— O QUE?! Como assim Magali? Você acha que tenho cara de louca?!
— Eu ach, mas calma aí, e-eu fiquei com saudade do meu... Amigo.
— Ninguém beija o amigo de língua! Puxou sua orelha fortemente. — Eu devia contar a mamãe o que anda fazendo nas esquinas!
— EU SINTO MUITO! Escapou das zangadas mãos de sua irmã e correu para o quarto trancando em seguida.
— Eu não sinto! Eu vou mata-lo!
Mônica saiu de casa, pensando nas probabilidades de matar seu vizinho sem ninguém ouvir. Chegou nervosa batendo violentamente na porta.
— Você? Disse bocejando. — Sabe que horas são?
— Como assim que horas são? Seu amigo desapareceu com minha irmã desde as três da tarde, eu estava louca procurando eles, custava ter me avisado?
— Se você fosse, só um pouquinho assim mais educada. Representou com seus dedos. — Eu avisaria.
— Eu estava morrendo de preocupação!
— E?
— Você é um troço! Se ele chegar perto de minha irmã eu juro que.
O vizinho a prende contra a parede com violência e a moça se desespera.
— Suas promessas aleatórias... você não se cansa de me atiçar? O vizinho a agarra avançando em seu pescoço.
— Não brinque comigo, seu sujo! Ele ri e se afasta, fazendo sua companheira enrubescer. – Eu ainda o matarei! Seu bastardo, IDIOTA!
Depois de tropeços na rua, o vizinho ria intensamente de seus desastres, o vizinho era o Menezes, tinha 26 anos e era formado em direito, era o típico prodígio da família, fez a área de arbitragem internacional, para proteger os beneficiado da empresa de seus pais.
— Cascão, sabe que ela é muito nova para você, inclusive é até crime, se a irmã dela cismar em te denunciar, saí até matéria no jornal sobre você.
— Eu sei, irei preso, mas eu a amo tanto Menezes, parece que ela criou uma espécie de cola em mim.
— Você está ficando meio. Procurou as palavras certas. — Obcecado?
— Não, não mesmo! Eu a amo e me casarei com ela.
O seu amigo se encaminhou esperançoso até a porta da gigantesca casa.
— Ótimo, lide com o peso de suas consequências sozinho, não moverei um dedo para lhe ajudar. Zangado fechou a porta com toda força. — Não precisa quebrar minha porta.
E sua vizinha?
Uma jovem de 21 anos, cursava jornalismo e decidiu sair de casa depois que seu pai encontrou uma amante 20 anos mais jovem, levou sua irmã para outro local, a antiga casa de sua mãe e fez sua nova vida, sustentada por um emprego de meio período e um estágio como jornalista investigativa, coisa que alimentava sua obsessão.
— Magali, você vai se atrasar. Batia insistentemente na porta na esperança que ela acordasse.
— Espera. Disse com uma sonolenta e preguiçosa voz.
Magali abriu a porta e foi para a cozinha, enquanto comia seu café da manhã ligou a televisão noticiando mais um crime... O mesmo de sempre!
Letter of Hearts, quem é ele? Um mascarado assaltante de museus ou um...
Nervosa, pega o controle e desliga a televisão.
— Oh, eu estava assistindo.
— Assistindo o indeciso vilão, parecem duas pessoas, isso é doentio e também termine logo e vá pra escola.
— Tenha paciência! Suplicou sua irmã.
A mais velha ajeitou a mesa e lavou a louça, e sua irmã se preparava para a escola, depois de uma despedida foi embora.
Mônica seria a próxima a sair, trancou a porta da casa e saiu, encontrou seu vizinho fumando na frente da casa e espalhando o péssimo cheiro de cigarro.
— Ownt. Sorria infantilmente — Não gosta de fumacinha?
— Por que você não morre logo? Exala mais fumaça que chaminé. Tossiu desesperada.
— É? Eu não posso morrer, porque eu amo muito você, é uma ligação carnal que temos, que me impede de sair desse plano. Disse tentando parecer sério, mas rindo internamente.
— Babaca! Resolveu desviar o caminho, para evitar que ele a perseguisse.
— Não vá por aí. Assumiu uma voz mais firme e zangada. — Essa rua é deserta essa hora.
— Vou por onde eu quiser, seu estranho!
— Vou contar até três.
Não lhe deu ouvidos, por reconhecer ser blasfêmia, andou por mais vinte minutos e se arrependeu ter ido por aquele lugar, aquela rua que ia era perdida e longa, não tinha uma alma boa que morava por lá.
— Eu sei me cuidar viu Menezes. Indagava sozinha.
Em uns passos a mais, notou que havia mais alguém por perto, seu sangue se agitou e ela pensou em gritar, mas para quem?
Seguiu seu caminho e foi surpreendida quando alguém puxou-lhe pela cintura.
— O que você está fazendo?! O mascarado sorri tapando-lhe sua boca antes que mais algum som saísse de seus lábios.
Ele vestia uma mascara e usava uma espada como arma.
— Monike, eu estava lhe procurando, eu vou te matar novamente, ainda não perdoei sua traição. Passava suas unhas afiadas na sua face enquanto Mônica se desesperava sem ter como reagir. — Eu terei que lhe matar, sinto muito dama stick, mas você é tão controladora. Cravou unhas direcionadas a seu coração.
Uma carta vermelha de copas atinge o rosto do jogador misterioso rasgando-lhe parte de sua máscara.
— Heart! Você quer morrer também? Vocês dois são ambos traidores. Sorri maliciosamente, abre suas mãos e encara seu inimigo. — Eu sou o rei do juízo e estou sempre com as leis! Fecha suas mãos desaparecendo por completo.
Heart olha para a garota caída tossindo verazmente, colocou suas mãos entre as delas objetivando levanta-la, mas ela apenas afasta e olha para ele com certo ódio.
— Esse é seu agradecimento? Levantou o rosto da moça com o dedo indicador. — Você não pensa em me respeitar algum dia? Com um sorriso a beija. — Já que não dará de bom grado, roubarei para mim.
Levantou sua capa, e a garota puxou seus pés.
— Seu ladrão doente!
— Você passa sua vida me perseguindo e eu sou doente? Uma inversão de valores, talvez?
— E você passa seu tempo roubando obras e forçando-me a te beijar! Você me lembra alguém, se eu não o visse todos os dias, pensaria ser você.
— Eu não sou ninguém que você conheça! E você... Bom, você não é minha amada, é só seu reflexo.
Cobriu seu rosto com a capa e desapareceu assim como o outro.
— Moça o que houve? Uma mulher apareceu nervosa entrou no beco após vê-la caída.
Mônica tenta se levantar se equilibrando na parede, abre seus olhos cansados e vê algo que o Letter deixou, uma carta ainda com o sangue do outro mascarado.
— Querida, eu vou chamar a ambulância, não se mova!
— Maldito. Caí deslizando na parede.
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