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História Marriage Issues - Capítulo 15


Escrita por: Anya321

Notas do Autor


Oi amores!! Desculpem novamente pela demora e por ainda n ter respondido vcs do cap anterior!! Vou respondendo aos poucos, mas decidi postar logo esse pra n deixar vcs na espera.
Prometo q esse cap vai compensar bastante a demora!!

Boa leitura!!

Capítulo 15 - Capítulo 15


Flashback On:

 

– Então você trabalha com marketing?! Que legal, eu também! – Naruto exclama de boca cheia.

– Mesmo? – Hinata diz, interessada.

– Me poupe! Você é contador. – Sasuke resmunga e toma um gole da cerveja.

– Mas o princípio é o mesmo, ué! Eu faço uma boa propaganda para poder convencer pessoas a comprarem casas! 

Dei risada.

Estávamos todos num restaurante tailandês que vendia um Pad thai delicioso, perto do SoHo. Naruto e Hinata haviam engatado numa conversa super animada desde que os apresentei. Era divertido acompanhar as tentativas do loiro de dar em cima dela, e melhor ainda era ver a morena corar e desviar de cada uma.

– Sim, nossos trabalhos são parecidos mesmo. – ela concorda.

Vejo Sasuke revirar os olhos e ponho a mão em seu joelho para alertá-lo de não discordar. Devíamos deixar esses dois flertarem.

– E de onde você é, Naruto?

– Pense no lugar onde idiotas como ele nascem, não é difícil. – Sasuke provocou.

– Nova Jersey. – Naruto respondeu e mostrou o dedo do meio para Sasuke. – E você?

– Nasci em Dallas, mas moro em Nova York desde os sete anos. – a morena respondeu.

Resolvi entrar na conversa.

– Eu sempre quis visitar o Texas. Pode soar preconceituoso, mas os hambúrgueres devem ser incríveis.

Hinata riu.

– Eu não me lembro muito dos hambúrgueres. Nunca mais visitamos Dallas desde que nos mudamos.

– Por que “nascem idiotas” em Nova Jersey? – Naruto se virou para Sasuke, claramente ofendido.

Os dois começaram uma discussão levemente xenofóbica sobre Nova Jersey que era até engraçada de ouvir. Nós pedimos mais cervejas e conversamos até a hora do restaurante fechar.

Sasuke e eu nos oferecemos para deixar Hinata em casa, mas ela insistiu que pegaria um Uber. Naruto também não estava em boas condições de dirigir, então concordou em dividir o Uber com a Hyuuga.

Nós esperamos até que os dois entrassem no carro e nos aproximamos da janela para nos despedirmos:

– Foi um prazer te conhecer, Hinata. – falei sorrindo. – Não pense que vai se livrar de mim depois de hoje. Eu vou te ligar e vamos sair de novo, okay?

– Claro, por favor! – ela sorriu de volta. – Foi um prazer conhecer você, Sakura. E você também, Sasuke.

– Igualmente. – Sasuke respondeu e então olhou para Naruto. – Vê se não passa mal dentro do carro, idiota.

– Você fala como se bebesse melhor do que eu. – Naruto resmunga, o rosto vermelho devido ao álcool. – É tão fracote que só aguenta beber cerveja!

O moreno revirou os olhos.

– Leva logo esse seu traseiro de Nova Jersey para longe daqui. 

– Até mais, bundinha nova-iorquina. – Naruto devolve.

Acenei para os dois e vi o carro se afastar em velocidade moderada. 

Sasuke e eu apenas observamos a rua por alguns instantes, ambos com as mãos dentro dos bolsos e despreocupados com o horário. Aquilo era Nova York, estava tão movimentado quanto seria se fosse dia.

– O Naruto é sutil como um hipopótamo. – Sasuke comenta.

– Ah, dê algum crédito a ele. – falei. – Ele acabou de conhecer ela. Talvez dê certo.

– Não se ela for esperta.

Finalmente nos movemos e caminhamos pela calçada, procurando pelo lugar onde estacionamos o carro. Olhei de esguelha para meu namorado e vi ele dar uma leve tremida nos ombros.

– O que foi? Está com frio?

– Acabei de ter um pensamento nojento. – ele respondeu. – Imagina se eles dois tivessem um filho, e a gente também? 

– Acho que é um pouco cedo para pensar nisso. – ri.

– Ter um filho do Naruto como genro… isso sim, seria castigo. – Sasuke fez uma careta.

– Cuidado, Uchiha. – avisei, antes de entrarmos no carro. – Não deixe as forças do universo te ouvirem. Elas podem ser bem pilantras às vezes.

Pisquei e Sasuke revirou os olhos.

– Você e suas brincadeiras de mal gosto. – comenta ele, antes de me dar um selinho e abrir a porta do carro para mim.

 

 

Sasuke POV

 

– O que faz aqui? – indaguei, confuso.

Konan parecia extremamente nervosa, suas bochechas estavam vermelhas e ela estava meio ofegante. Comecei a ficar preocupado.

– É-É que…

– Meu Deus, você está suando? – perguntei a ver uma gota de suor em sua testa. – Entre, vou te dar uma água.

Abri espaço para que ela passasse e a guiei pelo hall de entrada até a cozinha. Os ombros dela estavam encolhidos, mas ela me acompanhou sem questionar.

Apontei um dos bancos da ilha para que Konan se sentasse. Peguei um copo num dos armários e enchi com água da torneira. Entreguei-o a ela, que pegou e tirou um gole generoso.

– Então? Por que está aqui? 

– Eu achei que o senhor tivesse se atrasado. Ou que estivesse doente e precisasse que eu resolvesse alguma coisa.

Pisquei, ainda mais confuso do que antes.

– Você poderia ter me mandado mensagem. 

– Desculpe. – ela desviou o olhar. – Eu não sabia se o senhor chegaria ao escritório ou não. Achei que, por via das dúvidas, fosse melhor vir.

Aquilo definitivamente era estranho. Konan sempre arranjava solução para qualquer problema e evitava ao máximo desperdiçar tempo. Ela era pragmática e era por isso que eu gostava de trabalhar com ela, mas vir até a minha casa só por não saber se eu chegaria?

Além disso, tenho certeza de que avisei Itachi de que trabalharia em casa hoje. Ele deveria ter dito a Konan.

– Bom, eu decidi ficar em casa hoje. – respondi. – Bebi um pouco ontem, e tive que dormir no sofá. Meu corpo está dolorido.

– Teve problemas com… a sra. Uchiha?

– Sim, mas já os resolvemos. Bom, resolvemos parcialmente. – falei. – Eu não me lembrava de que ela era tão pesada.

Os olhos de Konan se arregalaram.

– Dormiram juntos? No sofá?!

Olhei para ela com estranhamento. Konan nunca havia sido tão curiosa assim.

– Não sei se devo falar sobre isso com você. – respondi.

– Ah, claro. 

Passei a mão no cabelo, sem saber exatamente o que fazer. Estava sozinho com Konan no meu apartamento, que apareceu sem ser convidada. E, pela primeira vez, me sentia desconfortável na presença dela. De alguma forma, pensei na vez em que vi Sasori e Sakura nessa mesma situação e odiava a ideia de fazer minha esposa sentir o mesmo que eu senti.

O que eu deveria fazer? Pedir, por favor, que ela se retirasse? Precisava achar uma brecha para poder convidá-la a sair sem parecer rude.

– Enfim, você pode cuidar dos detalhes do contrato no escritório. – comecei. – Ou em casa, se quiser. Me mande o resultado por email. Não pretendo comparecer a empresa essa semana. 

– Entendi.

– Além disso, não pretendo trabalhar nesse fim de semana. Terei que ir a um evento.

Konan ficou calada por alguns segundos e então soltou:

– O Fletcher quer sair conosco no fim de semana. Disse que queria tratar disso pessoalmente.

Aquilo era inesperado.

– Mesmo? Ele disse isso?

Konan assentiu. Engoli em seco.

– Bom, terei que sair com Sakura na sexta, então—

– O Fletcher pediu para nos encontrar na sexta. – ela disse. – Quer jantar conosco.

Aquilo definitivamente era estranho e problemático. Eu sabia que Fletcher poderia ser bem insistente, mas se Konan veio até aqui para me avisar aquilo, provavelmente fez tudo o que pôde para negar o convite.

A questão era: o que farei com o evento da empresa de Hinata? Talvez, se puder resolver as coisas o mais rápido possível, possa chegar a tempo. 

– Bom, acho que não terei escolha. – eu disse, suspirando em seguida. – Mas quero que tente o máximo para adiar para o sábado. 

– É claro. – Konan respondeu.

Ela se levantou da cadeira e deixou o copo na ilha. Ajeitou a alça da bolsa no ombro e respirou fundo:

– Então acho que devo ir agora. 

Assenti, aliviado.

Acompanhei minha secretária até a porta, agradecendo aos deuses por ela estar indo embora. Ainda não havia entendido, exatamente, a necessidade de ela ter vindo até aqui, mas talvez devesse apenas ignorar. Temo acabar tirando conclusões erradas a respeito dela.

Abri a porta para Konan, que se virou uma última vez para se despedir.

– Então tchau. – disse ela.

– Tchau, Konan.

Fechei a porta e fiquei encarando o teto. Alguma coisa estava errada. Por que Fletcher não falou comigo a respeito do jantar? E por que Itachi não avisou Konan de que eu não estaria no trabalho hoje?

Chega. Estou pensando demais.

 

 

Sakura POV

 

– Você vai para o evento da Hinata? – Karin perguntou sem olhar para mim. Estava assistindo o noticiário que passava na televisão do refeitório.

– Sim, e você?

– Ah, se vou. – ela responde. – Não vejo a hora de conhecer os figurões daquela empresa. 

Ri. Karin adorava ver pessoas ricas agindo como pessoas ricas para poder fazer piada delas.

– Eu soube que vocês saíram ontem para um restaurante. Ino me contou. – ela disse. – Obrigada pelo convite, aliás.

Revirei os olhos.

– Você e a Ino viviam saindo sem mim. Nem comece.

– Tudo bem, não vou falar nada. – a ruiva ri com malícia. – Mas vou usar isso contra você para sempre. 

Não respondi, apenas continuei comendo minha salada. Estava com o corpo meio dolorido devido a noite no sofá. Imaginei se Sasuke também estaria na mesma situação.

– Como vão as coisas com o Sasuke?

Suspirei.

– Brigamos feio ontem. Mas foi culpa minha.

– E o que você fez? 

– Disse umas coisas bem pesadas para ele. Quis forçá-lo a falar sobre o bebê.

Karin estava prestes a morder o sanduíche de atum, mas então parou ao ouvir a última palavra que saiu por meus lábios. Seus olhos escarlates se ergueram um pouco, e eu percebi que o clima estava começando a ficar tenso.

– Você já se sente à vontade? Com tudo o que aconteceu?

Refleti um pouco.

– Duvido que qualquer um se sinta à vontade com uma coisa dessas. – respondi. – Mas acho que se não falar sobre isso, só vai estragar ainda mais a minha vida. Não dá para negar o que aconteceu.

Karin assentiu.

– Eu sinto muito. – acrescentei. A ruiva me olhou, surpresa. – Sinto muito por ter afastado você naquela época. Bom, por ter afastado todo mundo.

A mão da Hozuki atravessou a mesa e segurou a minha com firmeza. Seus lábios formaram um sorriso fraco, porém reconfortante.

– Somos amigas, esqueceu? Eu nunca ficaria chateada com você por causa daquilo. – ela falou. – Sabe, apesar de ter ficado triste por… bem, tudo, eu fiquei aliviada por você estar bem, Sakura.

Sorri fraco.

– Eu dei um baita susto, né?

Ela concordou.

– Eu acho que todos nós sentimos o mesmo medo. – Karin refletiu. – Deveria levar isso em consideração quando for conversar com o Sasuke. Eu me lembro de como ele ficou antes de você sair da cirurgia.

Senti uma pequena vontade de chorar com as lembranças. Minha garganta começou a contrair.

– Eu vou levar em consideração. 

Estava prestes a voltar a comer minha salada quando ouvi o toque de meu celular. Retirei-o do bolso e vi que era minha mãe ligando.

Atendi.

– Alô?

– Oi, filha! Está no trabalho? 

– No horário de almoço. – respondo. – Por quê? Aconteceu alguma coisa?

– Na verdade, não. Só faz muito tempo que você não fala comigo! Esqueceu que tem mãe? Acha que é filha de chocadeira agora?!

Prendi a risada.

– Não, mãe, não acho. 

– Humpf. – ela resmunga. – Quando vem nos visitar? Seu pai e eu estamos com saudade.

– Em breve, eu prometo. – falei. – Mas vocês bem que poderiam vir também.

– Você sabe que seu pai odeia aviões. Além disso, Nova York é horrível! Cheio de trânsito, barulho, propaganda… 

Reviro os olhos. Mebuki nunca gostou muito de Nova York, e sempre ficou um pouco ressentida quando resolvi me mudar para cá.

– Bom, eu tenho que desligar, ou não terei tempo de almoçar. – interrompi. – Eu ligo depois, tá? E prometo que vou arrumar tempo para te visitar.

– É bom, mesmo! – ela retrucou, com falsa ignorância. – Até mais, querida. Bom almoço!

– Obrigada. Tchau.

Guardei o celular de volta no bolso e Karin riu, imaginando a conversa que acabei de ter com Mebuki. Eu não sentia tanta falta de Portland, mas seria bom visitar meus pais qualquer dia desses. Sentia saudade deles.

 

                                  (…)

 

Cheguei em casa e tirei os sapatos no hall de entrada. Cruzei o corredor e encontrei Sasuke deitado em nossa cama, passando os canais da TV do quarto. Ainda era um pouco estranho encontrá-lo quando volto do trabalho.

Ele percebeu minha presença e virou o rosto em minha direção. Seus lábios formaram um sorriso simpático.

– Bem vinda de volta. – ele disse.

– Obrigada. 

Surpreendendo-me, Sasuke saiu da cama e caminhou até mim para depositar um beijo estalado em meus lábios. Eu demorei um pouco para absorver aquilo, mas ainda assim… era tão bom beijá-lo.

– Nós costumávamos receber um ao outro desse jeito. – ele falou pertinho do meu rosto. – Se você quiser, eu gostaria de reviver esse hábito.

Concordei.

– Eu também.

Sabia que a briga de ontem ainda iria continuar, sabia que tinham muitas coisas que precisávamos conversar e discutir, mas… Deus, como sinto falta do toque desse homem.

Larguei minha bolsa no chão e retirei o casaco. Sasuke segurou a barra de minha blusa e a tirou por cima de minha cabeça. Nos beijamos ardentemente, as mãos dele passeando por minha cintura, costas e quadril, me arrancando suspirou. 

Caminhamos a passos desastrados até a cama e eu fiquei por cima dele, beijando cada canto de seu peitoral exposto e descendo para a barriga trincada. Logo cheguei ao cós de sua calça e olhei uma última vez em seus olhos antes de abaixá-la junto com a cueca.

Toquei seu pau tão familiar com uma das mãos e lambi de leve a pontinha, fazendo Sasuke arfar.

– Ai, merda… – ele rosnou quando o abocanhei de vez.

Alternava entre chupá-lo e masturbá-lo, e me deliciava ao ouvir seus sons de excitação quando eu fazia movimentos circulares na pontinha de sua glande. Sasuke segurou meus cabelos e me impulsionou de leve a fazer movimentos de vai e vem repetidamente.

– Sakura, eu… eu vou…

Lambi sua glande uma última vez antes de retirar seu pau da minha boca e voltar a masturbá-lo. Em seguida, o jato branco cobriu minha mão. 

Sasuke estava ofegante, seu peito subia e descia enquanto sua cabeça repousava no colchão, de olhos fechados. Eu me sentei ao seu lado e dei um beijo em sua boca, sentindo minha intimidade pulsar de desejo.

– Não era exatamente isso que eu tinha em mente, mas não estou reclamando. – ele comentou, ainda de olhos fechados.

– E eu estou só começando. 

Ao ouvir minha última frase, os olhos de Sasuke se abriram e ele me observou tirar meu sutiã. Saí da cama e removi minha calça legging junto da calcinha. Já sabia que estava completamente pronta para ele e não queria perder tempo.

Caminhei em direção a meu marido novamente e subi em seu corpo. Minha intimidade tocou de leve a sua e eu lutei para não gemer.

Sasuke ficou sentado e suas mãos agarraram minha cintura enquanto ele chupava meus seios. Eu arfei e esfreguei meu clítoris em seu pau, o que só aumentou ainda mais meu desejo por ele. 

Não tardou até que ele estivesse dentro de mim, me fazendo rebolar em busca de mais contato. Um dos dedos de Sasuke me masturbava e me enlouquecia, e nós dois soltávamos sons deliciosamente altos. Meu corpo se arrepiava a cada mordida que ele dava em meu ombro ou meus seios.

Abracei-o pelo pescoço quando atingi o orgasmo e senti mais uma vez o jato dele, dentro de mim. Sabia que não estava nem mesmo perto do meu período fértil então não me preocupei por ele ter gozado em mim.

Nós dois caímos de volta no colchão e eu passei minha perna em volta dele. Estávamos suados e cansados, mas aquilo tinha sido… incrível.

– Não achei que você fosse querer transar tão cedo. – Sasuke mencionou quando sua respiração ficou mais controlada.

– Eu também não. – respondi, sincera. – Mas estava com saudade. Precisava disso.

Sasuke assentiu e me apertou contra seu peito.

– Sei como é. Senti o mesmo.

Eu adorava aquele clima, aquela paz que se instala depois do sexo. Os dois dividindo um cansaço e um carinho especial. Nada poderia estragar aquilo.

– Eu não sei se tive a chance de te dizer isso na época, mas… eu sinto muito, Sakura. – Sasuke disse. – Sinto muito por não ter te protegido naquele dia.

E então o clima foi estragado.

Engoli em seco e respirei fundo. Estava acontecendo, finalmente íamos falar.

– Não foi sua culpa. – falei. – Você não podia ter feito nada.

– Não é verdade. Se eu tivesse segurado a sua mão desde o início, você nunca—

– Eu nunca culpei você. Em nenhum momento. – interrompi. – Mas… culpei você por ter se afastado.

– Eu…

– Não, deixa eu terminar. – pedi. Agradecia aos deuses por não estarmos olhando nos olhos um do outro. – Eu não tinha o direito de culpar só você. Eu te deixei tão sozinho quanto você me deixou. 

Sasuke não disse nada.

– Eu nunca tinha parado para pensar que não perdi esse bebê sozinha. Você também perdeu. – continuei. Senti as lágrimas molharem meu rosto. – Fiz a situação toda girar apenas ao meu redor. Eu sinto muito, Sasuke, sinto muito…

– Hey, shh… – ele me abraçou com força e eu enterrei o rosto em seu peito. – A situação, de fato, girava ao seu redor. Você sofreu um acidente, Sakura. Sabe o que se passou na minha cabeça quando te levaram numa ambulância e você não abria os olhos?!

”Eu achei que tinha perdido vocês dois. Foi aterrorizante. E quando você acordou, eu não pude nem te mostrar um sorriso de alívio. Me senti impotente.”

As lembranças me atormentaram novamente e eu só chorei mais e mais. Chorei tanto que não consegui dizer mais nada. Sasuke também não falou, eu apenas senti sua mão acariciando minha cabeça. Ele estava me consolando.

Eu já estava tão cansada. Quando o luto ia acabar? Quando eu poderia ver uma mãe e um bebê na rua sem sentir que levei um soco no estômago? Não queria esquecer o meu filho, mas queria parar de sentir aquela dor… não aguentava mais.

– Vamos trancar aquele quarto. – pedi. – O quarto dele. Eu não quero mais entrar lá.

– Sakura…

– Eu quero superar isso. – falei. – Não estou dizendo para esquecer, só… seguir em frente. Não quero mais que isso atrapalhe a gente, não quero mais sentir essa dor. 

Levantei meu rosto e olhei para Sasuke, que me olhava de volta com dúvida. Talvez ele não soubesse exatamente o que eu estava dizendo, mas com certeza entendia a dor que aquele quarto trazia. Eu sabia que compartilhávamos disso.

Ouvi seu pomo de Adão subir e descer, e ele confirmou:

– Eu vou chamar um chaveiro amanhã. Vamos trocar a fechadura e guardar a chave. – ele respondeu, com um sorriso fraco. – Também quero seguir em frente. E quero ser melhor para você.

Sorri e beijei sua bochecha. Me sentia triste porém aliviada. As coisas iam dar certo.

– Eu te amo. – eu disse, abraçando-o de novo.

– Eu também te amo. – ele beijou minha testa.

 

 

Konan POV

 

Cheguei em casa e fui até o banheiro, onde vomitei consideravelmente. Meus membros tremiam, estava suando frio.

Eu já havia me conformado que Sasuke Uchiha, meu chefe, seria para sempre apenas meu chefe. Convenci a mim mesma de que as coisas eram daquele jeito e não iriam mudar. Tentei me conformar em ser apenas uma mera espectadora.

Mas quando ele começou a passar mais tempo no escritório, quando nos tornamos mais íntimos e quando ele começou a me convidar para almoçar… eu soube que meus sentimentos não poderiam ser calados. Principalmente quando ocorreu o boato de que ele estaria com problemas no casamento.

Achei que, quando as coisas dessem errado para eles, quem sabe eu teria uma chance. Mas agora… agora eu vejo que o casamento está voltando aos trilhos, e se eles se reconciliarem eu perderei toda e qualquer chance. Quando vi aquela foto da sra. Uchiha, quando fui em sua casa, percebi num instante que jamais conseguiria competir com ela.

E num ato de desespero, menti sobre o jantar para poder impedir que Sasuke Uchiha saia com a esposa. Nunca falei com o Fletcher, e eu sabia que meu chefe não iria ao trabalho hoje, mas… precisava vê-lo. 

E agora preciso arranjar esse jantar.

Limpei minha boca e procurei minha bolsa com o telefone. Eu tinha todos os dados de Carl Fletcher, inclusive seu contato. Disquei o número e tentei pensar em alguma forma de fazer ele acreditar que Sasuke Uchiha o convidou para jantar.

– Alô?

– Sr. Carl Fletcher? – indaguei.

– O próprio. 

– Sou a secretária de Sasuke Uchiha, o encarregado de seu caso. 

– Ah, sim, o Uchiha! Ele me deu um prazo para entregar o contrato sobre a minha herança. – disse Carl Fletcher.

– Ele me pediu para contactá-lo. Quer discutir os detalhes do contrato pessoalmente com o senhor.

– Claro, posso ir ao escritório dele amanhã—

– Não! – exclamei mais alto do que deveria. – Ele… Ele pediu para jantar com o senhor. Nesta sexta-feira, às 19:00.

Fletcher ficou surpreso.

– Mesmo? Precisa de tudo isso?

– S-Sim. O senhor mesmo pode escolher o restaurante e me contactar novamente para a confirmação.

– Muito bem, então. – ele cedeu. – Retorno até o fim da tarde. Obrigado pelo aviso.

– Disponha. Tenha um bom dia.

Desliguei o telefone e soltei o ar que estava prendendo. Não tinha mais como voltar atrás agora. Eu preciso levar isso até o fim.

 

 


Notas Finais


Eita… e aí, oq acharam??


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