História MARVEL: Legião Vermelha - Cartas na mesa

Antony

Eu estava frente a frente com Leon naquele prédio abandonado. Faz um bom tempo que não treino luta corpo a corpo com ele, então será interessante.

Antony: Está pronto?

Leon: Você quem devia estar já que sempre ganho de você.

Antony: Não dessa vez!

Avancei na sua direção, ele desviou do meu golpe e tentou me dar um soco do qual bloqueei. Me afastei e tentei acertá-lo novamente, de novo ele se esquivou.

Antony: Para de se esquivar, merda!

Leon: Ha ha! é ruim e-

Consegui dar uma rasteira nele e ele caiu. Antes que eu pudesse acertá-lo ele se desviou e ficou em pé imediatamente.

Leon: Ok, pequeno gafanhoto nomeado de Capiroto. Agora a porra ficou séria.

Capiroto?! Tá de sacanagem com a minha cara, né? Ele avançou na minha direção com tudo e me esquivei, mas também vi que ele abriu uma brecha, entá acertei um soco nele dessa vez. Antes que ele pudesse se recuperar, tentei acertá-lo novamente, mas falhei e ele se esquivou e ao mesmo tempo me derrubou.

Leon: Muito leeeeento...

Antony: Não me provoque!

Me levantei e tentei acertá-lo novamente e consegui duas vezes seguidas. Ele encostou-se numa parede e olhou pros equipamentos bem ao seu lado. Ele pegou um bastão e tentou me acertar, bloqueei com o meu braço direito.

Antony: Ei! Isso é trapaça!

Leon: Você é um herói! Acha que os vilões não vão trapacear?

Cruzei os braços a minha frente para bloquear outro golpe dele. Tenho que pensar rápido! Fui para o lado e tentei acertá-lo com um chute, sei que o bastão não é a sua melhor arma, então alguma hora dará pra eu fazê-lo abrir a guarda. Tentei dar uns golpes nele e ele bloqueando enquanto eu esquivava dos seus golpes de bastão. Num momento ele tentou me acertar por cima, então imediatamente me abaixei e o chutei.

Mirei num lugar um pouco errado, pois escutei um estálo. Acertei as costelas dele, merda! Ele caiu e ficou no chão gemendo um pouco. Me aproximei imediatamente dele.

Antony: Foi mal! Foi mal, cara! Foi sem querer!

Leon: Urg... Tony...

Antony: O quê?

Leon: Te peguei.

Nem vi. Só notei que ele me deu um soco e me fez cair no chão, então ele ficou em cima de mim com uma mão no meu pescoço e outra em punho mirando em mim.

Leon: Xeque-mate.

Antony: ISSO NÃO VALEU, SEU FILHO DA PUTA! VOCÊ QUASE ME MATOU DE SUSTO!

Ele riu, saiu de cima de mim e me ajudou a me levantar.

Leon: Admito que você melhorou bastante desde a última vez. Acho que se eu não tivesse roubado você TALVEZ teria me derrotado.

Antony: Isso é óbvio, ultimamente eu tenho treinado bem mais que você. E você tá bem? Achei que tinha quebrado sua costela.

Leon: Se tivesse eu nem teria conseguido dar o último golpe em você. Tou bem, apesar de que, cara, esse chute doeu! Ha ha!

Antony: Hu hu. Bem, vou pra casa agora, tou morrendo de sono por causa de ontem...

Leon: Achei que Devil ia dar umas "saídas" hoje a noite.

Antony: Hoje não, cara, tou cansado pra caramba... É bom que você não vai precisar ficar aqui me indicando os locais de uns crimes.

Leon: Verdade. Vai indo, vou só desligar tudo aqui, aí vou pra casa também.

Antony: Tá, até.

Não muda o fato de que ele me deixou puto com isso. Porra, mas o Leon é muito Troll!

Ás de Espadas

Ao longe, avistei o meu alvo saindo de um prédio antigo. Que patético... Ao menos não tenho a mesma "sorte" do Valete de Copas de ter que cuidar de uma garota de 15 anos. Devo fazer a parte das minhas ordens agora ou depois? Tou com um pouco de vontade de me divertir cortando alguma coisa, he he...

Ás (falando num comunicador): Cartomante, alvo avistado.

Cartomante: Perfeito. Siga as suas ordens.

Ás: Iesu, sensei.* (Yes, mestra)

Jenny

Poxa, quase me arrebentei ontem usando aquele lançador de teias... (*Lembrando de uma vez que deu de cara com um prédio) Mas ao menos tou melhorando bastante em usar aquilo e aquelas fórmulas são justamente o que eu preciso para fazer as teias, então a cada erro que eu cometer eu posso arrumar e tentar de novo! Isso mesmo! Mesmo que eu falhe várias vezes eu não vou desistir só por não ter prática no uso dos lançadores. Mas tenho outras preocupações, tipo, como diabos o Anônimo sabem quem eu sou, mais ainda, como ele invadiu o meu pc naquele dia?

Mike: Ei, Jenny!

Jenny: An?

Mike: Você tá viajando? Eu fiz uma pergunta.

Estávamos na aula de química nesse exato momento, Mike é o meu parceiro e Johnny está com Mary.

Jenny: Foi mal, não prestei atenção.

Mike: Isso eu notei... Agora, esqueci, qual é a cor que esse papel tem que ficar pra saber se algo é básico ou ácido?

Jenny: Acho que básico é verde... Deixe eu ver no livro...

Foquei agora na aula de vez. Tenho que evitar viajar, isso vai terminar acabando com as minhas notas...

Depois da aula de Química teríamos Literatura. Que saco... É a minha pior matéria! A única que consigo me dar mal. Já sentei na minha cadeira suspirando, a professora dessa matéria é muito chata! Porém, ao invés de entrar ela entrou um homem. Estranho... Ele parece ter lá para uns vinte e poucos anos e seus cabelos são vermelhos, levemente grandes e amarrados.

????: Olá para todos, meu nome é Jack Baker e serei o professor substituto de Literatura. A senhorita Lucy Taylor teve umas complicações, então darei aula a vocês até que tudo se resolva.

Aquela piranha (sim, aquela mulher é uma piranha!) tendo complicações suficientes para não poder dar aula? Parece até piada. Fiquei no meu canto, indiferente, e tentando prestar atenção na aula. Estranho... A maneira desse professor falar e dar a aula é tão fluente... Eu tou conseguindo entender tudo que ele fala! Meu Deus, que milagre é esse?!

Depois do fim da aula, antes de eu sair, ele me chamou:

Jack: Hum, Jennifer Walker, estou certo?

Jenny: Sim.

Jack: Posso conversar contigo por alguns minutos? Há umas coisas que devo tratar contigo.

Apesar de a pergunta parecer estranha, aceitei sem hesitar, não havia problema, pois o intervalo é agora.

Jenny: Algum problema?

Jack: Me desculpe, acho que eu não deveria nem ter feito isso, mas... Olhei a ficha de uns alunos na sala dos professores. Me chamou a atenção um pouco por que você tira notas tão boas nas outras matérias, mas em Literatura... Vai de B- pra baixo.

Jenny: Isso é invasão.

Jack: Por isso pedi desculpas. Apenas fiquei curioso, por que uma diferença tão grande comparado às outras matérias?

Jenny: Não gosto muito de literatura.

Jack: Admito que eu também não gostava, mas aprendi a gostar e aqui estou.

Jenny: Fizeram lavagem cerebral em você?

Jack: Ha ha! Que rude, assim fico ofendido... Indo direto ao ponto, se você quiser, posso te dar um apoio para ao menos melhorar um pouco. O que acha? Mais tarde na biblioteca, talvez.

Jenny: Pode ser.

Jack: Certo.

Ele se levantou e saiu da sala.

Pera aí! Por que eu aceitei? Não dá pra eu ir pra biblioteca, eu ia treinar o uso do meu lançador de teia! Arg, mas que droga! Acabei aceitando sem mais nem menos... Como ele me convenceu tão facilmente? Será que tou que nem aquelas alunas bobinhas que ficam louquinhas se tratando de um professor bonito? (admito, ele era mesmo!)

Valete de copas (Jack)

Hu, o meu dom sempre é útil... Só me irrita ter que mexer com uma garota tão nova, detesto crianças, mas pouco importa. Será interessante. Posso até usar o fato de ela ser uma garota pra isso, he he. Elas são justamente as mais fáceis de se manipular com as palavras.

Ben (noite)

Já me veio uma leve preocupação por aquele cara ter descoberto a minha câmera e o que me intriga mais ainda é ela ter se quebrado "sozinha". Sei que ele pode ter feito algo, mas o que seria? O problema é que o Rei do Crime, depois dessa, sabe que eu o estava monitorando. Eu devia ter previsto que algo do gênero poderia acontecer, mas, como eu suspeitaria que ele chamaria o Yuzo Watanabe pra sei lá o que? E o que exatamente ele pretende com ele? Será que é algo que faz parte de seu plano principal ou alguma coisa para acabar, abalar, ou elimina os que o "estão causando problemas", em outras palavras, Legião Vermelha.

Preciso ficar atento, a qualquer momento pode ocorrer algo para me ferrar.

Bom, nesse momento estou num bar para "relaxar um pouco", creio que esse é um bom lugar pra qualquer um se dar mal, então, é o pior lugar pra eu estar já que não quero me ferrar. Pedi uma bebida com pouco álcool (não gosto muito de bebida forte, sem contar que tou de moto) e fiquei na bancada bebendo enquarto olhava de longe uns caras jogando sinuca. De repente sentou em um dos meus lados uma mulher consideravelmente bonita e com cabelos longos e ruivos. Olhei por reflexo por que eu tava querendo detectar movimentos estranhos, mas ela riu de minha "olhadinha rápida"

Yuzo (mais cedo)

Eu tava jogando uma partida de cartas com a Cartomante. Achei que poderia ser interessante usá-la no jogo que o Rei do Crime me propôs, já que as "cartas" dela são muito boas.

Yuzo: Cartomante, posso fazer uma pergunta?

Cartomante: Querendo uma consulta? Assim vai ter que pagar taxa extra.

Yuzo: Ie!(*Não!) Não é para adivinhação. Só estou curioso para saber como funcionam suas "cartas". Já que te paguei pra fazer um serviço que o Rei me propôs, então creio que tenho o direito de saber a jogabilidade de minhas peças, não?

Cartomante: Hu, claro. Mas comece não mencionando o Rei do Crime apenas como "Rei". Eu já tenho um e ele não gosta de aparentar ser inferior à aquele homem. É apenas orgulho.

Me inclinei para dar uma olhada no Rei de Paus. Ele era negro e grandão. Parecia estar meio irritado por eu ter pronunciado o Rei do Crime daquela maneira.

Yuzo: Me desculpe, King-sama!

Cartomante: Falando logo nele, Rei de Paus, África, Quênia. Seu dom é de localizar as minhas cartas e guiá-las, além de ser o meu guarda-costas pessoal. A bela mulher ruiva que você já conhece é a Rainha de Ouro, Europa, França. A sua beleza e o seu charme combinados com o seu poder de sedução pode fazer qualquer homem fazer o que ela quiser. Valete de Copas, perigo tropical de cabelos vermelhos (ele é do Brasil), seu dom é o da palavra. Qualquer coisa que ele disser pode ter o efeito que ele desejar na pessoa. Ele pode convencê-la a fazer loucuras e a pensar o que ele quer que pense. E, bom, o Ás de Espadas, Ásia, Japão, ele tem uma grande habilidade na espada, maior do que qualquer humano. Pessoalmente, o acho um pouco impulsivo, mas ele sempre seguiu as minhas ordens perfeitamente, então não tenho do que reclamar. Posso considerá-lo um samurai, hum?

Yuzo: Sim. Hu hu, que interessante.

Cartomante: Gosta dos meus brinquedos, pequena criança?

Yuzo: Não me chame de pequeno e nem de criança! Já tenho 13 anos e tou bem maior do que da última vez que nos vimos!

Cartomante: Mas ainda tem aquele carater infântil, hu hu. Mas, o que exatamente o Rei do Crime quer pra que você tenha me peço pra dar aquelas ordens específicas às minhas cartas?

Yuzo: Hum, não posso dizer exatamente. Não que ele tenha pedido sigilo, mas tem uma parte pessoal minha que não acha justo jogar revelando tudo.

Flash back (sala do Rei do Crime)

Depois de eu ter quebrado aquela câmera do Arqueiro, o Rei sorriu impressionado e disse:

Fisk: Interessante. Como supôs a existência de uma câmera oculta aqui? E o que exatamente fez para ela cair dessa maneira?

Yuzo: Bem, caro Rei, sua empresa foi invadida pelo Arqueiro exatamente na época que os aparecimentos da Legião Vermelha surgiu,além disso, a maior parte das ordens específicas suas era atrapalhadas justamente por ele. Logo, era provável que ele tivesse o monitorando. Fiz isso aqui (mostro pra ele minha invenção), um pequeno dispositivo que causa defeito e interferência em câmeras pequenas, não causando grandes prejuísos em câmeras de segurança. É quase como um laser.

Fisk: Entendo. Bem, direto aos negócios. (ele se levantou)Apesar de ser jovem de mais, suponho que saiba das últimas notícias, sobre um suposto grupo chamado de "Legião Vermelha".

Yuzo: Sim, claro.

Fisk: Deve saber também que eles estão atrapalhando meus negócios, certo? Uma coisa que chego a ter certeza é que eles não estão juntos e quero que algo dê um jeito neles antes que se unam. Quero que use o possível e o impossível para descobrir a identidade deles e, com isso, uma pequena amostra do que pode acontecer com os que se metem no meu caminho.

Yuzo: Hum, parece divertido!

Fisk: Adiantarei uma parte do pagamento em sua conta. Pagarei o resto quando eles não me atrapalharem mais. Está dispensado.

Yuzo: Certo. Jya ne*! (*Até mais)

Saí de lá, fui pra casa e direto pro meu computador. Consigo raquear um monte de coisa, até descobrir coisas que foram deletadas a anos, então isso não seria tão difícil pra mim. Pra achar o Arqueiro era fácil, era só saber para onde as imagens da câmera estavam sendo transferidas. Para descobrir Latro... Bom, ele será um pouco mais difícil, mas se eu montar um mini robô pra segui-lo num momento de ação e descobrir a identidade dele será moleza. E o Devil... Estranho, eu já vi algo parecido antes em algum site... Mas onde?

Pesquisei um pouco para achar uma pista, aí lembrei de um herói do passado que lembrava muito ele: Demolidor. A identidade dele foi revelada uns tempos atrás, Matt Murdock. Peguei de base um flagrante de câmera de vigilância de Devil em ação e outra com o Demolidor. A arma é a mesma, o uniforme e as técnicas de luta são parecidas... Hora, será que Matt após sua "sumida" teve um filho? He he.

Usei um sistema de reconhecimento de faces. Peguei uma imagem do Matt Murdock e deixei o computador fazer o resto considerando o quanto ele dave ter envelhecido nos últimos anos. Consegui achá-lo, seu nome agora era Mason Turner. Ele manteve o trabalho de advogado e pelo o que descobri ele tem um filho. TUdo bate. Então você é o Devil? Antony Turner...

Depois disso, fiz o necessário para descobrir a identidade do Arqueiro, Benjamin Carter; e Latro, Jennifer Walker. Bom, agora que sei de tudo isso, é hora de pedir uma ajuda pra uma velha amiga...

Flash back off

Yuzo: Bati.

Cartomante: Hu, você continua jogando muito bem.

Yuzo: Mas não gosto de jogos de cartas. Sou mais chegado em video-games ou tabuleiro.

Cartomante: King joga xadrez. Jogue com ele um pouco, meu Rei.

Rei: Sim, Cartomante.