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História Maresia - Imagine Kaedehara Kazuha - Peaceful Place


Escrita por: Sunshine777

Capítulo 2 - Peaceful Place


- O que há de errado com ela hoje? – Kaeya perguntou baixo para o colega de equipe ao seu lado. O homem geralmente era muito tranquilo e provavelmente faria algum tipo de piada para levantar o astral de [nome], mas algo o dizia que não era o momento certo.

- Talvez ela esteja com fome. – A garota de olhos dourados revirou a mochila de suprimentos, talvez ela conseguisse preparar uki-seikou que a amiga tanto gostava.

- Talvez ela esteja naqueles dias. – O portador da visão cryo pensou. A mulher permaneceu em pé olhando para um pequeno acampamento montado ao pé da montanha.

- [nome] deve estar cansada, vou falar para ela descansar. – Bennett se levantou do chão e pretendia ir de encontro com a mais velha, mas Lumine o segurou antes que ele pudesse alcança-la.

- Não se preocupe, ela está bem. – A loira sorriu de leve. Ninguém mais sabia sobre o passado da moradora de Inazuma, além de Lumine. – Kaeya, poderia checar no mapa o nosso próximo ponto de parada? Temos uma missão perto do albergue, temos que finalizar ela até a tarde de amanhã.

- Deixe comigo. – Não foi preciso dizer duas vezes, o moreno logo estava com o nariz enfiado entre o mapa e os papéis de missões que o grupo tinha que completar.

Lumine se aproximou devagar da amiga, [nome] era alguém extremamente sorridente e que fazia o possível para esconder suas dores e medos. Apesar de tudo, a loira nunca fora alguém de ter muitos amigos então não sabia quais palavras dizer ao certo para que [nome] ficasse melhor.

- Você parece cansada. – Lumine falou baixo, afinal não queria assustar a portadora da visão electro.

- Ah, oi. – Ela pareceu finalmente acordar do pequeno transe em que estava. – Só estava pensando em algumas coisas.

- Alguma coisa está te preocupando? – Perguntou realmente aflita sem saber o que dizer ou qual a melhor forma de a consolar.

- Não exatamente preocupando... – Uma de suas mãos colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Como [nome] poderia dizer o que queria, sem magoar a amiga e seu time, que era praticamente sua família? – Eu estive cogitando a ideia de partir.

- Partir? – Lumine não havia de fato entendido.

- Esses quatro anos que estive viajando com vocês foi incrível, mas acho que chegou a minha hora de seguir meu caminho, entende? – [nome] olhou para a loira, ela tinha o olhar curioso e não parecia chateada.

- Está tudo bem, é claro. Vai atrás do seu amigo? – A viajante pegou um pequeno pedaço de mato que estava ali e ficou o enrolando nos dedos.

- Sim, já se passou muito tempo e talvez eu volte para Inazuma para o procurar. – Pensou alto. Kazuha era um homem muito esperto, com certeza não havia sido pego pelo shogunato, mas ainda sim ela se preocupava sobre como ele estava. – Esses dias andam muito calmos, não estou gostando disso.

Lumine de repente se lembrou de uma frase.

- “Quando o vento para de falar e o mundo se cala, esta é a calma antes que o céu comece a chorar; quando as fontes silenciosas, de repente, entram em atividade, esse é o presságio de um grande terremoto.” – Lumine recitou as mesmas palavras que havia escutado.

[nome] pareceu brevemente surpresa, afinal de onde a amiga havia escutado tal verso?

- Me encontrei com a capitã Beidou, como você tinha aconselhado, ela disse que poderia me ajudar a entrar em Inazuma. – Lumine deu um pequeno sorriso. – Obrigada, você foi uma das poucas pessoas que me ajudaram sem querer nada em troca.

- É isso o que amigos fazem, não é? – Abraçou a garota menor, era difícil de acreditar que mesmo daquela estatura e tão magra, Lumine havia feito coisas incríveis por Teyvat. – De onde escutou esse verso?

- Quando entrei no Crux, havia um poeta com a capitã e disse algo sobre nosso encontro ser mais do que uma simples coincidência, algo como ter significado ou destino. – Ela tentou se lembrar mais do que isso, mas em vão. Observou os ombros de [nome] se chacoalharem ao dar risada.

- Um poeta? Isso combina com ele. – De repente ela pareceu ganhar vida. A viajante tentou entender o motivo da graça mas simplesmente desistiu depois de perceber que ao menos, ela parecia mais alegre.

 

- Tem certeza que isso não é uma armadilha dos Fatui para nos atrair? – Paimon ainda não conseguia acreditar que eles conseguiriam entrar em Inazuma apenas porque sua companheira havia ganho o campeonato.

- Não há motivos para eles fazerem isso, além do mais a [nome] é amiga da capitã. – Xiangling tentava acalmar a pequena garota que flutuava entre o grupo.

- Então a [nome] faz parte dos Fatui?! Kaeya nos proteja! – A pequena platinada se escondeu atrás do corpo masculino. O moreno apenas suspirou cansado.

- Se você não ficar quieta eu vou congelar sua boca, o que acha? – Paimon arregalou os olhos e resolveu que ficar perto de Lumine era o mais seguro.

O grupo composto por cinco, ou seis pessoas se Paimon contar, parou em frente ao porto onde o grande Crux estava parado e sendo carregado de mercadorias que em breve estariam em Inazuma.

O vento soprou e logo [nome] conseguiu se lembrar da mesma sensação que teve ao subir no navio e finalmente chegar em Liyue, nem sequer parecia que já faziam quatro anos. Havia se encontrado com Lumine, feito muitas amizades, se metido em muitas confusões e batalhas, visto lugares que nunca sequer tinha imaginado...

Quatro longos anos longe de Kazuha.

- Tem certeza que está tudo bem se eu também for? – Bennett falou receoso. – E se ele afundar?

- Não é isso o que me preocupa no momento. – Kaeya falou desconfortável.

- O que foi Kaeya, não aprendeu a nadar com seu avô pirata? – [nome] debochou do homem, ele apenas deu uma risada seca e jogou seus cabelos para trás.

- Muito engraçado, se você sabia nadar, por que não veio mergulhando de Inazuma até aqui? – Provocou. – Mas não é isso, não gosto de ser encarado a horas por alguém que não conheço.

[nome] levantou a cabeça devagar e segurou instintivamente na lança presa à suas costas, poderia ser algum guarda de Inazuma que veio junto e a reconheceu? Seus olhos pararam no homem a poucos metros que a encarava.

O cabelo platinado pouco maior do que ela se lembrava, as roupas tão conhecidas e os mesmos olhos carmesins que ela amava junto ao sorriso leve. Kaedehara Kazuha a observava com carinho, paixão e saudade.

Sem perceber seus pés se moveram lentamente em direção ao homem, talvez algo dentro de si soubesse que seu lugar era ali, ao lado de Kaedehara. Sentiu os olhos pinicarem quando estavam a poucos centímetros de distância, agora que ele estava ali a sua frente, todos os sentimentos de anos pareceram transbordar.

- Kazuha... – [nome] lentamente o abraçou, o platinado apertou a garota junto ao peito. Quantas vezes ele sonhou com essa sensação? De poder abraçar, sentir o perfume, e o calor de ambos os corpos grudados?

- Senti sua falta. – Ele respirou fundo com o rosto enterrado na curva do pescoço de [nome]. Durante todos esses anos separados ele implorava para que a terra, vento e chuva lhe dissessem qualquer coisa sobre a mulher.

Conseguiu poucos sussurros sobre os feitos, nada que em poucas semanas ele não tivesse escutado dos moradores locais.

Mas a ter ali em seus braços, tão linda quanto ele se lembrava do momento em que se despediram, era acolhedor e reconfortante para seu coração.

- Parece que você me encontrou primeiro. – Ela disse sorrindo. – Como sabia que eu estava com a Lumine?

- Não é difícil de imaginar com os rumores de uma mulher estrondosamente forte em posse de uma visão electro, viajando com uma forasteira. – Kazuha disse olhando para cada centímetro do rosto feminino, querendo guardar esse momento em sua memória para sempre.

- Poderia ser qualquer uma, existem muitas mulheres fortes com visão electro. – [nome] arqueou uma das sobrancelhas, achou graça.

- Tem razão, mas você é a única mulher que me passa pela mente. – O tom mais adorável de vermelho tomou conta do rosto de [nome]. Como Kazuha poderia dizer isso em frente a todos ali? Talvez estivesse a tempo demais viajando com os piratas da capitã.

Só então se lembrou que tinha uma pequena plateia os assistindo sem entender de fato o que acontecia ali, um encontro de amantes?

- Tudo bem, não tenham vergonha, continuem. – Kaeya caçoou da companheira de viagem, jamais a tinha visto tão feliz.

[nome] explicou brevemente a relação e história de ambos, o grupo pareceu alegre de ver que a mulher finalmente havia se reencontrado com Kazuha.

- Então agora vocês pretendem viajar por Teyvat? – Lumine perguntou realmente curiosa, não podia negar que a própria teve muitos momentos felizes viajando com Paimon e finalmente montado seu pequeno grupo de amigos.

- Por enquanto. – [nome] disse. – Quem sabe o que o futuro está reservando para nós.

- Tenho certeza que vamos nos encontrar mais rápido do que imagina. – Kazuha sorriu, algo dentro dele dizia que logo Inazuma voltaria a ser uma cidade livre, e Lumine seria a chave. – Soube que lutou contra Osial e Beisht.

- E você se tornou um poeta. – [nome] sorriu. – Vamos ter muito tempo para colocar os assuntos em dia.

- Sim, tem razão. – Segurou a mão feminina, ambos teriam a vida toda pela frente.


Notas Finais


E fim! Uma história bem curtinha e leve com o queridinho poeta fugitivo de Inazuma.

Obrigada pelos comentários e favoritos, e até a próxima! <3


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