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História Mar revoltoso - Pessoa aleatória


Escrita por: usuikun

Capítulo 6 - Pessoa aleatória


Fanfic / Fanfiction Mar revoltoso - Pessoa aleatória

Acordou de blusão e calcinha no sofá. Sentiu uma brisa gelada tocar suas pernas. Sentou-se no estofado macio coçando os olhos e tentou acostumar-se com a claridade. Seus olhos cinzas sempre sofriam com a luz excessiva dos dias de sol.

Ela não entendia o que estava fazendo no sofá. Olhou ao redor procurando alguém e percebeu que dormiu no meio de uma comédia romântica. Riu sozinha e levantou-se. Sentia sede, possivelmente foi aquele vinho da noite passada.

Apoiou seus cotovelos na bancada da cozinha e conferiu as notificações no seu celular.

Mensagens da Thalia, de seu pai, de Malcom, seu irmão mais velho.

E então percebeu que havia uma mensagem de alguém desconhecido.

“Eu sei que o e-mail é o meio de comunicação formal da empresa, porém tomei a liberdade de pegar seu número nos registros do projeto. Estava pensando... pizza ou churrasco? ”

Quem era? Isso era um convite?

Não conseguiu ver a foto de perfil. Então adicionou o contato como “pessoa aleatória” e a foto apareceu. Era Percy...? De óculos escuros e a típica barba mal feita. É era ele sim, mas ele estava convidando-a para sair?

Sorriu enquanto digitava a próxima mensagem.

Annabeht: “Depende, isso é um convite? ”

Foi tomar um copo de água, não tinha nem aberto a geladeira ainda e seu celular já tinha vibrado com a resposta de Percy.

Percy: “Depende, você vai aceitar?”

Ela riu. Então ele era do tipo engraçadinho...

Enviou um “Talvez eu vá” e foi novamente em direção a geladeira.

Estava tomando sua água e viu a resposta dele.

Percy: “Que pena então, eu estava perguntando mesmo porque estou indeciso demais sobre colocar uma churrasqueira ou um forno a lenha na parte interna da área de festas”

Ok, talvez ela estivesse sendo atirada demais enquanto ele realmente não tinha interesse algum nela. Mas não conseguia tirar de sua mente os carinhos trocados com seu chefe/superior/supervisor, nem ao menos entendia a posição dele.

Annabeth: “Forno a lenha na parte interna e churrasqueira na externa.”

Percy: “Então vai ser pizza?”

Ela franziu o cenho. Ele só pode estar de brincadeira.

Annabeth: “Achei que não fosse um convite”

Percy: “Agora sabendo que você aceitaria um convite meu, é um convite sim”

Annabeth: “Eu não aceitei, eu disse que talvez aceitaria”

Percy: “Então aceite!”

Annabeth: “Você está realmente me convidando para jantar?”

Percy: “Estou”

Annabeth: “E aquela coisa de manter o profissionalismo?”

Percy: “Sejamos profissionais apenas na empresa”

Annabeth: “O que isso significa?”

Caramba como ele conseguia se fazer tão confuso?

Percy: “Significa que você pode sair comigo e não há problema algum nisso”

Annabeth: “Ah... entendi”

Percy: “Vou entender isso como um sim.”

Annabeth: “Convencido!”

Sorriu sozinha novamente. Colocou seu celular para carregar e foi para o banho.

Enquanto isso Percy estava no elevador do prédio dela. Olhou no relógio de pulso. 18:35.

Tocou a campainha. Ouviu apenas o barulho do chuveiro. Tocou novamente a campainha. Sem resposta e por impulso girou a maçaneta da porta.

Estava aberta. Annabeth não era tão responsável quanto ele imaginava.

- Annabeth?! – chamou.

Sem resposta

- Posso esperar aqui na sala? – gritou mais alto.

Novamente sem resposta.

Então ele desistiu e sentou-se no sofá. Olhou ao redor. Era um apartamento bonito, de alto padrão. Decoração minuciosamente perfeita. Deve ter sido ela quem escolheu...

Quando o chuveiro foi desligado Percy sentiu-se impaciente, começou a bater o pé no chão. Sua hiperatividade estava mais presente do que nunca, a começar pelo fato de que ele tinha invadido a casa dela.

A porta do banheiro no fim do corredor se abriu. Percy se levantou, ajeitou a camisa social e colocou as mãos nos bolsos da calça azul marinho.

Annabeth não sabia que havia alguém ali (obviamente), apenas seguiu para seu quarto.

- Annabeth? – ele chamou com cuidado, talvez ela pudesse se assustar.

Ela não disse nada. Não fazia sentido ouvir a voz de Percy no apartamento dela.

Respirou fundo.

- Oi? – respondeu com medo de obter uma resposta. Estaria ela ouvindo vozes?

- Estou na sala Annabeth... – se pôs a caminhar.

Ela, ao ouvir os passos estremeceu.

- Não! Percy! Fique aí! – Exasperou-se

Como ela continuou ouvindo os sons dos passos dele, rapidamente tirou a toalha da cabeça e desajeitadamente cobriu a parte anterior de seu corpo. A pressa não permitiu que a mesma pudesse cobrir suas nádegas e seu dorso.

Quando ele apareceu em seu campo de visão, ambos emudeceram enquanto se encaravam.

Annabeth revirou os olhos e bufou.

- Ah fala sério, agora não vai falar nada? – ironizou.

Percy estava atônito, não conseguia se mover com a visão de annabeth quase nua na sua frente. Sentiu sua cueca ficar apertada de repente.

- Desculpe-me... nem passou pela minha cabeça que você poderia andar nua pela casa... – Riu envergonhado enquanto ruborizava.

Annabeth achou ele extremamente fofo e bonito com as bochechas vermelhas. Por um segundo quase ignorou o ódio mortal que estava nutrindo por ele naquele momento.

- Claro Percy, porque andar nua na minha própria casa é mais estranho que invadir a casa dos outros numa manhã aleatória! – esbravejou.

Percy franziu o cenho. Elevou seu punho e dirigiu seu olhar para seu relógio de pulseira de couro que repousava no braço esquerdo.

- Annabeth... – ele apontou o dedo indicador enquanto esticava seus braços e caminhava em direção a loira – são 18:50 neste exato momento.

- Não me importa que horas são Percy! – respondeu irritada – Não se aproxime mais! Fique na sala! – Apontou com a mão esquerda, soltando um pouco a toalha.

Percy apenas não viu os seios de Annabeth porque seu braço direito estava cobrindo-os. Abaixou seu olhar em direção àquela barriga bronzeada e à parte lateral da coxa da mulher. Não respondeu, apenas ficou encarando descaradamente.

Annabeth apertou os olhos.

- Você me ouviu Percy? – perguntou irritada.

- Ah... sim... é que... – Apontou para a pele à mostra dela sem tirar o olhar da mesma. – Você me disse para ir até a sala e esperar não é? – sorriu sem jeito.

A loira fechou os olhos e inspirou profundamente, como se estivesse se concentrado para dizer algo complicado.

- Percy... apenas vá! – E com isso ela começou a andar de ré até a porta de seu quarto. Percy fez o mesmo em direção à sala sem tirar o olhar sobre o corpo semicoberto dela.

Ela adentrou seu quarto e chaveou a porta. Colocou rapidamente uma roupa limpa e apresentável apenas para conversar com ele. Escovou seus fios loiros, tirou o excesso da agua do banho. Foi até o banheiro da suíte e se perfumou. Quando chegou na sala, Percy estava sentado em seu sofá, tamborilando os dedos no estofado macio.

Suspirou chamando atenção dele, que respondeu com um sorriso enquanto se levantava.

- Pode começar a explicar... – Ela disse de braços cruzados com aquela típica expressão de “mãe que pegou o filho aprontando”.

Percy riu, coçou a nuca em claro sinal de nervosismo.

- Eu andei olhando suas informações no sistema...

- Percebi!  - Ela interrompeu o discurso dele com a sua melhor cara de incredulidade.

- Ok! É bem estranho... eu sei – Ela concordou com a cabeça enquanto ele levantava as mãos em uma posição defensiva.

Annabeth sentiu uma pontada na cabeça. Seus olhos embaçaram e sua sede voltou.

- Annabeth está tudo bem? – A voz de Percy parecia distante.

Ela fechou os olhos com força e quando os abriu, viu a garrafa de vinho vazia e sua comedia romântica na tv. Olhou ao redor e percebeu que esteve sonhando com Percy.

Checou as horas e instantaneamente recebeu uma mensagem de um numero desconhecido.

Estremeceu ao ler as palavras de seu chefe.

“Eu sei que o e-mail é o meio de comunicação formal da empresa, porém tomei a liberdade de pegar seu número nos registros do projeto. Estava pensando... pizza ou churrasco? ”



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