História Mar de rosas (abo) - Uchiha nutella

– Capítulo 11 –

Uchiha nutella.

O Konohamaru se preocupou com a ausência sem explicação de seu irmão em casa, ele tinha dito que apenas ia viajar com o Sasuke durante um curto período de tempo, porém o mais novo tinha ido até a cafeteria que o dito cujo trabalhava e o Kiba lhe disse que não tinha visto nem a sombra do ômega. Aquilo estava muito estranho, nunca que o Naruto sumiria e não mandaria nem mesmo uma mensagem para o mais novo, entretanto nem mesmo o telefone ele estava atendendo. Resolveu ligar para a Hanabi já que a família dela tinha alguma ligação com os Uchihas e como ele não tinha o número nem mesmo do Sasuke achou que a Hyūga seria a sua última esperança.

- Alô, Konohamaru! – Ela falou animadamente do outro lado da linha assim que atendeu, aquilo fez surgir um sorriso bobo nos lábios do garoto, mas rapidamente sumiu, o mesmo não poderia se dispersar com os encantos da morena.

- O-Oi, Hana, eu liguei para saber se você sabe algo do meu irmão. Sei que eu quem deveria saber, mas ele sumiu e não me disse nada, como o senhor Hyūga tem ligação com os Uchihas eu supus que vocês ao menos saberiam algo. – Ele explicou meio sem graça, nunca ligava para a ômega e quando o fazia era para algo que precisava.

- Ah, eu não sei de nada, Kono, sinto muito, mas se eu ficar sabendo de algo eu te ligo. – Ela assegurou, a sua animação não mudou em nada mesmo sabendo qual era o motivo da ligação.

- Muito obrigado mesmo, Hana. – O alfa agradeceu ainda envergonhado. – Esse mês eu estou começando um trabalho de meio período à noite, então no final do mês que tal se a gente saísse pra comer alguma coisa? É por minha conta.

A garota do outro lado da linha riu com o convite, achou fofo o que o moreno fez, no entanto também sabia de sua situação dentro de casa, não podia arrancar um tostão sequer do alfa tendo ela tanto dinheiro, não era só porque ele era alfa que tinha que pagar tudo para uma ômega.

- Agradeço o convite, mas não aceito que pague para mim, Kono, eu pago e não aceito um “não” como resposta. – Dito isso a mesma desligou a ligação, impedindo que o Uzumaki se opusesse a decisão dela.

Ele por sua vez ficou um pouco chateado no começo, mas deu um sorrisinho ladino depois enquanto encarava o aparelho em suas mãos, o guardou no bolso e voltou a pedalar sua bicicleta, sabia onde supostamente o seu irmão mais velho estaria: na casa dos Uchihas, tinha que estar, caso contrário já poderia esperar por mais vinte e quatro horas e então tê-lo como desaparecido, chamando assim a polícia para procurá-lo.

O moreno retornou para casa, tinha que aproveitar as poucas horas que ainda tinha em casa para descansar um pouco, queria muito dar a notícia ao seu irmão mais velho sobre ter encontrado um emprego que não se importasse com a sua idade, porém ele tinha um problema maior ainda que era com o traje que deveria vestir para tal trabalho, por hora usaria um terno emprestado de um dos funcionários de lá, entretanto não poderia passar o mês todo trabalhando com um traje emprestado, só que também sabia que o seu irmão não tinha tais condições, logo o Konohamaru tinha três opções: pedir a Hanabi esse favor – o que era abusar demais da boa vontade da garota –, pedir ao Naruto para comparar um de segunda mão, ou pegar um dos Jiraya emprestado – esses ficariam grandes, mas era o recurso mais barato que tinha.

Se jogou no sofá e suspirou ao fechar os olhos, tinha que pensar em algo melhor, mas por hora só podia agradecer ao beta que lhe emprestaria um terno. Eles deveriam estar muito desesperados por aceitarem o alfa sem nem fazerem questionário, segundo o beta o dono do restaurante tinha se divorciado da mulher e estava com muitas dívidas com ela por causa da pensão do filho, logo, vários funcionários haviam deixado o local, o dono assumiu a cozinha juntamente com o seu primo e só sobrou aquele beta como garçom, por causa do salário, o Uzumaki também achou um tanto baixo, comparado ao que o seu irmão ganhava, porém era melhor do que o seu emprego antigo, já que o seu antigo patrão estava dando calote nos pagamentos e ele não podia exigir nada, não tinha carteira assinada por ser menor de idade.

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O loiro acordou atordoado, uma tremenda dor em seus quadris o fez não se mexer durante meia hora após ter se despertado, nem mesmo o seu celular ele conseguiu alcançar para ver a hora. Descansou um pouco e logo uma nova onda de calor invadiu o seu corpo, óbvio, o seu cio não havia acabado, a Ino o atrapalhou, ele tinha que no mínimo passar três dias com o seu parceiro, coisa que não passou nem uma hora direito, estava pensando em vários xingamentos para profanar quando visse a tal loira, mas esqueceu-se de todos eles quando o seu pai adentrou o seu quarto sem avisos.

- Papai, peço que saia, não estou em um de meus melhores estados. – O Deidara pediu ao desviar o seu olhar para o chão, incomodado, além de tudo marcado ele estava desnudo e mesmo que aquele fosse o seu próprio pai ele tinha vergonha.

- Sim, eu sei, porém tenho que arrumar um outro alfa para você ou o seu cio se prolongará por mais de uma semana. – O mais velho explicou sentando-se na ponta da cama do mais novo. Tinha que se mostrar solidário ao filho, afinal, tudo aquilo aconteceu por culpa sua de não estar perto, tanto as coisas do passado, quanto o que acontecera no dia anterior.

- Não quero nenhum outro alfa, papai, eu quero o Sasori. – Retrucou o menor mesmo que com a sua voz baixa por constrangimento, falar aquele tipo de coisa com o seu pai era vergonhoso, talvez fosse bem menos complicado com a sua mãe.

- É verdade, papai. – Uma terceira voz se pronunciou, eles olharam em direção a porta que era de onde a mesma saía e a Ino estava lá encostada na porta com os seus braços cruzados e pose despreocupada. – Olhe o pescoço dele, o Sasori o marcou, isso quer dizer que se ele passar mais tempo longe daquele alfa o Deidara pode vir a óbito e o corpo dele recusará se ele passar o cio com outro alfa.

Ah, sim, como aquela frase chocou o Inoichi, até mesmo o Deidara que até então não tinha notado que tinha sido marcado, maldito Sasori impulsivo. Certo que o ruivo era tudo o que o loiro mais queria, porém não queria ser marcado, não naquela hora, não com aquela idade, sabia o quão dependente um ômega ficava de um alfa após ser marcado, por sorte a culpa não fora sua e o Akasuna não poderia lhe culpar por não conseguir mais ficar com o Naruto, quem mandou ele não segurar aquelas presas na boca?

O loiro tocou o seu próprio pescoço e por um longo período de tempo ficou submerso em seus pensamentos mais profundos, não pôde deixar de dar um sorriso mínimo ao pensar em alianças, gravidez, filhos e um alfa supercarinhoso ao seu lado, no entanto o fato do Sasori lhe rejeitar, ele passar por um longo tempo sentido muita dor até definhar era um pensamento assustador, pois o loiro sabia muito bem que se o alfa não o quisesse mesmo após tê-lo marcado, o único prejudicado seria o ômega.

- Ligue para o Rasa Akasuna, quero toda a família dele aqui na minha mesa para o jantar mais tarde. – O Inoichi ordenou a uma das empregadas que estava nas proximidades e se levantou da cama do ômega em seguida. – Durma um pouco, Deidara, resolverei isso mais tarde, mas quero que tome os seus supressores e esteja adepto ao jantar.

Dito isso o menor apenas balançou a cabeça afirmativamente e se virou para o lado da parede, puxando o seu lençol consigo e fechando os seus olhos ao sentir seu rosto esquentar a medida que as suas lágrimas escorriam, a Ino por sua vez se apressou em pegar o remédio do irmão e um copo com água, já o patriarca apenas suspirou com tudo aquilo e deixou o quarto, não permitiria ver o seu filho sofrer outra vez e não poder fazer nada, já tinha sido covarde o suficiente com ele, a vida estava lhe sendo dura demais, ele não necessitava de mais alguém frio ao seu lado.

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O quarto tinha sido tecnicamente invadido ao ouvir tais palavras, o Menma com uma cara estranha enquanto respirava fundo e o Naruto com uma expressão atônita, aquilo assustou o Uchiha por alguns segundos, mas palavras como “cheiro de alfa” não saía de sua cabeça, e por incrível que pareça, quando o mesmo adentrou o cômodo sentiu mesmo uma leve fragrância de ômega diferente da que geralmente sentia no Uzumaki ou no seu cunhado, assim como um cheiro de alfa.

- Não estou sentindo nada, você deve estar ficando louco, Menma. – O loiro reclamou fazendo pouco caso do comentário alheio e tentando não jogar bronca para o seu lado, já que o Sasuke tinha chegado.

- Eu estou sentindo. – O caçula dos Uchihas falou e o Menma se virou para ele, assustado, por mais que ele pensasse em terceiros alfas com o Naruto, não queria que o Sasuke pensasse o mesmo, afinal, ele sabia que o loiro não era infiel, certo?

- Eu só estou sentindo o cheiro dessa comida delicio... – Cortou a si mesmo levando ambas as mãos para a sua boca e saiu correndo em seguida.

Aquilo deixou os morenos ainda mais em alerta, o Naruto tropeçava em seus próprios pés e em alguns empregados que estavam pelo corredor até finalmente chegar em um banheiro vazio e pôr tudo o que comeu no café da manhã em Paris para fora. Boa, ômega, coloca mesmo todos aqueles pratos chiques, caros e gostosos para fora, a descarga levou junto o seu orgulho ômega e sua dignidade pelo ralo.

Já tinha perdido as contas de quantas vezes vomitou e de quanto tempo passou interditando aquele banheiro, por sorte havia muito mais banheiro naquela mansão, inclusive um no quarto do Sasuke, mas sua memória não lhe ajudou com isso antes de sair correndo pelos corredores. Ninguém ousou entrar no recinto para atrapalhar o Naruto, o cheiro dele estava muito forte e estava misturado com mais alguns, chega dava agonia no nariz do alfa, o Sasuke não pensou duas vezes antes de contatar o seu pai e o mesmo ligou para um médico cujo tinha contato.

Após mais alguns minutos o Sasuke se deu a loucura de bater na porta do loiro, mas para a sua sorte não foi atacado nem nada, foi recebido por um “entre” sob uma voz cansada e desgastada do ômega. Fez o que ele mandou e fechou a porta de madeira atrás de si, observou bem o Uzumaki, ele estava pálido, havia perdido aquele tom bronzeado de sua pele, suas pernas estavam trêmulas, os fios mais assanhados do que o normal, agarrava o vaso sanitário como se fosse o seu alicerce para manter-se ainda sentado, pois de pé já não conseguia mais.

Pôs para fora o que tinha e o que não tinha comido, estava quase dando adeus as suas próprias entranhas. O Uchiha se sentou ao lado do menor e passou a sua mão sobre as costas do mesmo em um carinho reconfortante, seria bobagem sua desconfiar do loiro, era mais fácil fazer isso com a Ino já que a mesma dava algumas fugidas para ficar distante do moreno. Suspirou e encostou a sua cabeça sobre o ombro alheio, abraçando a cintura fina do loiro por trás.

- Você está bem? – Certo, foi uma pergunta boba, mas tinha que fazê-la para quebrar o silêncio, mesmo sabendo que a resposta seria rude.

- Eu pareço bem pra vo... – O Naruto parou de falar na mesma hora, o moreno já estava esperando por uma resposta como aquela, porém não era mesmo isso que o Uzumaki queria dizer, estava agradecido pelo alfa cuidar tão bem de si. – Não, eu não aguento mais vomitar. – Mudou sua resposta e deu um sorriso ladino passando a alisar levemente a mão direita do Uchiha.

Aquilo o pegou de surpresa, ah, se pegou, o Sasuke não pensou que ele fosse mudar sua resposta grossa para uma delicada, achou que o loiro viria com uma pior ainda, por quanto tempo mais o Naruto conseguiria surpreendê-lo tanto assim? O moreno deu uma risadinha e colocou o seu rosto entre os fios dourados do garoto, estava cheirosos como de costume, um cheiro suave que o moreno tanto gostava, apesar daquela confusão de aromas a essência do ômega não tinha se perdido.

- Vamos ao hospital, o papai ligou para um médico que o atende exclusivamente, ele não pôde vir para cá pois os equipamentos são grandes e não móveis. – O mais velho explicou em um sussurro enquanto o menor o ouvia com atenção, com o que quer que o loiro estivesse, ele queria que o mesmo fosse curado e parasse de vomitar feito um louco.

Só o viu concordar e deixou o banheiro para preparar uma roupa para o mesmo vestir, como ele já estava no banheiro aproveitou e se banhou lá mesmo, escovou bem os seus dentes e foi trocado pelo Menma particularmente já que o Sasuke queria fazê-lo, mas o Uzumaki se recusou por pura vergonha de seu próprio corpo, com aqueles vários vômitos em uma tarde só ele acreditava que tinha sido o suficiente para deixar o seu corpo esguio mais magro do que ele gostaria que estivesse, quase que desnutrido.

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O Uzumaki foi submetido a vários exames passados pelo médico, o doutor Orochimaru, era um bom ômega – para quebrar os tabus de que ômegas tinham que ficar em casa enquanto os alfas saíam para trabalhar – e um excelente profissional, o Sasuke pôde confiar nele, assim como o seu pai e os seus tios o fazia. O caçula dos Uchihas ficou apenas na sala de espera juntamente com o Menma e com o Itachi que se voluntariou a ir com o seu namorado, já se sentia distante o suficiente dele quando o Fugaku lhe pedia favores.

- Está tudo bem, Sasuke, ele vai ficar bem, o Naruto é forte. – O Menma se assegurou em um sorriso confortante e um aperto em sua mão esquerda.

Já o moreno só pôde lhe responder com um sorriso ladino, por mais que o seu cunhado falasse tudo aquilo para lhe reconfortar ele não conseguia ficar tranquilo, o barulho do Naruto vomitando de instante em instante na sala ao lado não o deixava em paz e só o torturava. O Itachi pediu para trocar de lugar com o Menma e levantou a postura de seu irmãozinho tolo.

- Hey, eu nunca tinha te visto tão preocupado com ômega algum. – O mais velho se viu no direito de soltar alguma gracinha com o seu irmão caçula, aquilo quase deixou o ômega ao seu lado em cólicas, ele não podia acreditar que o seu namorado tinha lhe tirado dali para mexer com o mau humor do Sasuke.

- Fica na tua, Itachi, isso não quer dizer que o meu mundo gira entorno do Naruto como o seu gira entorno do Menma. – O menor retrucou com sua típica cara de poucos amigos e cruzou os braços como se afastasse o irmão de seu espaço pessoal.

O Uchiha mais velho riu em contrarresposta e puxou o seu parceiro com uma de suas mãos para mais perto de seu corpo, quase sentado sobre o seu colo. O Menma não contestou nem nada, aliás fazia um bom tempo que eles não tinham um momento íntimo só deles, com toda essa bagunça por causa do Sasuke ele havia se esquecido de seu próprio relacionamento já que o Fugaku alugara direto o Itachi para a resolução de assuntos profissionais.

- É mesmo, mas olha só, isso não é de tudo um mal, eu estou muito bem sendo a Terra enquanto o Menma for o meu sol, não é, amor? – Perguntou retoricamente ao ômega que corou com o que o namorado disse, ele odiava aquele tipo de coisa em público, era vergonhoso ter sua vida privada invadida, mas a culpa nem era de terceiros.

- P-Para com isso, Itachi, já falei que eu não gosto quando você fala essas coisas embaraçosas em público. – O menor reclamou e desviou o seu olhar dos Uchihas, claramente envergonhado.

Aquela atitude dele fez o Sasuke rir, nunca tinha visto aquele lado do seu cunhado, apenas o lado rigoroso e sério dele, além de algumas partes risonhas, mas envergonhado? Era novo. Sem falar que nunca viu o seu irmão mais velho tão carinhoso com alguém que não fosse a Mikoto, era estranho, contudo, olhando por outro lado o Naruto devia ser do mesmo jeito, com aquela pose de durão perto dos demais, só que um amor de pessoa entre eles, pôde comprovar um pouco isso no período do cio do loiro, mas não foi o suficiente, queria mais.

- Senhor Uchiha. – O Orochimaru chamou, tirando o Sasuke de seus devaneios, mas não acabando com a “festa” do casal ao seu lado.

O caçula se levantou e foi até o doutor, o seguindo até a sua sala no final do corredor. Passou pelo quarto em que o seu ômega estava e sorriu minimamente ao ver que o mesmo estava bem, ao menos tinha parado de vomitar e chorar e estava dormindo. Sentou-se em uma das cadeiras vagas de frente a mesa do médico e mostrou sua expressão mais séria a ele enquanto o mesmo foleava alguns papéis.

- O que houve, doutor Orochimaru, é grave? – Questionou com uma certa ansiedade em sua voz, mas tentou não transparecer.

- Só se você considerar ser pai de gêmeos algo grave. – O moreno respondeu com um sorriso em seus lábios, puxando a expressão mais surpresa do Uchiha para fora. – Meus parabéns, Sasuke!

Tentou contar até dez para se acalmar? Tentou. Adiantou? Não. O Sasuke não chegou a completar a sua contagem até o numeral dez direito, apagou de uma vez chegando até a machucar a sua testa quando a mesma atingiu a mesa dura do médico. Pobre alfa, não podia receber notícias súbitas, o Fugaku já estava ficando careca de dizer que o seu caçula tinha problema de coração.

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A primeira coisa que viu ao abrir os seus olhos foi um loiro sorridente rindo de sua cara, já devia esperar por aquilo, até mesmo os outros morenos estavam rindo. Ótimo, tinha dado a sua cara a chacota para os outros. Revirou os olhos e tocou a sua testa, soltando um gemido em resposta, sua cabeça latejava muito e ainda mais tinha algo parecido com um curativo no canto de sua testa. Se sentou na cama com a ajuda do Itachi e se desvinculou rudemente das garras dele ao conseguir o que queria, ainda estava chateado.

- Bom dia, bela adormecida, olha só, você nem precisou do beijo de seu príncipe aqui para se acordar. – O Naruto brincou, se encostando na cama e se inclinando para o lado do moreno para observá-lo de perto.

- Já acabou com a sua gracinha? – Indagou retoricamente para o Uzumaki que apenas assentiu com a cabeça e ainda com um sorriso divertido nos lábios. – Porque eu estou na cama de um hospital?

- Porque você desmaiou quando soube que será papai. – Ironizou o menor, batendo palminhas para o moreno e pôde ver de camarote uma veia saltar na testa do mesmo, aquilo lhe foi o suficiente para a diversão da semana toda.

- Então isso não foi um pesadelo? – Retrucou decepcionado, recebendo balançados de cabeça de forma negativa para o seu lado. Péssimo, Uchiha.

- Reclama mais. – O loiro se irritou. – Não é você que passará seis meses com duas pestinhas em sua barriga, alfa. – Alegou apontando para a sua própria barriga.

A gravidez dos ômegas demoravam menos que a dos betas que era mais ou menos nove meses, mas demorava mais que a dos alfas que contava com cinco meses apenas, porém os filhos de ômegas se desenvolviam mais lentamente que os filhos dos demais gêneros, exceto se eles fossem filhos de um alfa dominante e de um ômega também dominante, era a lei da natureza.

O Sasuke respirou fundo, sabia mais do que ninguém que se o loiro não grávido já era difícil de lidar, imagine grávido, teria que ter bastante cuidado com as suas palavras e com as suas atitudes, qualquer coisa poderia magoá-lo e o culpado seria o Uchiha, podendo afetar até mesmo os bebês e assim o Fugaku não o perdoaria, ele poderia ser cruel com qualquer um, mas era superamável com bebês e trinta vezes mais cruel com quem maltratava bebês.

Todavia, o plano do patriarca tinha ido por água à baixo já que o Naruto engravidou, o Sasuke queria mesmo ver a cara de seu pai ao saber que seria avô dos filhos do loiro, já que o mesmo estava torcendo que o seu filho irresponsável e caçula escolhesse a Ino como sua parceira, assim como – aparentemente – todos os patriarcas das famílias influenciadoras queriam. Sorriu maldosamente com tal pensamento, até porque desde quando o Menma havia apresentado o Uzumaki o moreno tinha ficado interessado nele, era a sua grande chance de fazer com que o seu velho se desiludisse de uma vez.

- É menino ou menina? – O alfa perguntou com curiosidade e um brilho diferente em seus olhos negros.

- Os dois. – O loiro respondeu animado.

- Alfa ou ômega?

- Os dois. – O sorriso do ômega loiro aumentou mais enquanto ele alisava sua própria barriga.

- Loiros ou morenos?

- Aí você já quer demais, Uchiha, o Orochimaru é um médico com uma TV para ultrassom, não um vidente com cartas de tarô. – O Naruto disse, olhando para o moreno de volta com a sua expressão irritada em seu rosto.

Era impressionante como o Naruto sorria abertamente para o Sasori, para o Menma, para o Konohamaru por exemplo e para o moreno era só grosseria, mas o Sasuke tinha que confessar, ele riu, era daquela típica grosseria que ele sentia falta, o ômega parecia tripolar, mas aquele jeito bravinho dele não o largava nunca.

- Nossa, seu cavalo. – O Uchiha se fez de vítima colocando sua mão sobre o seu peito como se estivesse magoado.

- Cavalo? Desce aqui para você levar o coice, idiota. – O baixinho retrucou arrancando uma risada dos morenos, por mais que não tenha perdido a sua expressão séria e irritada.

- Tudo bem, tudo bem, loiro, eu estou machucado e eu não quero ficar mais nem um segundo nesse hospital, então vamos para casa. – O alfa comentou, se levantando da cama.

- E quanto ao Fugaku? Quando falaremos a ele sobre isso? – O Menma questionou preocupado.

- Na festa dos Hyūgas. – O Itachi e o Sasuke falaram em uníssono enquanto abriam um sorriso maldoso em seus lábios.

Os ômegas não sabiam o que eles pretendiam fazendo aquele anúncio justamente no evento beneficente dos Hyūgas, mas boa coisa não era já que vinha evidentemente do Sasuke, o que lhes restavam era apenas esperar pelo maldito fim de semana que era quando a sua vida tomaria forma. Ele não queria, mas de qualquer forma teria que se prender ao Uchiha, se não gostasse do caçula estaria ferrado, para a sua sorte ele até que dava pro gasto, não teria condições de criar seus filhos sozinho de qualquer forma.

Era até capaz do Sasuke tomar a guarda dos mesmos, caso pensasse em fazer aquilo, porém ficar ao lado do alfa por mais um tempo era a ideia mais sensata que poderia fazer, até porque não era de tudo um mal.