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História Marked For Death - Autopsy


Escrita por: ollgspmodel

Notas do Autor


Oi amores, me desculpa por não ter postado ontem.
Eu quero avisar que vou atrasar o capitulo da proxima semana, por que essa vai ser a minha ultima semana de aula e tem muitos trabalhos para fazer.
Desculpe-me os erros de português, o cap não foi betado ainda, mas depois eu corrijo isso.

Capítulo 5 - Autopsy


Fanfic / Fanfiction Marked For Death - Autopsy

Justin Point of View.

Passo as mãos pelo meu terno arrumando o blazer em meu corpo, saio d carro e fico esperando por Kayla na calçada. Olho para o céu observando o tempo nublado que esconde o sol como qualquer outro dia desde que mudei para essa cidade. Desbloqueio a tela do meu celular vendo que já passava das oito horas da manhã. Faz apenas algumas horas que deixei Alex em casa e dei a notícia do assassinato de Rebecca Jones aos seus pais.

Eles ficaram muito abalados, Alex não conseguia dizer uma palavra ela apenas chorava muito. Acredito que ela nem tenha conseguido dormir, pois viu o corpo da irmã morta jogado em uma escadaria. Tenho quase certeza que a pessoa que matou Liam também matou Rebecca, só foi nós descobrimos que Rebecca tinha um caso com Liam que a garota também foi morta, e eu espero descobrir quem é o assassino antes que ele faça mais uma vítima. Vejo Kayla sair do táxi vestindo um terno cinza.

— Bom dia! — disse Kayla — Está aqui há muito tempo?

— Não, cheguei quase agora. Vamos entrar logo, o nosso dia não vai ser fácil, e depois daqui temos que voltar para a delegacia e conversar com a família Jones — digo empurrando a porta de vidro para Kayla passar.

Ela entra primeiro e segue para a recepção, onde mostramos os nossos distintivos e a nossa passagem para o necrotério é liberada. Abro a porta de metal, e adentro o local sentindo os pelos da minha nuca se arrepiarem por causa do ar-condicionado extremamente frio. Vejo o legista se levantar da sua mesa e se aproximar de uma maca coberta por um lençol claro.

— Bom dia, detetives Scott e Bieber — diz o legista. Era o mesmo da última vez que viemos aqui.

— Bom dia — respondo — Já fez a autópsia do corpo de Rebecca Jones?

— Sim, passei a noite cuidando dela — ele responde levantando o lençol e revela o corpo nu e totalmente sem vida da garota loira. — E o que encontrou? — pergunta Kayla parando ao meu lado.

— Encontrei algumas manchas pelo corpo dela, principalmente nas pernas e nos braços — ele disse, mostrando o braço de Rebecca — Também tem essas marcas de dedos nos pulsos, acredito que ela brigou com alguém.

— E a causa da morte? — pergunto, enfiando as mãos nos bolsos da calça. O legista que tinha o nome de Willian bordado no jaleco, segura os ombros de Rebecca e a puxa em sua direção deixando as costas à mostra.

— Ela morreu com algumas facas nas costas. O jeito mais desonroso de morrer, ela nem teve tempo de se defender ou saber quem era o assassino — Willian lamenta. Desço o meu olhar pelas costas de Rebecca vendo os cortes profundos e os hematomas roxos por todo o seu corpo — Pela temperatura do corpo, ela morreu por volta das nove horas da noite.

— Que horas você encontrou o corpo, Justin? — pergunta Kayla.

— Quando sai da delegacia, umas onze horas. — respondo, e depois encaro o legista — Encontrou mais alguma coisa?

— Não, essa morte parece que foi bem rápida, apenas a esfaquearam nas costas e a deixaram sangrando até morrer — ele responde.

— Ok, qualquer pode nos ligar — Kayla diz.

Nos dirigimos em direção à porta de saída, passamos pela recepção e saímos do necrotério. Abro a porta do meu carro tomando o meu lugar como motorista, e Kayla senta no banco do passageiro. Enfio a chave na ignição, o ligando e saio.

O carro se mantinha em total silêncio enquanto os meus pensamentos barulhentos gritavam dentro da minha cabeça. Mais uma pessoa foi morta a facadas por algum desconhecido, e sem testemunhas. Ainda sinto que é a mesma pessoa que assassinou Liam Carter e

Rebecca Jones, e agora a senhorita Alex Jones teria mais alguém para enterrar.

Estaciono o carro em frente à delegacia, saio do veículo acompanhado por Kayla e entramos no local. Um policial vem até mim e me entrega as pastas com os históricos dos familiares de Rebecca e Liam. Vou até a copa, encho um pequeno copo de café, e levo até a minha boca sentindo o liquido quente descer pela minha garganta enchendo o meu corpo de cafeína.

— Vamos, Justin. Um interrogatório nos espera — disse Kayla, terminando o seu café.

Rapidamente Kayla some de meu campo de vista. Jogo o copo vazio no lixo, e em passos rápidos me dirijo à sala de interrogatório, onde avisto Kayla sentada em uma das cadeiras livres, em frente ao senhor e senhora Jones, que parecem tensos. Sento-me na cadeira ao lado de Kayla, e repouso as mãos sobre a mesa, juntamente a pasta cheia de informações sobre os mortos. 

— Bom dia Senhora e Senhor Jones — aceno com a cabeça. 

— Detetive, descobriu algo sobre o assassinato de minha filha? — pergunta o Senhor Jones com a preocupação presente em seu tom de voz. 

— É exatamente sobre isso que eu nós queremos conversar. Como pais imagino que seja difícil estar aqui, ouvindo o que estou prestes a dizer, mas não tem um jeito fácil dizer isso.

— Rebecca foi violentamente assassinada — diz Kayla. — O corpo de Rebecca estava completamente marcado, mas de acordo com o legista, as marcas foram feitas horas antes da morte. Então, eu pergunto a vocês se sabem algo sobre isso.

— É claro que não sabemos de nada. Como poderíamos? — a Senhora Jones aperta a mão do marido. 

— Senhora Jones, o que minha parceira está querendo saber é se você ou seu marido conhecem alguém que poderia fazer algum mal a Rebecca.

— Rebecca teve os seus pecados, detetives; se envolveu com drogas, mas sempre foi uma boa garota. Minha filha não tinha nenhum inimigo se é isso o que quer saber. — ela responde franzindo o cenho.

— Então, não sabe quem possa ter feito as marcas na sua filha? Ela pode ter se envolvido em alguma briga — diz Kayla.

— Não, eu não sei, detetive Scott. — responde a senhora Jones encarando a minha parceira.

— Vocês sabem de alguma coisa? — pergunta o Senhor Jones intercalando o olhar entre mim e Kayla — Como a minha filha morreu? Quem fez isso com ela? — seu tom é agressivo e desespero. Ele passa as mãos pelos seus cabelos grisalhos.

— Não temos muitas informações ainda, mas Rebecca foi morta a facadas nas costas — respondo.

— É o mesmo que assassinou o Liam, não é? — ele pergunta.

— Não sabemos ainda — reprimo os lábios.— Nós vamos levar esse assassino à justiça — digo.

— Enquanto isso deem todo o apoio necessário a Alex, ela viu a irmã morta e vai precisar do apoio dos pais — diz Kayla.

— Sabe do que eu preciso? — pergunta a Senhora Jones irritada — Preciso da minha filha mais velha de volta, alguém assassinou a minha filha na escada da biblioteca, ela era uma boa garota que queria apenas se formar em economia. Rebecca já cometeu erros como qualquer pessoa, mesmo já tendo se envolvido com drogas e ter estado apaixonada pelo namorado da Alex não a fazem ser um monstro. — ela diz chorando — Quero esse assassino morto, ele merece morrer por ter tirado a vida da minha filha, da minha melhor filha.

— Eu acho melhor vocês se retirarem, já acabou por hoje — Kayla diz indiferente.

O Senhor Jones se levanta da cadeira e puxa a esposa que chorava para fora da sala. Assim que eles saem relaxo o meu corpo na cadeira metal, e viro o meu rosto para encarar Kayla. Ela tinha uma expressão tensa, os cotovelos apoiados sob a mesa, e as mãos no queixo.

— Não precisava falar daquela maneira com ela, você pareceu não se importa com o que ela dizia.

— Porque eu realmente não me importo.

— Você acha que ela tem algo haver com a morte da filha?

— Sim, viu o jeito que ela trata a Alex? Essa mulher quase bateu na filha na nossa frente, ela não seria a primeira mãe que prendemos por ter matado o filho. A Senhora Jones não dá a mínima para o que a Alex passou, a garota viu a irmã e o namorado mortos.

— Antes de acusar precisamos de provas, Kayla — digo firme.

— E eu vou provar — ela responde, se levantando e sai da sala.

***

Alex Point of View.

Impulsiono todo o meu corpo para frente e aperto as minhas pálpebras tentando controlar as lágrimas que desciam pelo meu rosto. Olho em volta assustada e vejo as cortinas voando por causa do vento; levanto-me da cama quase arrastando o meu corpo e fecho a janela, olho para a rua calma e deserta, depois volto a atenção para o quarto. Os pôsteres de bandas nas paredes, a escrivaninha está uma bagunça sem fim, e alguns montes de CDs e livros na estante.

Passei a noite toda sem conseguir dormir, apenas sabia chorar no travesseiro da minha irmã, me lembrando de cada momento que tivemos juntas desde época de infância até quando a vi pela última vez. Tudo nesse quarto me faz lembrar dela, o cheiro dela está aqui, e eu não a tenho aqui.

Arrumo a sua cama com calma não deixando nenhum pedaço do lençol dobrado e saio do quarto fechando a porta com cuidado, entro no meu e sigo para o banheiro. Tiro toda a minha roupa, jogo as peças no cesto de roupa suja, e começo o meu banho que dura apenas o necessário. Envolvo uma toalha em meu corpo, saio do banheiro e sigo para o meu quarto direto para o guarda-roupa, visto uma lingerie e depois desço um vestido preto rendado pelo meu corpo, por fim calço os meus sapatos e penteio os meus cabelos deixando os fios soltos.

— Alex, nós temos que ir — diz papai do outro lado da porta.

— Já estou pronta — digo, deixando o quarto.

— Então vamos — diz papai.

Nós descemos juntos para a sala, vejo mamãe saindo de casa vestindo um vestido preto e saltos, papai vestia um terno da mesma cor. Seguimos para fora de casa em direção ao carro estacionado em frente à porta da garagem, entro no veículo tomando o meu lugar no banco de trás.

Hoje é o funeral de Rebecca e eu não poderia estar pior. Tudo foi resolvido em cima da hora por mim e papai, minha mãe apenas chorava trancada no quarto enquanto bebia. Eu ainda não consigo acreditar que estou indo para o funeral da minha irmã mais velha, por mais que sempre tivéssemos brigas e nossas indiferenças, eu continuo a amando, sempre amarei a minha irmã ela era a única que passava pelo mesmo que eu, e me culpo tê-la deixado sozinha com a minha mãe. Os detetives disseram aos meus pais sobre Becky ter manchas roxas no corpo, eu sabia que a minha mãe machucou a minha irmã, mas dizer isso a polícia apenas iria piorar as coisas.

Papai estaciona o carro em frente ao cemitério. Tiro o cinto de segurança e saio do carro, vejo alguns colegas de faculdade e conhecidos da família entrando no cemitério. No meio da multidão vejo os cabelos alaranjados de Bella que acenava para mim, me meto no meio das pessoas deixando os meus pais para trás até chegar a minha amiga, ela me abraça com força envolvendo os braços no meu pescoço.

— Eu sinto muito, Alex — ela sussurra próximo a minha orelha.

— Ela morreu — reprimo os lábios, e respiro fundo tentando controlar o choro.

— Alex, está na hora do velório — escuto a minha mãe dizendo logo atrás de mim.

Afasto-me da minha amiga, olho para a minha mãe e sigo andando com Bella. Fico em pé no meio das pessoas que tinham os seus olhares piedosos sobre mim e os meus pais, logo vejo o padre se aproximar do caixão fechado da minha irmã. Eu pedi para os meus pais manter o caixão fechado, porque não iria conseguir ver a minha irmã deitada em um caixão.

— Irmãos e irmãs, para quem crê, a morte é apenas mudança de uma aparência passageira, Jesus Cristo nos garante; a saudade triste, que neste momento nos aflige, traz consigo a esperança de que um dia nos encontraremos de novo para nunca mais nos separarmos. Sabemos que este nossa irmã, ao partir deste mundo, entrou na vida de Deus  — disse o padre com uma bíblia aberta em mãos.

— Amém! — digo junto às outras pessoas. Passo as mãos pelo meu rosto limpando algumas lágrimas que desciam pela minha face.

— Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A vós, povo de Deus que caminha na esperança, construindo aqui na terra morada lá no céu, a paz, a alegria, o consolo e a misericórdia de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo — completou o padre, fechando a bíblia.

O padre encara os dois homens responsáveis pelo caixão, e apenas com aceno de cabeça ele ordena que o mesmo seja abaixado. A cada centímetro dentro daquele buraco no chão a dor em meu coração parece aumentar, e quando a terra começa a ser jogada contra a madeira polida eu desabo no ombro de Bella, procurando por conforto. Meu choro ecoa em alto e bom som, estou tão concentrada em minha tristeza e dor, que não percebo quando o padre finaliza o velório, e as pessoas começam a se afastar lentamente. 

— Posso ir pra sua casa? — pergunto, afastando meu corpo do de Bella — Não quero ficar sozinha. 

— É claro que pode — ela responde mansa, lançando-me um sorriso de lado. 

— Alex, vamos embora filha — papai me chama. 

— Pai, vou para a casa da Bella. Ficar com a minha amiga vai me fazer sentir menos solitária — ele intercala seu olhar entre Bella e eu, como se estivesse pensando no que eu disse. 

— Tem certeza? — pergunta de forma apreensiva. 

— Sim — fungo o nariz — Algum problema? 

— Nenhum, pode ir. Cuida da minha filha, Isabella. — ela assente — Vou te buscar mais tarde, Alex.

— Tudo bem. — respondo.

Bella e eu seguimos para o seu carro. Dou a volta no veículo, abro a porta e me sento no banco do passageiro. Bella toma o seu lugar e  liga o carro, seguindo dirigindo em direção a sua casa. O caminho todo foi em um total silêncio, todos os meus pensamentos estão focados na morte de Liam e Becky, e às vezes a voz do assassino ri dentro da minha mente.
Bella estaciona o carro na calçada garagem, então saímos do veículo, e ela trava o veículo. Depois abre a porta de casa, adentro o local e sigo a minha amiga até o seu quarto. A ruiva entra no cômodo tirando os saltos e se joga na cama com tudo.

— Cadê a sua mãe? — pergunto me sentando na cama.

— Não faço a mínima ideia, ela nunca está em casa — responde, dando de ombros. Bella mora apenas com a sua mãe, ela nunca conheceu o seu pai, e em todas as vezes que tocamos no assunto ela ficou irritada. Ela nunca quis conhecê-lo — Está com fome?

— Não, eu não tenho fome há dias — reprimo os lábios — Eu apenas choro até não aguentar mais.

— Não deve ser nada fácil, mas eu estou aqui com você e esse assassino vai ser preso — ela diz passando a mão em meu ombro.

— Ela era a minha irmã mais velha, apesar de todas as brigas eu sempre me importei com ela, e agora ela não está mais aqui — sussurro, sentindo as lágrimas descer — Eu não sei mais o que pensar. Os detetives disseram que ela estava tendo um caso com o Liam, e de repente a minha irmã está morta — digo chorando, e encaro os seus olhos castanhos — Você acredita nisso? Ela transava com o meu namorado, enquanto nós estávamos namorando.

— Eu sinto muito, Alex — ela desliza a mão pelo meu ombro tentando me confortar em um abraço — Uma irmã jamais deveria fazer algo assim — ela diz calma.

— Por que você não parece surpresa? — pergunto me afastando — Você sabia sobre eles? — fico em pé a sua frente.

— Alex, não é bem assim…

— Bella, você sabia sobre eles e nunca me disse nada — digo boquiaberta.

— Liam comentou que queria terminar com você, mas ele estava nervoso porque vocês haviam brigado eu não achei que ele estava falando sério. Vocês sempre estavam brigando, e eu percebi que Liam estava distante e desconfiei que o motivo pudesse ser a sua irmã, pois ela também estava muito estranha e você vinha reclamando ainda mais dela — ela responde calma.

— Eu não acredito nisso — digo passando as mãos no meu rosto.  

— Por favor, se acalma, vamos conversar — ela tenta me tocar, mas me afasto, empurrando a sua mão.

— O que mais você anda escondendo de mim? Eu sempre te considerei a minha melhor amiga, a pessoa que sempre contei tudo e agora você me diz que sabia que Liam queria terminar comigo para ficar com a minha irmã.

— Alex, você acabou de ver a sua irmã sendo enterrada e tem um assassino solto pelas ruas, você não está bem.

— Eu vou embora, e não tente me seguir — grito saindo do seu quarto.

Desço os degraus da escada com pressa ainda escutando os gritos de Bella pedindo para eu voltar, mas apenas ignoro abrindo a porta da casa dela e saio batendo a mesma com força. Vou andando pela rua em passos apressados, enquanto sinto as lágrimas escorrer.

Por que tudo na minha vida dá errado? Por que não posso ser uma adolescente comum? Apenas queria fazer coisas normais como ir à faculdade, trabalhar na cafeteria até me formar em jornalismo e ter o título de aluna exemplar, depois me mudar para Nova Iorque e com os anos me tornar uma das melhores jornalistas do país. Mas, estou aqui, presa em Homer uma cidade pequena de três mil habitantes, estou aqui vendo todos que amo morrendo, com medo de perder a minha vida. E agora a única coisa que me resta é voltar para casa, pensando no quanto fui enganada pela minha melhor amiga, minha irmã e o meu namorado.


Notas Finais


Ai meu Deus, quem será o assassino? 'o'
Me digam o que acharam do cap.


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