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História Marcas do Passado - Haruno


Escrita por: Mitsashi_Mari

Capítulo 9 - Haruno


Fanfic / Fanfiction Marcas do Passado - Haruno

 

Uma semana havia se passado e Sasuke com frequência visitava Sayuke, momentos esses permitidos por Sakura só em sua presença. Talvez fosse um medo imenso de que ele a tirasse dela, que não permitia sua proximidade a sós com a própria filha. Sakura o privava de inúmeras coisas, dês do pedido de levá-las para uma visita a sua casa, quanto levar as crianças para uma simples sorveteria. " se querem sorvete, eu compro, mais não irão sair." - era a regra mais clara dela, quando Sasuke pisava na residência dos Haruno's, ele não podia por os pés para fora sem que ela estivesse ao lado o fuzilando.

Era uma perfeita quinta-feira, Sakura estava de folga e aproveitou para convidar o recente namorado para um almoço, simplesmente as crianças o adoravam. Preparou uma ótima refeição e deu banho nos pequenos, deixando Sayuke decidir o que ambos vestiriam. Aproveitando o momento passou na cozinha para tomar uma água e conferir o horário. Utilizou o banheiro do corredor como tinha mais costume e tomou um demorado banho morno e relaxante, enrolou-se na toalha e caminhou tranquilamente em direção ao quarto, mais antes passou pelo quarto de Satori para verificar se estava tudo bem.

-crianças! Já estão prontas? - Abriu a porta de leve, se deparando com Satori penteando os ruivos cabelos e Sayuke meio ofegante na beira da cama. Aproximou-se da pequena garotinha pálida e tocou-lhe docemente a face. - querida, o que houve?

-mamãe... - Soltou um lufada de ar. - eu me sinto sufocada. - Puxou a gola da camisa.

Sakura analisou minuciosamente, alisou os cabelos negros e pegou na mãozinha dela. - venha, vamos até o quintal para tomar um pouco de ar fresco.

Sayuke nada disse, segurou fortemente a mão de sua mãe  pôs a andar, enquanto Satori acompanhava tudo em completo silêncio e curiosidade.

Sakura deixou a porta de vidro da cozinha deslizar, apertou os passos e caminhou com Sayuke até uma cadeira de madeira, sentando-a e acariciando sua mão que antes segurava.

-respire calmamente querida, isso é fadiga.

-mamãe...

-diga meu amor. - Sakura passou suas mãos pelas bochechas coradas.

-eu terei que ir para o hospital de novo? - Seu olhos transmitiam o real medo da realidade.

Sakura engoliu em seco a pergunta da filha, apertou os lábios e abaixou a cabeça por um momento. Sayuke passou as mãos pela cabeleira rosada de sua mãe, depositando um singelo beijo, fazendo com que seu ato a surpreendesse e um nó em sua garganta se formasse.

-ficará tudo bem querida. - Engoliu o choro, precisava ser forte por sua pequena. - amanhã retornaremos a uma consulta, não se preocupe, você ficará bem. - Beijou as pequenas mãos, deixando as lágrimas caírem livremente. - como se sente? - Voltou a atenção.

Sayuke sorriu minimamente, aquele sorriso idêntico ao do pai.

- estou me sentindo um pouco melhor, tô com fome. - Sorriu sem graça.

Sakura levantou-se com um sorriso tranquilizado, pego-a no colo e caminhou em direção a casa.

- vamos, irei servir a você e seu irmão.

 

As 10h a campanhia soou e Sakura correu para receber seu convidado, sempre na companhia de de Satori que ficava em seu encalce a todo momento. Sakura abriu a porta de deparando com um belo ruivo de olhos verdes, que segurava um buquê de rosas amarelas e uma caixa cesta repleta de guloseimas.

- Gaara. - Sakura sorriu abobalhada. Se dava tão bem com aquele homem, um eterno cavalheiro.

- Sakura, Satori. - Elevou os olhos em direção a criança, que não deixava de fitar a enorme cesta. - aqui. - Entregou a cesta a pequena criança, que sorria de orelha a orelha. - para você e sua irmã. - Sorriu.

Satori saiu em disparada em direção a cozinha, fazendo os adultos rirem do comportamento divertido do pequeno garotinho.

-entre, por favor. - Deu passagem ao ruivo.

- para a senhorita. - Estendeu o buquê com um sorriso galanteador. 

Sakura com seu sorriso contagioso pegou o buquê e abraçou o homem, que estava devidamente arrumado para ocasião.

- venha, o almoço já está pronto. - Saiu na frente.

 

 

Risos e vozes altas eram ouvidas por toda a casa, Gaara era um homem divertido, adorava as crianças de sua namorada e sentia fazer parte daquela família de verdade. Quase não via a namorada recente, haviam se conhecido em um evento de sua empresa onde uma de suas funcionárias a levou, fazendo acreditar em amor a primeira vista. Conversaram a noite toda, e descobriu que ela tinha dois filhos, uma garotinha de um amor na juventude e um garotinho de um casamento que não durou muito. E ao ouvir os poucos relatos de sua vida, soube que ela era a mulher perfeita para ele, era trabalhadora e dedicada tanto aos amigos quanto a família, além de uma mulher extremamente amável e era de tudo aquilo que ele precisava. 

Gaara então convidou-a para sair dias e outros, e acabaram por estarem em um relacionamento sério. Gaara adorava os filhos dela e Sakura era a mulher mais compreensível possível, pois Gaara tinha um filho por nome de Shinki, que vivia com a mãe no Japão e Sakura teve o privilegio de conhecê-lo, porém foi completamente mal tratada pela mãe do garoto, que detestou a ideia de conhecer a rosada. Por outro lado, Shinki adorou-a, principalmente a nova "irmã".

- poderíamos viajar esse final de semana, o que acha Sakura? - Gaara deu uma garfada na salada, aguardando a reposta da amada.

- o que acham crianças? - Sakura deu um sorriso maroto.

- eu quero! - Satori saltou da cadeira demonstrando a empolgação.

Os adultos riram.

- e quanto a você querida? - Sakura reparou a quietação da filha e que ela estava mais pálida que o comum tão de repente.

Sayuke olhou-os com os olhos semicerrados.

- Sayuke, você está bem? - Gaara franziu o cenho.

Os olhos fracos e quase apagados da menina os fitaram.

- mamãe... me ajuda! - Sayuke soltou uma lufada de ar e seus olhos pesaram, sentiu o peso do corpo e só conseguiu ouvir ao longe a voz de sua e Gaara.

- Sayuke! - Sakura saltou da cadeira ao ver a filha perder a consciência na sua frente.

Gaara por estar ao lado da garotinha, conseguiu pegá-la a tempo de impedi-la de cair no chão.

- Sayuke! - Gaara chamava-a preocupado. Aquilo era assustador.

Sakura correu até um pote onde deixava a chave do carro e em seguida pegou a filha no colo, correndo em direção ao veiculo.

- Gaara, por favor, olhe o Satoru até eu voltar.

- tá. Sakura... - Segurou em seu braço. - por favor, me dê noticias.

Sakura apenas balançou a cabeça em concordância, ao mesmo tempo em que as lágrimas escorriam livremente. Adentrou o veiculo arrumando a filha no banco de trás e saiu o mais rápido possível em direção ao pronto socorro mais próximo.

 

 

Sasuke estava pelas redondezas, havia decidido visitar a filha e levá-la alguns brinquedos que comprará em um loja próxima a sua empresa, comprou tudo o que achou que ela gostaria, além de carrinhos para Satori, que já havia se acostumado com a presença a todo instante insistindo em chamá-lo de pai.

Chegou em frente a casa dos Haruno's e só então notou uma BMW preta estacionada a frente.

Franziu as sobrancelhas e encarou o carro por breves instantes, olhou novamente para a casa aonde estava sua querida filha e decidiu ignorar aquele veiculo, provavelmente fosse alguma amiga muito importante para a Haruno. Pegou as duas sacolas recheadas de brinquedos e saiu de sua Lexus preta, ativou o alarme e ajeitou o paletó ao corpo.

Parado em frente a porta de madeira clara, respirou fundo, Sakura ainda lhe causava um grande impacto emocional. Afinal, havia amado aquela mulher um dia.

Tocou a campanhia e fora recepcionado por um ruivo com uma expressão preocupada. Sasuke fechou a cara, e analisou bem o homem bem arrumado a sua frente, e logo atrás agarrado a suas pernas, Satori.

- papai Sasuke! - A criança  correu até ele a abraçou suas pernas.

- Satori, o que houve? - Ouviu o soluço da criança. - quem é você? - Olhou novamente para Gaara ao perceber que a criança nada falaria.

- Gaara no Sabaku, namorado da Sakura. - Sasuke ficou estático. Ela não havia lhe falado de um namorado.

- aonde está ela? - Sasuke mudou subitamente de assunto.

- no hospital. - Gaara retirou Satori das pernas de Sasuke e o pegou no colo, ainda fitando o homem seriamente.

- hoje é dia de folga dela, por acaso ela deixou você de babá das crianças?

- Sayuke está no hospital, em estado grave.

As sacolas caíram espalhando todos os brinquedos, e Sasuke não pode evitar o choque.

- entre, melhor...

- aonde estão?

- no pronto socorro  Mitarashi, acho melhor...

Sasuke não deixou-o terminar, apenas correu em direção a seu carro, se deslocando o mais rápido possível ao pronto socorro.

 

 

Sasuke adentrou o pronto socorro perguntando a todos onde sua filha estava, uma enfermeira por nome de Ayame, sensibilizada o direcionou até onde Sakura estaria. E bingo, lá estava Sakura, sentada a espera de alguma noticia, aos prantos de forma que todo seu corpo correspondia ao desespero.

-Sakura! - Sasuke correu em sua direção.

- Sa-Sasuke. - Ela o abraçou, um abraço nunca dado antes. Ali estava ele, o homem que a permitiu conhecer o verdadeiro amor, o amor por um filho. Ah! Sasuke, como ela amava aquele privilegio.

- como está ela? - Sasuke afagou seus cabelos.

- eu não sei, estão lá a horas. - Chorou copiosamente.

Era um abraço intenso, cheio de preocupação e pensamentos em uma única pessoa. No fruto de seu amor.

- Senhorita Sakura Haruno? - O médico chamou-a.

Sakura soltou-se mais do que depressa de Sasuke e fitou o médico, com olhos já inchado de tanto chorar.

- como está ela doutor? - Sasuke tomou a frente.

- o senhor seria...?

- Sasuke Uchiha, o pai. 

O médico assentiu, olhou novamente a ficha e fitou os pais, enquanto retirava o óculo de grau.

- sinto muito, mais ela terá que passar por uma cirurgia. 

Sasuke ficou estático, e Sakura para não cair apoiou-se em Sasuke, aquela noticia a fez perder o chão. Sua menininha, estava correndo riscos...

- doutor o que minha menina tem? - Sakura agarrou-se ao jaleco do homem.

- a paciente Sayuke Haruno terá que passar nesse exato momento por um cirurgia devido ao estado grave que chegou sua bronquite. A senhorita poderia me informar se ela já passou por isto antes?  - O médico aguardou Sakura recuperar-se.

- Ela apresentou os primeiros sintomas aos três anos de idade, mais nada que levasse a isso, ela sofre com problemas respiratórios desde muito nova, mais eu fiz tudo o que os médicos me indicaram. Sayuke sempre aparentou tão saudável.

- Sakura... - Sasuke não sabia o que dizer, jamais imaginou que sua filha sofresse com problemas tão graves. Agora entendia o porque de Sakura ser tão cuidadosa.

- entendo, porém se desenvolveu mais rápido do que imagino senhorita... - O médico recebeu um chamado. - com licença, a levaremos imediatamente, faremos o possível. - E retirou-se.

Sakura ouviu a porta mais uma vez se abrir e passar por uma maca sua garotinha, agora ali, pálida, sobre o efeito de analgésicos e tão frágil quanto um bebê. Tudo o que desejava no momento era ela de volta, alegre e saudável.

Involuntariamente Sakura abraçou Sasuke, que não retirou os olhos marejados nem um instante de sua filha, agora mais do que nunca participaria da vida de Sayuke, ele precisava dele mais do que podia imaginar.

- tudo ficará bem... - Sasuke abraçou-a fortemente, como se tudo dependesse daquele ato. E tudo sempre dependeu daquilo, do gesto de amor de ambos.



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