Clara não ficávamos no mesmo cômodo sem brigar. As vezes eu tentava me lembrar o que aconteceu que enfraqueceu nossa amizade. Quando éramos pequenas, uma ajudava a outra. Eu brigava na escolhinha defendendo ela quando as menininhas queriam bater nela, e ela me ajudava a estudar porque não era meu forte. Mas aconteceu uma coisa. Que sinceramente, eu odeio lembrar porque enfraquece qualquer laço que tenha sido criado como tempo.

Não é nenhuma novidade que eu não seja a favorita da família. Mas eu não sei o que aconteceu quando éramos pequenas, pois nem mesmo quando éramos bebês, eu tinha atenção. Sempre era a linda Clarinha. Tudo do bom e do melhor. Se ela ganhava um chocolate, eu ganhava uma bala. Se ela ganhava uma boneca, eu ganhava chocalho. Tudo era sempre melhor pra ela e eu nunca entendi o porque. Mas a gota d’água foi na nossa formatura. Eu nunca repeti de ano e nem a senhorita perfeição.

Aos 17 anos, eu e Clara nos formamos no ensino médio. Eu sempre sonhei em fazer faculdade e medicina. Cheguei a fazer cursos gratuitos no centro médico voluntário mas nunca contei a ninguém. Após a formatura fomos comemorar em uma pequena festinha. Eu estava namorando um garoto incrível, ele era lindo, inteligente e sonhava em ser médico assim como eu. Ele queria ser obstetra e eu pediatra. Na metade da festa ele estava bêbado e eu saí de perto dele para dançar um pouco já que ele me prendia quase que com uma coleira.

Quando procurei por ele, vi ele e minha querida irmã quase transando em um canto da festa. Comecei a chorar e saí dali o mais rápido possível. Ainda lembro da cena como se houvesse sido na noite passada. Andei pela rua até a hora de chegar em casa. Tomei um banho e me deitei. No outro dia quando acordei minha avó me chamou para tomar café pois iriam nos dar o presente de formatura.

Na mesa, não houve uma troca de olhares entre mim e Clara pois ela sabia o que fizera. Mas eu tinha uma esperança. A faculdade de medicina. Havia ouvido um dia meus avós conversando sobre faculdades. Estavam escolhendo as melhores de Chicago e eu fui pesquisar e em todas havia o curso de medicina. Assim que meus avós começaram a falar eu abri um sorriso. Finalmente iria conseguir dar um rumo na minha vida e ser feliz fazendo o que amava.

- Meninas. Queremos dar os parabéns por essa conquista de vocês. Vocês lutaram e conseguiram. Uma lutou mais que a outra mas mesmo assim estamos orgulhosos. – Eu abaixei meu olhar meio triste com aquilo. Eu nunca era reconhecida. – Mas o presente corresponde ao nível de vocês, estudos e futuro. Selena, tenho que dizer que sou o mais orgulhoso de nós dois minha neta. Sua mãe ficaria muito feliz em vê-la formada e pensando no futuro. Por isso, queremos te dar uma casa só sua, minha querida. – Meu mundo desmoronou naquele momento.  Lembro de que comecei a chorar completamente infeliz. Meu avô me abraçou e me entregou a chave da propriedade. Eu não ouvi mais nada, só queria chorar e chorar. Não tinha um emprego, não tinha como entrar nem na faculdade pública. Sequei minhas lágrimas tentando respirar normalmente novamente, mas não consegui quando ouvi a pior frase da minha vida. – Clara, meu amor, você vai para a faculdade de direito.

Eu me levantei e saí correndo dali. Sentei-me na minha cama após fechar o quarto a chave e chorei a tarde toda. Como eles puderam fazer isso comigo? Então eu fiz a melhor escolha. Arrumei minhas coisas e sem despedidas nem nada, me mudei para a minha casa. Ela já estava mobiliada e era linda. Mas sem um trabalho como eu poderia morar ali. Troquei de roupa e saí pela rua pensativa e foi ai que roubei meu primeiro carro e fui para a cadeia, conheci Ashley e minha vida mudou completamente. Depois ganhei meu primeiro carro do meu avô antes dele morrer e tudo mudou.

Mas meu ressentimento por Clara ter destruído meu futuro não mudaram. E se eu puder, irei destruir o dela. Por isso beijei o namorado dela, por isso neguei me infiltrar na máfia do Bieber. Por isso eu faço de tudo para destruir a Clara, por que ela me destruiu e eu não vou medir esforços para destruir tudo dela, incluindo a carreira. Pois ela acabou com a chance de eu ter uma também.


Notas Finais


Bom gente, quero dizer que estou muito feliz com os comentários e favoritos da fanfic, acho que nunca vou cansar de dizer isso... Mas também quero dizer que esperava mais de um capítulo tão importante como o anterior que foi o nosso menos reconhecido. Ninguém é obrigado a comentar mas é sempre bom pois vocês nos estimulam a escrever mais e mais :)
É isso... Obrigada e continuem comentando, divulgando e gostando pois amamos escrever a Maps!!
E outra coisa, os dias de postagem mudaram... Agora os capítulos iram ser postados todas as terças e sabados, ao invés de apenas aos sabados. \o/
E pra quem pede Jelena..... TEREMOS SURPRESAS NO PRÓXIMO CAPÍTULO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
xoxoxo


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