História Maps - Sugar!

“Estou machucado, baby, estou destruído. Preciso do seu amor, amor
Preciso agora!” – Marron 5

Los Angeles, Downtown - 11:00 pm

Cheguei em meu apartamento onze horas em ponto. Bati a porta com força e me joguei no sofá. Minha vontade era de quebrar a casa toda mas como eu não tinha empregada provavelmente eu iria ter que limpar. Queria chorar mas não daria esse gostinho a ele. Nao mostraria que a Selena fraca ainda existia. Gritei com todas as minhas forças os inúmeros palavrões que inundavam minha mente naquele momento. Todos direcionados a ele.

Era óbvio o objetivo de Charles, fazer da minha vida em LA um verdadeiro inferno. Pelo que percebi tudo isso se tratava de vingança. O modo como falava de Justin e Ryan. Tudo isso era por ter sido trocado. Patético!

Ele ameaçou contar caso eu não fizesse o joguinho dele, mas eu sabia que no final, ele contaria. Eu só estava adiando o inevitável.

Levantei-me e fui até a geladeira, servi uma grande dose de Tequila e voltei até a sala. Liguei a televisão e o vídeo game e coloquei God Of War 3. Não tinha nada novo para jogar então vai esse mesmo. Comecei a jogar e colocava toda a minha fúria nos movimentos. Joguei por quase duas horas sem parar um segundo. Olhei o relógio e já marcava uma hora da madrugada. Clara me ligara dez vezes durante a noite, mas eu não queria falar com ela. Por mais que eu amasse minha irmã, tudo era culpa dela. Ela devia saber que havia membros de Chicago que reconheceriam ela.

Dei pause no jogo e subi as escadas da nova casa e adentrei meu quarto. Tudo estava escuro e me bati em algumas coisas. Fui direto ao banheiro e tomei um banho. Deixei que a água quente tirasse toda a raiva de mim. “Você não é nada!” Disse ele enquanto eu abria a porta do carro. Ele me destruiria, faria eu me humilhar. Nunca me senti tão fraca.

Eu terminei meu banho e me enrolei em uma toalha, soltei meu cabelo do coque e deixei que as leves ondas caíssem sobre minhas costas. Fui ao quarto e me vesti. Nada mais que lingerie e um moletom antigo que por ironia era de Chaz de quando transamos em Chicago. Desci as escadas novamente e fui a cozinha. Servi mais tequila e voltei a jogar.

Era quase duas e quinze quando ouvi o som da campainha. Dei pause no jogo e fui até a porta. Imaginei muitas pessoas que poderiam ser, Ryan ou talvez Chaz para me humilhar mais um pouco, nunca imaginei ver ele e sinceramente, nem queria que fosse.

Justin segurava uma caixa em suas mãos e me encarava com um sorriso curioso. Minha cara não devia ser das melhores naquele momento pois ele permaneceu quieto e o sorriso de dispersou lhe deixando com uma expressão preocupada. – O que faz aqui? – Perguntei fria e ele sorriu balançando a caixa.

- Vim te dar um presente. Posso entrar? – Respirei fundo e dei espaço para que entrasse no apartamento. Ele sorriu e entrou deixando a caixa sobre o sofá vermelho. Justin me encarou quando me aproximei ele colocou as mãos nos bolsos da calça. – Você está bem? – Ele perguntou e eu me fiz de confusa e o olhei com um ponto de interrogação flutuando sobre minha cabeça. Eu sabia que ele devia querer saber como eu estava após o incidente com Ashley, mas aquele com certeza, era o menor dos meus problemas.

- Estou ótima. – Falei irônica dando as costas a ele e fui em direção a cozinha. Abri a geladeira e peguei duas garrafas de cerveja. Ele ainda me olhava curioso e preocupado. Abri ambas e alcancei uma a ele. – Eu estou bem. Juro. – Falei e ele sorriu. Seguimos até a cozinha onde nos sentamos no tapete de veludo preto.

- A sua casa é muito gótica, me sinto na casa de um vampiro. Não era assim quando te dei. Isso precisa de cor. – Falou olhando em volta e eu soltei um risinho debochado.

- Vou pensar nisso. – Falei debochada e ele sorriu me olhando. – E o presente? – Perguntei curiosa e ele me alcançou a garrafa de cerveja e pegou a caixa. O olhei curiosa enquanto ele abria. Levantou-se enquanto abria a tampa e tirava os papéis que ficavam por cima do que quer que estivesse lá dentro. Quando Justin retirou o que estava dentro da caixa, meus olhos brilharam. Era perfeito. Meus olhos encontraram os de Bieber e eu contive um sorriso. – Justin, é perfeito! – Falei e ele sorriu me entregando. Senti o tecido e era leve e perfeito. Combinava com minha pele e o modelo cairia bem sobre meu corpo com curvas.

Encarei Justin a espera de uma explicação, mas ele não disse nada. Apenas tirou o par de sandálias da mesma cor do vestido de dentro da caixa e me alcançou. Ele sentou-se no sofá novamente pegando a garrafa de cerveja de volta. Eu não tinha palavras para definir aquele presente.

- Quer que eu experimente para você ver? – Perguntei sorrindo e ele negou me deixando confusa e de certa forma, meio triste.

- Na verdade não, eu quero surpresa.

- Para que é esse vestido afinal? – Perguntei guardado-o na caixa de volta e me sentei sobre as pernas ao lado dele.

- O baile. Como você me mandou a foto do seu vestido e eu achei que está calor de mais para você usar um vestido de mangas compridas, eu comprei um novo. Um presente. – Ele falou sorrindo e eu sorri de volta. Me inclinei e lhe dei um beijo estalado na bochecha. Ele sorriu e me puxou me fazendo sentar em seu colo. – No rosto? Acho que mereço mais que isso. – Ele falou e eu larguei as garrafas em algum lugar do tapete. Acariciei seu rosto e o beijei com vontade. Ele mordeu meu lábio inferior e eu sorri. Senti as mãos dele em minha cintura e mudei a forma de me sentar, colocando uma perna de cada lado de sua cintura.

Afastei meus lábios dos de Justin e ele sorriu, mas pareceu confuso com meu ato. – Você está diferente. Digo, comigo. Está tudo bem? – Perguntei e ele acariciou minhas coxas e sorriu.

- Tudo ótimo. – Falou me dando um longo selinho. Achei que aquilo iria virar outra coisa, mas estava enganada. Justin parou o beijo novamente mas não me tirou de seu colo. Pelo contrário. Ele se levantou. O beijei no pescoço mantendo minhas pernas entrelaçadas em sua cintura e ele me levou até a cozinha. – Já jantou? Estou com fome! – Falou me sentando sobre a bancada. O olhei sorrindo. Suas tatuagens estavam a mostra por conta de estar com uma regata. A calça caída mostrava sua cueca preta. Ele estava lindo, talvez sempre estivesse. Eu sorri, aquilo era real? Ele estava mesmo ali?

- Você vem pra minha casa para comer? – Perguntei rindo e ele riu junto abrindo a geladeira, logo depois a fechou e pegou o telefone. – O que vai fazer, Justin? – Perguntei descendo da bancada e ele fez xiu pra mim. Me fingi de ofendida e ouvi ele falar pelo telefone. Passou o meu endereço e logo o que ele queria na pizza. Revirei os olhos e ele logo desligou.

- Ah, eu pedi, mas quem vai pagar é você! – Ele falou e foi para a sala.

- O que? – Pergunte e fui atrás dele. Ele se deitou rindo no sofá e eu me deitei rindo ao seu lado com a cabeça em seu peito. Rimos juntos por alguns minutos ate que nossa respiração se acalmou. Fiquei traçando linhas imaginárias em suas tatuagens por um longo tempo até que cortei o silêncio que se instalou entre nós. – Desse jeito até parecemos um casal normal. – Falei e mesmo sem o olhar eu senti ele sorrindo.

- Nós somos um casal normal. – Ele falou e eu sorri e levantei um pouco o rosto para observa-lo.

- Ah claro, tirando que sou sua amante e que você é meu chefe e que por acaso eu trabalho para uma das mais perigosas máfias dos Estados Unidos. Isso é muito normal né, Bieber? – Ele riu e depositou um longo em meus lábios.

- Somos normais, no nosso próprio mundo. – Eu sorri e quando ia responder a campainha tocou. Me levantei do sofá e peguei o dinheiro sobre a bancada e fui até a porta. Paguei pela pizza e recebi uma cantada muito idiota do cara da pizza. Justin chegou por trás de mim me abraçando e o cara saiu de cabeça baixa e eu ouvi Justin rir se afastando de mim. Fechei a porta e fui à sala. Coloquei a caixa sobre o tapete e Justin pegou uma coberta no meu quarto. Colocamos as almofadas no chão e eu peguei mais duas cervejas.

Ele ligou o vídeo game e assim ficamos até quatro da manhã. Jogando, comendo e bebendo cerveja. – O que foi aquela cena com o cara da pizza? – Ele sorriu e me olhou.

- Você já viu Supernatural? – Perguntou e eu assenti. – Lembra da história do cara da pizza? – Eu comecei a gargalhar ao meu lembrar do que ele se referia. Ele me acompanhou rindo e depois de longos minutos, finalmente me acalmei e tentei normalizar a respiração. Ele fez o mesmo e eu sorri. Aproximei meu corpo do dele e recostei minha cabeça em seu ombro enquanto jogávamos, de repente meu corpo foi lançado bruscamente para frente e eu me levantei. Justin me olhou assustado eu segurei o riso.

- Me lembrei de uma coisa. – Justin pareceu confuso e eu fui até a cozinha. Peguei o pote e sorvete de chocolate e a calda. Precisa de algo doce. Peguei duas coleres e voltei a sala. Justin me olhou e sorriu.

- Mulheres e seu amor por chocolate. – Eu sorri e assenti enquanto me sentava em seu colo. – Isso vai virar outra coisa com você no meu colo. – Ele falou pegando uma das colheres.

- Deixa de ser tarado por sexo. Eu só quero comer.

- Eu também. – Ele falou rindo e não pude conter a gargalhada. Aquela frase tinha um duplo sentido explicito. Peguei uma colher cheia de sorvete e coloquei calda. Propositalmente Justin bateu na minha mão fazendo com que eu me sujasse. O olhei irritada e ele agora ria da minha cara, agora suja pela calda cremosa de chocolate.

- Idiota. – Falei usando o moletom para limpar minha bochecha. Ele sorriu e me deu um beijo no lugar que estava sujo. Virei meu rosto e lhe dei um selinho. Ele sorriu e aproveitei sua distração para sujar seu rosto com o sorvete da minha colher. Ele me olhou com uma cara de falsa irritação e eu gargalhei lhe sujando mais um pouco. Ele pegou a sua colher e colocou sorvete sujou meu pescoço. O gelado do doce acabou fazendo meu corpo se arrepiar e o olhei irritada. – Isso está gelado. – Falei limpando meu pescoço onde ele se aproximou e limpou com sua língua logo subindo seus lábios de encontro ao meu. Eles tinham um gosto doce.

- Geralmente o sorvete é gelado, Gomez. – Falou debochado e eu lhe sujei novamente. Ele riu derramando calda em minhas pernas e eu joguei sorvete em seus braços.

- Estamos grudentos e açucarados. – Falei me levantando de seu colo. Ele riu concordando.

- Algo contra açúcar? Deixe que eu adoce a sua vida ok? – Falou e eu parei de rir e o olhei sorrindo. Assenti e lhe dei um selinho longo. Ele se afastou com cara de nojo. – Você está grudenta. – Ele falou e eu ri. Peguei tudo e levei a cozinha. Coloquei o resto do sorvete no congelador e a calda no armário. Lavei as colheres e junto meu rosto e pescoço. Voltei a sala e Justin estava jogando novamente. Sentei-me ao seu lado recostando novamente minha cabeça em seu ombro e voltando a jogar.

Assim ficamos. Jogando até que meu telefone já mostrava o relógio de cinco da madrugada. Eu e Justin arrumamos a sala e depois ele vestiu a camisa e a jaqueta de volta para ir embora.

- Não quer dormir aqui? – Perguntei lhe pegando pela mão e ele sorriu me dando um selinho.

- Melhor não, tivemos uma coisa legal aqui mas sei lá, dormir aqui vai realmente nos transformar em um casal. Melhor eu ir embora. – Ele falou e eu soltei sua mão. Assenti sem demonstrar que havia ficado chateada por ele negar e ele me deu um beijo no canto dos lábios. Caminhamos de mãos dadas até a porta e ele me deu um último selinho mas eu permaneci ali. Quieta enquanto ele saia pela porta. Dei de ombros e desliguei as luzes. Fui a cozinha e me servi com um copo de água. Meu telefone tocou e eu vi o número de Clara no visor. Ignorei a ligação e desliguei o telefone. Fiquei encarando o nada por alguns minutos até que vi uma silhueta masculina na porta da cozinha. Revirei os olhos achando estar vendo uma miragem mas notei que estava errada quando a “miragem” se aproximou de mim. Larguei o copo rapidamente e encarei ele confusa. Ele me puxou pelo tecido fino do moletom e pude sentir nossos corpos colados. Ele me beijou sem me dar a chance de falar nada.

O beijo foi longo e eu sorri quando nos afastamos. – Porque voltou? – Perguntei ofegante e ele sorriu me dando um selinho.

 - Quer mesmo que eu responda? – Ele perguntou e eu neguei sorrindo e o beijei novamente. O peguei pela mão e juntos, subimos a escada até meu quarto. Ele fechou a porta com o pé e como recém casados ele me pegou no colo antes de me deitar na cama. “Engatinhou” na cama até ficar por cima de mim. Tirou a jaqueta e a camisa e eu tirei o moletom ficando apenas com a lingerie. Senti os olhares de Justin sobre meu corpo. Ter aqueles olhos encarando meu corpo me fazia viciar nele a cada dia mais. Tudo que eu precisava era ter ele tocando em mim naquele momento.

Acariciei seus braços sentindo os músculos de Bieber e ele se aproximou de mim. O beijei no pescoço, mordi sua orelha e depois desci os beijos. Beijei suas tatuagens, tanto no braço como as do peito. Justin se deitou e me puxou para cima dele voltando a me beijar. Afastou os lábios dos meus mas logo os senti sobre meu pescoço. Suas mãos abriram meu sutiã que abria na frente. Assim que tirei o sutiã por completo, Justin voltou a me deitar na cama, e seus beijos atingiram meu busto e logo meus seios.

Fazia tempo que não sentia Justin, seus toques e beijos em mim. Os toques por completo, pois nos arriscamos aquele dia na casa dele. A última vez fora naquela loucura a três, mas mesmo assim, não era o mesmo Justin que tocava em mim agora. Sentia uma mudança, a começar pelos beijos. Tudo estava mais delicado, tudo estava com mais sentimentos. Embora eu não ache que há algum sentimento dele por mim, pois eu por ele, as coisas mudaram. Aquilo era preocupante, mas no momento, tudo que eu queria era que aquilo não acabasse.  

Puxei Justin voltando a beija-lo, entrelacei minhas pernas em sua cintura e senti ele apertar minhas coxas. Eu mexia em sua nuca com minhas unhas e sentia Bieber se arrepiar com meu toque. Justin se levantou e tirou o resto de roupa que ainda nos atrapalhava. Ele voltou a cama e começou a tocar meu corpo novamente. Suas mãos tocavam toda a lateral do meu corpo, desde os seios até as coxas onde fazia questão de apertar me arrancando um gemido.

As mãos que antes acariciavam meus seios agora retiravam delicadamente a última peça que nos separava. Assim que jogou minha calcinha longe, beijou toda a minha perna até chegar nas coxas. Senti ele cravar os dentes nela e um gemido mal calculado saiu. Mistura de dor e prazer em sentir aquela mordida. Seguiu uma trilha de beijos até chegar em minha intimidade. Uma mão ainda apertava minha coxa mas a outra já mexia em minha intimidade como se ela não estivesse preparada para ele desde que o vi naquela porta.

O meu mundo parou quando senti a língua de Justin em contato com meu corpo. E naquele momento esqueci de Chaz, de Clara, de Yovanna e do resto do mundo. Tudo que importava era tê-lo ali comigo. Assim que ele subiu seus lábios pelo meu corpo, deixando chupões marcados pela minha barriga e seios. Voltou a me beijar. Uma de suas mãos se entrelaçou a minha sendo posta acima da minha cabeça. Senti Justin me penetrar aos poucos, como se estivesse com medo que eu fosse de porcelana e fosse me quebrar em suas mãos. O ritmo lento me irritava. Com a mão livre arranhei as costas dele e ele gemeu em meu ouvido.

Acelerou os movimentos, mas para a tristeza de ambos, meu corpo não agüentou nem se quer dois minutos para atingir ao meu ápice. Justin se pôs ao meu lado deitado e eu o beijei. Com delicadeza e carinho. Sentei-me em seu colo encaixando meu corpo ao dele. Rebolei por um tempo até que ambos alcançamos mais um ápice naquela noite.

Eu me sentia completa. Tudo fora mágico e delicado, com um toque de carinho e algo a mais que eu não sabia o que era.

Eu estava deitada com Justin ao meu lado. Sua mão estava repousada em meu quadril enquanto eu sentia sua respiração em minha nuca. Senti-lo ali, tão próximo, me fazia acreditar que eu poderia ser feliz. Mas no fundo eu sabia, que tudo aquilo estava com os dias contados. Pois logo Chaz abriria a boca ou até mesmo algo iria destruir minha felicidade. O que me restava era aproveitar o momento até que o fim chegasse.