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História Mar de rosas (abo) - Melhor alternativa


Escrita por: alteza

Notas do Autor


Olá, gente, perdoa a demora e não desistam de mim.
A música é "The nights" do Avicii.
Boa leitura.

Capítulo 14 - Melhor alternativa


- Capítulo 14 -

Melhor alternativa.

Pela manhã o Menma não queria nem se levantar da cama, mal sabia como tinha chegado lá. Virou-se para o lado e se agarrou ao Itachi, ainda bem, ele ainda estava lá para compartilhar o calor de seu corpo, estava frio naquele dia, o que era interessante, pois no dia anterior não estava daquele jeito - ao menos não ao extremo -, acariciou os longos fios negros e sorriu para o rosto adormecido do Uchiha. 

- Bom dia, meu amor. - O Menma sussurrou próximo aos lábios do maior. 

Assustou-se quando o mesmo lhe deu um selinho rápido e abriu os olhos com um sorriso sapeca em seus lábios, ele puxou o ômega mais para perto contornando os braços na cintura dele. 

- Bom dia, princesa. - Retrucou no mesmo tom que o outro, fazendo-o corar e recebendo alguns tapinhas leve em seus ombros em resposta. 

- A-Achei que estivesse dormindo e não me chama assim. - Reclamou virando o seu rosto para o lado, tentando impedir que o mais velho visse a cor de suas bochechas. 

- Não é só você que sabe fingir estar dormindo para escutar palavras doces minhas. - Brincou e pôs suas mãos no rosto alheio, obrigando o ômega a olhá-lo. Deu outro selinho em seus lábios. - Vamos tomar café. 

Ambos tomaram um banho rápido e saíram do quarto, foram até a sala de jantar onde toda a família estava reunida para começar a tomar o café da manhã, a mesa já estava posta e supostamente eles só estavam esperando o casal, com toda certeza todos pareciam desconfortáveis à mesa e por um momento o Menma tinha se esquecido do motivo, entretanto a risada nem um pouco disfarçada do Itachi lhe fez recordar-se da noite anterior, corou até as orelhas e se encolheu na cadeira que se sentou ao lado do namorado. 

- Pai, eu vou chamar o Naruto para vir morar aqui com a gente, quero estar perto dele durante a sua gestação. - O Sasuke anunciou após os membros começarem a comer. 

- Tudo bem, meu filho, amanhã de manhã as meninas vêm buscar as coisas delas, teremos dois quartos a mais para ele escolher, até porque é provável que ele venha com o irmão dele, mas você acha que ele irá aceitar? - Indagou recordando-se de que ele não tinha aceitado antes por causa dos avós dele. 

- Espero que aceite, não quero deixá-lo naquela casa com tais condições, não portando dois filhos meus em seu ventre, sem falar que a ideia original já era tirá-lo de lá. - O moreno disse dando de ombros e colocando mais um garfo cheio de comida em sua boca. 

Tais palavras chegaram aos ouvidos do Menma da pior maneira possível, ele se incomodou e se remexeu na cadeira, o Itachi já sabia do que se tratava, mas resolveu indagar e tirar aquele peso das costas do namorado. 

- O que foi, amor? 

- O Naruto não vai concordar em deixar o vovô e a vovó sozinhos lá, muito menos o Konohamaru, por mais que ele ficasse ele ainda é menor de idade e se ninguém ficar não será lógico, os nossos avós não têm mais condições de nada para falar a verdade. - Respondeu com uma veia saltada em sua testa, nem mesmo a vergonha da noite anterior lhe fizera manter-se calado diante daquilo. 

O Fugaku olhou para o Sasuke como se questionasse a ele como o mesmo sairia daquela situação, bater de frente com o ômega era pedir para perder, como sempre, a discussão já estava acabada antes mesmo dela começar. O Uchiha caçula engoliu em seco e tomou um gole de seu suco enquanto reformulava uma resposta breve, entretanto que não lhe pusesse ainda mais à fundo do poço que estava caindo. 

- S-Sim, você tem razão, no entanto perguntarei do mesmo jeito para que ele não pense que está recebendo pouca atenção de mim. - Finalizou evitando contato visual com o moreno, estava torcendo para que mais ninguém tocasse naquele assunto. 

E para a sua sorte foi o que aconteceu, o café da manhã foi concluído em silêncio absoluto e apenas os barulhos das cadeiras puderam ser ouvidas quando de um por um começavam a sair da sala de jantar. O Itachi puxou o Menma pela mão depois que ambos terminaram, foram direto para o estacionamento e entraram no carro do Uchiha. 

- Para onde você pretende me levar? - O ômega perguntou com curiosidade em seu olhar enquanto colocava o cinto de segurança. 

- Vamos procurar formas de termos um bebê. - O alfa respondeu animadamente, colocando o cinto e dando partida no carro. 

O Menma revirou os olhos rindo, por tinha perguntado mesmo? A resposta estava estampada na cara do seu namorado, parecia uma criança quando via doce. 

- - - 

Andaram pelas ruas da cidade de mãos dadas, faziam séculos que eles não tinham um tempo só para os dois, ambos estavam sempre muito ocupados e o Menma ainda mais, já que o Fugaku estava lotando-o de tarefas, o Itachi sentia a falta do namorado ao seu lado, quer seja beijando-o, quer seja repreendendo-o, de um jeito ou de outro ele sempre ficava alegre. 

Já tinham passado por alguns locais de inseminação artificial e fertilização in vitro, mas o ômega não se agradou muito, o Uchiha parecia inconformado com a escolha do outro, queria a todo custo um filho e ele teria que dar um jeito. O Menma nasceu com um problema no colo do útero e por isso não podia gerar filhos, entretanto tal problema já tinha sido discutido com o alfa antes mesmo deles se envolverem, nunca que o Menma ousaria em enganar o seu namorado apenas para tirar vantagem, não era do feitio dele. 

- Deve ter um orfanato aqui por perto. - O ômega comentou olhando para os lados, andava bastante na cidade e obviamente já deveria ter visto um orfanato por ali. 

Puxou o seu amante para que andassem mais rápido e quando virou a esquina deu de cara com o que estava procurando: o famigerado orfanato. Um sorriso se abriu nos rostos deles e os mesmos se apressaram em entrar no estabelecimento, passaram pela recepção e pediram algumas informações, a mulher os levou até a ala infantil, o Menma estava procurando uma criança já que bebês não havia nenhum.

- Qual a faixa etária da idade? – A mulher questionou.

- A menor possível. – O Itachi respondeu automaticamente, eufórico.

A mulher lhe deu um sorriso e os levou até a seção de crianças mais novas, entretanto nenhum dos dois se agradaram das crianças, o ômega achou que tinha faltado afeto e contra sua própria vontade eles foram para a ala de adolescentes, teria se arrependido amargamente se não tivesse visitado lá, se encantou com um dos garotos que viu, ele tinha olhos âmbar, pele pálida, cabelos grisalhos e um sorriso exuberante, o Menma se apaixonou na hora.

- Qual o nome dele? – Perguntou para a beta que o olhou assustado, assim como o Uchiha. Olharam em seguida na direção que o menor olhava.

- Mitsuki, venha aqui! – A beta o chamou, ele estava distraído conversando com uma garota de cabelos longos e arroxeados, se dispersou ao ouvir o seu nome e olhou em direção da chamada.

O garoto caminhou até ela e parou na sua frente olhando-a com atenção e alternando o seu olhar sorrateiramente para o casal atrás da beta, com curiosidade.

- Esses são o Menma Uchiha e o Itachi Uchiha, o que acha de ter uma conversa com eles? – Ela perguntou ao garoto com um sorriso que não cabia em seu rosto, sabia o quanto ele já tinha sofrido por ali, era de longe a criança mais rejeitada, havia sido mandado de volta várias vezes e ninguém entendia o porquê, pois o garoto era muito tranquilo.

- Acho ótimo! – O pequeno retrucou com um sorriso caloroso, aquilo acertou o Uzumaki novamente como uma navalha, o seu namorado podia ver os seus olhos brilhando de longe.

Eles foram encaminhados para uma sala separada, ela era totalmente branca e tinha apenas uma mesa com quatro cadeiras, duas de cada lado e uma janela aberta com ampla ventilação. O casal sentou-se de um lado e o garoto do outro, por mais que ele fosse adolescente e em sua ficha constasse que ele tinha dezesseis anos, o mesmo parecia uma criança sonhadora, com aquele sorriso tão ingênuo ele balançava os seus pés no ar por causa da cadeira alta – na verdade ele que era baixo demais.

- Olá, Mitsuki! – O Uzumaki saudou ainda com o seu sorriso radiante. – Eu sou o Menma e esse é o meu namorado, o Itachi. Você está por aqui há quanto tempo?

O garoto não teve dificuldade ou timidez, devolveu o belo sorriso e se ajeitou na cadeira.

- Acho que desde que nasci, eu já passei por muitas famílias desde os meus dois anos de idade, mas ninguém quis ficar comigo. – Ele comentou dando de ombros, aquele assunto não lhe incomodava mais, já estava acostumado, porém os morenos ficaram bastante preocupados com o garoto, com pena diria.

- E por quê? – O ômega perguntou novamente olhando para o seu parceiro de soslaio e vendo que o mesmo também parecia interessado no assunto.

- Ninguém sabe da minha origem, quem são os meus pais biológicos e têm medo de eu ser filho de dois alfas, ou ômegas, as pessoas ainda têm muito preconceito quanto a isso e mesmo que eles gostem de meu comportamento ainda assim não me aceitam. – Explicou-se lembrando da última casa em que esteve, ele tinha um irmão alfa lá e os seus novos pais ficaram receosos.

O mais novo olhou para o seu namorado como se estivesse tomando todas as dores daquele garoto, ele queria mesmo chorar, afinal os seus avós são dois alfas que se casaram e tiveram um filho juntos, foram muito discriminados até porque viviam em um tempo longe daquele, porém só em saber que em dias como aqueles ainda haviam pessoas com mentes fechadas o assustava um pouco e lhe trazia angústia, uma criança daquela não tinha culpa de nada, só queria um lar e se continuasse por ali por mais dois anos teria que ser posto para fora.

Os morenos se olharam por um instante e como se lessem a mente um do outros eles assentiram com a cabeça e se retiraram da sala para irem em direção da recepcionista.

- Vamos ficar com ele, diga-nos do que precisamos. – O alfa falou assustando a mulher que anotava algo em uma de suas pranchetas, entretanto ao ouvir tais palavras a mesma abriu um sorriso, esperava de coração que o Mitsuki tivesse achado o seu caminho para a felicidade.

- - -

O Naruto foi para o seu emprego de meio período, saudou a todos e entrou na sala do filho de seu chefe, teria que dar-lhes explicações antes de sumir de uma vez e deixá-lo na mão, ou ter que mandar o seu irmão lhe substituir no período da tarde, no entanto isso já não era mais possível pelo garoto já estar trabalhando em um restaurante durante a noite e o pobre alfa ficaria sobrecarregado. Sentou-se em uma das poltronas confortáveis e lançou um sorriso para o Inuzuka.

- Bom dia, Naruto! – Ele saudou com um sorriso bonito, sentia-se bem ao ver o loiro, ele era como se fosse a fonte revigorante de todos que transitavam naquele café.

- Bom dia, Kiba! Como você está? – Indagou gentilmente como sempre fizera.

- Bem e você? O que te traz aqui? – Ele pôs os seus cotovelos sobre a mesa e apoiou o seu queixo em suas mãos.

- Eu só queria te avisar que estou grávido e que não passarei muitos meses por aqui, só até a minha barriga crescer mais e eu não ser capaz de me movimentar muito. Pelo Sasuke eu já estava em casa deitado em uma cama, ele vai pagar todas as despesas da minha família, porém eu acho divertido o que eu faço, não vou aguentar passar tantos dias deitado sem fazer nada. – Ele se explicou enquanto gesticulava sob nervosismo, evitou contato visual com o moreno, não sabia qual seria a reação dele, entretanto após sua história ele teve que olhá-lo de um jeito ou de outro.

O Kiba estava sorrindo de orelha a orelha, ele era muito apaixonado por crianças e o seu sonho era ter uma filha quando se casasse e para se casar com a ômega que desejava ele tinha ainda muito chão pela frente, o Naruto era mesmo um sortudo.

- Parabéns, Naru! Eu estou muito feliz por você e pode ficar por aqui até quando desejar e voltar após a gestação, as portas sempre estarão abertas para você. – O alfa disse empolgado e de braços abertos, tal resposta deixou o ômega atônito por alguns minutos, mas logo ele se acostumou com a ideia, o Kiba era mesmo o melhor patrão que tivera na vida.

- Muito obrigado mesmo, Kiba, eu ficarei te devendo eternamente por tudo que fez por mim. – Retrucou tentando impedir que as suas lágrimas deixassem os seus olhos copiosamente.

Levantou-se e saiu rapidamente da sala antes que o Inuzuka visse o seu estado, talvez os hormônios da gestação tivessem uma parcela de culpa por essa sensibilidade toda.

- - -

Saiu às sete, precisava chegar rapidamente no bairro mais movimentado da cidade, foi com a sua bicicleta para ser mais rápido e não gastar muito dinheiro, levou o seu traje em uma ombreira no guidão da bicicleta, vestiria quando chegasse lá como sempre fazia. Ainda conseguiu chegar cinco minutos antes do seu horário, cumprimentou a todos e correu até o banheiro para se trocar.

Pôs gel de cabelo demasiadamente em seus fios e os deixou como quis, arrumou a gravata, sorte sua que o seu irmão mais velho tinha lhe ensinado a fazer isso e fechou o seu blazer. Deu uma última checada no visual, cabelos arrumados, certo, dentes limpos, certo, lápis de olho intacto, certo, marca roxa próxima do pescoço, cer... espera! Olhou novamente só para ter certeza de que não estava sendo ludibriado pelos seus próprios olhos e praguejou mentalmente ao se dar conta de que não era uma ilusão sua.

Puxou a gola de sua camisa branca mais para cima para tentar esconder aquela marca, certeza de que quem tinha feito aquilo tinha sido alguma de suas clientes, tinha que lembrar-se de não ser tão gentil e impedir que qualquer um fizesse marca em seu corpo, a única que tinha esse direito era a Hanabi que infelizmente – achava ele – não queria. Se retirou do banheiro massageando a sua têmpora e foi falar com o seu chefe que estava por lá.

- Senhor Kabuto, eu tenho uma marca em meu pescoço. – Avisou ao grisalho ainda que estivesse receoso, o rapaz de óculos parecia ser bem rigoroso.

- Sua namorada ou namorado? – Ele questionou arqueando uma de suas sobrancelhas com os seus braços cruzados. Ele estava sentado em uma das cadeiras da bancada do bar enquanto observava o movimento de seu host clube, estava bastante movimentado naquela sexta-feira, geralmente só era daquele jeito nos sábados.

- Não tenho ninguém, senhor, acho que deve ter sido alguma cliente.

- Então não permita, elas podem ter uma noite de conversas e bebidas com você, mas não te tocar de tal forma. – Ele falou com firmeza, mas não parecia repreender o Konohamaru e sim as clientes.

- Certo.

O Uzumaki se retirou e foi para o local que sempre ficava até receber um convite, ele não era mais um mero hostess, ele já tinha sido promovido a hostess de luxo e teria que ser solicitado antecipadamente para não haver o problema de ele ser alugado durante toda a noite e a ômega – ou seja lá qual fosse a espécie – dar viagem perdida. Ele já tinha sido avisado de que teria que acompanhar uma ômega naquela noite e se ela precisasse ele teria que ficar até o final de seu turno, logo ele estava apenas aguardando-a.

A Chiyo não demorou muito para chegar, ela foi levada pelo Rasa, o seu filho que a deixou na porta, fora acompanhada por uma das betas que trabalhava por lá até uma mesa reservada apenas para ela e o hostess, sua cadeira era de costas para a porta, o Uzumaki foi chamado imediatamente e o mesmo correu ao encontro da ômega na qual seria o acompanhante, puxou a cadeira para ela e a acomodou na cadeira, após isso sentou-se em sua própria cadeira.

Como ele não fazia ideia de quem era a mulher que tinha solicitado os seus serviços ele ficou surpreso ao ver a mesma mulher que estava sentada à mesa das famílias influenciadoras no evento beneficente dos Hyūgas, todavia era muito provável que a mulher não se recordasse, afinal já fazia algumas semanas – mesmo que fossem poucas. Entretanto a única coisa que se passava por sua cabeça era o motivo dela estar por ali, pois um mulher em uma idade avança como a dela não podia ficar bebendo bebidas alcoólicas por ali, ele seria despedido, mas não faria uma senhora daquela idade beber tanto.

Pois afinal a finalidade dos hostess é fazer com que os seus clientes comprem bastante bebidas, tanto para eles mesmos quanto para o próprio hostess e isso o incomodava um pouco, ele não era de beber muito e não convenceria a uma senhora de idade fazer tal atrocidade, se fosse algum ômega homem talvez ele se sentisse mais a vontade. Se viu em um beco sem saída por um longo tempo, talvez se a fizesse comer um pouco não faria mal.

- Ora, não me olhe assim, querido, eu sei bem o que se passa pela sua cabeça, mas não se preocupe, eu posso ser velha, mas o meu fígado ainda aguenta muita coisa. – A Akasuna comentou e riu depois, entretanto nem aquilo deixou o Konohamaru menos preocupado, o deixou assustado por ela saber o que se passava em sua mente.

Deu uma risada sem graça e coçou a sua nuca. – E-Eu não acho isso seria certo, tudo bem se apenas conversarmos, assumirei a responsabilidade com o meu chefe. – Ele assegurou, como já fora dito antes, perderia o seu emprego mas não prejudicaria ninguém.

- Eu já estou quase no fim de meus dias, querido, tenho mais é que aproveitar, por favor, não tire a diversão de uma velha como eu. – Era como se ela suplicasse, no entanto não deixou de rir da sua própria desgraça e chamou um outro hostess que servia.

- S-Se a senhora quer assim... – Tentou não protestar mais mesmo não concordando com aquilo.

A mulher pediu dois drinks a beta e voltou a sua atenção ao alfa.

- Então, o que a fez pedir pelos meus serviços? – O Konohamaru interrogou, tinha que confessar, estava bem curioso quanto aquilo, sem falar que ele nunca tinha sido acompanhante de uma mulher mais velha que a faixa de cinquenta anos de idade.

- Eu te vi na festa dos Hyūgas, você é irmão do Naruto, certo? – A ômega perguntou rindo e o garoto apenas assentiu com a cabeça e deu um sorriso mínimo. – Te achei muito parecido com o meu falecido marido e descobri que você trabalhava aqui, o que ficou muito melhor para mim, queria passar mais um dia e relembrar-me dele. – Ela deu um suspiro um tanto sofrido.

O Uzumaki se sentiu mal por ela, não sabia qual era a personalidade do seu marido, porém seria o mais gentil possível, podia até ser rude e grosso com os seus colegas de classe e com o seu irmão, mas com outros tipos de pessoas ele podia ser bem agradável, o Naruto até mesmo admirava tal habilidade a de seu irmão caçula. O moreno pegou a mão da senhora que estava sobre a mesa e a apertou suavemente, deu um sorriso reconfortante para ela.

- Está tudo bem, pense em mim como seu marido por hoje.

Não muito longe dali a porta se abriu, algumas garotas passaram por ela, a Ino, a Sakura, a Hanabi e a Hinata, as primeiras ômegas queriam beber e afogar suas mágoas por terem sido rejeitadas e enxotadas da casa dos Uchihas e as morenas foram apenas arrastadas por elas, mas não era como se não tivesse gostado da ideia, a Hinata estava ficando muito em casa deprimida também, aliás, Hanabi era a mais feliz do rolê.

Elas quatro se sentaram nas cadeiras próximas ao bar e a Yamanaka pediu quatro drinks de sabores diferentes para elas, estava em uma bolha de falsa felicidade, rindo para não chorar.

- Calma, Ino, o barman não vai correr. – A perolada mais nova comentou dando uma risada da loira em seguida.

- Ai, amiga, eu só quero beber logo até cair e passar uma hora vomitando no banheiro. – Disse quase se entregando ao choro. – O Sasuke me largou, minha vida amorosa não vai mudar nunca e o meu irmão foi embora de casa com o alfa dele. – Ela se lamentou debruçando-se sobre a bancada.

- Eu estou quase na mesma situação, exceto pelo irmão, até porque eu não tenho. – A rosada também se lamentou.

- Olha, se vocês passarem uma hora vomitando no banheiro eu vou embora, a Hinata está com uma vida amorosa na merda também e nem por isso está nesse drama todo, não é, Hina? – Indagou e se virou para a sua irmã mais velha, entretanto o que encontrou foi uma garota chorando na mesma posição que a Ino. – Ah, por favor!

A Hanabi revirou os olhos em frustração, só tinha duas alternativas, ou arrastá-las para um bom caminho e alegrá-las ou seria arrastada para o fundo do poço junto. As bebidas foram postas em cima do balcão chamando a atenção de todas e elas pegaram as taças em suas mãos.

- Vamos, vamos beber e esquecer dos problemas, vocês não podem ficar assim para sempre. – Tentou animá-las novamente ou aquele clima tenso e ruim se espalharia por todo o bar. – Ino, você vai encontrar alguém sim, por que não tenta agora?

- Com quem? Só vem ômegas para esse bar, a maioria dos clientes, não quero alguém da mesma espécie que a minha. – Ela suspirou enquanto passava o seu dedo indicador pela borda da taça.

- Mas a maioria dos hostess são alfas. – A Hanabi se prontificou em responder e deu um olhada em volta procurando por um e até que não demorou muito. – Aquele!

Se animou em sair de sua cadeira e foi rapidamente até o rapaz que viu, para a sua sorte ele não estava com um crachá de hostess de luxo, logo poderia ser escolhido por qualquer uma.

- A minha amiga precisa de seus serviços, pode animá-la... – Estreitou os olhos para se forçar a ler o nome que estava no crachá, estava sem as suas lentes de contato e a letra estava pequena. – Sai?

O garoto pálido sorriu em resposta e seguiu a perolada até o bar, a Yamanaka estava vermelha de vergonha, no entanto conhecia as amigas que tinha.

- Agora vai. – Puxou a loira pelo pulso até a mesma sair da cadeira alta e a viu seguir o rapaz até uma das mesas com a sua taça na mão.

Voltou a se sentar e olhou para a Sakura, alternando em seguida para a sua irmã, por mais que elas estivessem rindo da situação em que a Ino se encontrava, ambas também estavam tristes.

- Sakura, você não pode dizer que não tem ninguém, o Utakata e a Hotaru gostam de poligamia e te querem no relacionamento deles, você que estava pondo dificuldade. – Repreendeu-a com os braços cruzados e uma carranca. – E você também, Hina, fica pondo defeito no coitado do Kiba, ele já está mais do que o suficiente pra você e eu sei que você gosta dele, por que não deixa de cu doce e fica com ele logo?

- Já te falei... – A maior tentou contestar, mas foi interrompida pela mais nova.

- E daí? Nem o papai liga para riqueza e você já tem o que quer e precisa, por que que ele tem que ser rico? A felicidade tem preço agora? Você fica aí com ciúmes do meu relacionamento... ou quase, com o Konohamaru e do lance que o Neji tem com a Tenten por besteira quando você também poderia estar em um e feliz.

Ou ela falava ou falava, já estava preso há bastante tempo em sua garganta, até então não tinha admitido que percebia a inveja de sua irmã para com ela e com o seu primo,  porém alguém tinha que abrir os olhos da mesma, certo?

A Hanabi levou a sua taça acima de sua cabeça e se virou para o lado das mesas na esperança de ver a Ino e o hostess e até mesmo fazê-la participar de seu brinde de longe, olhou dos lados e as garotas tinham feito o mesmo que elas, todas com um sorriso.

- Um brinde a... – Interrompeu a si mesma quando os seus olhos pararam sem pretensão em um certo moreno de sorriso lindo e olhos castanhos escuros, desanimou na mesma hora. –... traição?


Notas Finais


Obrigada por lerem e se possível deixem a opinião de vocês, sim? ^u^


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