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História Marks Of The Past - Quatro Meses, Primeiro Niver e Fruto do Amor


Escrita por: OhMaya , ShumdarioLB e OhMayaPeglow

Notas do Autor


OBS: Para quem está lendo/relendo a partir do dia 12-08-2020, houve alterações nos capítulos e capas.

Capítulo 18 - Quatro Meses, Primeiro Niver e Fruto do Amor


Fanfic / Fanfiction Marks Of The Past - Quatro Meses, Primeiro Niver e Fruto do Amor

 

EM MEDAN

DIA VINTE E DOIS DE ABRIL 

 

Os gêmeos no momento estão com sete meses e eles estão na fase em que estão sofrendo com o crescimento do primeiro dentinho.

Magnus está deitado em sua cama e com Sophie sentada em sua barriga, entretida em mastigar o mordedor com vontade. Ele está olhando um filme infantil com ela e o olhar dela está vidrado na televisão, mas mesmo com isso ela não para de morder o mordedor molinho da cor roxa e em forma de sorvete.

Sophie ás vezes dá uma choramingada quando morde ele, possivelmente por causa da dor e incômodo que dá quando começa a nascer os dentinhos.

Tyler havia ido com Catarina ao mercado. O ômega já estava acostumado com a alfa, mas mesmo assim ele não sorria muito para ela.

A clínica estava indo muito bem, eles estavam tendo bastante sucesso em seu negócio. Muitos casos estavam aparecendo e isso era triste, mas Magnus estava conseguindo ajudar a todos que procuravam ajuda e isso era bom de certa forma.

Jordan havia passado a clínica da família para o nome de seu irmão Bat, no mês passado, e assim, ficando cada vez mais na clínica S.T. Bane’s ajudando Magnus no que ele puder, pois com dois bebês ainda muito pequenos era meio complicado para Magnus fazer outras coisas.

Sophie começa a chorar e fica irritada com o mordedor. Então, ele se levanta e vai balançando ela para tentar acalmá-la até o quarto dela onde está o gel Nutraisdin para passar na gengiva, para acalmar o incômodo.

Ele vai até a cômoda no quarto dos gêmeos, que é onde fica os remédios que ele precisa usar neles. Então ele pega o gel e passa em sua gengiva para aliviar a dor de sua filha, pois ele odeia ver os seus filhos com dor, ele fica com muita dó quando eles estão sentindo alguma dor. Quando ele passa o gel um pouco gelado, Magnus consegue sentir o dentinho começando a sair.

– Calma, minha princesinha. Já vai passar, papai está aqui com você. – diz Magnus balançando Sophie para acalmá-la e beijando os cabelos volumosos, porém lisos, da filha.

Magnus coloca uma água morna na banheira e dá um banho em Sophie para ela relaxar. Depois do banho, ele fez uma mamadeira, testou a temperatura e deu de mamar para ela. Depois de Sophie estar de banho tomado e alimentada, Magnus a levou para dormir em seu quarto e aproveitou para tirar um cochilo com a bebê.

 

===

 

EM NOVA YORK

 

Jem estava entrando no quarto mês de gestação. Sua barriga aparece bem pouco, mas já consegue se ver o montinho formado ali. O ômega estava na frente do espelho, que tem no quarto dele com Alec, admirando a sua barriga e pensando no futuro daquela criança. Ele tem muita sorte por Will e Alec se parecerem, pois senão, aquele bebê não iria passar por filho de Alec e eles estariam ferrados.

Ele está terminando de se arrumar para poder ir para a faculdade. Ele está amando o curso que está fazendo e, Will e Alec estão felizes pela sua felicidade. Mas ela não está completa, já que desde janeiro ele só conseguiu ver Will três vezes porque Maryse, “sua sogra”, desde que a gravidez foi anunciada, estava muito presente e isso tem atrapalhado os seus encontros com o seu alfa. Mas quando eles conseguem se encontrar, mesmo que por poucos minutos, Jem tem sentido Will distante dele e ele quer saber o porquê. Ele sente como se Will estivesse com problemas e não quisesse contar a ele. Talvez fosse o ciúmes de Alec que nunca ia embora, James não sabia.

Assim que desceu as escadas, se assustou com a porta se abrindo e Maryse entrando pela mesma.

– Oi, senhora Maryse. Que susto que a senhora me deu. – diz Jem, com uma mão no coração e mais pálido que o normal.

– Ah, desculpe pelo susto, querido. – disse a mulher, com um sorriso sem graça. – Mas eu só vim trazer uma comida para você e Alec jantarem. Você tem que se alimentar bem agora que está esperando um filho de um alfa forte como o Alec. – diz Maryse, terminando de entrar para dentro da casa.

– Ah, sim. – diz Jem, com um sorriso amarelo – Mas eu estou indo para a faculdade, então, eu vou deixar a comida no micro-ondas para o Alec jantar quando ele chegar. – diz Jem, pegando a comida das mãos de Maryse e levando-a até o micro-ondas e deixando um bilhete em cima da mesa para Alec, avisando-o que tem janta pronta para ele.

Maryse assenti.

– Eu acho que Alec devia arranjar alguém para vigiar a casa de vocês, sabe, enquanto ele não está em casa. – diz Maryse, olhando curiosa para Jem.

– Por que a senhora acha isso? – pergunta Jem, intrigado.

– É que enquanto eu estava vindo, eu tive a impressão de ter visto alguém andando pelas redondezas e isso não é seguro, ainda mais com um ômega grávido. – diz Maryse, olhando fixamente para Jem.

Jem pensa que pode ser Will e então ele fica em silêncio e com os olhos arregalados.

Maryse ao perceber a sua reação, se aproxima do ômega.

– Você está bem? – Maryse lhe pergunta, preocupada.

– Sim, claro. Eu agradeço pela preocupação. – diz Jem, com um sorriso.

– Não quer me contar nada, querido? – pergunta Maryse, lhe olhando com um olhar estranho.

Jem percebe que sua sogra está diferente, vindo demais em sua casa, querendo saber demais o que ele e Alec andam fazendo. Esses dias, ela até mesmo comentou sobre Magnus, o ex-namorado de Alec, por quem ele é perdidamente apaixonado até hoje. Ela comentou que um dia imaginava os dois voltando a ficarem juntos e Robert permitindo os dois serem felizes. E juntando todas essas situações, James conseguiu perceber que sua sogra pode estar desconfiando de algo.

– Não, não tenho nada para lhe contar, sogra. – diz sorrindo, fazendo o melhor possível para convencer a ômega de que estava tudo bem e nada estava acontecendo de estranho.

Jem se despede da mulher e vai para a sua faculdade em seu carro novo, que ele ganhou de Robert em fevereiro. Desde o anúncio da gravidez, tem sido assim, cheio de presentes e atenção de “seu sogro”. Jem imaginava Alec se sentindo mal, já que Magnus quem deveria receber essa atenção se estivessem juntos e formando uma família.

 

===

 

As buscas por Magnus continuam.

Alec recebe poucas informações de Julian, mas sempre são as mesmas: “Em Londres, Derby, Carlisle e Warwick, não foram encontradas nenhuma pista sobre o paradeiro de Magnus.”

Alec estava começando a ficar preocupado e desconfiado demais com tudo isso.

Agora, como primogênito e herdeiro de Robert, ele quem estava agora comandando a rede de hotéis da família. Robert quase não aparecia mais nos hotéis depois que ele passou o comando para Alec, mas nesse dia em específico, ele resolveu visitar o hotel para ver com os seus próprios olhos como o seu filho estava se saindo em seu lugar.

Alec está em seu escritório quando sente um cheiro forte e familiar de alfa e seu pai adentra o seu escritório. O alfa mais jovem não consegue evitar um revirar de seus olhos.

– Como está o meu genro? – pergunta Robert, como sempre, sorrindo cinicamente.

– Ele está bem, mas você não se importa com ele. Eu também estou bem, papai, obrigado por perguntar. Agora pode ir embora. – diz Alec, debochado.

– Pare de bobagem, eu me importo com você também, mas como James é um ômega, ele merece ter mais cuidados. – diz Robert, cínico.

Alec se irrita e se levanta de sua cadeira e enfrenta Robert.

– Ele tem a mim para cuidar dele, ele não precisa dos seus cuidados e nem de sua presença, Robert. – diz, rosnando para seu pai.

Robert ri debochado, nem mesmo se movendo com medo de Alec nem nada aparente.

– Pela primeira vez, eu estou vendo ciúmes em sua voz. O ciúmes que eu nunca mais havia visto desde a época daquele ômega imundo. – diz Robert, com nojo em sua voz.

– Por que você chama Magnus de ômega imundo e não pelo seu nome? Ele tem nome, Robert. – diz Alec, deixando seus olhos ainda mais vermelhos de raiva.

– Eu o chamo assim porque é o que ele é. Um ômega imundo deve ser tratado como tal. – diz Robert, olhando com um sorriso que fazia Alec deixar cada vez mais seu alfa interior tomar conta de seu corpo.

Alec se irrita ainda mais por seu pai falar assim de seu ômega, e acaba rosnando. Robert, vendo que a coisa podem começar a ficar feia, se adianta e resolve fazer o que ele veio fazer ali.

– Eu já estou indo. Eu só vim buscar os papéis finais que eu preciso assinar para passar para você finalmente todas as redes de nossos hotéis de todos os lugares. – diz Robert.

Alec assentiu, ainda com muita raiva.

– Eles estão com a minha secretária, que está do lado de fora da minha sala. Deveria ter falado com ela antes de entrar. – diz Alec, com seus dentes semicerrados.

– Pode não parecer, mas eu confio em você com os negócios, Alec. – disse antes de sair e deixar Alec com aquilo na cabeça.

Alexander deixa suas garras, que nem mesmo viu quando saíram, arranharem sua mesa por inteiro de tanta raiva que ele está sentindo de seu pai no momento. O causador da sua infelicidade.

 

===

 

Quando Jem sai da faculdade, ele comemora ao perceber que Will está lhe esperando do lado de fora do campus. Jem pega o alfa, lhe leva para o seu carro e ali mesmo na frente de todos, ele ataca os lábios do mesmo.

Jem percebe que Will está distante novamente e ele interrompe o beijo.

– Amor, o que foi? O que está acontecendo? Você de uns tempos para cá, está bem distante de mim e eu estou preocupado. Isso é ciúme de Alec ainda ou é outra coisa? – diz tudo o que tinha para falar de uma vez, olhando preocupado para Will.

– Eu tenho que ir para a minha cidade natal, Los Angeles, por um tempo. – foi direto com o ômega.

– Por que você precisa ir? Você está fugindo porque eu estou grávido? Ou você está pensando que o bebê é do Alec? – pergunta Jem, nervoso com o alfa que vem escondendo coisas dele e ainda bravo com as desconfianças passadas do mesmo.

– Se acalme, amor. – passou a mão na barriga do ômega. – Não é nada disso. Eu preciso ir para lá, pois preciso descobri algumas coisas sobre o passado do meu pai. – explica olhando com carinho para Jem.

Jem abraça Will apertado.

– Você nunca falou muito sobre a sua família. – diz Jem, ainda abraçado ao alfa.

– Eu posso ter descoberto algumas coisas, mas não tenho certeza e por isso eu tenho que ir, para confirmar essas informações. – diz Will e dá um selinho em Jem.

Queria contar, como queria, mas tinha que ter provas antes de julgar o pai de seu namorado por esse crime. E se não fosse verdade? E se Jon só tivesse falado aquilo para magoar Will com assuntos do passado? Não queria magoar e fazer James passar mal por causa disso. Tinha um bebê em jogo agora e Will iria protegê-los de tudo e de todos.

Jem assente e beija profundamente o alfa.

– Você pode ir, mas volte o mais rápido possível, pois eu e o bebê iremos sentir falta de você, meu amor. – diz Jem, com um olhar apaixonado e um sorriso encantador, que faz o coração de Will balançar e bater mais rápido.

– Eu também irei sentir uma falta enorme de vocês. – Will beija Jem e a sua barriga antes de ir embora.

Jem liga o carro e vai para casa com o seu coração na mão.

 

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EM MEDAN

DIA OITO DE AGOSTO

 

Magnus está quase pirando.

A clínica começou a ser reformada quando viu que estava ficando lotada com ômegas abandonados. Magnus conseguiu uma licença com o governo para aumentar os quartos. 

Faltava exatos vinte e oito dias para o aniversário dos gêmeos e quase não teve tempo para arrumar nada ainda. Nada de bolo, nada de decoração e nem mesmo um local com um bom espaço para fazer a festa. Não queria deixar esse dia passar em branco.

– Oi, Magnus. – disse Cassie, a babá dos bebês, chegando com os gêmeos depois de ir buscá-los na creche, próxima a clínica.

– Oi, querida. – disse Magnus, sorrindo e abandonando o computador apenas para ir beijar os filhos que não via a cinco horas. – Oi, meus cheirosinhos. – disse ao cheirar o pescoço de seus bebês.

Logo o ômega entrega os dois para Cassie e a mesma os leva para dar uma volta, enquanto Magnus ajuda os estagiários de enfermagem, Katherine e Enzo.

– Sr. Bane, acabei de ir checar o Sr. Brown e ele está respirando melhor do que ontem. – disse Katherine, analisando sua prancheta e resumindo o que havia em seu relatório.

Magnus assentiu e pediu para ela ir checar a Srª White, que estava com dificuldade em amamentar o bebê. Katherine assentiu e logo foi.

– Sr. Bane, com licença. – disse Enzo, entrando na sala de Magnus.

– Diga.

– Preciso de ajuda com o Sr. Evans, ele não está querendo ficar até o fim de suas seções e está surtando querendo falar com o senhor ou o Sr. Kyle. – explicou o garoto, com a maior tranquilidade.

Magnus suspirou e olhou para o computador. Ainda havia muita coisa para resolver ali, então, a única opção era chamar Jordan.

– Fique com ele, não o deixe muito tempo sozinho. – disse Magnus ao garoto. – Já eu mando Jordan para lá.

O garoto assentiu e correu para o quarto do ômega com problemas psicológicos graves depois de sofrer abuso coletivo a três meses atrás.

Magnus foi até a sala de Jordan, e sem bater na porta, já entrou.

– Jordan, eu... – Magnus ficou paralisado ao ver as duas pessoas em uma cena muito complicada e constrangedora.

Pareciam até duas baratas correndo do veneno esguichando nelas.

Jordan se apressava para erguer as calças e a moça tentava fechar os botões da camisa.

Magnus saiu lentamente e esperou até a moça sair da sala, completamente envergonhada. Magnus suspirou e entrou.

– No serviço, sério? – disse com um olhar muito sério para Jordan, que estava muito constrangido.

– Me desculpe, Magnus. – disse o alfa. – Não me controlei e acabou acontecendo.

– Quem é ela? – perguntou Magnus.

– Maia, uma antiga amiga e agora...

– Namorada, saquei. – concluiu Magnus. – Só tente não fazer nada aqui. Se não fosse eu entrar, poderia ser um dos pacientes ou funcionário. Não iria querer isso.

Jordan concordou e se desculpou mais uma vez.

– Mas, de qualquer forma, eu vim aqui para pedir para você ir conversar com o Sr. Evans, ele está querendo abandonar as seções com o psicólogo. – disse o que queria e começou a rir ao ver a cara de Jordan.

O alfa estava muito constrangido, mas logo se levou com a risada de Magnus.

 

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DIA VINTE E OITO DE AGOSTO

 

Magnus e Catarina estão em uma loja no centro, comprando tudo o que for necessário para a festa dos gêmeos, que por decisão de Jordan, padrinho das crianças, pediu para Magnus fazer a festa lá.

– Eu até agora não estou acreditando que ele me deixou pelo Kieran. – disse Cat, enquanto Magnus ria. – Pare de rir. O assunto é sério. Ele me largou por outro professor.

– Qual é? – disse Magnus, vendo uma linda coroa para Sophie. – Ele é muito bonito. E como você disse aquele dia... “Mark e eu somos apenas amigos coloridos, nunca vai a lugar algum.” – disse imitando a forma que a amiga falou. – Ele achou alguém que o queria mais que amigo. Você que ficou indecisa em ter uma relação com ele.

A alfa bufou e não comentou mais sobre o assunto. Afinal, Magnus tinha razão e ela sabia que também tinha. Mark não era o certo para ela e ela não era a certa para ele. Ele estava feliz com Kieran, ela sabia disso e estava feliz por ele ter encontrado sua metade, mesmo que seu ego estivesse machucado no momento. Mas essa dor nem iria ser lembrada no futuro, ela apenas não sabia ainda.

– Sabe, eu andei pensando. – disse Cat, sorrindo atrevida. – Você deveria arrumar um namorado. Não acha?

Magnus revira os olhos e bufa, se afastando da alfa, mas respondendo-a.

– Eu não quero saber disso por enquanto. Não agora, com os gêmeos pequenos e a clínica estando lotada e...

– A clínica sempre vai estar lotada, infelizmente. – disse Catarina, o interrompendo de continuar. – E outra, os gêmeos sempre serão seus filhos e para seus olhos sempre estarão pequenos e indefesos.

Magnus suspirou e encarou a amiga melhor, fazendo-a perceber que ele não queria falar sobre isso. Não agora.

– Ok, não vou mais falar sobre isso. – disse Cat. – Mas amanhã eu vou. – concluiu rindo, fazendo o ômega rir baixinho. – Sempre vou te apoiar, sabe disso, não é? – perguntou e esperou Magnus assentir lhe dando um abraço.

 

===

 

DIA CINCO DE SETEMBRO

 

Bat, Jordan, Cat e vários pais e crianças colegas dos gêmeos na creche, estavam presentes no jardim da casa do alfa Kyle para comemorar o primeiro aniversário de Sophie e Tyler, as três horas da tarde.

Sophie e Tyler andavam por tudo, brincando com os colegas e falando pequenas palavras sem sentido, que para eles parecia uma longa e maravilhosa conversa.

– Ei! – Jordan gritou, assim que Tyler passou na sua frente e ele o pegou no colo no susto. – Vamos lá tirar sua fralda pra ir pra piscina. – Jordan disse e Tyler começou a gritar animado quando o alfa o colocou no chão e saiu correndo para procurar seu pai. – Vamos, Sophie...

A menina passou correndo por Jordan e foi de encontro com o pai também, logo Jordan os seguiu para ajudar Magnus no que for necessário.

– Ficou bravo comigo? – perguntou Magnus, enquanto vestia apenas uma sunga em Tyler. – Eu devia ter chamado ela. Me desculpe.

– Não, tudo bem. – Jordan riu enquanto colocava o biquíni em Sophie. Retirou a camisa e ficou apenas com o short que já vestia. – Vamos, garotada? – pergunta animado, pegando cada um em um braço e indo para fora.

Assim que chega lá fora, com um Magnus ao seu lado se sentindo mal por não ter chamado Maia para festa, o telefone de Jordan começa a tocar.

Magnus pega os bebês do colo de Jordan, logo chegando Bat para ajudá-lo, pegando Sophie que estava agitada querendo ir logo para a água.

– Peguei você, mocinha. – diz o beta, jogando a pequena para cima e a fazendo rir. – Vamos? – perguntou Bat para Magnus, que assentiu e o seguiu até lá, já retirando sua roupa no caminho.

Ambos entraram com as crianças em seus braços, logo atraindo a atenção das outras crianças e os pais fazendo a vontade dos filhos e entrando junto com eles.

 

===

 

Já estavam há quase uma hora dentro da piscina e as crianças continuavam agitadas, mas estava ficando frio demais para eles, já que estavam começando a deixar os lábios roxos.

– Seus lábios estão ficando roxos. – comentou Bat, em um sussurro.

– O que? – perguntou Magnus se virando o beta e o vendo ficar sem graça. Magnus sorriu. – Estava olhando meus lábios?

– Eu sempre olho. – disse Bat, deixando Magnus sem graça e com o coração acelerado. Bat desvia o olhar. – É melhor tirarmos eles da água.

Magnus concordou e ambos saíram dali, junto com a maioria.

Os olhos de Cat estavam vidrados na cena que acabara de acontecer e iria conversar com Magnus mais tarde.

 

===

 

A festa foi muito boa.

Riram, beberam, cantaram, comeram muitos doces...

Nesse momento, Magnus ajeita os filhos na cama de Jordan, enquanto os outros ajudam a arrumar a casa bagunçada.

Catarina chega até o quarto de Jordan e chama Magnus.

– O que foi? – perguntou o ômega.

– O que foi pergunto eu. – disse a alfa, puxando o corpo do ômega para fora dali. – O que aconteceu entre você o Bat dentro da piscina? – perguntou e viu Magnus revirar os olhos. – Não revire os olhos para mim, mocinho.

– Não me trate como se eu fosse criança. – disse Magnus, bufando. – E não aconteceu nada entre nós dois. – disse e saiu andando para a sala, e dessa vez, não sendo seguido por Catarina.

Na sala, Jordan questiona o porquê de Bat estar seguindo tanto Magnus com os olhos.

– Talvez, eu... Tenha sentimentos por ele. – confessou o beta.

Jordan arregalou os olhos, mas logo trocou o semblante de incrédulo para o de raiva e dando um tapa na cabeça do irmão.

– Larga disso, rapaz. – disse o alfa. – Se afaste de Magnus, me entendeu?

– O que? Por que?

– Magnus é um ômega precioso demais para você. – foi sincero.

Bat revirou os olhos e bateu o pé firme no chão.

– É sério, Jordan. – disse o mais novo. – Meus sentimentos são reais. Acredite.

Jordan olha ao redor e puxa Bat para fora de casa.

– Escuta... – começou Jordan. – Magnus não quer uma ficada de uma noite, uma transa no beco igual você está acostumado a fazer com muitos.

– E quem disse...

– Me escuta primeiro. – repreendeu Jordan. – Magnus sofreu muito com o ex-namorado. Eu não sei muito, e acho que até mesmo Catarina não sabe de tudo porque Magnus é muito ferido para contar sobre tudo que Alec o fez passar.

– Eu não quero fazer o mesmo que ele. – disse Bat, com um olhar triste.

– E se fizer? – Jordan o questionou. – Você nunca namorou, talvez seja apenas uma atração que sente por ele. – suspirou. – Peguei Magnus tantas vezes chorando em casa e no escrito, tudo por causa do que Alec fez a ele. Não quero vê-lo chorando por causa do que você fazer.

– Você está me acusando de fazê-lo sofrer antes mesmo de acontecer qualquer coisa entre mim e ele. – disse Bat, se sentindo ofendido. – Você percebe o quanto isso é injusto?

– Não estou dizendo que você vá fazer ele sofrer, apenas que quero que você pense muito bem antes de tentar qualquer coisa e perder uma amizade incrível com Magnus por causa disso. – disse o alfa, tocando no ombro do irmão e o deixando pensando nisso.

 

===

 

– Obrigado mesmo por liberar sua casa. – diz Magnus a Jordan, enquanto abraça o mesmo.

– Tudo pelos meus afilhados. – disse rindo e beijando a cabeça de Magnus.

Magnus olha ao redor e Jordan logo percebe o que o outro deve estar procurando.

– Onde está seu irmão? – perguntou o ômega.

– Ele... Ele saiu. – disse meio sem graça.

– Ah, sim. – disse Magnus, um pouco sem graça também. – Tudo bem. Já vamos indo.

Catarina percebe como Magnus ficou e lança um olhar para Jordan, percebendo que o outro estava ciente do que estava acontecendo entre os dois.

“Sério, justo o Bat?” – pensou Catarina, enquanto caminhava até o carro com Sophie no colo.

 

===

 

DIA SETE DE SETEMBRO

 

Depois de dois dias evitando Magnus, Bat vai até a casa do ômega e bate em sua porta.

– Oi... Bat. – diz Magnus, assim que abre a porta e vê o beta ali, um pouco envergonhado.

– Podemos conversar? – pergunta o beta e logo se afasta para Magnus sair da casa e se sentar com ele no banco da varanda.

Magnus se sente um pouco nervoso, mas espera o outro começar a dizer o que veio fazer ali.

– Me desculpe ter te evitado ontem na clínica. – disse o beta.

– Tudo bem. – responde Magnus, sorrindo. – Eu só fiquei confuso do porque.

– Eu meio que... Fiquei afim de você nesses últimos meses. – foi direto ao ponto.

Magnus assentiu e ele continuou.

– Mas não sei como lidar com um relacionamento, então me afastei para pensar.

– Pensar...?

– Pensar se realmente queria arriscar nossa amizade. – respondeu e encarou o ômega.

– E a sua decisão foi? – perguntou Magnus, sentindo suas mãos suarem.

– Que não quero te perder. – disse o beta, sorrindo.

Magnus sorri para ele também e logo confessa que:

– Não iria saber lidar com um relacionamento também. Não mais.

– Precisa superar, Mag. – disse Bat, já sabendo do que se tratava. – Cuidar de si mesmo e esquece-lo de vez. Arrume um namorado que realmente vá te amar e você vai amá-lo, só assim... Só assim você irá apagar o passado de vez. – disse tudo o que Magnus precisava ouvir.

– Eu sei. – disse Magnus, já sentindo seus olhos arderem. – Mas...

– Mas não quer, não é? – concluiu Bat, percebendo o que se passava na mente do outro. – Não quer esquecê-lo. Quer lutar por ele.

Magnus olha para o chão.

– Está insinuando que...

– Sim, estou. Você quer lutar pelo amor que ainda sente por ele.

Magnus riu e levantou seu olhar para cima.

– Alexander e eu nunca vamos dar certo. – confessou Magnus, rindo, mas com tristeza. – Eu fui apenas sexo para ele, foi o que ele disse para mim assim que terminamos... Ou melhor, ele terminou.

– Você com certeza não foi só sexo para ele. – disse Bat, rindo e acariciando a mão de Magnus. – Eu tenho certeza.

– Por que tem tanta certeza? – Magnus questionou, confuso.

– Por que ele teve o seu amor, Magnus. – disse e viu o ômega corar.

– De qualquer forma... – disse Magnus. – Eu não estou preparado para um novo relacionamento. Talvez seja pelos meus filhos, ou Alexander, eu não sei. Mas, apenas não consigo. – balançava a cabeça, tentando achar uma resposta para essa dúvida. – É como se estivesse me fazendo relembrar o tempo todo, não me deixando esquecer dele. Eu não sei. – isso o deixava muito confuso.

Bat sorri.

– Talvez seja o amor de ambos. – diz o beta, confiante em suas palavras. – O amor de vocês dois deve estar os ligando ainda, mesmo a distância. – sorri para Magnus que o encara. – Esse amor é muito forte, Mag. Vocês dois ainda estão muito conectados.

– Para! – disse Magnus. – Você realmente acredita nisso? Destino, amor a distância e blá blá... – o ômega ria da cara de Bat.

– Qual seria a outra explicação, senhor sabe tudo? – riu.

Magnus revirou os olhos.

– A explicação lógica, seria que meu cérebro não está colaborando comigo. – disse convencido.

– E a outra explicação lógica, seria o fruto do amor de vocês ainda os liga. – disse, tirando o sorriso convencido de Magnus e o fazendo entender onde queria chegar. – Seus filhos, Magnus. O fruto do amor de vocês dois ainda estão os ligando de alguma forma.

E foi apenas nesse momento, que Magnus realmente percebeu que um dia seus filhos iriam querer conhecer o papai e iriam conectá-los novamente.

Sophie e Tyler eram a ligação dos dois para sempre.



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