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História Mar calmo - Capítulo final


Escrita por: Liberato_M

Notas do Autor


Último capítulo da fic, negada.
Espero que tenham gostado!
Obrigada por lerem <3

Capítulo 3 - Capítulo final


Fanfic / Fanfiction Mar calmo - Capítulo final

Capítulo final 


          Acordei e fui invadida por uma imensa claridade. Olhei para os lados, ainda meio zonza e percebi que estava em um hospital. Pelo o que parecia, não havia ninguém comigo, já que no quarto só se encontrava uma pessoa: eu.
       Percebi que ainda estava com minha velha e surrada calça jeans, mas haviam colocado uma blusa de hospital, talvez pelo fato de eu ter dado entrada ali apenas de sutiã. 
          Como não havia nenhum tipo de aparelho ligado a mim, o que era bom,me levantei meio cambaleante da pequena cama de solteiro.


     " Onde a senhorita pensa que vai?"  escutei a voz de Camila e me assustei. Não havia percebido, mas havia uma pequena porta no lado direito do quartinho e foi de lá que Camila saiu. Ela parecia cansada e ao mesmo tempo com raiva. Tenho certeza que era por minha causa. " Alice, você é doida? Como você teve coragem de fazer aquilo???"


        Sorri com a sua preocupação e comecei a andar para onde ela estava, que me abraçou assim que cheguei perto suficiente. 


         " Desculpa." foi o que consegui dizer. Ela tinha toda a razão, eu era louca por ter feito aquilo. Eu poderia ter pulado e batido a cabeça em uma pedra, ou até mesmo me afogado. Porém... se eu não tivesse pulado, aquele homem teria morrido. " Eu precisava ajudar aquele homem, Mila! Ou ele iria acabar morrendo..."


          " É, eu sei! " disse ela, me soltando e sorrindo para mim. " Só não tente se matar na minha frente de novo, okay?"


         " Tudo bem!" confirmei, sorrindo junto a ela.


       " Bem...então já que você acordou, podemos ir."  Mila falou, pegando minha bolsa que estava com ela e me entregando. " O médico falou que você só desmaiou, nada demais... Assim que acordasse poderia ir embora."
     
     " Ainda bem!" respondi, abrindo minha bolsa e retirando minha blusa blanca de dentro da mesma. Tirei o blusão do hospital e a vesti, logo em seguida. Peguei minha bolsa novamente e comecei a procurar por um pente de cabelo e um pequeno espelho. Meu cabelo loiro estava totalmente enlinhado e desgrenhado por conta da água do mar. Resolvi não penteá-lo e apenas amarrá-lo em um coque.


     " Enquanto você fica se arrumando, eu vou falar com o médico. Vou dizer que você acordou e que já estamos indo..." Falou ela, já se dirigindo para a porta e passando por ela.


         " Camila, espera!!!" gritei para que não saísse e ela botou a cabeça na porta, me olhando sem entender.


          "  O que foi? 


    " Ele está aqui?" perguntei, indo em sua direção. " O homem que salvei... Ele está aqui?"


    " Sim, ele está. " afirmou ela e completou " Você quer ir vê- lo?"


     Eu não queria vê- lo, pra falar a verdade. Queria apenas saber se estava tudo bem com ele e com o machucado em sua cabeça. Contudo, eu não sei explicar... parecia que algo em mim gritava para ir até ele e que queresse saber mais sobre ele. 


   " Eu quero! " falei e Camila saiu me conduzindo pelos corredores para ver o homem que havia ajudado a salvar.
        Chegamos em um quarto de número 220 e Camila saiu, me deixando em frente a porta sozinha.
       Tomei coragem e resolvi abrir a porta de vagarsinho, apenas para olhar de longe. 
             E ele estava lá. 
        Cabelos castanhos escuros, pele meio pálida e pontos onde antes havia um enorme corte na testa. Haviam algumas máquinas ligadas à ele, o que significava que seu estava não era muito bom.
          Abri a porta mais um pouco e para o meu espanto, havia uma senhora de cabelos  meio grisalhos sentada ao seu lado. Assim que me viu, a mulher ficou de pé e veio em minha direção. 


       " Desculpe, senhora. Eu não queria incomodar!" Fui me desculpando por ter entrado sem permissão e fechando a porta novamente. Porém, a mulher segurou a porta antes que eu a fechasse e sorriu para mim.


          " Não precisa se desculpar, querida!" Falou a senhora, pegando minha mão e me puxando para que entrasse. " Você pode entrar aqui quando quiser, afinal... foi você que o salvou!"


       " Como a senhora sabe?" perguntei, deixando que me conduzisse pelo quarto.
   
        " Os bombeiros me mostraram você. " disse ela com um sorriso e seus olhos marejados. A senhora apertou minhas mãos e me abraçou, o que fez eu me assustar. Contudo, a abracei também.  "Você salvou meu filho... serei eternamente grata!"


        " A senhora não precisa agradecer." Falei, saindo de seu abraço e parando para olhar com mais atenção para o homem que estava deitado na cama. Ele era bonito. Mesmo inconsciente e com ferimentos, ele era bonito. " E ele vai ficar bem? O que os médicos disseram?"


         " Ele levou uma pancada na cabeça muito forte e perdeu muito sangue...." disse a mulher quase chorando. " Os médicos disseram que é quase um milagre ele estar vivo!"


       " Nossa... não pensei que era tão sério! Mas tenho certeza que tudo vai ficar bem, senhora. Seu filho é forte... vai aguentar." Consolei- a e ela me lançou um sorriso em agradecimento. 


        " Ele vai... Vai ficar bom!"


        " Alice?" A porta se abriu e era Camila. " Vamos? O médico já te liberou."


           Assenti para ela e voltei-me para a mãe do rapaz que estava ao meu lado.


      " Eu preciso ir agora. Não se preocupe, seu filho vai ficar bom logo!" Falei e lhe abracei novamente. 


       "Tudo bem, querida! Quando ele acordar digo que você esteve aqui..." a mulher falou e eu apenas confirmei com a cabeça. 


       Antes de sair, fui até a cama do rapaz e apertei de leve sua mão. Nesse momento, posso jurar que senti alguma coisa, um tipo de eletricidade passar pelos meus dedos.


       " Fique bem..." sussurrei para ele e saí do quarto. Só quando cheguei em casa naquela noite, foi que me dei conta de uma coisa...
     
           Eu não havia perguntado qual era seu nome e nem havia dito o meu.


           - Que história mais doida, Alice!!! - falou Tereza, rindo e se ajeitando na sua cadeira. - Mas e o Adam? Onde é que ele entra na história?
             
          - Vou dizer agora. - respondi, tomando um gole da minha água de coco e voltando a falar logo depois. 

          ....Uma semana depois, em um sábado, para ser mais exata, eu tive uma estranha-bela surpresa. 
            Como era sábado e minha folga do hotel, eu me dedicava parte para arrumação da minha casa e parte para escrever novas histórias. Naquele dia em especial, eu estava parecendo uma louca, vestida com um pijama de ursinhos e um par de pantufas.
     Estava terminando de organizar meu quarto, ao som de Ed Sheran, quando minha campainha tocou.
      Não pensei duas vezes antes de abrir. Achava que era mamãe, já que ela havia ido ao mercado, mas não era ela.
          Meu queixo quase caiu de vergonha quando eu vi quem estava parado na minha porta, mais bonito do que quando eu tinha o visto na cama de hospita, com um buquê de flores amarelas.

           " Desculpe vir aqui sem avisar...." começou ele, com um sorrisinho envergonhado no rosto. " Não nos conhecemos direito ainda, já que quando você me viu eu estava inconsciente...Você me salvou e eu tive que pagar uma enfermeira para descobrir quem havia dado entrada comigo, naquele dia..."


      Não pude evitar de rir enquanto ele falava. Ele havia pagado para descobrir quem era eu! E claro que eu não poderia deixar tanto esforço não valer a pena.


         " Não seja por isso..." falei esticando minha mão para ele, que na mesma hora a segurou e apertou. Aquela sensação... aquela eletricidade... aconteceu novamente. " Meu nome é Alice!"
   

         Sorri para ele meio sem jeito e ele retribuiu, dizendo logo depois o que eu havia esquecido de perguntar, naquele dia.


           " É um imenso prazer te conhecer, Alice. Eu me chamo Adam!"
       
          



Notas Finais


É isso ♥


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