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História Marked - Chapter 11


Escrita por: heylife

Notas do Autor


Olá pessoinhas!!!

ESTAMOS OFICIALMENTE NOS ÚLTIMOS CAPÍTULOS!
Depois desse teremos apenas mais dois. Já quero avisar que alguns dos meus amados leitores podem ficar confusos nesse capítulo, mas quero que sejam pacientes e aguardem os dois últimos.
Tudo será esclarecido.

Tentarei postar os dois últimos logo.
Boa leitura!!

Capítulo 11 - Chapter 11


— Consegui!

A voz de Christian fez Justin voltar a normalidade, ignorando a pancada que o destino o dera na boca do estomago no instante em que os olhos caíram sobre a irmã que acreditava estar morta.

O rapaz loiro colocou-se de pé e estava prestes a girar a maçaneta quando Stela voltou o revólver para ele. A loira atiraria sem pestanejar se Caitlin não tivesse sido mais rápida, lançando um dos dardos soníferos que trouxera no pescoço da moça. O grupo viu o corpo cair desfalecido no chão quase tão rápido quando na primeira vez em que Beadles usara a droga que criara.

— Eu disse que cuidaria do meu irmão. — os olhos azuis pousaram sobre Bieber. — Ela vai dormir por algumas horas, mas vai ficar bem.

— Um minuto e meio. — Chris chamou a atenção do grupo antes de girar a maçaneta entrar na sala sendo seguido pela irmã.

— Vocês tem certeza de que é a Jazmyn e não uma sósia? — Charles aproximou-se da loira que antes o ameaçava com uma arma e agora estava caída no chão.

Justin seguiu a mesma direção que o amigo, assim como Ryan. Ele abaixou-se do lado da loira, tentando não prender-se muito ao mix de sentimentos que tomaram conta de seu interior por saber e que havia uma possibilidade dela estar viva. Delicadamente ele ergueu a camiseta dela até que pudesse ver o umbigo pequeno, exibindo um grande sorriso quando os olhos castanhos alcançaram a pequena marca de ela tinha ali desde que nascera.

— É ela. — confirmou controlando o tom com muito custo.

Antes de abaixar a blusa da garota notou na lateral o corpo algumas cicatrizes que pareciam causadas por queimaduras. Sabia que a irmã não tinha aquilo antes de seu sumiço.

Supostamente Jazmyn morrera em um incêndio. O corpo que a policia apresentara a ele e a mãe como sendo da irmã tinha a face tão desfigurada que tiveram que identifica-lo pelas roupas. Era o mesmo casaco com que ela saíra pra correr dias antes.

Considerando as marcas em seu corpo, Jazzy realmente estivera naquele incêndio, mas a mulher que vestia seu casaco não era ela.

— Nós vamos leva-la e tentar reverter essa lavagem cerebral que o Bertutti fez nela, mas preciso dos dois focados nessa missão.

Os rapazes confirmaram com breves gestos de cabeça. Justin tomou o corpo da irmã em seus braços e Ryan a arma que ela derrubara. Então todos entraram no escritório, pois ficar naquele corredor não era seguro considerando que faltavam segundos até as câmeras voltarem ao normal.

Beadles cuidou de reinstalar a trava na porta antes de entrarem, então quando a porta foi fechada por Ryan ela travou-se mais uma vez. Só que diferentemente da primeira agora era Christian quem controlava aquele sistema, assim como todos os outros da casa. Proeza que conseguira utilizando o computador da sala de Fabrizio.

— Eu sabia que o computador principal seria esse e não aquele grande da sala de segurança. — gabou-se enquanto teclava algumas coisas com os olhos vidrados  na tela. — Tenho tudo sob o meu controle. A festa está acontecendo duas salas depois da cozinha no térreo, mas posso fazer nosso alvo se deslocar.

— Ótimo. — Charles sorriu. — É sua hora Caitlin. Sabe o que fazer.


(...)


Caitlin ajeitou a saia curta no corpo antes de sentar-se confortavelmente em uma cadeira no canto do quarto amplo que invadira há alguns segundos. Segundo a planta que o irmão consultara, aquele era o quarto principal, em consequência, o quarto do homem que tinham que matar.

Quando viu que a loira estava posicionada pelas câmeras, Christina tratou de verificar o salão onde a festa regada a mulheres seminuas e bebidas caras acontecia. Fabrizio estava acompanhado por apenas três homens e quinze moças no total.

Ryan que já havia sido convidado para uma as festinhas privativas do italiano, sabia como ele sempre agia da mesma forma. Logo no inicio escolhia três ou quatro garotas que julgava mais atraentes e as levava para sua suíte no terceiro andar da casa.

Não fora diferente daquela vez.

Quando os quatro rapazes viram o alvo levantar-se da poltrona onde estava, sendo seguido por três belas moças até o elevador, comemoraram em silencio. Eram agradecidos por ele prezar por sua privacidade sexual.  

— Posso prendê-lo no elevador e despencar ele do último andar — Beadles sugeriu inocentemente. Ele ainda era novato e não entendia o valor das outras vidas que estavam naquele cubículo.

— As moças são inocentes — Bieber explicou pacientemente enquanto assistia as imagens na tela.

Bertutti e as moças riam exageradamente de piadas sujas. Mal sabia ele que seu fim estava próximo e que a poucos passos dali uma bela e sexy loira o aguardava como parte um plano muito bem esquematizado.

— Temos três homens vigiando o terceiro andar e mais dois subindo. — informou a Bieber e Ryan que sabiam que era a hora deles de agir. — Vou colocar um bloqueador de sinal para que não peçam reforços.

— Valeu, carinha.

Beadles sentiu o ombro ser apertado pela mão forte de Butler antes que ele e Bieber seguissem o caminho para fora da sala. A atenção do garoto logo voltou ao alvo que entrava no quarto com suas acompanhantes.

Caitlin sorriu ao ver a maçaneta sendo girada e ainda mais quando os olhos de Fabrizio caíram sobre ela. Ele parecia supresso por vê-la ali. Recuou um passo e antes que pudesse virar-se surpreendeu-se com ao doce e sedutora voz da loira atraente a sua frente:

— Senhor Castiglione me trouxe especialmente de Nova York para um showzinho particular — explicou cuidadosamente. — Tenho certeza que o senhor não se arrependerá.

— Está certo. —ele sorriu sinalizando para as demais garotas em direção a um sofá amplo que estava encostado junto há uma das paredes. — Você não vai se importar que a reviste antes, não é, querida?

Caitlin sorriu erguendo o corpo até então repousado sobre a cadeira estofada, e afastou as pernas levemente. A expressão em sua face era tão pervertida que roubara atenção de Bertutti assim que ele entrara na sala.

Ele se aproximou da moça, logo depois de bater a porta levemente, segurando-a pelos pulsos com firmeza e erguendo seus braços. De maneira alguma Caitlin se atrairia por alguém como Fabrizio. Não que o italiano não fosse bonito. De fato ele era muito atraente, entretanto tinha idade o suficiente para ser pai dela.

A loira era uma ótima atriz. Bertutti se sentia desejado por ela.

As mãos pesadas deslizaram pelos braços finos dela leniente até alcançar os seios medianos. Apertou-os sem pudor algum antes de continuar o caminho pela barriga até o quadril. Apertou-lhe as nádegas com força, e  depositou um tapa no local.

Charles que assistia a cena, sem conseguir acreditar no que via, sentiu o sangue ferver. Queria poder ir até lá, tirar a amiga daquela situação e utilizar o revolver preso ao cós da calça para acabar de uma vez com a vida do italiano. Entretanto, antes de um homem enciumado, ele era um líder astuto e ponderado. Aquele “show” de Caitlin fazia parte do plano que ele mesmo bolara parte por parte com muita cautela.

— Mesmo se você for uma mentirosa, querida, terei prazer em vê-la dançar.

Caitlin assistiu enquanto o alvo caminhava até junto das outras moças, sentando-se no centro do sofá logo que estava próximo o suficiente. Somers fora cuidadoso na hora de tirar todas as armas que a moça levara. Sabia que o italiano faria questão de revista-la. Era arriscado que Beadles andasse pelos corredores desarmados, mas era um mal necessário.

A loira foi até um rádio que estava no canto do quarto. Os dedos deslizaram por entre alguns cds enquanto escolhia algum que lhe fosse familiar. Colocou-o para tocar e, como já esperava , uma batida lenta e sensual tocava junto com o som de uma sedutora voz masculina que cantava algo em italiano.

O quadril começou a mexer-se lentamente enquanto a mão direita deslizava pelos cabelos até a nuca. Os dedos magros desceram leniente pelos seios e barriga. Ela flexionou um pouco os joelhos, abaixando o corpo e subindo levando a saia juntamente, mas sem que lingerie fosse revelada.

Chaz piscou algumas vezes  desprendendo-se da imagem na tela de Chris e concentrando-se novamente na missão.

— O alvo caiu na distração — disse através do comunicador. — Vocês já podem agir.

Ryan e Bieber trocaram breves olhares. Butler fez um sinal com a mão pedindo que Bieber o desse cobertura. Estavam na bifurcação entre dois corredores e há cerca de seis metros da porta do quarto de Bertutti, que era vigiada por dois de seus homens.  

Os olhos astutos de Justin cobriam a escada por onde os dois haviam subido e por onde Beadles os avisara que mais dos homens vinha. Butler  colocou a mochila no chão, abrindo-a rapidamente. De dentro tirou uma pequena maleta preta. A apoiou ao lado da bolsa antes de abri-la e o conteúdo encher seus olhos.

As mãos foram rápidas em pegar as duas máscaras anti gás que estavam dentro da mochila. O som dos passos no corredor chamou sua atenção. A imagem de um homem alto e negro surgiu na beirada do corredor, mas ele sequer teve tempo de pegar a arma. Bieber acertou duas balas em seu peito o vendo cair escadaria abaixo.

— Vocês tem que agir agora. — a voz de Beadles soou aflita pelo ponto de ambos os rapazes. — Os corpos na garagem foram encontrados.

Butler lançou uma das mascaras para o amigo quando a atenção dele voltou a ele. Bieber a pegou  no ar e sem hesitar cobriu seu rosto devidamente vendo outro fazer o mesmo. Ryan pegou uma das granadas que tinha na maleta,removeu o pino de proteção, a lançando de trás da parede em direção a porta do quarto.

— Porra! — puderam ouvir um dos capangas gritar em italiano antes que o gás  começasse a subir.

Aquela foi a deixa dos dois ex soldados. Enquanto Butler cuidava de guardar as coisas de volta na mochila, Bieber erguiasse e ia em direção a porta do quarto. A fumaça esbranquiçada que invadira os pulmões dos dois seguranças os fazia tossir.  A pouca visibilidade não era um impedimento considerável para os aguçados sentidos de Justin. Ele acertou um tiro no homem que guardava a direita da porta e em seguida, no outro.

O segundo segurança apoiou uma das mãos no estômago onde o tiro a atingira, e a outra buscou apoio na superfície de madeira que ele guardava anteriormente. Enquanto o corpo perdia as forças e caía, ele esbarrou na maçaneta, abrindo a porta o quarto do chefe.

Os gritos das moças que acompanhavam Bertutti atingiram os ouvidos atentos dos dois rapazes quando o corpo morto caiu na entrada do quarto.

Caitlin agradeceu mentalmente por poder parar aquela dança ridícula, vendo o italiano erguer o corpo de supetão encarando o homem morto em sua porta. Ele empurrou uma das garotas que estava sentada em seu colo, erguendo-se rapidamente. Puxou um revólver que estava colocado no cós de sua calça indo em direção a porta.

Todavia, não tivera tempo de alcançar seu destino, pois a loira moveu as mãos até um dos sapatos puxando uma pequena lâmina que estava escondida ali. A atirou em direção ao pescoço dele com um sorriso maldoso nos lábios. Mas antes que a pequena navalha atingisse a nuca do homem, ele virou-se segurando-a com a mão livre.

— Eu sabia que Castiglione não tinha uma moça tão bonita trabalhando para ele — pronunciou antes de jogar a lâmina de volta nela.

Cait esquivou-se vendo a navalha parar fincada na cabeceira de madeira da cama atrás de si. Quando o rosto voltou ao inimigo, não teve tempo de desviar do soco que veio em direção a seu estômago. Um gemido dolorido rompeu-lhe a garganta. Bertutti direcionou um segundo golpe, mas dessa vez com a mão que segurava arma rumo ao rosto angelical da moça. Entretendo, Beadles conseguiu reagir, segurando a mão do oponente com ambas as suas.

A perna direita deferiu um chute na altura da coxa dele e em seguida, outro entre as pernas. O homem sentiu a dor aguda crescer junto ao membro e curvou o corpo tentando ameniza-la. O dedo no gatilho da arma tentou disparar um tiro, mas Caitlin era ardilosa. Ela usou boa parte da força que tinha para virar o pulso do homem, que ainda segurava, para trás, além do limite que ele conseguia. A dor dos ossos quase quebrando-se atingiu Bertutti que soltou a arma quase de imediato. O revólver caiu ao chão dando a ela liberdade de chuta-lo para baixo do sofá não muito londe de seus pés.

Fabrizio puxou uma boa quantidade de ar para os pulmões. A face estava avermelhada. Tamanha era a raiva que sentia naquele exato momento. Ele endireitou o corpo ignorando toda a dor que se apodera dele, deferindo uma cotovelada contra o queixo de
Caitlin. A pancada fora tão forte que a loira caíra no chão de costas sentindo o gosto amargo do próprio sangue em sua boca. Ela virou-se de bruços, apoiando as mãos no porcelanato do piso, cuspindo o liquido consistente e avermelhado.

Não tivera tempo para se colocar de pé, Bertutti a agarrara pelos longos cabelos loiros fazendo suas costas se arquearem. Ela não pode segurar um grito agudo quando sentiu mão pesada e áspera dele envolver-lhe o pescoço fino. As suas foram desesperadamente para mesma região tentando impedir o aperto sufocante que lhe era dado.

Beadles já podia sentir o ar começar a faltar em seus pulmões. A pele de seu rosto ganhava uma tonalidade arroxeada. Por mais que ela lutasse com todas as forças que tinha, o italiano tinha três vezes a sua persistência.

Ela sentiu o pescoço ser deixado de uma hora para outra, quando o impacto no ombro direito  fez Bertutti a soltar. Justin finalmente conseguira entrar no quarto a tempo o suficiente de salvar a amiga, atirando onde a turva visão o permitira.

Ele puxou a mascara para longe de rosto a jogando em qualquer lugar no chão. Ergueu a arma mais uma vez em direção a seu alvo — agora de frente para ele — e mirou na altura de sua cabeça, mas ao puxar o gatilho notara que fora inútil. A munição acabara.

Uma gargalhada escandalosa e maldosa ecoou pelo quarto. O italiano encarou o jovem inimigo sedento por sua vingança.

— Justin Bieber! — Fabrizio pronunciou dando dois curtos passos em direção ao rapaz. — Eu deveria esperar por sua visita. Parece que os Hussain não são de fato os melhores da América.

— Quando se trata de família qualquer esforço vale a pena — Bieber cuspiu, claramente, com ira em seu tom. Seus olhos correram rapidamente até Caitlin que esforçava-se para levantar. Inutilmente.

Fora do quarto o som de tiros ecoavam. Tratava-se de Ryan dando cobertura para o amigo enquanto mais e mais dos seguranças se aproximavam.

— Se você fala tanto em nome da família, me diga se não tenho razão em estar chateado — o tom debochado de Bertutti fazia com que Bieber sentisse ainda mais vontade de puxar o carregador que tinha preso a um sinto no quadril e dar fim a vida inútil dele de uma vez.— Aquele filho da puta que você tanto defende teve a audácia de entrar na minha casa e atirar na minha filha sem mais nem menos. Nada mais justo do que eu fazer o mesmo com a dele.

— Você só se esqueceu de que a filha dele é minha sobrinha! — Bieber gesticulou com a arma. — Ninguém toca na minha família.

— Engraçado é que a linda Jazmyn ficou de fora desse seu discurso por um ano inteiro. — ele soltou novamente uma risada maldosa. — Tão perto das minhas mãos me abraçando e beijando acreditando que eu era toda a família que ela tinha.

— O que você fez com ela?

— Não precisei fazer muito depois que ela quase foi morta junto com a verdadeira Stela no incêndio naquele galpão. — ele deu de ombros. — Meu plano era usa-la como moeda de troca para te obrigar a trabalhar para mim, mas quem diria que sua adorável irmãzinha não era tão forte quanto você.

— O que você fez com ela?! — repetiu a pergunta, mas dessa vez em um tom muito mais alto.

— Tortura, mio caro. — ele sorriu, vendo Bieber fechar o punho livre com tamanha força e sua feição ficar deveras irrita.  — Ela entrou em colapso nas primeiras seções de choque. Começou a dizer coisas sem sentindo e a tentar fugir a todo custo. Em uma dessas tentativas, ela acabou causando um incêndio e matando minha filha nele.

— E porque ela acha que é a Stela?

— Jazmyn também se feriu no incêndio e quando acordou não lembrava-se de nada. Foi fácil fazê-la acreditar que era minha filha.

— Eu vou te matar, seu desgraçado!

Bieber partiu para cima de Bertutti, mas antes que pudesse alcança-lo o pé esquerdo do italiano apoiou-se na nuca de Caitlin que se mantinha sem forças no chão. Justin recuou sentindo o sangue ferver cada vez mais em suas veias. O som da língua de Fabrizio estalando no céu da boca o fez fechar os olhos com firmeza por breves segundos, antes de encará-lo mostrando-lhe os gestos de negação.

— Vou te dizer o que vai fazer, moleque! — o italiano rosnou. — Você e o idiota do Butler vão se entregar agora pros meus homens e vou dar algumas horas de vantagem para essa vadia sumir do mapa. É isso ou adeus... — ele apertou um pouco mais o pé na parte de trás do pescoço da moça, vendo a loira cravar as unhas no chão enquanto tentava sussurrar o próprio nome. — Caitlin? Que nome adorável.

Justin abaixou os olhos em direção a amiga a ouvindo gemer baixo buscando pelo ar quase inexistente em seus pulmões. Não podia perder Caitlin. Mas também não podia se entregar, pois aquilo significaria que perderia todos os outros. Ficara alguns segundos pensado no que fazer. Não era seu forte ter ideias tão rapidamente. Essa era tarefa de Chaz.

Ao lembrar-se de Charles, lembrou-se também que ele estava muito quieto e quando se tratava do amigo, aquele silencio só podia significar uma coisa: ele tinha algo brilhante em mente.

Tudo o que aconteceu depois daquilo foi muito rápido. O som de um disparo abafado pôde ser ouvido por Bieber, e em seguida o corpo de Bertutti ficou imóvel. O pé no pescoço da jovem Beadles se afrouxou quase no mesmo instante em que o corpo o italiano caiu sem vida, parcialmente sobre ela — que já estava inconsciente —, com um ferimento pequeno na parte de trás da cabeça que sangrava demasiadamente.

Justin ouviu o som de metal caindo no chão quando a tela do tubo de ventilação foi removida. Seus olhos correram em direção a abertura na parede de onde Somers saía desajeitadamente, caindo em segurança sobre a cama.

Os dois rapazes foram aceleradamente em direção a loira, retirando o  corpo morto e ensanguentado de cima dela. Charles a virou desesperadamente, e sorriu fraco quando ao checar os batimentos e a respiração, percebeu que sua adorada Caitlin ainda estava viva.

— Não podia deixar aquele filho da puta impune depois de bater na minha garota.

— Você chegou exatamente na hora  — Bieber suspirou aliviado erguendo-se rapidamente enquanto recarregava a arma — Caitlin não deveria estar armada. Ela quase morreu por isso.

— Não é hora disso. — Charles segurou o corpo da loira em seus braços, logo depois de colocar a arma de volta no lugar. — Precisamos sair daqui.

Bieber fez um gesto para o amigo. Encarou brevemente os rostos assustados das moças encolhidas no sofá, mas logo a atenção estava no tiroteio no corredor. Ele puxou o revólver de Chaz e foi em direção a porta. Abaixou-se próximo ao batente, olhando um pouco para fora. Ryan estava escondido desajeitadamente atrás de uma coluna de sustentação unida a parede. Atrás de uma parede, na mesma bifurcação onde estavam a pouco, vinham tiros sem pausa.

— Cait precisa de socorros, Butler.

— Eu tenho uma granada, mas isso vai chamar a atenção.

— Bertutti está morto. A missão agora é sair daqui.

Ryan lançou lançou um sorriso para o amigo, antes de pegar o pequeno explosivo, remover o pino de proteção e lançar da parte do corredor de onde vinham o tiros. Demoraram poucos segundos até a explosão acontecer. Foi algo pequeno, mas o suficiente para fazer com que os tiros parassem e para ouvirem murmúrios de dor.

Justin saiu do quarto e caminhou sorrateiramente, enquanto Butler o dava cobertura. Ele encontrou o corpo a parede, quando chegou a bifurcação. Olhou brevemente para o lado vendo três homens no chão. Um deles que tinha apenas um pequeno ferimento no braço, tornou a atirar em direção a Bieber , só que não usava mais a metralhadora que caíra longe com a explosão, mas uma pequena granada.

Bieber esperou até que a arma fosse descarregada escondido atrás da parede. Quando ouviu o som conhecido da falta de munição, ele saiu do local onde estava, atirando no meio do peito do único sobrevivente da granada.

—Beadles hora de traçar uma rota de fuga.

— Estou na cozinha com sua irmã e devo dizer que ela é meio pesada — ele murmurou baixo. — Todos os funcionários fugiram por causa do tiroteio.

— Anda logo com isso — Charles disse impaciente. — A Cait precisa de oxigênio urgentemente.

— Ok. — o garoto encarou as imagens das câmeras em sua tela. — Vão pelo elevador até o térreo. A sala está vazia no momento.

Os três jovens começaram a caminhar na direção indicada pelo hacker que os guiava ao longe. Desceram pelo elavador tranquilamente, e como Beadles dissera, a sala estava vazia.

— Ótimo. — Beadles vasculhou mais uma vez as imagens buscando por uma rota de fuga. — Peguem o corredor de serviço a direita e o atravessem até o estacionamento. Está tudo limpo.

— Nos vemos lá, garoto.

Os três seguiram até o corredor de serviços por onde já haviam passado naquele dia. Marca daquilo eram os dois corpos deixados por Beadles e Somers. Eles caminharam em passos largos, Ryan guardando a frente e Bieber, atrás.

Mas quando chegaram ao estacionamento, onde deixaram as vans Chris não estava lá com Jazzy como deveria fazer. Justin pediu que os outros dois tomassem posição, pois ele mesmo voltaria para buscar o garoto.

Ele caminhou pela área de serviço até a cozinha. Calmamente espiou através da porta, logo enxergando o motivo do atraso de Christian. A frente do garoto loiro, que segurava com certo sacrifício Jazmyn inconciente nos braços com a mochila de equipamentos pesando em sua costas, estava um homem alto e robusto. Sua pele era morena e os olhos castanhos. Nos lábios um sorriso cínico e nas mãos uma pistola prateada apontada na direção do jovem hacker.

— Farrel Barton. — Justin pronunciou sobre humor ao entrar na cozinha, apontando a arma para o homem.

— Justin Bieber. — o homem sorriu abertamente ao ver o loiro. — É sempre um prazer vê-lo.

— Não sei se posso dizer o mesmo. — Justin fez um sinal para que Beadles deixasse a cozinha. E assim ele fez, em passos ligeiros, sendo acompanhado pelos olhos atentos de Bieber. — Ele está morto — disse antes de puxar o ponto em sua orelha, o atirar no chão e pisar o partindo. Não queria que ninguém ouvisse aquela conversa. — Esse foi o trato. Minha sobrinha e amigos em risco por causa da merda desse trato!

— Você sabe que Sophie nunca esteve realmente em perigo — o moreno deu de ombros abaixando a arms. — Eu nunca prejudicaria uma criança.

— Eu não acredito em você. — repetiu o gesto do outro guardando as armas no cinto preso ao quadril. — Onde está?

— Aqui. — o homem puxou um envelope de papel pardo de dentro do terno bem alinhado que vestia. — Está certo de que não quer dinheiro pelo serviço?

— Fiz essa droga pelos papéis nesse envelope — o loiro disse enquanto verificava a veracidade dos documentos que acabara de pegar de Farrel. — Não sou um mercenário.

— Mas deveria reconsiderar isso. — Barton cruzou os braços. — Olha para o que você e sua equipe fizeram sozinhos. Derrubaram um dos maiores mafiosos do mundo. Imagina o que fariam com mais soldados das forças especiais como vocês.

— Matar não é um hobby pra mim.

— Não estou falando só sobre matar, Bieber. Estou falando de como você deu a Charles, Caitlin, Christian e Ryan um motivo pelo qual lutar. — ele sorriu enquanto via o rosto de Justin se contorcer em um feição pensativa. — Sabe como soldados como eles e você voltam para casa completamente diferentes de quando saíram. De como são excluídos da sociedade depois de voltar de guerras. Você pode dar um rumo a eles.

— Fazendo serviços sujos por dinheiro?

— Usando suas habilidades para tornarem a ter importância para o meio social — corrigiu-o. — Uma empresa de segurança particular por exemplo. Seria muito melhor para homens como eu do que esse bando de brutamontes armados que não deram conta de nada hoje.

— Pare de me encher com esse monte de merdas, Barton — ele murmurou o dando as costas e indo em direção a porta. — Você tem seu chefe morto e pode assumir o lugar dele. Eu tenho a liberdade da minha família. Trato cumprido.

— Pense sobre o que te falei. — pronunciou antes que Bieber saísse de vez da cozinha. — Mande lembranças a nossa adorável Leslie.

— Minha. — Justin olhou para o homem. — Leslie é minha mulher.

Farrell sorriu dando de ombros enquanto Bieber saía daquela cozinha, indo rapidamente em direção a garagem. A frente das vans, Ryan andava de um lado para o outro esperando impacientemente. Um suspiro aliviado saiu pela boca quando viu o amigo vindo em sua direção.

— Você demorou.

— Barton queria levar um papo. — Ryan fez um gesto pedindo para que continuasse. —Ele não ficou tão infeliz pela morte do Bertutti.

— Eu sabia que aquele desgraçado queria ver o velho morto para roubar seu lugar. — Butler e Justin seguiram para a van tomando os lugares na frente, visto que os outros estavam atrás. — Ele enlouqueceu depois que a mulher desapareceu.

— Não importa. — Bieber suspirou baixo. Não era fácil para ele manipular os amigos daquela forma. — Barton liberou nossa saída e vai fazer com que as pistas contra nós sumam. Fizemos uma espécie de favor a ele. — completou dando partida no carro. — Nosso maiores problemas agora são as duas garotas dentro desse carro.

— Eu sei irmão. — Ryan apertou as têmporas abaixando a cabeça. — Eu não sei o que farei com Geórgia agora que tenho Jazmyn de volta.

— Esse nem é seu maior problema. Jazmyn ainda pensa que é Stela. Precisamos trazê-la de volta.

— Eu acho que sei como.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até breve.


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