História Married? - I asked?

- Tivemos uma noite bastante selvagem ontem....
Agradeci a garçonete por colocar uma xícara enorme de café na minha frente. A peguei e dei um gole, engolindo aos poucos.
- Estou me lembrando lentamente.
A maneira como entramos no quarto, rindo e caindo no chão. Ele tirando minha roupa com os dedos e dentes, enquanto palavras eram sussuradas entre beijos e lambidas em minha pele. Eu tirando sua camisa impaciente e desastrada, quase a rasgando. Dele beijando minha nuca, minhas costas, a parte interna da minha coxa. 
Quando olho pra cima, ele sorri como se soubesse o que se passou em minha mente nesse exato momento.
- Adorei tentar descobrir como te dar prazer - o vi lamber os lábios - A gente queria mais todas as vezes. Me sinto como se tivesse feito milhares de abdominais.
Abaixei o olhar envergonhada.
Lembro-me de ter sido carregada até o sofá, onde terminou o que havia começado no hall de entrada. Lembro-me da mão dele afastando minha calcinha para o lado, deslizando seus dedos em minha pele sensível. "Você está tão molhada", dizia me beijando.
Sua mão tremia, enquanto tirava a pequena peça ao longo de minhas pernas. "Primeiro vou fazer você se sentir bem. Porque sei que quando estiver dentro de você, vou me perder", ele mordiscava minha mandíbula, passando as ponta dos dedos de leve em minha barriga, antes de chegar no meio das minhas pernas. "Me diga quando estiver bom".
Eu disse quase imediatamente quando ele pressionou dois dedos em meu clitóris, pra cima e pra baixo, me fazendo tremer, implorar e colocar a mão em sua calça.
Tirei a mesma de um jeito esquisito, desesperada pra senti-lo em minha mão.
Me deu um arrepio quando lembrei o jeito que ele não me deixou descansar, me fazendo gozar de novo, logo antes de empurrar ele, e o colocar em minha boca.
Mas não me lembro do resto.
- Quando estavamos na sala, você....? - perguntei atrás da xícara de café.
- O que você acha? - os olhos dele se iluminaram.
- Eu acho que sim.
Ele se inclinou pra frente e colocou a mão fechada sob seu queixo.
- O que mais você lembra? 
- Você sabe o que aconteceu.
- Eu posso ter esquecido ou talvez só quero que me diga.
Fecho meus olhos, me lembrando de ficar ajoelhada no tapete para senti-lo em minha boca por inteiro. Suas mãos em meu cabelo, suas coxas tremendo contra as palmas das minhas mãos.
Coloco a xícara na mesa e seus olhos ainda estão em mim. Assim que o encaro, consigo lembrar exatamente da sua expressão quando gozou em minha língua.
Mordi o lábio com força, tentando afastar aquela imagem da minha cabeça, mas era quase impossível tentar.
- Huumm? - ele suspirou por cima do copo que estava bebendo.
- Acho...que transamos muitas vezes.
- Qual foi a sua preferida? Na sala, no chão, na cama, na parede, no espelho, no bar ou no chão?
- Shhiiiuu! - levanto minha xícara, bebendo cuidadosamente.
Minha tentativa falha quando lembro das marcas no espelho, e tusso quase cuspindo o café.
Quando lavando o guardanapo até a boca, percebi que ele está olhando o anel em meu dedo. Porque eu não tirei? Será que ele esta usando o dele?
Não consigo ver a mão dele, que agora está embaixo da mesa.
Nós nem começamos a verdadeira conversa: Como desfazer de uma noite de bebedeira. Como nos desfazer desse casamento.
- Eu...Eu não....Queria perder - começo a explicar - Estava com medo de perde-lo, por ser verdadeiro ou pertencer a alguém....
Tento tirar a aliança do dedo, mais ele alcança minha mão e a segura, passando o dedo pela mesma.
- Ele pertence a você - Ele ergue sua mão esquerta e posso ver que também está com o seu - Também fiquei com medo de perder o meu.
Sou repetidamente tomada pelo pânico de saber que estamos casados e que isso não é brincadeira. Ele tem a vida dele e eu a minha. Não podemos mudar tudo assim de uma hora pra outra.
Deus, eu não posso querer isso. Estou ficando doida? E quanto será que custa pra nós tirar dessa?
- O que você está fazendo quanto a isso? - aponto para o anel, sentindo meu coração acelerar e minha mão começar a soar frio.
- Mais tarde resolvemos isso.

XXXX

Estamos no mesmo canto, onde o trouxe ontem a noite. Está menos privado de manhã.
Ontem parecia tão seguro. Estava escuro e tranquilo, apesar de ouvir as vozes das pessoas dançando lá embaixo e o eco da música alta.
A imagem dele colocando os lábios no meu. Seus dados em minha nuca. Eu levando seus dedos para a barra do meu vestido, e então pra baixo dele. Eu pedindo para ele não parar. Eu gemendo seu nome quando gozei com o rosto enterrado em seu pescoço.
- Lembrou mais de alguma coisa? - ele se aproximou da minha orelha, mordendo meu pescoço.
Respirei fundo tentando me controlar, te-lo tão perto assim me deixa desconcertada.
- Você me pediu em casamento?
- Você me pediu. - senti a mão dele apetando minha cintura e seus lábios em minha mandíbula.
- E você aceitou?
Ele se afastou me olhando. Seus olhos pareciam me estudar. Demorou um pouco pra concordar, fixando os mesmo em minha boca.
- É estranho pra mim, ainda não caiu a ficha - dei uma pausa procurando as palavras - Nós não sabemos nada um sobre o outro.
Dou um passo para trás, me encostando na parede. Presiso de espaço. Estar perto dele é intoxicante, a vontade que sinto de sentir seus dedos e sua boca sobre mim aumenta a cada segundo.
A realidade de que estou casada, faz minha cabeça doer ainda mais.
- Temos muito tempo ainda - ele diz passando a língua nos lábios - Até que a morte nos separe, lembra?
Eu ri com o foto dele estar brincando com essa situação.
- Não posso continuar casada com você.... - olho pra ele, não sabendo como terminar a fraze.
- Simon! - o vi se aproximar de novo e colocar os braços ao meu redor - Pensei que não esqueceria meu nome. Você gemeu tanto ontem a noite - seu polegar precionou meu lábio inferior - Na verdade você pode.
Sua boca preciona a minha cuidadosamente, experimentando o gosto da minha.
Eu congelo só em pensar nessa possibilidade.
- O efeito do álcool ainda não passou? Ou eu casei com um maluco?
- Eu não sou maluco. Mas você me faz jurar que não iria te deixar. E por ter feito essa promessa, não posso te deixar ir.
Simon não me dá tempo de responder e já abre sua boca pra encontrar a minha. Sei que devia estar sendo mais cautelosa, mas o efeito que ele causa em mim, não diminuía com toda a ressaca e a realidade do que fizemos ontem.
Ele sugava meus lábios, e puxava meu corpo pra mais perto, provocando um gemido em mim.
- Vamos para o quarto - ele diz - Me deixa sentir você novamente.

XXXX

O lobby estava silencioso. Apenas o barulho de nossos passos apressados eram ouvidos.
Simon me abraçava por trás, beijando toda a parte em que alcançava.
Tive que segurar suas mãos em minha cintura. Tentando afastar os olhares das poucas pessoas que passavam por ali.
Assim que pisamos no quarto, me separei dele e falei:
- Que tal uma bebida? - disse andando de costas pra ele e o vendo sorrir.
Se ele continuasse a me olhar com esse sorriso, esqueceria qualquer drink.
Olho ao redor e mais algumas lembranças da noite anterior voltam.
Suas mãos em minha bunda, mais seios, meu quadril. Seu pau esfregando a parte interna da minha coxa. Sua boca deixando uma marca em meu pescoço.
Sou tirada dos meus pensamentos, quando sinto um beijo rápido na minha nuca.
- Gin? - Simon estende a mão, me oferecendo o copo.
- Sério? - eu o pago, e apenas molho os lábios - Logo de manhã?
Caminho até o quarto e me sento na beirada da cama. Ele faz o mesmo, se inclinando na minha frente e tomando posse da minha boca de um jeito feroz. Minha mão livre foi direto pra seu cabelo, afundando os dedos no mesmo.
Ele se afastou para beijar e morder meu pescoço e colo.
- Estava pensando, que você poderia morar comigo.
- Oi? - perguntei jogando a cabeça pra trás, dando mais acesso a ele - Não posso deixar tudo pra trás e ir morrar com você! Eu nem sei onde você mora!
O sinto rir entre meus seios e beijar os mesmos, antes de me encarar.
- New York - Simon se endireitou ao meu lado - Você pode morar no meu flat, e passar o verão lá. Tenho dinheiro bastante pra te sustentar.
- Me sustentar? - perguntei irônica.