Alguns anos depois.
Hinata estacionou o carro em frente a sua recém casa reformada. Abriu a porta do carro e esperou Hirotu e Hanaru descerem, ambos desceram como um raio, fazendo Hinata rir.
-crianças, não corram!
Hinata apenas avistou as crianças adentrarem a casa e deixarem a porta aberta. Hinata balançou a cabeça negativamente e voltou à atenção para a cadeirinha de bebê, onde estava sua linda princesa e fruto de seu segundo amor.
-mamãe. – Ela se mexia na cadeirinha para descer e ir brincar com os irmãos.
-calma Miwa, mamãe já vai descer você.
Miwa era bela como uma fada, cabelos curtos e bagunçados negros, olhos grandes e perolados, pele alva e de traços delicados. Miwa era perfeita feito um anjo.
Hinata a pegou no colo mais logo a desceu, pois a pequena queria correr em direção aos irmãos. Hinata então fechou a porta do carro assim que recolheu as mochilas escolares dos filhos e a pequena bolsinha da creche de Miwa.
Em seguida pegou algumas sacolas de compras e adentrou a casa. Indo em direção a cozinha e depositando a compra sobre o balcão.
-crianças! – Chamou-os.
Hirotu desceu correndo os degraus terminando de vestir a camisetinha laranjada. Hanaru veio correndo do jardim com um vaso de flores em mãos, e Miwa ao lado de Hanaru toda coberta de terra.
-Miwa, dessa vez foi rápida em mocinha. – Hinata ria vendo a bagunça da filha. – o que vão querer de almoço hoje, Hirotu e Hanaru?
Ambos alargaram um imenso sorriso.
-mamãe eu vou querer pizza! – Alarmou Hirotu.
Hinata suspirou pesadamente.
-Hirotu, nada de pizza, é hora do almoço, portanto nada de besteira enquanto não almoçarem da forma correta. Não quero saber de crianças doentes por falta de alimentação adequada, menino.
Disse severamente. Hirotu desfez o sorriso.
-então a senhora pode me fazer sopa?
Hinata sorriu.
-claro, hoje comeremos sopa no almoço e na hora do jantar, Hanaru escolherá o que comeremos.
Todos assentiram satisfeitos.
-agora venham aqui mocinhas, vou dar um banho em vocês. – Hinata pegou Hanaru e Miwa pela mão e as levaram ao banheiro.
Enquanto isso...
Sayuke ouviu o barulho do carro de sua mãe na garagem. Finalmente ela estava em casa novamente. Sakura após descer do carro espreguiçou-se, pegou os documentos sobre o banco de trás e após travar o carro seguiu até a casa.
Assim que Sakura destrancou a porta e pôs os pés dentro da casa fora agarrada fortemente em um abraço por Sayuke e um pequeno garotinho ruivo. Naquele instante havia ficado estática enquanto recebia os abraços carinhosos.
-mamãe chegou. – Disse o garotinho.
-Sayuke, Satoru! O que houve meus pequenos? – Sakura fitou os olhares carinhosos de seus filhos.
-saudade, mamãe! – Disse Satoru, sendo pego por Sakura em seguida e sendo beijado, fazendo-o rir divertidamente.
Sakura parou de beijar o caçula e passou a mão pelos cabelos negros da filha, em seguida beijando sua testa.
Em seguida caminhou em direção a cozinha, sendo acompanhada por Sayuke.
-já almoçaram Sayuke? –Colocou o caçula no chão.
-sim, mamãe, a senhorita Hana fez lasanha para almoçarmos. – Respondeu à pequena Haruno sentando.
-já vai da duas horas da tarde, Satoru já tomou a mamadeira?
-sim mamãe, fiz como a senhora me ensinou.
Sakura sorriu satisfeita, pôs o pedaço de lasanha no microondas e seguiu em direção ao banheiro.
-olhe o Satoru para mim enquanto tomo banho, filha.
Sayuke afirmou e foi até o irmão, que se distraia com desenhos infantis de pessoas fantasiadas de animais.
Sayuke vendo que o irmão estava distraído aproximou-se da porta do banheiro do corredor, chamando a atenção da mãe.
-mamãe?
-o que foi?
-mamãe, hoje ligou um homem pra cá.
-que homem, Sayuke? – Sakura não parecia se importar.
-meu papai!
Sayuke notou que a água do chuveiro cessará, Sakura apareceu na porta do banheiro enrolada em uma toalha vermelha.
-o que você disse? – Tentava ainda digerir aquilo.
-meu papai ligou. Ele parecia sentir minha falta.
Sakura nada disse quanto ao comentário da filha. A rosada abaixou na altura da filha e tocou-lhe o ombro.
-talvez nem fosse ele querida, talvez alguém queria fazer uma brincadeira de mal gosto. Eu já lhe disse que seu pai mora no Japão e estamos muito longe de lá, faz tempo que não tenho contato com ele.
Sakura pensou que Sayuke ficaria aquele momento triste, mas a via manter um sorriso muito parecido com de Sasuke na face.
-mamãe, ele disse que amanhã vai vim depois do almoço para me conhecer.
-Sayuke você passou nosso endereço para um estranho? – Sakura irritou-se, se levantando rapidamente.
-não mamãe, ele disse que não precisava e que sabe onde estamos.
Sakura tentou manter a calma, apertando o punho severamente.
-Sayuke, ele disse o nome ao menos?
Sayuke sorriu.
-claro! Uchiha Sasuke, o meu pai. – Alargou um grande sorriso, idêntico ao de Sakura.
Sakura fitava a filha, mas sua mente ainda tentava absorver toda aquela informação com o reaparecimento de Sasuke, não imaginava encontrá-lo após tantos anos. E assim preferia que permanecesse.
Casa dos Hyuuga, 23h e 45min
Hinata terminava de verificar se os filhos estavam dormindo, fora até os quarto das filhas e por último ao quarto de Hirotu, que dormia feito uma pedra, Hinata sentou-se na beira da cama e acariciou os cabelos azulados de seu filho, via que cada dia mais ele se parecia com Naruto. Os mesmo olhos grandes, azuis e expressivos, o mesmo sorriso contagiante e radiante, conforme ia crescendo também adquiria as manias e gestos de Naruto.
Realmente Hirotu era filho dele, pois não tinha nem o que por e muito menos o que tirar de seu pequeno. Independente de tudo, seu Hirotu era perfeito, pois diferente daquele que partira seu coração, era que Hirotu veio para renová-la.
Após muito observá-lo, Hinata fechou a porta do quarto do filho e seguiu em direção a seu quarto, porém parou no meio do corredor assim que ouviu o telefone na sala tocar.
-tenha dó! Uma hora dessas não se incomoda ninguém.
Hinata ajeitou o roupão azulado e desceu.
-alô?
...
-alô?
...
-Sakura, se for você, não é hora de me incomodar.
“-desculpe...”
A voz masculina do outro lado da linha parecia emocionada.
-oi moço, desculpe, mas o senhor ligou para o número errado.
A voz do outro lado da linha riu.
“-quem está falando é a Hyuuga Hinata?”
Hinata desconfiou.
-sim! Aqui é Hyuuga Hinata, quem deseja?
Mais uma risada fora possível ouvir.
“-não se lembra mais da minha voz?”
O coração de Hinata gelou, porém não tirou conclusões precipitadas.
-por favor, poderia ser mais direto. Quem fala? E o que deseja?
...
-bom, tenha uma boa noite.
“-espere! Hinata sou eu, Uzumaki Naruto, certeza que não se lembra de mim?”
A voz aparentava desolada.
Aquele instante o semblante de Hinata transformou-se, e com severidade serrava o punho da mão livre.
-o que você quer, Naruto?
“-Hinata, preciso ver meu filho!”
Hinata riu amargamente.
-seu filho? E desde quando você foi um pai?
...
“-por favor, quero tanto conhecê-lo, não me negue esse pedido.”
-como conseguiu meu número?
“-isso não foi problema para mim, assim como não foi problema conseguir seu endereço.”
-Naruto, serei curta e grossa contigo. Fique longe de mim e principalmente de meu filho. Não precisamos de você agora, afinal nunca foi preciso sua presença.
“-Hinata, você bem sabe que não pode me privar do direito de ser pai, se você não permitir que eu o veja, amanhã mesmo irei à escola buscá-lo.”
-você não se atreveria.
“-tem certeza disso?”
Riu.
-Naruto, amanhã irei trabalhar o dia todo, a babá de Hirotu irá buscá-lo junto das irmãs, se eu ao menos souber que você se aproximou de Hirotu, tenha certeza que o encontrarei e te matarei com minhas próprias mãos.
Naruto engoliu em seco.
“-irmãs?”
-portanto, se deseja ver Hirotu, venha as oito, na hora do jantar, o prepararei para conhecê-lo, não por privar você de algo estúpido, mas porque Hirotu sempre sonhou em conhecê-lo.
“-obrigado Hinata.”
-tenha uma boa noite.
E desligou
Hinata se escorou na parede e pôs as mãos sobre a cabeça, em seguida sentou-se no chão.
-droga! Não estou preparada para isso.
Hinata se levantou e caminhou em direção a cozinha para tomar um copo de água com açúcar e direcionou-se em seguida para seu quarto.
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