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História Máscara. (Long Imagine Jeon Jungkook) - Investigação.


Escrita por: Blairpink

Notas do Autor


Mil perdões pelo sumiço. Espero que gostem!

Capítulo 3 - Investigação.


—Jeon? Eu fiquei te procurando igual tonta... O que está fazendo com ela?

Seulgi

 

Seu rosto pálido tinha uma expressão confusa, embora que serena. Ela não parecia estar nervosa com a situação, apenas sem entender o porque de Jeon estar sentado com uma desconhecida, ao invés dela. Coisa que confesso, também não compreendo.

— Você sabe, tentando conhecer pessoas novas... — Ele sorriu olhando de canto para mim.

—É... Mas me deixar sozinha por conta disso... Tanto faz. Vamos andando, preciso falar com você. — Ela olha fixamente para ele, ignorando minha presença totalmente.

—Você é louca, eu estou confortável aqui. — Retrucou Jeon.

— Jeon! Vamos. Agora! — Uma mudança em suas irises ocorreu, agora correspondem a uma coloração avermelhada o que outrora foi negro.

Jeon cerrou suas pálpebras, olhando com certo rancor para Seulgi, mas mesmo assim seguiu seu caminho junto a ela, deixando para mim apenas um olhar com sensação de ‘’Te vejo logo’’.

Eu segui sentada na mesa, entediada, aguardando o sinal tocar enquanto refletia sobre tudo que aconteceu; Não me saia da mente o fato de que as irises de Seulgi mudaram de repente... A forma como ela olhava para Jeon... Não parecia ciúme, e tampouco raiva, mas apenas medo —coisa cujo a qual não consigo entender o porquê— mas melhor deixar isso para lá, talvez seja só ciúmes mesmo e eu compreendo caso for.

Talvez eles sejam namorados, mas... A forma como Jeon me abordou e questionou, sentia um peso de flerte. E sobre ele saber meu nome sem eu nunca ter me apresentado também é algo que me deixa de certa forma perplexa, mas bem, eu devo ter dito ou alguém deve ter me chamado durante minha sessão de ‘’encaro’’ que tive com ele durante a aula mais cedo.

O sinal tocou de forma interrupta, e eu segui para a sala, ainda pensado no Jeon, em seu rosto, no seu cheiro, tudo nele me deixa de certa forma com o coração disparado. Sei que é errado ficar tão boba por alguém que não conheço, talvez eu seja emocionada de fato, mas ele é extremamente atraente, não há como não se sentir atraída.

Sentei na minha mesa, e notei a ausência de Jeon e Seulgi, mas ignorei —mesmo que internamente eu estivera em extrema curiosidade e vontade de ir atrás, descobrir se eles namoram ou não— e abaixei a cabeça, aguardando o inicio da aula.

 

Quero ver Jimin, preciso do abraço dele. Do cheiro dele.

É tão estranho, eu há dias atrás estava confusa sobre meus sentimentos, não sabia o que sentia pelo Jimin, tipo, é fato que ele me faz bem, que eu amo ele, amo o cheiro dele, o abraço dele, a presença dele. Mas eu estava e ainda estou em uma fase tão ‘’meio’’ carente da minha vida, que ao mesmo tempo que eu ache ter certeza disso, pode ser só a carência falando que eu preciso de alguém para me fazer sentir o que os meninos de filme clichê romântico fazem seus pares sentir também.

 E agora com a chegada de Jeon tudo se complica, eu pensava gostar do Jimin, mas senti minhas pernas tremerem ao arfar o cheiro de Jeon e sentir sua pele próxima da minha. Talvez seja só porque ele é um bonitão.

É, deve ser isso. Atração física, hormônios, adolescência...

Mesmo após certo tempo, notei que ambos, Seulgi e Jeon ainda não voltaram para a sala, o que me despertou mais curiosidade ainda. Preciso saber o que esta rolando.

Meu Deus, que menina curiosa.

Me levantei da cadeira calmamente e segui em direção a professora de artes, que estava escrevendo algo na lousa e puxei sua atenção para pedir permissão para ir ao banheiro.

— Professora! Desculpa  interromper sua aula, mas gostaria de ir ao banheiro. — Pergunto me reverenciando.

— Isso é sério? Você acabou de voltar do intervalo, senhorita ____.

—É... Eu sei, desculpa. Mas é que aconteceu uma daquelas ‘’emergências femininas’’. — Menti.

—Ah, sendo assim. Tudo bem. E aproveitando a sua saída, faça o favor de ir atrás dos dois alunos novos, eles vão ficar sem presença se demorarem mais.

A desculpa perfeita.

—Tudo bem professora! Volto em minutos.

—Ok.

Me retirei da sala com sorriso de orelha a orelha, era a desculpa que eu precisava para saber o que está rolando.

Mas agora... Essa escola é ENORME, qual a chance de eu achar esses dois, em minutos?

Preciso acelerar o passo.

Fui andando em pulinhos para que eu explorasse mais rápido os cinzentos corredores da escola, e em nenhum deles encontrei o que eu queria.

Averiguei as salas, os banheiros, e nada.

—Senhorita ____, o que você está fazendo fora da sala de aula?

Era o professor Jin.

—Oi professor... Desculpa, é que eu estava indo ao banheiro e a professora de artes me pediu para procurar os alunos novos que estão fora da sala já há algum tempo...

— Hm, entendo. Bom, eu não os vi, infelizmente. Mas espero que os encontre logo para voltar aos seus estudos!

— Pode deixar professor. — Me reverenciei.

Segui meu caminho entre os corredores da escola, e nada.

Eles já devem ter ido embora, e eu aqui procurando igual tonta, por pura intromissão...

Vou dar uma olhada lá em cima, quem sabe eles não estão no terraço do colégio.

Subi as escadas com certa pressa, embora eu já estivesse com desesperança de acha-los, não faz mal olhar lá, e também gosto da vista que temos naquela altura.

Conforme fui subindo, fui diminuindo a velocidade e volume de meus passos por estar ouvindo vozes baixas cochichando algo.

Estavam longe demais para que eu pudesse ouvir com clareza, mas conseguia identificar a voz de Jeon, que parecia meio bravo, embora que aos cochichos.

Subi aos poucos, enquanto me agachava para não ser vista, e assim consegui ter uma ampla visão de Jeon e Seulgi, conversando com expressões serias.

Será que eles estavam discutindo por minha causa? Ah, se esse for o caso... Que coisa mais sem graça... Quer dizer, Jeon estava flertando comigo mas eu não tenho culpa disso...

— Precisa de ajuda? — Minhas bochechas queimaram de vergonha imediatamente ao ouvir a voz doce de Seulgi.

Ok, preciso de uma desculpa, rápido.

—É... É que... Bem... A professora me pediu para trazer vocês de volta para a sala, então...

—Ah, e como isso explica o fato de você estar tentando ouvir nossa conversa ?

— Não... É que eu só não queria atrapalhar e...

— Já atrapalhou. — Me interrompe.

— Desculpa, sinto muito. Não tinha essa intenção. — Faço reverencia.

— Seulgi, deixa ela em paz. Ela só quer saber se namoramos ou não. — Disse Jeon se aproximando de mim.

Meu rosto queimou mais ainda. Como que ele sabe ?

— Não gatona, não namoramos. Ele é só um servo meu. Você deveria não ser tão curiosa, vai acabar se machucando, e eu não vou impedir. — Disse olhando para Jeon,

—Hm, desculpa. Mas como assim, servo?

— Ah, você pergunta demais garota.

— Deixa ela perguntar Seulgi, é um direito dela

— Jeon, não venha com esses papinhos. Você sabe muito bem como é isso, não quero que você seja intimo dela.

— Você fala como se eu fosse a fazer mal. — Disse Jeon olhando para mim, piscando um de seus olhos em minha direção, o que me fez abaixar a cabeça.

— Sim, Jeon! Você vai! Merda. — Seulgi deu um empurrão em Jeon que deu passos para atrás, na intenção de manter seu equilíbrio.

Jeon a encarou, mas não reagiu, apenas se colocou atrás de mim e passou a mão na minha cabeça.

—Não se deixa levar pelo o que a Seulgi diz, é apenas ciúme. — Sorriu parra mim.

Sua feição era doce, suave, ingênua.

—Quer saber, faça o que quiser. Não é como se eu me importasse, aliás, será até melhor. Vou amar ver meu pai punindo você de todas as formas. — Disse Seulgi ríspida, virando as costas e seguindo em direção a escada, sumindo então.

Me vi mais uma vez, sozinha com Jeon.

Meu coração acelerou, mas dessa vez, não de forma boa, eu sentia um certo medo, frio na espinha. Não estava confortável.

—Bom... Então eu já vou indo. Haha... A professora, já deve estar sentindo nossa falta.

Jeon se coloca na minha frente.

— Mas ja? Eu queria passar mais tempo com você, te conhecer, conversar. — Seu semblante agora passava um ar assustador.

—Hm, é que... Eu realmente, preciso ir. — Sorri.

—Tudo bem, não vou obrigar você. Mas queria que ficasse aqui, a vista é bela, assim como você. Gostaria de apreciar as duas ao mesmo tempo. — Passou as mãos em meus ombros, apertando-os levemente.

—Ah, Jeon... É, pode ser.

QUE? QUAL O MEU PROBLEMA?

O semblante dele mudou novamente, agora voltou para uma feição doce e ingênua, como a de uma criança. Todavia, ainda sentia um certo desconforto com sua presença, mas ignorei.

— Vem, vamos. Quero te mostrar um lugar que achei por aqui.

—Hm... Ok.

Senti minhas mão tocadas pelos dedos gélidos e pálidos de Jeon,, notei pequenas tatuagens em sua mão mas ignorei. Foquei apenas em seu toque, sua mão tocando a minha, a segurando, dando a mim a liberdade de entrelaçar nossos dedos e assim ficarmos de mãos dadas.

Olhei para ele, que focava no céu acima de nós, com um olhar vazio e sério, mas que logo mudou ao perceber que eu o observava.

Ele foi me guiando até a beira do terraço cercado de grades, e sentou em cima delas, sem dizer nada, apenas encarando o vasto horizonte.

A vista era de fato, linda. O lugar relativamente alto, nos dava acesso a visão dos grandes prédios da cidade, e das pequenas arvores que nasciam como intrusas no mundo cinza o qual vivemos, era fácil ignorar a existência de tudo e qualquer problema apenas para apreciar isso, e a beleza de Jeon.

—___, você acredita em Deus, anjos, demônios e afins? — Questionou virando suas irises agora vermelhas, para mim. O que me assustou.

—Hm... É... Eu não sei dizer... — Me distanciei dele.

— O que foi? Algo te assusta? — Sorriu sádico.

— Não é que... Seus olhos, eles... Estão vermelhos.

—Sério? Ah, que clichê. Acontece, eles sempre mudam de cor quando fixam em algo apetitoso.

Me afastei mais.        

—Isso... É biologicamente impossível, Jeon.

— Ah, o mundo é muito mais do que teorias cientificas, se sua cabecinha humana soubesse de tudo, ela explodiria. — Aumentou seu sorriso, vindo em minha direção.

—Jeon! Se afaste dela, imediatamente! — Seulgi apareceu, segurando um pentagrama pequeno na palma de sua mão, o olhando fixamente, ficando entre mim, e ele.



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