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História Marotos 1977 lendo Harry Potter. - 21. A Nova Canção do Chapéu Seletor


Escrita por: maraudzrs

Notas do Autor


E AQUI ESTAMOS COM MAIS UM CAPÍTULO PESSOAL.

queria falar que eu já tenho o plot da oneshot do meu aniversário e vai ser wolfstar com uma ponta de jily pq foram os mais votados, confesso que tô ansiosa pra mostrar pra vocês.

ah e outra coisa, quando for o Harry e o Draco mais velhos eu vou deixar em negrito beleza? porque eu fico me atrapalhando toda aqui.

BOA LEITURA BRUXINHOS.

Capítulo 26 - 21. A Nova Canção do Chapéu Seletor


– Antes preciso só resumir uma coisa – o Potter mais velho falou atraindo a atenção de todos – Eu fui pra audiência, Dumbledore apareceu lá do nada e me defendeu, no final eu fui declarado inocente mas isso não deixou Fudge nem a sub-secretaria dele felizes.

– Detalhe que ele foi julgado no mesmo lugar que os comensais da morte – Ron detalhou.

– Isso é um absurdo, foi só um caso de magia adolescente – Remus esbravejou.

– Parece que Cornélio não está ligando pra isso – Lily gemeu a contragosto.

Remus suspirou e pegou o livro se preparando para ler.

Harry não quis contar aos outros que ele e Luna estavam tendo o mesmo tipo de alucinação, se é que era o caso, por isso não voltou a mencionar os cavalos quando se sentou na carruagem e bateu a porta. Ainda assim, ele não conseguiu evitar olhar pela vidraça as silhuetas dos animais do lado de fora.

– Oh, esquecemos de comentar que conhecemos Luna e que Harry viu testralios – Ron falou rápido recebendo um beliscão de Hermione – O que foi?

– Não precisava falar dos testralios – a mulher revirou os olhos para o marido.

– Testralios? – Sirius franziu o cenho.

– Eu acho que vai explicar – Harry fez uma leve careta.

– Todo mundo viu a tal Grubbly-Plank? – perguntou Gina. – Que é que ela está fazendo aqui de novo? Hagrid não pode ter ido embora, pode?

– Hagrid indo embora? – Lily ofegou preocupada.

– Não aconteceu nada com ele, não é? – James perguntou no mesmo tom, os grifinorios tinham um carinho enorme pelo meio-gigante.

– Não, era um assunto da ordem – Ginny respondeu sorrindo de leve.

Remus assentiu uma vez pensando que se Hagrid estava realizando algum trabalho pra Ordem provavelmente seria voltado para os gigantes.

– Eu vou ficar bem satisfeita se ele tiver ido, ele não é um professor muito bom, é? – disse Luna.

– É, sim! – exclamaram Harry, Rony e Gina, zangados.

– Eu não sabia que eles eram próximos – Luna deu de ombros fazendo os do futuro rirem um pouco.

Harry lançou um olhar incisivo a Hermione. Ela pigarreou e disse depressa:

– Hum... é... ele é muito bom.

– Bom, lá na Corvinal achamos que ele é uma piada – respondeu Luna, sem se surpreender.

– Então vocês têm um senso de humor bem idiota – retorquiu Rony, no momento em que as rodas rangeram, entrando em movimento.

Luna não pareceu se perturbar com a grosseria de Rony; muito ao contrário, mirou-o durante algum tempo, como se ele fosse um programa de televisão levemente interessante.

– Ei eu não sou grosseiro – os dois Rony's exclamaram indignados.

– É sim – Draco, Harry, Ginny e Neville falaram em conjunto.

– Um emocional de uma colher de chá – Hermione deu de ombros.

– Acontece nas melhores famílias papai – Rose deu leves tapinhas no ombro do pai.

– É, pra quem Rose iria puxar a grosseria dela – Hugo deu ombros e ralhou quando a irmã o beliscou – Nem posso falar nada.

Balançando com estrondo, as carruagens avançaram em comboio até a estrada. Quando cruzaram os altos pilares de pedra com os javalis alados, que ladeavam o portão para os terrenos da escola, Harry se inclinou para a frente tentando ver se havia luzes na cabana de Hagrid junto à Floresta Proibida, mas os terrenos estavam na mais completa escuridão. O castelo de Hogwarts, porém, se aproximava cada vez mais: um conjunto altaneiro de torreões, muito negro, recortado contra o céu escuro, em que resplandecia, alaranjada, aqui e ali, uma janela no alto.

Petúnia com muito esforço conseguiu conter a animação de ouvir os detalhes sobre o castelo, não queria que seu marido a visse como a adolescente que queria ir para Hogwarts.

As carruagens pararam, tilintando, perto da escadaria de pedra que levava às portas de carvalho, e Harry foi o primeiro a descer. Virou-se novamente para procurar janelas iluminadas na orla da floresta, mas decididamente não havia sinal de vida na cabana de Hagrid. Com relutância, porque alimentara uma esperançazinha de que tivessem desaparecido, o garoto se virou para os bichos estranhos e esqueléticos parados e quietos no ar frio da noite, em que refulgiam seus olhos brancos e vazios.

No passado, Harry já vivera a experiência de ver algo que Rony não via, mas fora uma imagem no espelho, uma coisa com muito menos substância do que cem bichos de aparência muito sólida e suficientemente fortes para puxar uma frota de carruagens. Se pudesse acreditar em Luna, os bichos sempre haviam existido, só que invisíveis.

– Mas nenhum bicho puxa as carruagens – Sirius falou confuso.

– Na verdade puxam – Harry comentou – São testrálios, mas só consegue ver quem já testemunhou a morte pelo menos uma vez.

A cara de entendimento fora de todos ali na sala, mas Alvo franziu o cenho se virando para o pai.

– Mas pai por que o senhor não viu os testralios logo nos primeiros anos ou quando saiu de Hogwarts no quinto ano? Você tinha testemunhado a morte dos seus pais e a do Cedrico, não? – Al perguntou e várias pessoas assentiram olhando para o mais velho dos Potter, Harry arregalou os olhos de leve e olhou para o seu eu mais velho, afinal não tinha recebido todas as respostas que precisava.

– Me perguntei isso durante um tempo filho, mas a questão é que pra vê-los eu precisava ter um entendimento sobre a morte, quase como uma aceitação, entende? – Harry falou e o filho assentiu ainda confuso – Quando meus pais morreram eu era pequeno, nunca aceitei muito bem e quanto ao final do quinto ano a mesma coisa, só no começo do sexto ano que eu aceitei de fato que Cedrico tinha morrido.

– Mini-prongs você é incrível – Sirius falou boquiaberto.

– Ele tá um Prongs completo, Pads – James falou sorrindo orgulhoso para o filho que riu.

– Vocês não vão transformar meu filho em um maroto – Lily falou séria.

– Lils, sinto em te dizer que ele já é um maroto – Remus sorri travesso, aquele sorriso que era marca registrada dos Marotos.

Pettigrew olhava aquilo e se amaldiçoava por dentro, tinha estragado tudo, poderia estar ali se divertindo com os amigos mas escolheu um caminho que os afastou.

Por que, então, de repente Harry podia vê-los e Rony não?

– Você vem com a gente ou não? – perguntou Rony ao seu lado.

– Ah, estou indo – disse Harry, depressa, e se juntou ao grande número de alunos que subiam rapidamente as escadas para entrar no castelo.

O saguão flamejava à luz dos archotes, ecoando os passos dos que atravessavam o piso de lajotas em direção às portas duplas, à direita, que davam acesso ao Salão Principal e ao banquete de abertura do ano letivo.

As quatro mesas compridas dispostas no salão foram se enchendo sob um céu escuro sem estrelas, que era exatamente igual ao céu que podia ser visto pelas altas janelas do aposento. As velas flutuavam à meia altura ao longo das mesas, iluminando os fantasmas prateados que pontilhavam o salão e os rostos dos alunos que conversavam, pressurosos, trocando notícias sobre as férias, cumprimentando os colegas das outras casas, aos gritos, observando os cortes de cabelo e as vestes uns dos outros. Mais uma vez, Harry reparou nas pessoas que juntavam as cabeças para cochichar quando ele passava; trincou os dentes e tentou agir como se não visse tampouco se importasse.

– Agora vão cismar que ele está louco – Frank reclamou.

– Se já cochichavam sobre ele antes imagine agora – Marlene revirou os olhos e os amigos assentiram concordando, o ano de Harry seria um inferno.

Luna se separou deles ao passarem pela mesa da Corvinal. Quando chegaram à da Grifinória, Gina foi saudada por alguns quartanistas e saiu para se sentar com eles; Harry, Rony, Hermione e Neville encontraram lugares juntos, mais ou menos no meio da mesa, entre Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, e Parvati Patil e Lilá Brown – as duas o cumprimentaram com tanta leveza e excessiva simpatia que Harry teve a certeza de que haviam acabado de falar dele uma fração de segundo antes. Mas tinha coisas mais importantes com que se preocupar; olhou por cima das cabeças dos colegas, diretamente para a mesa dos professores que ocupava a parede principal do salão.

– Ele não está lá.

Rony e Hermione também correram os olhos pela mesa, embora isso não fosse necessário; o porte de Hagrid o tornava instantaneamente óbvio em qualquer fila.

– Que ele esteja bem, que esteja bem –  James sussurrou para si mesmo, o moreno estava começando a se preocupar com o meio-gigante. Lily ao perceber isso entrelaçou seus dedos nos do Potter que sorriu de leve, mas ainda de um jeito maroto. – Pra quem me odiava até umas semanas atrás você está bem soltinha, Evans.

– É melhor tirar esse sorrisinho do rosto, Potter – a ruiva riu indicando que iria o azarar, o garoto apenas levantou os braços rendição.

– Eles são sempre assim? – Harry perguntou rindo para o padrinho e Remus que fizeram uma careta divertida.

– Na verdade são piores – Remus riu – Até ano passado eles não conseguiam ficar no mesmo cômodo sem sua mãe ameaçar azarar ele, as discussões deles eram a diversão do salão comunal, mas esse ano Lily e as meninas foram adotadas pelos Marotos e as discussões diminuíram.

– Então ela odiava ele? – Harry franziu o cenho e Sirius riu soprado.

– Nah, não odiava não – o maroto suspirou sorrindo.

– Ele não pode ter ido embora – disse Rony, levemente ansioso.

– Claro que não – afirmou Harry.

– Vocês não acham que ele está... ferido, nem nada parecido, acham? – perguntou Hermione.

– Não – respondeu Harry, na mesma hora.

– Mas, então, onde é que ele está?

Houve uma pausa, depois Harry disse muito baixinho, para Neville, Parvati e Lilá não poderem ouvir.

– Talvez ele ainda não tenha voltado. Sabe, da missão, da coisa que esteve fazendo durante o verão para o Dumbledore.

– É... é, deve ser isso – disse Rony, parecendo mais tranquilo, mas Hermione mordeu o lábio, examinando a mesa dos professores de uma ponta à outra, como se esperasse alguma explicação conclusiva para a ausência de Hagrid.

– Quem é aquela? – perguntou bruscamente, apontando para o meio da mesa dos professores.

Os olhos de Harry acompanharam os da amiga. Pousaram primeiro no Prof. Dumbledore, sentado na cadeira dourada de espaldar alto ao centro da longa mesa, trajando vestes roxo-escuras pontilhadas de estrelas prateadas e um chapéu igual. A cabeça do diretor estava inclinada para a mulher sentada ao seu lado, a qual lhe falava ao ouvido. Ela parecia, pensou Harry, com a tia solteirona de alguém: atarracada, com os cabelos curtos, crespos, castanhos-acizentados, presos por uma horrível faixa rosa à Alice que combinava com o casaquinho cor-de-rosa peludo que trazia sobre as vestes. Então ela virou ligeiramente o rosto para tomar um golinho do cálice, e ele reconheceu, com grande choque, a cara de sapo pálida com bolsas sob os olhos saltados.

– É a tal da Umbridge!

– Quem? – James e Sirius exclamaram juntos fazendo Lucius e Severus revirarem os olhos enraivecidos.

– Vocês dois são uma porta – Regulus soltou num suspiro – Umbrigde é a sub-secretaria do Fudge, o que eu não entendi é o que ela tá fazendo aí.

– Eu tenho um palpite mas espero estar errado – Remus suspirou e se entreolhou com Lily e Hermione.

– Quem? – perguntou Hermione.

– Estava na minha audiência, trabalha para o Fudge!

– Bonito casaquinho – debochou Rony.

– O Roniquinho fica escondendo o senso de humor dele da gente – os gêmeos olharam incrédulos para o irmão que revirou os olhos rindo de leve.

– Tenho que deixar o posto de engraçado com vocês – Rony reclamou do soquinho de levou de Fred.

– Ela trabalha para o Fudge! – repetiu Hermione, franzindo a testa. – Que é que ela está fazendo aqui, então?

– Não sei...

Hermione esquadrinhou a mesa dos professores, com os olhos apertados.

– Não – murmurou ela –, não, com certeza que não...

– Hermione é tipo um Moony misturado com Evans – Sirius comentou – Descobre tudo antes de todo mundo.

– É porque eles são inteligentes, Sirius – Marlene falou num sorriso e o Black se virou para a loira com os olhos serrados.

– Tá querendo dizer que eu sou burro?

– Sim, exatamente – a loira sorriu e recebeu uma almofada na cara – Eu te odeio Black.

– É recíproco, loira

Harry não entendeu o que a amiga estava dizendo, mas não perguntou; sua atenção fora atraída pela Prof.ª Grubbly-Plank, que acabara de aparecer por trás da mesa dos professores; ela foi andando até a ponta da mesa e ocupou o lugar que deveria ser de Hagrid. Isto significava que os alunos do primeiro ano já deviam ter atravessado o lago e chegado ao castelo, e, de fato, alguns segundos depois, as portas para o saguão se abriram. Uma longa fila de garotos de cara assustada entrou, encabeçada pela Profª McGonagall, que vinha trazendo o banquinho em que repousava o velho chapéu de bruxo, cheio de remendos e cerzidos, com um largo rasgo na copa esfiapada.

O vozerio no Salão Principal foi cessando. Os calouros se enfileiraram diante da mesa dos professores, de frente para os demais estudantes, a Prof.ª McGonagall colocou cuidadosamente o banquinho diante deles, e recuou um pouco.

Os rostos dos aluninhos refulgiam palidamente à luz das velas. Um garotinho bem no meio da fila dava a impressão de estar tremendo. Harry se lembrou, por um instante, do que sentira quando estava ali, esperando o teste desconhecido que iria determinar a Casa a que pertenceria.

A escola inteira aguardava, prendendo a respiração. Então, o rasgo junto à copa do chapéu escancarou-se como uma boca, e o Chapéu Seletor prorrompeu a cantar:

Antigamente quando eu era novo

E Hogwarts apenas alvorecia

Os criadores de nossa nobre escola

Pensavam que jamais iriam se separar:

Unidos por um objetivo comum,

Acalentavam o mesmo desejo,

Ter a melhor escola de magia do mundo

E transmitir seus conhecimentos.

“Juntos construiremos e ensinaremos!”

Decidiram os quatro bons amigos

Jamais sonhando que chegasse um dia

Em que poderiam se separar,

Pois onde se encontrariam amigos iguais

A Salazar Slytherin e Godric Gryffindor?

A não ser em outro par semelhante

Como Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw?

Então como pôde malograr a ideia

E toda essa amizade fraquejar?

Ora estive presente e posso narrar

Uma história triste e deplorável.

Disse Slytherin: “Ensinaremos só

Os da mais pura ancestralidade.”

Disse Ravenclaw: “Ensinaremos os

De inegável inteligência.”

Disse Gryffindor: “Ensinaremos os

De nomes ilustres por grandes feitos.”

Disse Hufflepuff: “Ensinarei todos,

E os tratarei com igualdade.”

Diferenças que pouco pesaram

Quando no início vieram à luz,

Pois cada fundador ergueu para si

Uma casa em que podia admitir

Apenas os que quisesse, por isso

Slytherin, aceitou apenas os bruxos

De sangue puro e grande astúcia,

Que a ele pudessem vir a igualar,

E somente os de mente mais aguda

Tornaram-se alunos de Ravenclaw,

Enquanto os mais corajosos e ousados

Foram para o destemido Gryffindor.

A boa Hufflepuff recebeu os restantes

E lhes ensinou tudo que conhecia,

Assim casas e idealizadores

Mantiveram amizade firme e fiel.

Hogwarts trabalhou em paz e harmonia

Durante vários anos felizes,

Mas então a discórdia se insinuou

Nutrida por nossas falhas e medos.

As casas que, como quatro pilares,

Tinham sustentado o nosso ideal,

Voltaram-se umas contra as outras e

Divididas buscaram dominar.

Por um momento pareceu que a escola

Em breve encontraria um triste fim,

Os duelos e lutas constantes

Os embates de amigo contra amigo

E finalmente chegou uma manhã

Em que o velho Slytherin se retirou

E embora a briga tivesse cessado

Deixou-nos todos muito abatidos.

E nunca desde que reduzidos

A três seus quatro fundadores

As Casas retomaram a união

Que de início pretenderam manter.

E agora o Chapéu Seletor aqui está

E todos vocês sabem para quê:

Eu divido vocês entre as casas

Pois esta é a minha razão de ser

Mas este ano farei mais do que escolher

Ouçam atentamente a minha canção:

Embora condenado a separá-los

Preocupa-me o erro de sempre assim agir

Preciso cumprir a obrigação, sei

Preciso quarteá-los a cada ano

Mas questiono se selecionar

Não poderá trazer o fim que receio.

Ah, conheço os perigos, os sinais

Mostra-nos a história que tudo lembra,

Pois nossa Hogwarts corre perigo

Que vem de inimigos externos, mortais

E precisamos nos unir em seu seio

Ou ruiremos de dentro para fora

Avisei a todos, preveni a todos...

Daremos agora início à seleção.

O Chapéu voltou à imobilidade inicial; prorromperam aplausos, embora pontilhados, pela primeira vez na lembrança de Harry, por murmúrios e cochichos. Por todo o salão os estudantes trocavam comentários com seus vizinhos, e Harry, aplaudindo como todo o mundo, sabia exatamente o que eles estavam falando.

– Se expandiu um pouco este ano, não? – comentou Rony, com as sobrancelhas erguidas.

– Nesses últimos tempos de guerra o chapéu seletor fica nos dando dicas e mensagens motivacionais – Alice sorriu de leve.

– Nos nossos últimos anos também – Ron soltou e uma reclamação de Hermione foi ouvida – Ah.. Desculpa?

– Então vamos entrar em guerra? – Gina perguntou suspirando e os amigos olharam para os do futuro.

– Não podemos responder, continue Remus – Harry sorriu de leve para o antigo professor, porém os do passado ficaram preocupados.

– Sem a menor dúvida – respondeu Harry.

O Chapéu Seletor em geral se limitava a descrever as diferentes qualidades procuradas pelas Casas de Hogwarts, e o seu próprio papel na seleção dos alunos. Harry não se lembrava jamais de tê-lo ouvido dar conselhos à escola.

– Será que ele já deu avisos no passado? – indagou Hermione, em tom ligeiramente nervoso.

– Certamente que sim – respondeu Nick Quase Sem Cabeça, transpirando experiência, debruçando-se sobre Neville para responder à garota (Neville fez uma careta; era muito desagradável ter um fantasma se debruçando por dentro da gente). – O Chapéu sente que é sua obrigação de honra alertar a escola sempre que acha...

– Eu odeio quando ele faz isso – Sirius reclama.

– Pelo menos o fantasma de vocês é legal, o barão fica com uma carranca o dia todo – Reg rebate.

Mas a Prof.ª McGonagall, que estava querendo ler em voz alta a lista dos nomes dos alunos do primeiro ano, lançou aos estudantes que cochichavam aquele tipo de olhar que chamusca. Nick Quase Sem Cabeça levou um dedo transparente aos lábios e tornou a se sentar empertigado, no mesmo instante em que os murmúrios cessaram bruscamente. Com um último olhar de censura que percorreu as quatro mesas, a Profª McGonagall baixou os olhos para o longo pergaminho que segurava e chamou o primeiro nome:

– Abercrombie, Euan.

O garoto de olhar aterrorizado em que Harry reparara anteriormente avançou aos arrancos e colocou o Chapéu na cabeça; a única coisa que impediu a peça de descer direto até os seus ombros foram as suas orelhas de abano. O Chapéu refletiu um momento, depois o rasgo junto à copa tornou a se abrir e gritou:

– Grifinória!

Aplausos dos Grifinorios foram ouvidos na sala, a seleção das casas era sempre a melhor parte do ano.

Harry aplaudiu entusiasticamente com o restante dos alunos da casa quando Euan Abercrombie se dirigiu cambaleando à mesa deles e se sentou, dando a impressão de que gostaria muito de afundar chão adentro e nunca mais ser visto por ninguém.

Lentamente, a longa fila de calouros foi encurtando. Nas pausas entre as chamadas dos nomes e as decisões do Chapéu Seletor, Harry ouvia os roncos fortes na barriga de Rony.

Finalmente, “Zeller, Rosa” foi selecionada para Lufa-Lufa, a Prof.ª McGonagall recolheu o Chapéu e o banquinho e levou-os embora, ao mesmo tempo que o Prof. Dumbledore se levantava.

Quaisquer que tivessem sido as suas mágoas com relação ao diretor, Harry se sentiu reconfortado de ver Dumbledore em pé diante da escola. Entre a ausência de Hagrid e a presença daqueles cavalos dragontinos, sentia que seu regresso a Hogwarts, tão esperado, estava repleto de impensáveis surpresas, como notas dissonantes em uma música familiar.

Mas isto agora, pelo menos, era exatamente como devia ser: o diretor se levantava para dar boas-vindas a todos antes de iniciar o banquete que abria o ano letivo.

– Aos nossos recém-chegados – começou Dumbledore com uma voz ressonante, os braços muito abertos e um enorme sorriso nos lábios –, bem-vindos! Aos nossos antigos alunos: um bom regresso! Há um momento para discursos, mas ainda não é este: atacar!

Ouviram-se risos de apreciação e uma explosão de aplausos, enquanto Dumbledore se sentava elegantemente e atirava as longas barbas por cima do ombro para mantê-las longe do prato – pois a comida aparecera do nada, e as cinco longas mesas gemiam sob o peso dos pernis e tortas e travessas de legumes, pães e molhos e jarras de suco de abóbora.

– Excelente! – exclamou Rony, com uma espécie de gemido de saudades, e passou a mão na travessa mais próxima com costeletas e começou a empilhá-las em seu prato, observado tristonhamente por Nick Quase Sem Cabeça.

– As refeições de Hogwarts – Sirius suspirou juntamente a James.

– Falando nisso eu tô com uma fome – o Potter bateu na barriga.

– A gente acabou de comer – Remus arregalou os olhos.

– Meu caro Remus, você vai negar comida pros seus melhores amigos? – Sirius sorriu travesso fazendo Remus rir negando.

– Lupin continue logo – Snape ralhou sério e o citado assentiu.

– Que é que o senhor ia dizendo antes da Seleção? – perguntou Hermione ao fantasma. –

Sobre os conselhos do Chapéu?

– Ah, sim – disse Nick, que pareceu satisfeito de ter uma razão para desviar o rosto de

Rony, que agora comia batatas assadas com um entusiasmo quase indecente. – Sim, já ouvi o Chapéu dar conselhos várias vezes antes, sempre em momentos em que percebe grande perigo para a escola. E sempre, é claro, seu conselho é o mesmo: unam-se, fortaleçam-se por dentro.

– Comele sacascó taapigo senchpéu? – perguntou Rony.

– Ronald! – Molly e Hermione ralharam juntas fazendo os Rony's arregalarem os olhos.

– Caramba, até aqui elas se juntam – Ron suspira.

– Isso piora? – Rony perguntou e o outro riu de leve.

– Você não viu nada, até agora você só lida com a mamãe e com a Hermione como amiga – o mais velho riu – Agora experimente lidar com uma mamãe, uma Hermione esposa e uma Rose, você tá morto.

– Ei! – Rose, Hermione e Molly reclamaram.

– Não falei nenhuma mentira – Ron sorriu.

– Eu não sei o que é pior, ter uma Astória, uma Hermione ou uma Ginny – Draco riu acompanhado de Harry e Neville, Astória e as outras duas mulheres apenas cerraram os olhos.

– Eles estão ferrados quando voltarem – Scorpius riu ao lado de Al e Rose.

Sua boca estava tão cheia que Harry achou que já era um feito ele conseguir produzir algum som.

– Como disse? – perguntou Nick Quase Sem Cabeça educadamente, enquanto Hermione fazia cara de indignação. Rony deu uma enorme engolida e disse:

– Como é que ele pode saber que a escola está em perigo sendo um Chapéu?

– Não faço a menor ideia – respondeu Nick Quase Sem Cabeça. – Naturalmente ele vive no escritório de Dumbledore, então imagino que perceba o que está se passando.

– E ele quer que todas as Casas sejam amigas? – perguntou Harry, olhando para a mesa da Sonserina, onde Draco Malfoy presidia a corte. – É ruim, hein?

A risada de Ron e Neville foram ouvidas, Harry e Draco reviraram os olhos.

– Vocês zoam mas lembra o inferno que foi quando Rose e Alvo chegaram falando que fizeram amizade com Scorpius? – Ginny riu.

– Papai falou que vovô Arthur nunca iria me perdoar por me juntar a um sangue puro – Rose riu alto.

– É que você não teve que aguentar um Harry Potter choramingando duas semanas inteiras – Jay fez uma leve careta.

– James você também odiou a ideia nas primeiras semanas – Lilu riu recebendo um tapa do irmão.

– Eu sou a única sensata daquela casa – Ginny suspira fazendo Lily rir.

– Foi a melhor pessoa que ele poderia ter – Lily comentou com James que também sorria.

– Potters e as ruivas – James sorriu maroto – E o Malfoy.

– Bem, você não deveria tomar essa atitude – disse Nick, censurando-o. – Cooperação pacífica é a chave. Nós, fantasmas, embora pertençamos a Casas diferentes, mantemos laços de amizade. Apesar da concorrência entre Grifinória e Sonserina, eu jamais sonharia em puxar uma discussão com o Barão Sangrento.

– Porque o senhor tem pavor dele! – disse Rony.

Nick Quase Sem Cabeça pareceu extremamente ofendido.

– Pavor? Espero que eu, Sir Nicolas de Mimsy-Porpington, nunca tenha sido autor de uma covardia na vida! O nobre sangue que corre em minhas veias...

– Que sangue? – perguntou Rony. – Certamente o senhor não tem mais...?

– Ronald que coisa insensível de se dizer – Molly esbravejou.

– Mas eu não estava caçoando – Rony deu de ombros  fazendo Harry rir.

– Ele tem um emocional de uma pedra – Mione suspirou.

– É uma figura de linguagem! – disse Nick Quase Sem Cabeça, agora tão aborrecido que sua cabeça tremia agourentamente no pescoço semidecapitado. – Presumo que ainda tenha o privilégio de usar as palavras que quiser, mesmo que os prazeres da mesa me sejam negados! Mas estou muito acostumado a estudantes fazerem piadas com a minha morte, posso lhe assegurar!

– Nick, ele não estava realmente caçoando de você! – disse Hermione, atirando um olhar furioso a Rony.

Infelizmente a boca de Rony estava novamente cheia a ponto de explodir, e só o que ele conseguiu dizer foi:

– Nam quis aorre cecê. – O que Nick não pareceu achar que fosse um pedido de desculpas apropriado. Erguendo-se no ar, ajeitou o chapéu emplumado e afastou-se deles, deslizando para o outro extremo da mesa, indo pousar entre os irmãos Creevey, Colin e Dênis.

– Parabéns, Rony – disse Hermione rispidamente.

– Que foi? – perguntou o garoto indignado, tendo conseguido finalmente engolir a comida que tinha na boca. – Não tenho o direito de fazer uma simples pergunta?

– Ah, esquece – disse Hermione irritada, e os dois passaram o resto da refeição num silêncio amuado.

– Eles não mudaram nada – Teddy riu.

– Conheço duas pessoas que são assim – Remus suspirou olhando para James e Lily.

– Mas ele provoca – a ruiva apontou.

– E você é super quieta não é Lily? – Marlene riu soprado se defendendo da almofada que a ruiva havia conjurado.

Harry estava por demais acostumado às implicâncias entre os dois para se dar ao trabalho de reconciliá-los; achou que era melhor empregar o seu tempo a comer diligentemente sua torta de carne com rins e depois um pratarraz de torta de caramelo.

Quando todos os alunos terminaram de comer e o nível de barulho no salão recomeçou a aumentar, Dumbledore tornou a se levantar. As conversas morreram imediatamente e todos se viraram para o diretor. Harry estava se sentindo agradavelmente sonolento agora. Sua cama de dossel o esperava em algum lugar lá em cima, maravilhosamente quente e macia...

– Bem, agora que estamos todos digerindo mais um magnífico banquete, peço alguns minutos de sua atenção para os habituais avisos de início de trimestre – anunciou Dumbledore.

– Os alunos do primeiro ano precisam saber que o acesso à floresta em nossa propriedade é proibido aos estudantes... e a esta altura alguns dos nossos antigos estudantes já devem ter aprendido isso também. – (Harry, Rony e Hermione trocaram sorrisinhos.)

– Sinto lhe dizer ruiva, ele tem seu próprio grupo de Marotos – Remus riu sacana, aquele riso era a marca dos Marotos.

– Eles são o trio de ouro – Fred sorriu.

– Nosso nome é melhor – Sirius deu de ombros fazendo todos rirem.

Draco por sua vez suspirou, desejava ter um grupo de amigos assim, mas os seus apenas se interessa lavam pelo status social, Zabini e Pansy eram os menos piores mas ainda sim tinha dúvidas se podia contar com eles.

“O Sr. Filch, o zelador, me pediu, segundo ele pela quadricentésima sexagésima segunda vez, para lembrar a todos que não é permitido praticar magia nos corredores durante os intervalos das aulas, nem fazer outras tantas coisas, que podem ser lidas na extensa lista afixada à porta da sala dele.

“Houve duas mudanças em nosso corpo docente este ano. Temos o grande prazer de dar as boas-vindas à Profª Grubbly-Plank, que retomará a direção das aulas de Trato das Criaturas Mágicas; estamos também encantados em apresentar a Prof.ª Umbridge, nossa nova responsável pela Defesa Contra as Artes das Trevas.”

– Nem fudendo – Sirius soltou e acabou recebendo um tapa de Lily – Caramba ruiva, que mão pesada.

– Para de falar palavrão, tem crianças ali – ela bradou.

Houve uma rodada de aplausos educados, mas pouco entusiásticos, durante a qual Harry, Rony e Hermione trocaram olhares ligeiramente alarmados; Dumbledore não dissera por quanto tempo Grubbly-Plank iria ensinar.

O diretor continuou:

– Os testes para entrar para os times de quadribol das casas serão realizados...

Ele interrompeu o que ia dizendo, com um olhar indagador à Profª Umbridge. Como ela não era muito mais alta em pé do que sentada, por um momento ninguém entendeu por que Dumbledore parara de falar, mas então a professora pigarreou:

Todos arregalaram os olhos, até mesmo Snape e Lucius. Nunca ninguém havia interrompido o diretor antes.

– A Minerva vai ficar uma fera – Alice arregalou os olhos.

– Hem, hem. – E ficou claro que se levantara e pretendia falar.

– Eu simplesmente ODEIO esse "Hem, hem" dela – Hermione.

– Hermione você odeia ela – Ron riu.

Dumbledore pareceu surpreso apenas por um instante, então, sentou-se com elegância e olhou atento para a Profª Umbridge, como se ouvi-la fosse a coisa que mais desejasse na vida.

Os outros membros do corpo docente não foram tão competentes em esconder sua surpresa. As sobrancelhas da Profª Sprout chegaram a desaparecer por baixo dos cabelos rebeldes, e Harry nunca vira a boca da Profª McGonagall mais fina. Nenhum professor novo jamais interrompera Dumbledore antes. Muitos estudantes sorriam abobados; era óbvio que essa mulher não conhecia os hábitos de Hogwarts.

– VAI TIA MINNIE, ACABA COM ELA – Sirius gritou com James como se fosse um coro.

– Obrigada, diretor – disse a professora, sorrindo afetadamente –, pelas bondosas palavras de boas-vindas.

Sua voz era aguda, soprada e meio infantil, e, mais uma vez, Harry sentiu uma onda de aversão que não conseguia explicar; só sabia que tudo nela o enojava, desde a voz tola ao casaquinho peludo cor-de-rosa. Ela tossiu mais uma vez para clarear a voz (hem, hem), e continuou:

– Bem, devo dizer que é um prazer voltar a Hogwarts! – Ela sorriu, revelando dentes muito pontiagudos. – E ver rostinhos tão felizes voltados para mim!

Harry olhou para os lados. Nenhum dos rostinhos que viu pareciam felizes. Pelo contrário, todos pareciam meio chocados ao ouvir alguém se dirigir a eles como se tivessem cinco anos.

– Eu lembro da cara dos gêmeos até hoje – Harry riu fazendo os gêmeos se curvarem numa espécie de reverência.

– A gente ainda vai conseguir fazer alguma brincadeira com a sapa rosa – os gêmeos falaram sonhadores e os do futuro deram alguns risinhos.

– Eu só queria os Marotos nessa época da Umbrigde – James suspirou.

– Ah não, você não quer – Remus negou de olhos arregalados – Hogwarts não ia aguentar os Marotos e os gêmeos.

– Não mesmo – Lily falou assombrada.

– Estou muito ansiosa para conhecer todos vocês, e tenho certeza de que seremos bons amigos!

Os estudantes se entreolharam ao ouvir isso; alguns mal conseguiram esconder os sorrisos.

– Serei amiga dela desde que não tenha de pedir emprestado aquele casaquinho – sussurrou Parvati para Lilá, e as duas desataram a rir em silêncio.

A Profª Umbridge tornou a pigarrear (hem, hem), mas, quando continuou, um pouco do modo soprado de falar desaparecera de sua voz. Pareceu muito mais objetiva, e suas palavras tinham um tom monótono de discurso decorado.

– O ministro da Magia sempre considerou a educação dos jovens bruxos de vital importância. Os dons raros com que vocês nasceram talvez não frutifiquem se não forem nutridos e aprimorados por cuidadosa instrução. As habilidades antigas, um privilégio da comunidade bruxa, devem ser transmitidas às novas gerações ou se perderão para sempre. O tesouro oculto de conhecimentos mágicos acumulados pelos nossos antepassados deve ser preservado, suplementado e polido por aqueles que foram chamados à nobre missão de ensinar.

O silêncio na sala era total, Remus e Lily ficavam atentos a todas as palavras de Umbrigde. Parecia que o que eles mais temiam estava acontecendo.

A Profª Umbridge fez uma pausa e uma reverência aos seus colegas, mas nenhum deles lhe retribuiu o cumprimento. As sobrancelhas escuras da Profª McGonagall tinham se contraído de tal modo que ela decididamente parecia um falcão, e Harry a viu trocar um olhar significativo com a Profª Sprout quando Umbridge fez mais um hem, hem, e continuou o discurso:

– Todo diretor e diretora de Hogwarts trouxe algo novo à pesada tarefa de dirigir esta escola histórica, e assim deve ser, pois sem progresso haverá estagnação e decadência. Por outro lado, o progresso pelo progresso não deve ser estimulado, pois as nossas tradições comprovadas raramente exigem remendos. Então um equilíbrio entre o velho e o novo, entre a permanência e a mudança, entre a tradição e a inovação...

– O progresso pelo progresso não deve ser estimulado? – Alice franziu o cenho – O que ela tá tentando dizer?

Mas ninguém conseguiu responder, estavam todos prestando atenção. Narcisa e Snape já tinham uma ideia do que poderia acontecer.

Harry percebeu que sua atenção estava oscilando, como se seu cérebro estivesse entrando e saindo de sintonia. O silêncio que sempre prevalecia no salão quando Dumbledore falava ia se rompendo à medida que os alunos aproximavam as cabeças, cochichando e abafando risinhos. Na mesa da Corvinal, Cho Chang conversava animadamente com as amigas. Alguns lugares adiante de Cho, Luna Lovegood puxara o seu Pasquim. Entrementes, na mesa de Lufa-Lufa Ernesto Macmillan era um dos poucos que ainda olhavam para a Profª Umbridge, de olhar vidrado, e Harry tinha certeza de que estava apenas fingindo ouvir, numa tentativa de honrar o novo distintivo de monitor que reluzia em seu peito.

A Profª Umbridge não parecia notar o desassossego da plateia. Harry teve a impressão de que uma revolta de grandes proporções poderia ter estourado bem embaixo do nariz dela e a bruxa teria continuado a discursar. Os professores, porém, ainda ouviam com muita atenção, e Hermione parecia estar bebendo cada palavra que Umbridge dizia, embora, a julgar por sua expressão, a desagradasse totalmente.

– Quando a Hermione fica assim não é muito legal, ela provavelmente está pensando num jeito de colocar os argumentos dela na mesa – Harry soltou.

– E o pior é que ela tem vários – Rony completou e a amiga riu corando um pouco.

– Casal – Sirius chiou rindo.

– ... porque algumas mudanças serão para melhor, enquanto outras virão, na plenitude do tempo, a ser reconhecidas como erros de julgamento. Entrementes, alguns velhos hábitos serão conservados, e muito acertadamente, enquanto outros, antigos e desgastados, precisarão ser abandonados. Vamos caminhar para a frente, então, para uma nova era de abertura, eficiência e responsabilidade, visando a preservar o que deve ser preservado, aperfeiçoando o que precisa ser aperfeiçoado e cortando, sempre que encontrarmos, práticas que devem ser proibidas.

– Nem fodendo – Remus soltou de olhos arregalados, Lily nem conseguiu o repreender porque estava do mesmo jeito.

– Eu não entendi – James sussurrou para Sirius e Marlene que riram porém concordaram.

– Eu acho que vai explicar – a loira respondeu.

Válter não falou mas sentiu uma afeição por Umbrigde.

A bruxa se sentou. Dumbledore aplaudiu. O corpo docente acompanhou a sua deixa, embora Harry reparasse que vários professores bateram as mãos apenas uma ou duas vezes antes de parar. Alguns alunos secundaram os aplausos, mas a maioria foi apanhada de surpresa pelo fim do discurso, porque não ouvira mais do que umas poucas palavras do todo, e antes que eles pudessem começar a aplaudir devidamente, Dumbledore tornou a se erguer.

– Muito obrigado, Profª Umbridge, foi um discurso muito esclarecedor – disse, curvando-se para a bruxa. – Agora, como eu ia dizendo, os testes de quadribol serão realizados...

– Certamente que foi esclarecedor – disse Hermione em voz baixa.

– Você está me dizendo que gostou? – perguntou Rony baixinho, virando o rosto, perplexo, para ela. – Foi o discurso mais chato que já ouvi, e olha que eu fui criado com o Percy.

– Percy perdeu o cargo de pessoa mais insuportável que eu já conheci – Fred suspirou.

– Eu acho uma competição acirrada – Jorge riu.

– Eu disse esclarecedor e não agradável. Explicou muita coisa.

– Foi? – admirou-se Harry. – Me pareceu uma grande enrolação.

– Mas havia coisas importantes no meio da enrolação – disse Hermione, séria.

– Havia? – perguntou Rony, sem entender.

– Que tal “o progresso pelo progresso não deve ser estimulado”? Ou então “cortando sempre que encontrarmos práticas que devem ser proibidas”?

– Bom, e o que é que isso significa? – perguntou Rony impaciente.

– Vou-lhe dizer o que significa – disse Hermione agourentamente. – Significa que o Ministério está interferindo em Hogwarts.

– Merda eu queria estar errado – Remus suspirou jogando a cabeça pra trás.

– Isso quer dizer que Hogwarts vai estar sobre vigilância do ministério? – James perguntou incrédulo.

– Eles podem fazer isso? – Narcisa perguntou tensa.

– Nesse momento eles não estavam se importando sobre o que eles podiam ou não fazer, foi horrivel – Neville falou.

– Mas e tudo o que Godric, Helga, Salazar e Rowena lutaram? – Alice perguntou horrorizada.

– Eles achavam que estavam certos – Harry suspirou e olhou para o punho onde tinha uma leve elevação do castigo que recebera de Umbrigde, Harry ao ver essa movimentação também olhou para a sua que estava mais viva.

Houve um grande estardalhaço ao redor deles; obviamente Dumbledore dispensara a escola, porque todos estavam se levantando, prontos para abandonar o salão. Hermione levantou-se de um pulo, parecendo agitada.

– Rony, temos de mostrar aos alunos do primeiro ano aonde ir!

– Esqueci de contar – Hermione falou animada fazendo todos rirem – Ronald e eu tínhamos sido escolhidos para monitores.

– Rony, isso é maravilhoso – Molly falou com os olhos brilhando em orgulho.

Uma grande remessa de parabéns fora ouvida na sala, Harry explicou para os pais o motivo de não ter sido escolhido também.

– Ah, é – disse Rony, que obviamente se esquecera. – Ei... Ei, vocês aí! Anõezinhos!

– Parece o James como monitor chefe – Lily fez uma careta.

– Os mais novos me amam, lírio – o Potter se gabou fazendo Snape revirar os olhos e mandar Lupin continuar.

– Rony!

– Ora, eles são, são nanicos...

– Eu sei, mas você não pode chamá-los de anões!... Alunos do primeiro ano! – chamou Hermione com autoridade, correndo o olhar ao longo da mesa. – Por aqui, por favor!

Um grupo de alunos novos passou timidamente pelo vão entre as mesas da Grifinória e Lufa-Lufa, todos se esforçando o máximo para não serem os primeiros. Pareciam realmente muito pequenos; Harry tinha certeza de que não era tão jovem assim quando chegara ali.

Sorriu para eles. Um garoto louro ao lado de Euan Abercrombie pareceu petrificar; cutucou o colega e cochichou alguma coisa em seu ouvido. Euan se apavorou também e lançou um olhar de horror a Harry, que sentiu o sorriso escorregar pelo seu rosto como a seiva da escrofulária.

Olhares preocupados foram lançados no garoto que estava de cabeça abaixada. Lily suspirou juntamente a James e abraçou o filho como se quisesse o proteger.

– Eu vou bater em alguém – Sirius ralhou sendo apoiado por Marlene mas parou ao ver o olhar de Remus – Brincadeira poxa.

– Vejo vocês mais tarde – disse a Rony e Hermione, e saiu do Salão Principal sozinho, fazendo o possível para ignorar novos cochichos, olhares e as pessoas que apontavam quando ele passou. Manteve os olhos em um ponto fixo à frente enquanto se deslocava pelo ajuntamento no saguão, depois subiu correndo a escadaria de mármore, tomou uns atalhos secretos e não tardou a deixar a maior parte das pessoas para trás.

Fora burro em não prever isso, pensou com raiva ao caminhar pelos corredores bem mais vazios do andar superior. Naturalmente que todos o encaravam; ele saíra do labirinto Tribruxo dois meses antes agarrado ao corpo de um colega morto dizendo que vira Lorde Voldemort voltar ao poder. Não tinha havido muito tempo no último trimestre para ele se explicar antes de todos partirem para as férias – mesmo que tivesse se sentido à altura de relatar para toda a escola detalhadamente os terríveis acontecimentos naquele cemitério.

Harry chegara ao fim do corredor que levava à sala comunal da Grifinória e parara diante do retrato da Mulher Gorda, antes de se dar conta de que não conhecia a nova senha.

– Hum... – disse sombriamente, olhando para a Mulher Gorda, que alisava as dobras do vestido de cetim rosa e retribuía seu olhar com severidade.

– Não tem senha, não entra – sentenciou ela com ar superior.

– Harry, eu sei! – Alguém vinha ofegando às suas costas e, quando ele se virou, viu Neville que se aproximava em passo de marcha. – Adivinhe qual é? Uma vez na vida eu vou ser capaz de me lembrar... – Ele acenou com o cacto anão que mostrara no trem. – Mimbulus mimbletonia!

– Coisa linda – Alice beijou o rosto do filho que corou em meio a risadas.

– Eu e sua mãe vivíamos esquecendo a senha – Frank riu.

– Tira o verbo do passado amigo, vocês vivem esquecendo – Sirius riu com o colega de quarto – Mas eu não julgo, se não fosse Moony e Prongs EU também tava perdido.

– Certo – disse a Mulher Gorda, e seu retrato girou para o lado dos garotos como se fosse uma porta, deixando à mostra um buraco redondo na parede, pelo qual Harry e Neville entraram.

A sala comunal da Grifinória tinha a aparência hospitaleira de sempre, uma sala aconchegante e circular na torre da Casa, repleta de poltronas fofas e velhas mesas desconjuntadas. Um fogo muito vivo crepitava na lareira e uns poucos alunos aqueciam nele as mãos, antes de subir para os dormitórios; do outro lado da sala, Fred e Jorge Weasley estavam espetando alguma coisa no quadro de avisos. Harry acenou para eles e continuou seu caminho em direção à porta dos dormitórios dos garotos; não estava disposto a conversar naquele momento. Neville o acompanhou.

Dino Thomas e Simas Finnigan haviam chegado ao dormitório primeiro, e estavam ocupados em cobrir as paredes ao lado de suas camas com pôsteres e fotografias. Estavam conversando, quando Harry empurrou a porta, mas pararam bruscamente no instante em que o viram. Harry ficou imaginando se teriam estado conversando sobre ele, e em seguida se estaria ficando paranoico.

– Ah não, eles não – Sirius balbuciou baixo – Eu gosto deles, por que eles?

– Foi mais Simas, Dino me contou que depois eles dois brigar feio – Ron comentou – Os dois dormiam juntos por conta de pesadelos de Dino, durante um tempo esse ano os dois dormiram sozinhos. Vai entender.

– Casal – Harry apontou.

– Oi – disse Harry, andando em direção ao seu malão e abrindo-o.

– Oi, Harry – respondeu Dino, que estava vestindo um pijama com as cores do West Ham. – Boas férias?

– Nada más – murmurou, uma vez que um relato fiel das suas férias teria levado a maior parte da noite, e ele não estava com disposição para tanto.

– É, foi legal – riu Dino. – Pelo menos foi melhor que a de Simas, ele estava me contando.

– Ora, que foi que aconteceu, Simas? – perguntou Neville enquanto colocava seu Mimbulus mimbletonia carinhosamente sobre o armário à cabeceira.

Simas não respondeu imediatamente; estava demorando todo o tempo do mundo para garantir que o seu pôster do time de quadribol Francelhos de Kenmare ficasse perfeitamente enquadrado. Então falou, ainda de costas para Harry:

– Minha mãe não queria que eu voltasse.

– Quê?! – exclamou Harry, parando em meio ao gesto de despir as vestes.

– Ela não queria que eu voltasse a Hogwarts.

– Quem é a mãe dele? – Sirius franziu o cenho.

– Andrea Walsh, da Grifinoria – Neville respondeu e os do passado arregalaram os olhos.

– Ela já quis sair com o Remus – Prongs lembrou e os amigos riram.

– Mas por que ela não quis deixar que ele voltasse? – Lily perguntou de cenho franzido.

Simas afastou-se do pôster e apanhou o próprio pijama no malão, ainda sem encarar Harry.

– Mas... por quê? – perguntou Harry espantado. Ele sabia que a mãe de Simas era bruxa e não conseguia entender, portanto, por que teria assumido a mesma atitude dos Dursley.

Simas não respondeu até ter acabado de abotoar o pijama.

– Bom – disse medindo as palavras. – Suponho que... por sua causa.

– Ah não é possível – James falou incrédulo – Não é possível que esse pessoal vai mesmo achar que o meu filho está louco.

– Calma James – Lily falou mas ela também estava nervosa com tudo aquilo.

– Que é que você quer dizer com isso? – perguntou Harry depressa.

Seu coração estava disparando. Tinha a vaga sensação de que alguma coisa estava acossando-o.

– Bom – continuou Simas, ainda evitando olhar para Harry –, ela... hum... bom não é só você, é o Dumbledore também...

– Ela acredita no Profeta Diário? – perguntou Harry. – Ela acha que sou um mentiroso e Dumbledore um velho caduco?

– Essa sabe pensar – Válter falou rindo como se tivesse contato a piada mais engraçada.

– Cala a boca Dursley – Sirius falou entredentes.

Simas ergueu os olhos para ele.

– É mais ou menos isso.

Harry não disse nada. Atirou a varinha sobre a sua mesa de cabeceira, despiu as vestes, enfiou-as com raiva no malão e vestiu o pijama. Estava farto daquilo; farto de ser a pessoa para quem todos olham e de quem falam o tempo todo. Se algum deles soubesse, se algum deles tivesse a mais pálida ideia do que era se sentir a pessoa a quem todas aquelas coisas aconteciam... A Sra. Finnigan não fazia ideia, aquela burra, pensou com ferocidade.

Ele entrou na cama e começou a fechar o cortinado à volta, mas, antes que pudesse completar o gesto, Simas disse:

– Vem cá... que foi que aconteceu realmente naquela noite em que... você sabe, em que... com Cedrico Diggory e tudo?

– E tocou na ferida – Remus suspirou, estava preocupado com a saúde mental do sobrinho.

Simas parecia ao mesmo tempo nervoso e ansioso. Dino que estivera debruçado sobre o próprio malão, tentando encontrar um chinelo, ficou tão estranhamente imóvel que Harry percebeu que estava com os ouvidos na conversa.

– Para que é que você está me perguntando? – retrucou Harry. – Você não lê o Profeta Diário como a sua mãe, por que não o lê? O jornal vai lhe dizer tudo que você precisa saber.

– Harry.. – Lily o repreendeu.

– Desculpe, eu só estava nervoso – o garoto falou corado mas sorriu ao sentir a mãe o apertar ainda mais ao seu corpo.

– Não comece a atacar minha mãe – respondeu Simas com rispidez.

– Ataco qualquer um que me chame de mentiroso – disse Harry.

– Não fale assim comigo!

– Falo com você como quiser – respondeu Harry, sua irritação aumentando tão rápido que ele agarrou com violência a varinha que estava na mesa de cabeceira. – Se você tem algum problema em dividir o dormitório comigo, vá pedir à McGonagall para transferir você...assim sua mamãe vai parar de se preocupar...

– Parece que eu estou vendo um James – Sirius falou rindo de leve.

– Um James e um Sirius, você quer dizer? – Remus riu da cara do amigo.

– A melhor parte meu querido Moony – o Black mandou um beijinho fazendo o amigo revirar os olhos.

– Deixe a minha mãe fora disso, Potter!

– Que é que está acontecendo?

Rony aparecera à porta. Seus olhos arregalados correram de Harry, que estava ajoelhado na cama com a varinha apontada para Simas, a este, parado ali com os punhos erguidos.

– Ele está atacando a minha mãe! – berrou Simas.

– Quê? – falou Rony. – Harry não faria isso... conhecemos sua mãe, gostamos dela...

– Isto foi antes de ela começar a acreditar em cada palavra que aquele Profeta Diário nojento escreve sobre mim! – gritou Harry a plenos pulmões.

– Ah – disse Rony, a compreensão se espalhando pelo seu rosto sardento. – Ah... certo.

– Você sabe do que mais? – disse Simas, com raiva, lançando a Harry um olhar venenoso. – Ele tem razão, eu não quero mais dormir no mesmo dormitório que ele, ele é doido.

– Você está errado, Simas – disse Rony, cujas orelhas estavam começando a ficar vermelhas: sempre um sinal de perigo.

Harry e Rony trocaram um olhar significativo assim como suas versões futuras, poderiam ter várias brigas mas sempre estariam ali um para o outro.

– O Rony é tipo um eu e o Harry um você – Sirius sussurrou para James que riu concordando.

– Estou errado, é? – gritou Simas, que ao contrário de Rony começava a ficar branco. – Você acredita naquela baboseira que ele contou sobre Você-Sabe-Quem, é, você acha que ele está dizendo a verdade?

– Acho sim! – respondeu Rony com raiva.

– Então você é doido também – disse Simas com repugnância.

– Ah, é? Bom, infelizmente para você, companheiro, eu também sou monitor! – disse Rony, apontando para o peito. – Portanto, a não ser que você queira receber uma detenção, é melhor ter cuidado com o que diz!

– Por mais que eu ache errado usar o poder de monitor assim admito que faria o mesmo – Lily suspirou mas sorriu para o filho e o amigo – Tem bons amigos, Harry.

Harry sorriu se entreolhando com Rony, Hermione, Neville, Gina e Luna – Tenho os melhores..

Simas ficou olhando por uns segundos, avaliando se a detenção seria um preço razoável a pagar pelo que ia em sua cabeça, mas, com uma interjeição de desprezo, deu as costas, pulou na cama e correu as cortinas com tanta violência que elas se romperam do dossel e caíram em um monte empoeirado no chão. Rony olhou aborrecido para Simas, e em seguida para Dino e Neville.

– Os pais de mais alguém têm alguma coisa contra o Harry? – perguntou com agressividade.

– Neville é criado pela minha mãe e ela é fã do Dumbledore, então.. – Frank deu de ombros.

– Meus pais são trouxas, cara – disse Dino, sacudindo os ombros. – Não sabem nada sobre mortes em Hogwarts, porque não sou idiota de contar a eles.

– Você não conhece a minha mãe, ela extrai qualquer coisa de qualquer um! – retrucou Simas. – E, de qualquer forma, seus pais não recebem o Profeta Diário. Não sabem que o nosso diretor foi dispensado da Corte Suprema dos Bruxos e da Confederação Internacional dos Bruxos porque está ficando caduco...

– Minha avó diz que isso tudo é tolice – disse Neville com a sua voz aguda. – Ela diz que o Profeta Diário é que está em decadência, e não Dumbledore. Ela cancelou a nossa assinatura. Acreditamos em Harry – encerrou Neville. E entrou na cama, puxou as cobertas até o queixo e ficou espiando Simas por cima delas, como uma corujinha. – Minha avó sempre disse que Você-Sabe-Quem voltaria um dia. Ela diz que se Dumbledore diz que ele voltou, então ele voltou.

– Augusta pode ter vários defeitos mas pelo menos pra isso ela é sensata – Alice deu de ombros e Frank riu concordando.

– Tia Augusta me dá medo – James riu de leve – Ela perde só pra dona Walburga.

– Por que você colocou a tia Algusta na mesma frase que Walburga? A tia é um anjo perto da minha mãe – Sirius falou numa careta.

– Tia Euphemia que é um anjo – Frank colocou e Remus concordou.

– É porque vocês nunca viram ela brava – James estremeceu.

Harry sentiu uma o de de felicidade naquele momento, queria conhecer os avós, sentia que seriam tão especiais quanto seus pais.

Harry sentiu um arroubo de gratidão por Neville. Ninguém disse mais nada. Simas apanhou a varinha, consertou as cortinas e desapareceu por trás delas. Dino entrou na cama, virou para o outro lado e se calou. Neville, que aparentemente não tinha mais nada a dizer, ficou admirando com carinho o seu cacto iluminado pelo luar.

Harry recostou-se em seus travesseiros enquanto Rony se ocupava com a cama ao lado, guardando o que era seu. Sentia-se abalado com a discussão que tivera com Simas, de quem sempre gostara muito. Quantas outras pessoas iam insinuar que ele estava mentindo ou era desequilibrado?

James suspirou, não queria que o filho passasse por tudo aquilo, iria dar um jeito de mudar tudo. 

Petúnia olhava com uma certa pena para o sobrinho, havia sofrido na mão do assassino dos pais, foi maltratado – por ela e o marido – durante todas as férias e ainda tinha que lidar com tudo aquilo na escola.

Será que Dumbledore sofrera assim o verão inteiro, quando primeiro a Corte dos Bruxos e depois a Confederação Internacional o excluíram de suas fileiras? Será que era raiva o que sentia de Harry, talvez, que impedira Dumbledore de se comunicar com ele durante meses?

Afinal, os dois estavam nisso juntos; Dumbledore tinha acreditado em Harry, anunciado sua versão dos fatos à escola inteira e depois à comunidade bruxa. Qualquer um que achasse que Harry era mentiroso tinha de pensar que Dumbledore também o era, ou então que Dumbledore fora enganado...

No fim eles saberão que estamos certos, pensou Harry, infeliz, quando Rony entrou na cama e apagou a última vela do dormitório. Mas restou a indagação: quantos outros ataques como o de Simas ele teria de suportar até que aquele momento chegasse?

– Eu espero que nenhum – Lily soltou e eles suspiraram.

– Acho que o próximo não vai ser tão legal pra se ler – Hermione suspirou mas deu o livro para Al.

– A Detenção com Dolores



Notas Finais


ENTÃO KKKKKKKKKK

era pra ter saído mais cedo mas suponha que eu tenha dormido a tarde inteira..enfim, quero fazer uma pergunta.

vocês preferem que eu coloque wolfstar ou blackinnon?


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